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DRGE - SEMINÁRIO FLÁVIA

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DOENÇA DO REFLUXO 
GASTROESOFÁGICO(DRGE)
Flávia de Melo Carvalho
• DRGE: Afecção crônica decorrente do refluxo de parte do conteúdo 
gástrico (e por vezes, gastroduodenal) para o esôfago e/ou órgãos 
adjacentes (faringe, laringe, brônquios), acarretando um espectro 
variável de sintomas e sinais esofágicos e/ou extraesofágicos, 
associados ou não à lesões teciduais.
  Fonte: Consenso Brasileiro DRGE 
•
Epidemiologia
• DRGE: É a esofagite mais comum do ocidente, sem predominância de sexo 
e acomete todas as idades. 
• Estima-se que a prevalência da DRGE de 12% familiar 
• Obesos ou gestantes possuem sintomas mais intensos.
Fatores protetores
• Bicarbonato salivar 
• Peristalse esofágica eficaz 
• Pacientes com alterações na produção da saliva ou distúrbios motores do esôfago podem ter uma 
ocorrência e gravidade maior de DRGE. 
• DRGE x Helicobacter pylori é complexa,especialmente em pacientes com pangastrite o H.pylori pode ser 
um fator protetor do surgimento dos sintomas, 
• Tonus basal do EEI(espessamento da mesma musculatura) 
• Hiato esofagiano 
• Angulo de Ris fechado 
• Seguimento abdominal do esofago 
• Frequencia e intensidade dos relaxamentos transitórios do esôfago.
Fatores de risco
• Hérnia hiatal d: transição E-G acima do pinçamento diagragmáUco.Angulo de His bem aberto esôfago abdominal inexistente. 
• Hipotonia de esVncter esofaginano inferior(EEI), 
• Relaxamento do EEI não associado a degluUção(mecanismo mais comum) 
• Obesidade, gestação (musa. Lisa), ascite, hipertrofia abdominal 
• Idade 
• Sexo feminino 
• Alimentaçao noturna copiosa, cafeína, gaseificados, relação frequência x quanUdade, alimentos ricos em gordura e meUlxanUnas 
• H. pylori 
• Estenose pírrica 
• Doença do colágeno (esclerodermia) 
• Sondagem nasogástrica prolongada 
• Drogas(BCC,nitratos, derivados da morfina, anUcolinérgicos, progesterona, diazepam, barbitúricos, teofilina) )).
Fatores patogênicos 
• Episódios de refluxo esofágico :frequência; volume e extensão do refluxato; 
esfíncter inferior esofágico:aberturas transitórias; hipotensão 
• Redução na capacidade de depuração esofágica 
• Agressividade do mater ial refluido: ácido, álcal is, pepsina, 
hiperosmolaridade 
• Redução na resistência tecidual ao conteúdo refluído 
• Natureza do refluxato(líquido, gasoso)
Fisiopatologia
Manifestações clínicas
• 
•
Abordagem inicial
• O diagnóstico é CLÍNICO: pirose + regurgitação já nos autoriza a iniciar uma prova 
terapêutica que é realizada através da administração de um inibidor de bomba de 
prótons, 1 vez/dia por um período mínimo de 4-8 semanas. 
• EDA diagnostica apenas 50% dos casos de DRGE (só os que têm esofagite de 
refluxo), mas deve fazer parte da abordagem inicial em alguns casos (sua principal 
indicação é excluir a presença de câncer). 
• Indicação de EDA na abordagem inicial ao paciente com sintomas típicos de DRGE = 
idade > 45-55 anos , com sinais de alarme ou pirose por mais de 5-10 anos. 
• * A idade para se realizar a EDA não é muito bem definida. 
• Nos pacientes sem resposta à prova terapêutica: considerar a EDA. 
Classificação de Esofagite de Savary-Miller: 
• Grau I: Erosões esparsas não confluentes. (única prega longitudinal) 
• Grau II: Erosões confluentes, porém não envolvendo toda a circunferência do esôfago. 
• Grau III: Erosões confluentes e envolvendo toda a circunferência do esôfago (sem estenose) 
• Grau IV: Complicações: úlceras ou fibrose com estenose 
•
Diagnóstico
• PresunUva em pacientes com sintomas [picos ,corroborado pela melhora clinica após o inicio do 
tratamento empírico. 
• Exames complementares são necessários para pacientes com sintomas a[picos ,refratariedade 
ao tratamento inicial e sinais de alarme. 
• Exames iniciais:Phmetria(convencional ou por impedanciometria) ;Mamometria 
esofágica ;Endoscopia digesUva alta(EDA)
Phmetria 24h
• P\Padr
• Exame mais importante para confirmar a presença de refluxo ácido. 
• Phmetria por impedenciometria (ou pH impedanciometria) :maior capacidade em diagnosticar outros tipos de 
refluxo(refluxos não ácidos) porém tem alto custo e pouca disponibilidade -> PADRAO OURO 
• Recomendações para o diagnostico de DRGE:o paciente deverá realizar exames idealmente sem supressão 
ácida:3 dias sem bloqueador H2 e 14 dias (2 semanas )sem IBPs.Entretanto, a pHmetria em vigência do uso de 
IBP pode ser necessária,geralmente durante o acompanhamento de alguns pacientes refratários ao tratamento 
convencional(DD DRGE refratária). 
• Indicações: 
-Presença de manifestações atípicas de DRGE 
-Avaliaçao pré e pós operatório de cirurgia anti refluxo 
-Pacientes com sintomas sugestivos de refluxo sem esofagite
Diagnóstico de DRGE: quando mais de 7% das medidas de pH encontram-se <4
Endoscopia digestiva alta(EDA)
• 1º Exame complementar a ser pedido 
• Prático, disponível e diagnostica complicações da DRGE (estenose, 
esôfago de Barret, adenocarcinoma, esofagite). 
• Indicações de EDA: sinais de alarme,sintomas atípicos,refratariedade 
ao tratamento incial, fatores de risco para Barret (sexo masculino,raça 
branca ,obesidade,>50 anos,hérnia hiatal,sintomas noturnos ,duração 
de sintomas > 5anos ,tabagismo ,história família primeiro grau de 
barret ou adenocarcinomas).
•
Classificação EDA
Mamometria Esofágica
Outros testes 
• Teste de Bernstein
• Esofagomanometria
• Cintilografia esofagiana\
• Fluoroscopia e Esofagografia baritada 
•
Tratamento
• Guiado pela gravidade dos sintomas e presença ou não de 
complicações . 
• Sempre associar as medidas comportamentais a terapia 
antissecretora /antiácida. 
• Procinéticos são reservados aos pacientes com suspeita de 
gastroparesia.
Medidas Comportamentais
• Perda de peso(no caso de obesos e sobrepeso), 
• Elevação da cabeceira (15-20cm), 
• Reduzir alimentos desencadeadores dos sintomas mucosa(ex:molho de tomate,café, 
chocolate,gorduras, álcool) 
• Evitar medicações que diminuam o tônus do EEI (bloqueadores dos canais de 
cálcio ,nitratos ,anticolinérgico, etc) ou tem efeitos irritativo a mucosa , 
• Suspensão do tabagismo,esperar pelo menos 2h para deitar após as refeições,evitar 
situações que aumentem a pressão intra-abdominal(agachamento, exercícios 
abdominais ,roupas apertadas).
Prova Terapeutica
• Tratamento "empírico" da DRGE, sem EDA ou outro exame que confirme a 
doença. Pode ser prescrita para todo paciente com suspeita de DRGE que 
não tenha indicação de EDA na abordagem inicial. 
• Nesses casos, a resposta satisfatória ao IBP permite o diagnóstico de 
DRGE. 
• Pirose: 1 ou 2x por semana, de maneira recorrente, por um período de 4 a 
8 semanas.
• Teste terapêutico: redução sintomática >50% após 1-2 semanas de uso de 
IBP) ! confirmatório 
Tratamento Clínico
• IBP em dose plena (por exemplo, omeprazol 20 mg/dia) durante 4 
a 8 semanas + medidas comportamentais. 
• Deve-se iniciar dose dobrada nas esofagites mais graves (graus III 
a V de Savary-Miller e C-D de Los Angeles). 
• E se o paciente não responder ao tratamento em até 8 semanas? 
•
Tratamento Medicamentoso
• Inibidores de bomba de prótons(IBP`s): para sintomas intensos (8-12 
semanas) e em complicações(uso continuo, inicia com dose dobrada). 
• Bloqueadores de H2: para sintomas leves e esporádicos e escape 
nortuno. 
• O uso de antiácidos e procinéticos vem sendo desencorajado no 
tratamento em longo prazo de DRGE.
IBP*: 
• Omeprazol 20mg/dia 
• Lansoprazol 30mg/dia 
• Pantoporazol 40mg/dia 
• Esomeprazol 40mg/dia 
Bloqueadores H2: 
• Ranitidina 150-300mg de 12/12h. 
• Cimetidina 800mg/dia 
Procinéticos: 
• Bromoprida 10mg antes refeições 
• Metocloporamida 10mg antes refeições 
• Domperidona 10mg antes refeições
Tratamento Cirúrgico 
Tratamento Cirúrgico 
• Indicações: 
1. Alternativa à terapia de manutenção com IBP em longo prazo para pacientes 
jovens com baixo risco cirúrgico; 
2. Controle de refluxo nos pacientes com sintomas pulmonares recorrentes 
(aspiração,asma e pneumonia); 
3. Pacientes impossibilitados do uso de terapia de manutenção. 
4. Terapia de escolha para complicações como estenose (após dilatação), 
esofagite recorrente e úlcera esofagianas.
Complicações
Referencias bibliográficas: 
Consenso Brasileiro da Doença do Refluxo Gastroesofágico 
Consenso de Lyon 
Gastroenterology,2018. 
Gastroenterologia Tratado de Gastroenterologia - Da Graduação à Pós-graduação, Schilioma Zaterka, 
Jayme Natan Eisig, eds. 2ª ed, São Paulo: Editora Atheneu, 2016. 
GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 23. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009. 
Liu et al. Med Sci Monit. 2018. 
LONGO, DL; KASPER, DL. Medicina Interna de Harrison. 18. ed. São Paulo, Artmed, 2011. 
LOPES, A.; NETO, V. A. Tratado de Clínica Médica. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009. 
Sharma P.N Engl J Med 2009 ;361:2548-56.

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