Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resoluções Curso de Análise Vol. 1 - Cap. 1 Elon Lages Lima George Euzébio Dezembro 2020 Capítulo 1 Conjuntos e Funções 1. Dados os conjuntos A e B, seja X um conjunto com as seguintes pro- priedades: 1ª X ⊃ A e X ⊃ B, 2ª Se Y ⊃ A e Y ⊃ B então Y ⊃ X. Prove que X = A ∪B. Resolução: Basta observar que A ∪ B ⊃ A e A ∪ B ⊃ B, ou seja, A ∪ B ⊃ X, pela propriedade 2. Por outro lado, como X ⊃ A e X ⊃ B, então X ⊃ A ∪ B e concluímos que X = A ∪B, uma vez que X ⊃ A ∪B e A ∪B ⊃ X. 2. Enuncie e demonstre um resultado análogo ao anterior, caracterizando A ∩B. Resolução: Dados os conjuntos A eB, sejaX um conjunto com as seguintes propriedades: 1ª X ⊂ A e X ⊂ B, 2ª Se Y ⊂ A e Y ⊂ B então Y ⊂ X. Desse modo X = A ∩B. Com efeito, A ∩ B ⊂ A e A ∩ B ⊂ B e pela propriedade 2 garantimos que A ∩ B ⊂ X. Como X ⊂ A ∩ B, consequência da propriedade 1, concluímos que X = A ∩B. 3. Dados A,B ⊂ E. Prove que A ∩ B = ∅ se, e somente se, A ⊂ {B. Prove também que A ∪B = E se, e somente se, {A ⊂ B 2 3 Resolução: Temos que A ⊂ {B se, e somente se, para todo x ∈ A tivermos que x 6∈ B. Como B ∩ {B = ∅, garantimos que A ∩ B = ∅. Por outro lado, A ∩ B = ∅ se, e somente se, todo x ∈ A, x 6∈ B, ou seja, A ⊂ {B. Para provarmos que A ∪B = E, pensaremos do seguinte modo: se {A 6⊂ B, então existe x ∈ {A tal que x 6∈ B e, portanto, x 6∈ A ∪ B mostrando que existe um elemento de E que não pertence à união, logo A ∪B 6= E. 4. Sejam A,B ⊂ E, prove que A ⊂ B se, e somente se, A ∩ {B = ∅ Resolução: Para ver que A ⊂ B se, e somente se, A ∩ {B = ∅ basta observar que se A ∩ {B 6= ∅, então existe x ∈ A e x ∈ {B, ou seja, A ⊂ B =⇒ B ∩ {B 6= ∅. Vemos então que A ∩ {B = ∅ condição necessária e suficiente para A ⊂ B. 6. Se A,X ⊂ E, são tais que A∩X = ∅ e A∪X = E, prove que X = {A. Resolução: Pelo exercício 3 temos que A ∩ X = ∅ =⇒ A ⊂ {X e A ∪ X = E =⇒ {A ⊂ X. Se A ⊂ {X então {A ⊃ X o que nos leva a concluir que X = A. 7. Se A ⊂ B, então, B∩(A∪C) = (B∩C)∪A para todo conjunto C. Por outro lado, se existir C de modo que a igualdade acima seja satisfeita, então A ⊂ B. Resolução: Basta notar que A ⊂ B ⇐⇒ A ∩B = A, assim concluímos que B ∩ (A ∪ C) = (B ∩ A) ∪ (B ∩ C) = A ∪ (B ∩ C) = (B ∩ C) ∪ A. Por outro lado, se existe C tal que B∩ (A∪C) = (B∩C)∪A, teremos então que (B ∩ C) ∪ A = A ∪ (B ∩ C) = (A ∪B) ∩ (A ∪ C) e B ∩ (A ∪ C) = (B ∩ A) ∪ (B ∩ C) = (A ∩B) ∪ (B ∩ C) Assim teremos que (A∪B)∩(A∪C) = (A∩B)∪(B∩C). Desse modo, uma das situações ocorrem: A ⊂ B ou B ⊂ A. Se A ⊂ B então nada há a provar. Se B ⊂ A, então (A∪B)∩(A∪C) = (A∩B)∪(B∩C) =⇒ A = B∪(B∩C) = B, ou seja, teríamos que A ⊂ B. Portanto, em ambos os casos teremos A ⊂ B. 4 CAPÍTULO 1. CONJUNTOS E FUNÇÕES 8. Prove que A = B se, e somente se, (A ∩ {B) ∪ ({A ∩B) = ∅. Resolução: Vemos facilmente que se A = B, então A ∩ {B = {A ∩ B = ∅. E se (A ∩ {B) ∪ ({A ∩ B = ∅) temos que A ∩ {B = {A ∩ B = ∅, agora usando o exercício 3 conseguimos que A ⊂ B e B ⊂ A, portanto, A = B. 9. Prove que (A−B) ∪ (B − A) = (A ∪B)− (A ∩B). Resolução: Basta notar que se x ∈ (A− B) ∪ (B − A) então x ∈ A e x 6∈ B ou x ∈ B e x 6∈ A, ou seja, reagrupando as sentenças temos x ∈ A ou x ∈ B e x 6∈ B e x 6∈ B, ou seja, x ∈ A∪B e x 6∈ A∩B =⇒ x ∈ (A∪B)− (A∩B), portanto (A−B)∪(B−A) ⊂ (A∪B)−(A∩B). Por outro lado, se x ∈ (A∪B)−(A∩B) então x ∈ A ou x ∈ B e x 6∈ A e x 6∈ B. Mais uma vez reorganizando as sentenças anteriores teremos, x ∈ A e x 6∈ B ou x ∈ B e x 6∈ A, ou seja, x ∈ (A − B) ∪ (B − A) =⇒ (A − B) ∪ (B − A) ⊂ (A ∪ B) − (A ∩ B), portanto, (A−B) ∪ (B − A) = (A ∪B)− (A ∩B). 10. Seja A∆B = (A ∪ B) − (A ∩ B). Prove que A∆B = A∆C implica B = C. Examine a validez de um resultado análogo com ∩,∪ ou × em vez de ∆. Resolução: Temos que (A ∪ B) − (A ∩ B) implica dizer que x ∈ A ou x ∈ B, mas x 6∈ A ∩B, e como (A ∪B)− (A ∩B) = (A ∪ C)− (A ∩ C), se x ∈ B então x ∈ C e temos C ⊂ B. Por outro lado, x ∈ (A ∪ C) − (A ∩ C) nos diz que x ∈ A ou x ∈ C, mas x 6∈ A ∩ C, ou seja, x ∈ C =⇒ x ∈ B, portanto B ⊂ C. Com essas duas inclusões concluímos que B = C. Para as operações de união e interseção vemos facilmente com um contra- exemplo que a igualdade não é válida, ou seja, se tomarmosA = {1, 2, 3}, B = {1, 2, 3, 4} e C = {1, 2, 3, 4, 5} vemos que A∩B = A∩C mas B 6= C. Analoga- mente se tivermos A = {1, 2, 3, 5}, B = {1, 2, 3, 4} e C = {1, 2, 3, 4, 5} vemos que A ∪ B = A ∪ C mas B 6= C. Para o produto cartesiano temos que A×B = A×C significa que (a, b) = (a, c) para todos a ∈ A, b ∈ B e c ∈ C. Como dois pares ordenados são iguais se suas respectivas coordenadas são iguais, temos então que (a, b) = (a, c) =⇒ b = c e portanto, é fácil ver que B = C. 11. Prove as seguintes afirmações: a) (A ∪B)× C = (A× C) ∪ (B × C); b) (A ∩B)× C = (A× C) ∩ (B × C); 5 c) (A−B)× C = (A× C)− (B × C); d) A ⊂ A′, B ⊂ B′ =⇒ A×B ⊂ A′ ×B′. Resolução: Cada um dos itens consiste em manipularmos os conectores "e" e "ou" de modo a mostrarmos as igualdaddes. a) Se (x, y) ∈ (A ∪ B) × C,então x ∈ A ou x ∈ B e y ∈ C, ou seja, (x, y) ∈ (A∪B)×C implica que (x, y) ∈ A×C ou (x, y) ∈ B×C, portanto, (x, y) ∈ (A×C)∪(B×C) e (A∪B)×C ⊂ (A×C)∪(B×C). Por outro lado, se (x, y) ∈ (A×C)∪ (B×C) significa que x ∈ A e y ∈ C ou x ∈ B e y ∈ C, ou seja, x ∈ A ou x ∈ B e y ∈ C, nos levando a x ∈ A∪B e y ∈ C. Portanto, (x, y) ∈ (A ∪B)× C e teremos que (A ∪B)× C ⊃ (A× C) ∪ (B × C), logo (A ∪B)× C = (A× C) ∪ (B × C). b) Se (x, y) ∈ (A ∩ B) × C,então x ∈ A e x ∈ B e y ∈ C, ou seja, (x, y) ∈ (A ∩B)×C implica que (x, y) ∈ A×C e (x, y) ∈ B ×C, portanto, (x, y) ∈ (A×C)∩ (B ×C) e (A∩B)×C ⊂ (A×C)∪ (B ×C). Temos também que se (x, y) ∈ (A× C) ∩ (B × C) significa que x ∈ A e y ∈ C e x ∈ B e y ∈ C, ou seja, x ∈ A e x ∈ B e y ∈ C, nos levando a x ∈ A∩B e y ∈ C. Portanto, (x, y) ∈ (A ∩B)× C e teremos que (A ∩B)× C ⊃ (A× C) ∩ (B × C), logo (A ∩B)× C = (A× C) ∩ (B × C). c) Analogamente, se (x, y) ∈ (A− B)× C,então x ∈ A e x 6∈ B e y ∈ C, ou seja, (x, y) ∈ A×C e (x, y) 6∈ B×C, portanto, (x, y) ∈ (A×C)− (B×C) e (A−B)×C ⊂ (A×C)−(B×C). Por outro lado, se (x, y) ∈ (A×C)−(B×C) significa que x ∈ A e y ∈ C e x 6∈ B e y ∈ C, nos levando a x ∈ A−B e y ∈ C. Portanto, (x, y) ∈ (A−B)×C e teremos que (A−B)×C ⊃ (A×C)−(B×C), logo (A−B)× C = (A×B)− (B × C). d) Temos que se (x, y) ∈ A × B, como A ⊂ A′, B ⊂ B′, temos então que x ∈ A =⇒ x ∈ A′ e y ∈ B =⇒ y ∈ B′, em outras palavras, (x, y) ∈ A′×B′, portanto A×B ⊂ A′ ×B′. 12. Dada a função f : A→ B: a) Prove que se tem f(X −Y ) ⊃ f(X)− f(Y ), sejam quais forem os subconjuntos X e Y de A; b) Mostre que se f for injetiva então f(X − Y ) = f(X)− f(Y ) para quaisquer X, Y contidos em A. Resolução: a) Para quaisquer que sejam X, Y ⊂ A, sejam f(X) = {f(x) ∈ B;x ∈ X} e f(Y ) = {f(x) ∈ B;x ∈ Y } subconjuntos de B. Se f(x) ∈ f(X) − f(Y ), então f(x) ∈ f(X) mas f(x) 6∈ f(Y ), ou seja, x ∈ X e x 6∈ Y , portanto, 6 CAPÍTULO 1. CONJUNTOS E FUNÇÕES x ∈ X − Y . Então, como o conjunto f(X − Y ) = {f(x) ∈ B;x ∈ X − Y }, concluímos que f(X − Y ) ⊃ f(X)− f(Y ). b) Pelo item anterior garantimos a inclusão f(X−Y ) ⊃ f(X)−f(Y ). Agora supondo que f(x) ∈ f(X − Y ), isso significa que x ∈ X − Y , ou seja, x ∈ X e x 6∈ Y . De modo a garantirmos que f(x) ∈ X e f(x) 6∈ Y usaremos a injetividade de f . De fato, sejam x ∈ X e y ∈ Y tais que f(x) = f(y). Temos que f(x) ∈ f(X − Y ) implica dizer que x ∈ X e x 6∈ Y , mas como f é injetiva, f(x) = f(y) =⇒ x = y e x deveria pertencer a Y , gerando um absurdo. Logo, f(x) ∈ f(X − Y ) =⇒ f(x) ∈ X e f(x) 6∈ f(Y ), ou seja, f(x) ∈ f(X) − f(Y ) e f(X − Y ) ⊂ f(X) − f(Y ). Assim concluímos que f(X − Y ) = f(X)− f(Y ) se f for injetiva. 13. Mostre que a função f : A→ B é injetiva se, e somente se, f(A−X) = f(A)− f(X) para todo X ⊂ A. Resolução: Pelo exercício 12, se f é injetiva então f(A−X) = f(A)−f(X) para qualquer X ⊂ A, basta tomar Y = A. Agora se é válido que f(A−X) = f(A)−f(X) para qualquer subconjunto X de A, f(x) ∈ f(A−X) ⊂ f(A)−f(X) nos leva a f(x) ∈ f(A) e f 6∈ f(X), ou seja, x ∈ A e x 6∈ X =⇒ x ∈ A−X. Se existe um y ∈ X tal que f(x) = f(y) concluímos pelas afirmações anteriores que f(y) ∈ f(A) e f(y) 6∈ X, ou seja, y ∈ A−X, oque é um absurdo. Portanto, f é injetiva. 14. Dada a função f : A→ B, prove: a) f−1(f(X)) ⊃ X para todo X ⊂ A; b) f é injetiva se, e somente se, f−1(f(X)) = X para todo X ⊂ A. Resolução: a) Como f(X) = {f(x) ∈ B;x ∈ A} e f−1(X) = {x ∈ A; f(x) ∈ B}, temos que se para todo x ∈ X existe um único y ∈ B tal que y = f(x) e x = f−1(y) = f−1(f(x)), então x ∈ X =⇒ y = f(x) ∈ f(X) =⇒ x = f−1(f(x)) ∈ f−1(f(X)), ou seja, x ∈ X =⇒ x ∈ f−1(f(X)), portanto f−1(f(X)) ⊃ X. b) Vamos supor inicialmente que f é injetiva. Pelo item anterior temos que f−1(f(X)) ⊃ X. Para a inclusão inversa basta notar que f−1(f(X)) = {x ∈ X; f(x) ∈ f(X)} e sendo f injetiva, f(x) = f(y) =⇒ x = y. Então não existe x′ ∈ A − X tal que f(x′) = f(x), portanto f−1(f(X)) ⊂ X =⇒ f−1(f(X)) = X. Se f−1(f(X)) = X então não existe y ∈ A − X de modo que f(y) = f(x), para todo x ∈ X, ou seja, se x 6= y então f(x) 6= f(y). E se x, y ∈ X tal 7 que f(x) = f(y), garantimos que x = y, pois, do contrário, teríamos que f−1(f(X)) 6= X uma vez que faltaria pelo menos um elemento de X em f−1(f(X)). Portanto, f é injetiva. 15. Dada f : A→ B, prove: a) para todo Z ⊂ B, tem-se f(f−1(Z)) ⊂ Z; b) f é sobrejetiva se, e somente se, f(f−1(Z)) = Z para todo Z ⊂ B. Resolução: a) Temos que se y ∈ f(f−1(Z)), então existe x ∈ A tal que y = f(x) e f−1(y) = x, portanto, y = f(f−1(y)) ∈ f(f−1(Z)) =⇒ f−1(y) ∈ f−1(Z) =⇒ y ∈ Z, ou seja, y ∈ f(f−1(Z)) =⇒ y ∈ Z, portanto f(f−1(Z)) ⊂ Z. b) Se f é sobrejetiva então para todo y ∈ Z existe x ∈ f−1(Z) tal que y = f(f−1(x)), ou seja, Z ⊂ f(f−1(Z)), e pelo item a temos que f(f−1(Z)) ⊂ Z, portanto f(f−1(Z)) = Z. Se f(f−1(Z)) = Z, então é fácil ver que f é sobrejetiva, uma vez que Imf(f−1(Z)) = Z. 16. Dada a família de conjuntos (Aλ)λ∈L, seja X um conjunto com as seguintes propriedades: 1ª) para todo λ ∈ L, tem-se X ⊃ Aλ; 2ª) Se Y ⊃ Aλ para todo λ ∈ L, então Y ⊃ X. Prove que, nestas condições, tem-se X = ⋃ λ∈L Aλ. Resolução: Pela propriedade 1, temos que X ⊃ ⋃ λ∈L Aλ. Para a inclusão inversa basta tomar a propriedade 2, substituindo Y = ⋃ λ∈L Aλ. 17. Enuncie e demonstre um resultado análogo ao anterior, caracterizando⋂ λ∈L Aλ. Resolução: Dada a família de conjuntos (Aλ)λ∈L, seja X um conjunto com as seguintes propriedades: 1ª) para todo λ ∈ L, tem-se X ⊂ Aλ; 2ª) Se Y ⊂ Aλ para todo λ ∈ L, então Y ⊂ X. 8 CAPÍTULO 1. CONJUNTOS E FUNÇÕES Prove que, nestas condições, tem-se X = ⋂ λ∈L Aλ. De fato, a propriedade 1 nos mostra facilmente que X ⊂ ⋂ λ∈L Aλ e a pro- priedade 2 nos dá X ⊃ ⋂ λ∈L Aλ, para isso basta substituir Y = ⋂ λ∈L Aλ. 18. Seja f : P (A)→ P (A) uma função tal que X ⊂ Y =⇒ f(Y ) ⊂ f(X) e f(f(X)) = X. Prove que f(∪Xλ) = ∩f(Xλ) e f(∩Xλ) = ∪f(Xλ). [Aqui X, Y e cada Xλ são subconjuntos de A]. Resolução: Vemos facilmente que A = ∪Xλ, com Xλ ⊂ A. Ou seja, pela definição da função, temos que Xλ ⊂ A =⇒ f(A) ⊂ f(Xλ), para todo λ. Como f(A) ⊂ f(Xλ) para todo λ, concluímos que ∩f(Xλ) = f(A) = f(∪Xλ). Por outro lado, temos que ∪f(Xλ) = A, para todo λ, com f(Xλ) ⊂ A. Ou seja, Xλ ⊃ f(A) = f(∪f(Xλ)) =⇒ ∩Xλ = f(∪f(Xλ)) =⇒ f(∩Xλ) = f(f(∪f(Xλ))) = ∪f(Xλ). 19. Dadas as famílias (Aλ)λ∈L e (Bµ)µ∈M , forme duas famílias com índices em L×M considerando os conjuntos (Aλ ∪Bµ)(λ,µ)∈L×M e (Aλ ∪Bµ)(λ,µ)∈L×M . Prove que se tem(⋃ λ∈L Aλ ) ∩ (⋃ µ∈M Bµ ) = ⋃ (λ,µ)∈L×M (Aλ ∩Bµ), (⋂ λ∈L Aλ ) ∪ (⋂ µ∈M Bµ ) = ⋂ (λ,µ)∈L×M (Aλ ∪Bµ). Resolução: Se existem valores λ ∈ L e µ ∈M tais que x ∈ ( ⋃ λ∈L Aλ ) ∩ ( ⋃ µ∈M Bµ ) , então x ∈ Aλ e x ∈ Bµ, ou seja, para algum (λ, µ) ∈ L×M temos que x ∈ (Aλ∩Bµ). Portanto, ( ⋃ λ∈L Aλ ) ∩ ( ⋃ µ∈M Bµ ) ⊂ (Aλ ∩ Bµ) ⊂ ⋃ (λ,µ)∈L×M (Aλ ∩ Bµ). Agora se x ∈ ⋃ (λ,µ)∈L×M (Aλ ∩ Bµ) então existe um par ordenado (λ, µ) ∈ L×M de modo que x ∈ (Aλ ∩ Bµ). Ou seja, x ∈ Aλ, para algum λ ∈ L, e x ∈ Bµ, 9 para algum µ ∈ M , portanto ⋃ (λ,µ)∈L×M (Aλ ∩ Bµ) ⊂ ( ⋃ λ∈L Aλ ) ∩ ( ⋃ µ∈M Bµ ) . Assim concluímos que(⋃ λ∈L Aλ ) ∩ (⋃ µ∈M Bµ ) = ⋃ (λ,µ)∈L×M (Aλ ∩Bµ) Para a segunda igualdade o processo é análogo. 20. Seja (Aij)(i,j)∈N×N uma família de conjuntos com índices em N × N. Prove, ou disprove por contra-exemplo, a igualdade ∞⋃ j=1 ( ∞⋂ i=1 Aij ) = ∞⋂ i=1 ( ∞⋃ j=1 Aij ) . Resolução: Tomando Nmn, onde cada Nmn = (f ◦ g)−1(n), com m,n ∈ N, f(m,n) = n e g : N→ N× N é sobrejetiva. É fácil ver que para cada n ∈ N, ∞⋃ m=1 Nmn = N e ∞⋂ m=1 Nmn = ∅, ou seja, ∞⋃ m=1 ( ∞⋂ n=1 Nmn ) = ∅ e ∞⋂ n=1 ( ∞⋃ m=1 Nmn ) = N. Portanto, ∞⋃ j=1 ( ∞⋂ i=1 Aij ) 6= ∞⋂ i=1 ( ∞⋃ j=1 Aij ) . 21. Dados os conjuntos A, B, C, estabeleça uma bijeção entre F (A×B;C) e F(A;F(B; C)).
Compartilhar