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Processos Psicológicos Básicos Juliana Macedo Skinner, o lugar do sentimento Resumo do Texto Estavam interessados em uma ciência restrita ao comportamento observável por duas ou mais pessoas. A mente era totalmente ignorada, defendendo uma teoria dualista, ou seja, a explicação do homem pela metade. Chegam a afirmar a existência de um mundo privado de sentimentos e estados da mente, porém, que está fora do alcance de uma segunda pessoa e, portanto, da ciência. Deixando de lado a outra grande metade que é o subjetivo, o privado do indivíduo. Skinner escreve: “Podemos (comunidade verbal) responder só à pancada ou só ao susto, mas a criança também sente um estímulo interno e pode dizer “machucou” quando ele ocorreu, mesmo sem uma circunstância concomitante pública.” O princípio comportamental do comportamento da criança é a discriminação de estímulos. A criança aprendeu a expressar as suas manifestações corporais associadas com eventos ambientais e físicos através de palavras ensinadas pelo meio social que a cerca. Se em outro momento essa criança caiu e alguém foi logo perguntando se estava doendo, se ela se machucou, mesmo sem acesso a dor, esse alguém procurou nomear aquele estado privado e isso vai repetido; com o tempo, a criança aprende a responder sob o controle daquele estado privado. Estes estados privados se tornam estímulos discriminativos e posteriormente pode ocorrer a generalização. É fácil confundir o que sentimos com causa, porque nós o sentimos enquanto estamos nos comportando (ou mesmo antes de nos Posição dos behavioristas metodológicos e positivistas lógicos em relação ao mundo interno e a introspecção: Princípio comportamental do comportamento: Sentimento e causa Processos Psicológicos Básicos Juliana Macedo comportarmos), mas os eventos que são responsáveis pelo que fazemos (e portanto pelo que sentimos) permanecem num passado realmente distante. A análise do comportamento afirma que o sentimento não é a causa, não é uma condição para que o comportamento aconteça, mas ambas são variáveis dependentes do histórico de contingência onde um evento pode ter uma função de reforço positivo ou de punição dependendo das contingências envolvidas. Determinado sentimento pode ser produto simultâneo dos três níveis de variação e seleção, modelando a espécie. Existem reforçadores operantes que não são necessariamente da espécie, mas da história do indivíduo. na relação organismo-ambiente ocorrem alterações que definirão se comportamentos serão mantidos ou não, é determinada pelas consequências que poderão fortalecê-lo ou enfraquecê-lo. Quando Skinner cita que “Uma pessoa experimenta ansiedade numa situação de perigo e de desamparo”, refere-se a histórias de contingências em que a pessoa espera por um estímulo aversivo, estados corporais são gerados por eles e são sentidos de diferentes maneiras, de forma que, num momento posterior de sua vida, ela experimenta ansiedade como um sinal de perigo iminente; se a situação ameaça ocorrer novamente, a ansiedade começa a funcionar como um segundo estímulo aversivo condicionado, o indivíduo vai agir por fuga e esquiva. Deve-se observar o grau de controle da resposta sobre o estímulo aversivo, ou seja, se o organismo tem a possibilidade de adia-lo e o grau de previsibilidade sobre o mesmo. Em condições prolongadas de ansiedade não existe resposta disponível de fuga e esquiva, a pessoa entra no estado de desamparo, nesta situação, não há previsibilidade e nem controle, o organismo aprendeu que nada do que ele fizer irá livrá-lo do estímulo aversivo. A linguagem é a forma de comportamento mais elevada e valiosa, Skinner passou a chamá-la de comportamento verbal. Tudo o que é chamado de comportamento verbal, pode ser explicado pelas relações operantes, ou seja, todos os conceitos elaborados anteriormente no estudo do Ansiedade em situação de perigo e desamparo Comportamento verbal - a importância do estudo da linguagem Processos Psicológicos Básicos Juliana Macedo comportamento operante podem ser utilizados na análise do comportamento verbal. O comportamento verbal é um tipo de comportamento operante reforçado pela mediação de outras pessoas, que, foram especialmente preparadas para reagir como mediadoras (relação entre falante e ouvinte). A unidade do comportamento verbal pode ser muito variável, podendo assim, somente ser definida a partir do efeito que provoca no ouvinte. Para o Behaviorismo as palavras também são comportamentos; é antimentalista no sentido de que não existe uma mente que libera comportamentos, dadas algumas condições, o organismo emite alguns comportamentos. Skinner fez um paralelo entre os organismos e a lâmpada, em que, assim como a luz não está na lâmpada, mas emite luz mediante algumas condições, da mesma forma ocorre com o organismo, pois o comportamento não estava no organismo, mas foi emitido, dadas circunstâncias. Mando: é um operante verbal, a resposta verbal é emitida sob o controle de condições de privação ou estímulo aversivo; o estímulo reforçador é especificado pela resposta; a resposta não ter relação especifica com estímulo antecedente e o comportamento verbal; tem a função de beneficiar o próprio falante. Principal característica: relação entre a resposta e a consequência. Ex: a criança está com muita sede e pede água com a função de mando. Tacto: é um operante verbal, a resposta verbal é emitida sob o controle de estímulos discriminativos não verbais; mantido por reforçadores sociais generalizados; o comportamento verbal tem a função de beneficiar o ouvinte, É caracterizado pela singularidade do indivíduo, ou seja, quando ele aprender a falar sobre ele mesmo, a se conhecer e descrever o mundo à sua volta. Ex: a mãe da criança mostra uma garrafinha de água e pergunta se ela sabe o que é. A criança responde água com a função de tacto. Behaviorismo no sentido antimentalista na Psicologia Mando e Tacto Processos Psicológicos Básicos Juliana Macedo Autoclíticos são comportamentos verbais secundários no sentido de que não podem ser emitidos de forma isolada, mas apenas juntos a um operante verbal primário. Esses comportamentos se referem às formas que o falante aprendeu a manipular o seu próprio comportamento verbal com a finalidade evocar respostas verbais adicionais e com isso, aumentar as chances de reforço positivo. Referência: Skinner, B. F. (1995). O lugar do sentimento na análise do comportamento. AL Néri (Trad.), Questões recentes na análise do comportamento, 13-24. Comportamentos verbais autoclíticos
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