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Justiça do Trabalho

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Prévia do material em texto

CAROLINE WIPPEL 
CIRINIUS BORBA
FELIPE SILVA 
KEROLAYNE CHRISTHINNE FERREIRA
LILIANA MARTINS DOS SANTOS
LORENAH REPINOSKI
MELINA PEREIRA
NAATHANY EULALYA MAIER CECHETTO
RAFAELY FERREIRA 
JUSTIÇAS ESPECIALIZADAS – JUSTIÇA DO TRABALHO 
Trabalho apresentado à disciplina de Direito Constitucional II, Curso de Bacharelado em Direito, Escola de Direito e Relações Internacionais, Faculdades Integradas do Brasil – Unibrasil. 
Orientação: Prof. Pedro Henrique Gallotti Kenicke
CURITIBA
2016
1. Introdução
Este trabalho visa falar um pouco sobre a Justiça do Trabalho, sua evolução durante os períodos históricos que nosso país passou, juntamente com as grandes transformações e atualizações que as Constituições trouxeram para esse direito tão importante para a nossa sociedade. 
Será abarcado também sua estrutura, para que possamos entender o funcionamento de tal justiça, além da sua função, que entende-se importantíssima para os direitos fundamentais e sociais dos dias de hoje. Por último exemplificaremos todo esse trabalho, com casos reais de processos passados na Justiça do Trabalho. 
2. Histórico 
2.1 Constituição de 1824
De 1824 até 1888 tinha a existência da escravidão no país, por esse motivo é difícil de acreditar na existência plena de uma Justiça do Trabalho ou até mesmo em mínimos direitos trabalhistas. Porém pessoas que eram consideradas cidadãos (homens, brancos, de uma alta classe social) estavam inclusos na Constituição e possuíam alguns direitos, como nos mostra o artigo 179: “A inviolabilidade dos direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros, que tem por base liberdade, segurança individual, e propriedade, é garantida pela Constituição do Império (...)”[footnoteRef:1]. [1: Instituto de Desenvolvimento e Estudos de Governo. Disponível em <http://ideg.com.br/constituicao-do-imperio-do-brazil-1824/> Acessado em: 18/05/2016 ] 
2.2 Constituição de 1891
Sem mais a escravidão, essa Constituição já começa se inspirando no modelo norte-americano estabelecendo a forma federativa de Estado e a república como forma de governo. 
Ainda não se encontra um órgão especifico para a defesa do trabalhador, sendo responsabilidade destes o amparo de seus direitos e interesses, entretanto é possível vislumbrar no artigo 72, §24: “É garantido o livre exercicio de qualquer profissão moral, intellectual e industrial”[footnoteRef:2], a liberdade de escolha e não obrigação à algum tipo de trabalho. [2: Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1824-1899/constituicao-35081-24-fevereiro-1891-532699-publicacaooriginal-15017-pl.html> Acessado em: 18/05/2016] 
2.3 Constituição de 1934
Tal Constituição tem fortes embasamentos na igualdade de direitos e em um Estado Social de Direito, sendo a primeira a falar efetivamente em proteção dos trabalhadores, com leis e até mesmo instituindo a Justiça do Trabalho. 
Art. 121: A lei promoverá o amparo da producção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a protecção social do trabalhador e os interesses economicos do paiz.
§ 1.º A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que collimem melhorar as condições do trabalhador:
a) prohibição de differença de salario para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil;
b) salario minimo, capaz de satisfazer, conforme as condições de cada região, ás necessidades normaes do trabalhador;
c) trabalho diario não excedente de oito horas, reduziveis, mas só prorrogaveis nos casos previstos em lei;
d) prohibição de trabalho a menores de 14 annos; de trabalho nocturno a menores de 16 e em industrias insalubres, a menores de 18 annos e a mulheres;
e) repouso hebdomadario, de preferencia aos domingos;
f) férias annuaes remuneradas;
g) indemnização ao trabalhador dispensado sem justa causa;
h) assistencia medica e sanitaria ao trabalhador e á gestante, assegurado a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuizo do salario e do emprego, e instituição de previdencia, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de accidentes de trabalho ou de morte;
i) regulamentação do exercicio de todas as profissões;
j) reconhecimento das convenções collectivas de trabalho.
§ 2.º Para o effeito deste artigo, não ha distincção entre o trabalho manual e o trabalho intellectual ou technico, nem entre os profissionaes respectivos.
§ 3.º Os serviços de amparo á maternidade e á infancia, os referentes ao lar e ao trabalho feminino, assim como a fiscalização e a orientação respectivas, serão incumbidos de preferencia a mulheres habilitadas.
§ 4.º O trabalho agricola será objecto de regulamentação especial, em que se attenderá, quanto possível, ao disposto neste artigo. Procurar-se-á fixar o homem no campo, cuidar da sua educação rural, e assegurar ao trabalhador nacional a preferencia na colonização e aproveitamento das terras publicas.
§ 5.º A União promoverá, em cooperação com os Estados, a organização de colonias agricolas, para onde serão encaminhados os habitantes de zonas empobrecidas, que o desejarem, e os sem trabalho.
§ 6.º A entrada de immigrantes no territorio nacional soffrerá as restricções necessarias á garantia da integração ethnica e capacidade physica e civil do immigrante, não podendo, porém, a corrente immigratoria de cada paiz exceder, annualmente, o limite de dois por cento sobre o numero total dos respectivos nacionaes fixados no Brasil durante os ultimos cincoenta annos.
§ 7.º É vedada a concentração de immigrantes em qualquer ponto do territorio da União, devendo a lei regular a selecção, localização e assimilação do alienigena.
§ 8.º Nos accidentes do trabalho em obras publicas da União, dos Estados e dos Municipios, a indemnização será feita pela folha de pagamento, dentro de quinze dias depois da sentença, da qual não se admitirá recurso ex offício .
Art 122. Para dirimir questões entre empregadores e empregados, regidas pela legislação social, fica instituida a Justiça do Trabalho, á qual não se applica o disposto no Capítulo IV do Título I.
Paragrapho unico. A constituição dos Tribunaes do Trabalho e das Commissões de Conciliação obedecerá sempre ao principio da eleição de seus membros, metade pelas associações representativas dos empregados, e metade pelas dos empregadores, sendo o presidente de livre nomeação do Governo, escolhido dentre pessoas de experiencia e notoria capacidade moral e intellectual.[footnoteRef:3] [3: Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1930-1939/constituicao-1934-16-julho-1934-365196-publicacaooriginal-1-pl.html> Acessado em: 18/05/2016] 
Nessa Constituição surgiram muitos avanços aos direitos trabalhistas, que ficaram de maneira solta e desconecta dentro de tal livro, como a regulamentação do salário mínimo, por exemplo, desse modo, em 1943, já na figura da nova Carta Magna, surgiu a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não sendo um Código imutável, como é obvio pelo tanto de decretos-leis e leis que foram adicionadas no decorrer dos anos. 
2.4 Constituição de 1937
Apesar de a Justiça do Trabalho ser instituída na Constituição anterior, ela só foi instaurada em 1941, funcionando efetivamente nesta Carta Magna. Além disso, essa é a primeira vez que o trabalho aparece como um dever social, merecedor de especial proteção do Estado, segundo o artigo 136: “O trabalho é um dever social. O trabalho intelectual, técnico e manual tem direito a proteção e solicitude especiais do Estado. A todos é garantido o direito de subsistir mediante o seu trabalho honesto e este, como meio de subsistência do indivíduo, constitui um bem que é dever do Estado proteger, assegurando-lhe condições favoráveis e meios de defesa”[footnoteRef:4]. [4: Presidência da República: Casa Civil. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.html> Acessado em 20/05/2016 ] 
2.5 Constituição de 1946
Tendo a Justiça do Trabalho se firmado, suacompetência fica clara nessa Constituição, a de conciliar e julgar as desavenças individuais e coletivas entre empregados e empregadores, entre outras questões que poderiam aparecer nas relações de trabalho, conforme diz o artigo 145: “A ordem econômica deve ser organizada conforme os princípios da justiça social, conciliando a liberdade de iniciativa com a valorização do trabalho humano.”, e seu parágrafo único: “A todos é assegurado trabalho que possibilite existência digna. O trabalho é obrigação social”[footnoteRef:5]. [5: Presidência da República – Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.html> Acessado em: 20/05/2016 ] 
2.6 Constituição de 1967
Tal Constituição não trouxe muitas novidades para o Direito do Trabalho, além de anular o direito a greve do trabalhador, ela passou a prever o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, estendendo sua legislação trabalhista para servidores públicos, temporários, servidores técnicos ou especializados, conforme o artigo 104: “Aplica-se a legislação trabalhista aos servidores admitidos temporariamente para obras, ou contratados para funções de natureza técnica ou especializada”[footnoteRef:6], defendendo também a dignidade da pessoa humana no artigo 157, II: “valorização do trabalho como condição da dignidade humana”[footnoteRef:7]. [6: Presidência da República: Casa Civil <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao67.html> Acessado em: 20/05/2016. ] [7: Idem.] 
2.7 Constituição de 1988
Por fim, a Constituição da atualidade, que perdura até hoje, mais conhecida como Constituição Cidadã, ampliou os direitos dos trabalhadores, sendo o mais democrático possível. Os principais artigos referentes aos direitos dos trabalhadores são os artigos 7 e 8. Aonde no artigo 7º comenta-se sobre estabilidade trabalhista, seguro desemprego, licença maternidade/ paternidade, férias remunerada, aposentadoria, entre outros direitos. Já no artigo 8º fala sobre as organizações sindicais. 
Essa é a Constituição que mais contribuiu para os direitos dos trabalhadores, acreditando na garantia de direitos fundamentais e sociais, tendo uma abordagem mais coletiva em relação a Justiça do Trabalho e não individualista como era em outros tempos. 
· Governo Lula
Por ser de um partido denominado dos trabalhadores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva muito se comprometeu com os direitos trabalhistas, onde realizou políticas de valorização do salário mínimo, além de criar a Lei dos estágios e a figura do Microempreendedor Individual (MEI – criando condições especiais para o trabalhador informal). Regulamentou também a profissão de empregada doméstica, o descanso remunerado em feriados, trinta dias corridos de férias, estabilidade às gestantes, entre outros direitos. 
3. Estrutura da Justiça do Trabalho
De acordo com o art. 111, I, II e III da nossa Constituição Federal, os órgãos da justiça do trabalho são: o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais regionais do Trabalho e os Juízes do trabalho. Segundo Marcelo Novelino,[footnoteRef:8] antes no inciso III, eram as juntas de conciliação e julgamento, porém, com o advento da emenda constitucional 24/ 1999, as juntas foram substituídas pelos juízes de trabalho, os quais exercem sua jurisdição nas Varas do Trabalho. [8: NOVELINO, Marcelo. Curso de direito constitucional. 6º ed. São Paulo: Método, 2012, p. 948.] 
A competência da justiça do trabalho encontra-se arrolada no art. 114 da CF e ainda com a Emenda constitucional n.45/2004 ainda passou a abranger competência para julgar todas as causas em que envolvam a relação de trabalho, e não mais apenas de emprego sendo entendido assim que a “justiça do trabalho torna-se oriunda de todas as relações de trabalho no sentido mais amplo que a expressão admite”[footnoteRef:9]. Porém, ainda permanece sem competência para julgar crimes do trabalho, pela sua natureza essencialmente penal e funcionários públicos (estatutários). [9: TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012, ] 
Para entender melhor a estrutura da justiça do trabalho vamos analisa cada um desses órgãos:
3.1 Tribunal Superior do Trabalho (TST)
E estrutura do Tribunal Superior do Trabalho é composto por vinte e sete ministros que são escolhidos dentre os brasileiros com critérios a serem avaliados segundo o art 111-A, I e II da Constituição. E no paragrafo primeiro determina que a competência do TST não está fixada diretamente na constituição, ficando entendido que esta deve ser objeto de disciplina legal, e as mesmas estão fixadas no art. 702 da CLT e na Lei 7.701/1988.
As decisões proferidas pelo TST em regra são irrecorríveis, portanto, Marcelo Novelino[footnoteRef:10] menciona que são admitidas duas hipóteses de interposição de recurso ao STF: o Recurso ordinário, no caso de decisões denegatórias proferidas única instancia pelo Tribunal em mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção (CF art 102,II, a); e. ii) e o Recurso extraordinário nas hipóteses previstas na constituição (CF, art. 102,III). [10: Idem, p. 952 ] 
Junto com o Tribunal Superior do Trabalho funcionarão: art. 111-A,§ 2° da CF: 
· A Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, onde se regulamentam os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira dos mesmos;
· O Conselho Superior da Justiça do Trabalho: onde se exerce, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentaria, financeira e patrimonial da justiça do trabalho de primeiro e segundo graus. Como este é o órgão Central do sistema, suas decisões terão efeito vinculante.
3.2 Tribunais Regionais do Trabalho 
A Nossa constituição prevê no art. 115 que os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos por no mínimo, 7 juízes recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da Republica e segundo critérios previstos no mesmo artigo. 
A Competência dos tribunais Regionais do trabalho está estabelecida pelos arts. 678 e 680 da CLT, e as decisões proferidas por esses Tribunais podem ser Revistas no Tribunal Superior do Trabalho.
No Brasil a prestação jurisdicional do trabalho é realizada em vinte e quatro Tribunais Regionais que são distribuídos pelo território brasileiro, são eles:
· TRT da 1ª Região - Jurisdição no Estado do Rio de Janeiro
· TRT da 2ª Região - Jurisdição no Estado de São Paulo (capital)
· TRT da 3ª Região - Jurisdição no Estado de Minas Gerais
· TRT da 4ª Região - Jurisdição no Estado do Rio Grande do Sul
· TRT da 5ª Região - Jurisdição no Estado da Bahia
· TRT da 6ª Região - Jurisdição no Estado de Pernambuco
· TRT da 7ª Região - Jurisdição no Estado do Ceará
· TRT da 8ª Região - Jurisdição nos Estados do Pará e Amapá
· TRT da 9ª Região - Jurisdição no Estado do Paraná
· TRT da 10ª Região - Jurisdição no Distrito Federal e Tocantins
· TRT da 11ª Região - Jurisdição no Estado de Roraima e Amazonas
· TRT da 12ª Região - Jurisdição no Estado de Santa Catarina
· TRT da 13ª Região - Jurisdição no Estado da Paraíba
· TRT da 14ª Região - Jurisdição nos Estados do Acre e Rondônia
· TRT da 15ª Região - Jurisdição no Estado de São Paulo (Interior)
· TRT da 16ª Região - Jurisdição no Estado do Maranhão
· TRT da 17ª Região - Jurisdição no Estado do Espírito Santo
· TRT da 18ª Região - Jurisdição no Estado de Goiás
· TRT da 19ª Região- Jurisdição no Estado de Alagoas
· TRT da 20ª Região - Jurisdição no Estado de Sergipe
· TRT da 21ª Região - Jurisdição no Estado do Rio Grande do Norte
· TRT da 22ª Região - Jurisdição no Estado do Piauí
· TRT da 23ª Região - Jurisdição no Estado do Mato Grosso
· TRT da 24ª Região - Jurisdição no Estado do Mato Grosso do Sul[footnoteRef:11] [11: Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/justica-do-trabalho> Acesso em: 17/05/2016] 
3.3 Varas Trabalhistas
As varas de trabalho estão previstas na constituição, e tem a função de tornar mais acessível o acesso ao direito do trabalhador, de maneira a cumprir o art115,§ 2º da CF, que prevê a descentralizaçãodos Tribunais Regionais do Trabalho. 
Os Juízes do trabalho exercerão sua jurisdição nas varas do trabalho, e em cada vara de Trabalho a jurisdição será exercida por um juiz singular. Art. 116 da CF. Cada Vara é composta por um Juiz do Trabalho titular e um Juiz do Trabalho substituto, e ainda da Emenda Constitucional numero 24/1999 prevê que, onde não forem instituídas as Varas de Trabalho, a jurisdição será atribuída aos juízes de direito.
“A Vara do Trabalho é a primeira instância das ações de competência da Justiça do Trabalho, sendo competente para julgar conflitos individuais surgidos nas relações de trabalho. Tais controvérsias chegam à Vara na forma de Reclamação Trabalhista”[footnoteRef:12]. [12: Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/web/acesso-a-informacao/varas-do-trabalho> Acesso em: 17/05/2016 ] 
4. Finalidade
A justiça do trabalho, enquanto justiça especializada surge com a missão de dirimir os conflitos inerentes as relações de trabalho, diante das demandas propostas de maneira individual ou coletiva e atuando entre empregados e empregadores, assegurando a dissolução do conflito.
Frente a esses conflitos, a justiça do trabalho visa estabelecer os limites da relação mão de obra/ capital de forma a garantir a segurança do trabalhador e a consequente exploração da mais valia dentro do que determina a legislação.
Sendo assim, a justiça do trabalho opera a fim de garantir não somente a proteção do trabalhador, mas também a proteção da ordem econômica e dos empresários. A distância da justiça do trabalho da sociedade culmina por impedir um acesso livre e irrestrito a justiça, que por sua natureza originária deve servir de ultimo recurso à garantia dos direitos e reparação de injustiças.
Além disso, empregados e empregadores não possuem a mesma capacidade, seja ela técnica ou financeira, representando primeiro o elo mais frágil desta relação e que perante a tutela do Estado pode reclamar seus direitos.
A competência da justiça do trabalho é oriunda do art. 114 da CF/88, a qual prevê a competência originária para processar e julgar os conflitos relacionados às relações trabalhistas. Para tal, foi necessário repartir a competência em função das pessoas, matéria, lugar e função.
4.1 Competência em Razão das Pessoas
Toda matéria de cunho trabalhista e proveniente de uma relação de trabalho deverá ser apreciada pela justiça do trabalho. Os trabalhadores rurais (Lei n° 5.889/73), domésticos (decreto nº 71.885/73), temporários, funcionários de fundações ou autarquias, estadual ou municipal (se forem contratados pelo regime CLT) e os cartorários e seus auxiliares terão suas questões sob a competência da justiça laboral.
Porém, os trabalhadores com contrato de serviço por tempo determinado que forem contratados para atender necessidade temporária e de interesse público não são embarcados nos casos de competência da justiça do trabalho.
4.2 Competência em Razão da Matéria
Cabe a justiça do trabalho e somente à ela julgar e processar as ações referentes as relações de trabalho, de modo que para Sergio Pinto Martins se compreende por relação de trabalho:  “... a relação jurídica entre o trabalhador e o tomador de serviços, que pode ser física ou intelectual, com ou sem remuneração”[footnoteRef:13]. [13: ] 
Em relação às contribuições sociais será competente somente para sua retenção, não podendo, portanto determinar sua retenção. Cumpre destacar que a incompetência em razão da matéria é absoluta e pode ser reconhecida a qualquer tempo, solicitada por arguição ofício ou requerimento das partes.
4.3 Competência em Razão da Função 
A competência funcional da justiça do trabalho se refere à função que cada juiz do trabalho desempenha. Essa distribuição de encargos está prevista em nossa Carta Magna, na consolidação das leis trabalhistas (CLT) e no regimento interno de cada tribunal. Sendo estas funções típicas dos órgãos que solucionam controvérsias de caráter estritamente trabalhista.
4.4 Competência em Razão do Lugar 
A competência em razão do lugar é definida com base no território em que atua o órgão jurisdicional. Porém a competência territorial é relativa, deve ser arguida pelas partes por exceção de incompetência, ou o juiz se tornará competente para dirimir a lide. Além disso, na falta de justiça especializada cabe ao juiz da justiça comum resolver o litigio.
A CLT como forma de proteger o empregado, que representa a parte mais fraca da relação de trabalho, estabelece no art. 651 o foro do ultimo local de trabalho do trabalhador para resolução dos conflitos. Porém, nos casos em que o funcionário seja agente ou viajante comercial, quando empregado brasileiro trabalhar no estrangeiro e quando o empregado realizar atividade em lugar diferente ao do contrato. 
5. Caso 
TRT 18 – Tribunal Regional do Trabalho de Goiás
(VT VALPARAÍSO DE GOIÁS-GO)
Processo nº TRord- 0011113-22.2016.5.18.0241
Autor – Celso Carvalho das Chagas
Advogado – Rogério de Oliveira Anderson (OAB: 28290/DF) 
Réu – Empresa Brasileira de correios e telégrafos
Intimado (s) citado (s)
Celso Carvalho das Chagas
Poder Judiciário, Justiça do Trabalho. 
I – Sentença – Relatório
Celso carvalho das Chagas, já qualificado nos autos, invocou a tutela deste juízo, pleiteando em razão dos fatos narrados na exordial, a condenação da parte reclamada, Empresa Brasileira de Correios e telégrafos, igualmente qualificada, ao pagamento das verbas trabalhista listada na peça de ingresso. Atribui – à causa o valor de R$ 40,000
II - Fundamentos
Da análise dos autos, verifico que a parte autora não indicou, em sua totalidade, os assuntos processuais sobre os quais versa a demanda proposta.
Por meio do Ofício-Circular TRT 18ª SGJ nº 200/2015 - expedido em atenção ao Ofício Circular SEGJUD nº 068 do C. TST -, reforçasse, no âmbito deste Egrégio 18º Regional, a necessidade de cumprimento do estabelecido no art. 3º da Resolução nº 46 do Conselho Nacional de Justiça, que determina que, desde a implantação das Tabelas Unificadas do Poder Judiciário, todos os processos novos devem ser cadastrados de acordo com as tabelas unificadas de classes e assuntos processuais.
A Portaria nº 125, de 30/9/2015, do Conselho Nacional de Justiça, que atualiza os critérios para a concessão do Selo Justiça em Números a partir de 2015, contém idêntica orientação no sentido de ser imprescindível o correto cadastramento de assuntos processuais.
Nesse cenário, na forma do art. 61 da Resolução 136 do CSJT, por não ter atendido o Reclamante ao pressuposto processual alusivo à correta indicação dos assuntos processuais tratados na demanda, impõe-se extinguir o feito, sem resolução do mérito, na forma do art. 485, IV do CPC c/c art. 769 da CLT.
III - Dispositivo
Pelo exposto, nos autos da reclamatória ajuizada por CELSO CARVALHO DAS CHAGAS em face de EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS, decido extinguir o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV, do CPC, consoante fundamentação anterior, que passa a integrar este dispositivo.
Ante a declaração de miserabilidade firmada nos autos, concedo as benesses da justiça gratuita à parte demandante, na forma do art. 790, § 3º da CLT.
Custas, pela parte autora, no importe de R$ 800,00, calculadas sobre o valor atribuído à causa (R$ 40.000,00), de cujo recolhimento fica dispensada, na forma da Lei.
Retire-se o feito da pauta de audiências.
Intime-se a parte autora.
Após o decurso do prazo legal, arquivem-se os autos, com as cautelas de estilo.
LUCIANA MARLETTI CIRNE DE AZEVEDO
VALPARAISO DE GOIAS, 6 de Maio de 2016
JEOVANA CUNHA DE FARIA
Juiz Titular de Vara do Trabalho.
5.1 Resumo
Trata–se de uma ação trabalhista que ocorre na vara do trabalho da cidade de Valparaiso de Goiás, onde à ré, a EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS atende ao regime jurídico da CLT por se tratar de uma empresa pública que atende as regras de administração indireta e direito privado. Portanto a sentença é de extinção ao processo sem resolução do mérito, conforme o Art. 485 CPC, IV, onde se diz: “verificara ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo”. E a partir deste fundamento, cabe ao autor arcar com as custas processuais com base no valor da causa.
6. Bibliografia
ASSIS, Roberta Maria Corrêa de. A Constituição de 1988 e o Direito do Trabalho. 
Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br> Acessado em: 18/05/2016.
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Instituto de Desenvolvimento e Estudos de Governo. Disponível em <http://ideg.com.br/constituicao-do-imperio-do-brazil-1824/> Acessado em: 18/05/2016.
Jornal do Brasil. Disponível em: <http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/04/30/getulio-vargas-lula-e-os-direitos-trabalhistas/> Acesso em: 23/05/2016.
Jurisway: Sistema Educacional Online. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4553> Acesso em: 20/05/2016.
KREIN, José Dari; SANTOS, Anselmo Luis dos; NUNES, Bartira Tardelli. Trabalho no Governo Lula: avanços e contradições. São Paulo, 2012. 28. Instituto de Economia UNICAMP.
MARQUES, Rafael da Silva. Pelo fim da Justiça do Trabalho . Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n. 4.019, 3 jul. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/28529>. Acesso em: 22/05/2016.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 26ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
NOVELINO, Marcelo. Curso de direito constitucional. 6º ed. São Paulo: Método, 2012.
Presidência da República: Casa Civil. <http://www.planalto.gov.br/> Acessado em 20/05/2016.
ROCHA, Manuela Carvalho de Oliveira. Competências da Justiça do Trabalho. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3.283, 27 jun.2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/22103>. Acesso em: 22/05/2016.
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <http://www.tst.jus.br> Acesso em: 17/05/2016.
TINTI, Evandro de Oliveira. Finalidade da Justiça do Trabalho. Disponível em: <http://www.oregional.com.br/2014/09/a-finalidade-do-direito-do-trabalho_312009>. Acesso em: 22/05/2016.

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