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Bioquimica e Farmacologia

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DENIS JOSÉ DA SILVA- RA: 8049908
Bioquímica e Farmacologia
Portfólio Ciclo 3
Centro Universitário Claretiano
Bacharelado em Educação Física
Bioquímica e Farmacologia
Tutor Virgínia campos Silvestrini
POÇOS DE CALDAS
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
	Curso: Bacharelado em Educação Física
	Disciplina: Bioquímica e Farmacologia
	Tutor: Virgínia Campos Silvestrini
	R.A.: 8049908
	Aluno: Denis José da Silva
	Turma: DGEFB2101PCLA4S
Descrição da atividade 
Como vimos, os anti-inflamatórios são fármacos amplamente utilizados. No entanto, seu uso indevido pode desencadear efeitos colaterais extremamente prejudiciais à vida. Assim, com base nos conteúdos aprendidos até o momento, faça uma pesquisa bibliográfica em artigos científicos clássicos e atuais a respeito dos efeitos colaterais advindos do uso de anti-inflamatórios e explique detalhadamente seus diferentes mecanismos de ação correlacionando seus efeitos benéficos e maléficos.
Introdução
 Segundo Pinheiro (s.d) os anti-inflamatórios é uma classe de medicamentos que atuam sobre ações inflamatórias que ocorrem no organismo. Os anti-inflamatórios poder ser anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e anti-inflamatórios esteroidais (AIES), os AINES atuam inibindo a enzima COX, sendo os medicamentos mais usados pelas pessoas, o acetilsalicílico, ibuprofeno, nimesulida são alguns exemplos de anti-inflamatórios não esteroidais. Os anti-inflamatórios esteroidais (AIES), conhecido como glicocorticoides, exibem seu mecanismo de ação similarmente ao cortisol. Os AIES atuam na alteração da transcrição gênica provocando “síntese de algumas substancias e inibindo as de outras. Também possuem ação na inibição da fosfolipase A2, responsável pela síntese de ácido araquidônico e, então, eicosanoides”, a dexametasona, hidrocortisona e prednisona são exemplo de AIES (RANG; HANDERSON; RING, 2020 apud SILVESTRINI, 2020).
Objetivo
 O trabalho tem por objetivo descrever informações sobre os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e os anti-inflamatórios esteroidais (AIEs), assim como seus efeitos adversos e benéficos, e os riscos mais recorrentes pelo uso inadequado por estes.
Desenvolvimento
 Segundo Silva e Lourenço (2014) os anti-inflamatórios são os medicamentos mais receitado, e com o avanço da idade ele é mais consumido ainda. No ano muitas pessoas morrem por consequência dos efeitos colaterais por utilizar anti-inflamatórios (Quintero, 2005 apud Silva, Lourenço, 2014). “A inflamação é uma resposta inespecífica do organismo a estímulos diversos”. A reparação tecidual é seu objetivo primário, em determina das situações pode provocar mais efeitos desfavoráveis do que efeitos benéficos. A inflamação pode ser aguda e apresentar edema, formação de exsudato e migração celular, “ou crônica, com migração de monócitos, linfócitos, plasmócitos e fibroblastos”. Tendo sinais de regeneração e reestruturação da matriz conjuntiva em que no momento que se cronifica leva a alteração tecidual e fibrose (Vane, 1995 apud Silva, Lourenço, 2014). O rompimento da menbrama dos lisossomos pelos fagócitos libera enzimas líticas e desta forma leva a desnaturação protéica das células. Este é o sinal para ativar o sistema que sintetiza e disponibiliza a histamina, serotonina, bradicinina, prostaglandinas, leucotrieno e fatores quimiotáticos que são substâncias mediadoras (SILVA, LOURENÇO, 2014). 
 Os AINES são muitos eficientes no tratamento de dores e inflamações, especialmente a nível osteoarticular, desta forma são os medicamentos mais consumidos no mundo. Os efeitos básicos apresentados pelos anti-inflamatórios são antipiréticos para baixar a febre, analgésico para combater a dor e anti-inflamatório para reduzir a inflamação, sendo assim, as diferenças entre os muitos tipos de anti-inflamatórios disponíveis geralmente está na potência das ações antipirético, analgésica e anti-inflamatória e nos tipos de efeitos colaterais (PINHEIRO, s.d.).
 Segundo Batlouni (2010) os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) engloba a aspirina e diversos “outros agentes inibidores da ciclo-oxigenase (COX), seletivos ou não”. O AINE mais antigo é a aspirina sendo o mais estudado também, no entanto é considerado em separado dos demais, pela sua utilização preeminente “no tratamento das doenças cardiovasculares e cérebro-vasculares, em doses baixas”. 
Os AINEs não seletivos são os mais antigos, designados tradicionais ou convencionais. Os AINEs seletivos para a COX-2 são designados COXIBEs2. Nos últimos anos, tem sido questionada a segurança do uso dos AINEs na prática clínica, particularmente dos inibidores seletivos da COX-2 em presença de determinadas condições e doenças, o que levou à retirada de alguns desses fármacos do mercado. Os AINEs tradicionais podem apresentar padrão de seletividade COX-2 similar ao dos COXIBEs, como é o caso do diclofenaco comparado com o celecoxibe, ou serem inibidores mais ativos da COX-1, como naproxeno e ibuprofeno (BATLOUNI, 2010).
 A classificação dos anti-inflamatórios não esteriodais de acordo com sua seletividade para a ciclo-oxigenase (COX), os AINES não seletivos (COX 1 e 2) que são os tradicionais e convencionais são a Aspirina, Acetaminofeno, Indometacina, Ibuprofeno, Naproxeno, Sulindac, Diclofenaco, Piroxicam, Beta-Piroxicam, Meloxicam e Cetoprofeno, já os AINES seletivos (COX 2) que são os COXIBEs são o Recoxibe, Valdecoxibe, Parecoxibe, Celecoxibe, Etoricoxibe e Lumiracoxibe (BATLOUNI, 2010). 
 Os anti-inflamatórios não esterodais se usados por indicação médica são medicamentos seguros, mas a questão é que são os medicamentos mais utilizados pela população de forma de automedicação. O uso de anti-inflamatório ocasiona diversos efeitos colaterais e a influência com o uso de outros medicamentos tem que ser levado em consideração antes de se automedicar. Os efeitos adversos mais comuns com o uso de anti-inflamatórios por longos períodos são o agravamento da hipertensão, inibição da ação dos diuréticos, agravamento da insuficiência cardíaca, agravamento da função renal, síndrome nefrótica, hepatite medicamentosa, interação com Varfarina, reação alérgica, perda de audição nos idosos, aumento do risco de doenças cardiovasculares (PINHEIRO, s.d.).
 De acordo com Silva e Lourenço (2014) os anti-inflamatórios estão correlacionados com diversos efeitos colaterais e geralmente referentes ao seu mecanismo de ação que é inibir síntese de prostaglandinas, desta forma é complexo determinar um anti-inflamatório com total segurança, pois “a toxicidade é dose dependente. Doses menores são mais seguras, mas também menos eficazes”.
Os AINEs podem desencadear no Trato Gastro Intestinal um aumento da difusão de ácido na mucosa gástrica (dano tecidual). E a inibição de cox 1 vai reduzir a síntese de prostaglandinas gástricas que são citoprotetoras da mucosa, promovendo o desenvolvimento de úlceras (reduz PGI 1 e PGE 2) e sangramento (reduz adesividade plaquetária) (SILVA, LOURENÇO, 2014).
 Os anti-inflamatórios não esterodais podem provocar o aumento de transaminase, na maioria das vezes leves e transitórios, e raramente provoca a insuficiência hepática. Também pode provocar a disfunção renal, sendo incomum na ausência de aspectos predisponentes, reduzindo “o ritmo de filtração glomerular levando aedema, retenção de sódio e água e hipertensão arterial. Pode ocorrer insuficiência renal aguda ou crônica provocada por necrose papilar aguda ou nefrite intersticial aguda, além de síndrome nefrótica” (DUBOIS, 1998 & LIPSKY, 2000 apud SILVA, LOURENÇO, 2014).
 Segundo Silva e Louremço (2014) apenas os anti-inflamatórios não esterodais AAS, Tolmetin, Ibuprofen e Naproxen são liberados pela FDA (Administração de Alimentos e medicamentos) para o uso em crianças, mas alguns outros anti-inflamatórios como a Nimesulida, Diclofenaco e Meloxicam são classificados como seguro para o uso em crianças, com ou não aprovação da FDA. O paracetamol é um antitérmico e analgésico muito utilizado em crianças e ao queparece não leva risco nenhum, mas se usado de forma errada pode levar a morte da mesma forma que o mal-uso de outros anti-inflamatórios.
 O uso de “antiinflamatórios inibidores seletivos de COX-2 causam efeitos colaterais diversos, e de gravidade variável, dependendo da idade e estado imunológico do paciente”, desta forma o consumo destes dever ser orientado por médicos especializados, considerando os prováveis riscos que podem ocasionar na saúde dos indivíduos (SILVA, LOURENÇO, 2014).
 A principal ação dos anti-inflamatórios não esterodais ocorre em inibir a biossíntese de Prostaglandinas, disposta por meio da inativação do COX, porém alguns anti-inflamatórios dispõem de mecanismo de ação complementares como a “inibição da quimiotaxiainfra-regulação da produção de interleucina1, diminuição na produção de radicais livres e superóxido e interferência nos eventos intravasculares mediados pelo cálcio” (FURST; ULRICH, 2010 apud VIEIRA, 2017).
 De acordo com Carvalho (2010 apud Vieira, 2017) a Prostaglandina gerada pelo COX está ligada a vários processos fisiológicos e patológicos como:
Na secreção gástrica, homeostasia e manutenção da função renal, as PGs participam de forma fisiológica mediadas pela COX-1. Enquanto a COX-2 é induzida na inflamação, como resposta do tecido lesado, contribuindo para o desenvolvimento de alterações patológicas.
 De acordo com Mendes, Stanczyk, Sordi, Otuki, Santos e Fernandes (2012) os anti-inflamatórios não esterodais atenuam a dor, a febre e a inflamação por inibir a enzima ciclooxigenase (COX), e são classificados em inibidores tradicionais e inibidores seletivos. Os inibidores seletivos têm o intuito “de reduzir os efeitos gastrintestinais dos inibidores tradicionais”, inibindo de forma seletiva o COX-2, contudo essa seletividade provoca uma instabilidade entre os fatores anti- e pró-trombóticos, com uma predominância “de tromboxato (TXA2) em detrimento de prostaciclina (PGI2)”, desencadeando uma série de problemas cardiovasculares.
 Com o uso de anti-inflamatórios não estoradais surge indícios do aumento do risco cardiovascular, principalmente os inibidores seletivos da COX-2, além de haver estudos clínicos indicado que os inibidores seletivos Cox-2 desempenham consideráveis efeitos cardiovasculares adversos, envolvendo o crescimento “acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e hipertensão arterial”, desta forma todo anti-inflamatórios não esteroidais devem ser prescritos após uma análise de seus riscos e benefícios para o paciente (BATLOUNI, 2010)
 Os anti-inflamatórios esteroidais (AIES) ou corticosteroides tem um forte efeito anti-inflamatório (glicocorticoide, sua ação mineralocorticoide deve ser levada em consideração ao escolher o medicamento, em razão que poderá ocasionar a retenção de água e sal, hipertensão e perda de potássio. Os corticosteroides com amplo efeito mineralocorticoide são pertinentes na insuficiência suprarrenal, porem está peculiaridade dificulta sua utilização em tratamentos que necessitam um longo período de dosagem, desta forma, no caso de doenças reumáticas opta-se por fármacos com menor efeito mineralocorticoide (BRASIL, 2010).
Os corticosteroides são indicados por via sistêmica em várias situações clínicas, como em doenças reumáticas, doenças inflamatórias intestinais, algumas neoplasias malignas, insuficiência e hiperplasia suprarrenal, doenças imunopáticas e condições alérgicas. Na artrite reumatoide são utilizados em pacientes com doença grave ou na presença de vasculite e no controle da atividade da doença durante terapia inicial com fármacos modificadores de doença reumática (BRASIL, 2010). 
 No uso de corticosteroides, suas doses têm uma grande variedade, em alguns contextos “como a dermatite esfoliativa, pênfigo, leucemia aguda e rejeição aguda de transplante”, uma grande dosagem tem potencial para salvar ou aumentar a expectativa de vida do paciente. Em algumas situações o uso prolongado dos fármacos, seus efeitos adversos podem superar as complicações provocadas pela doença, sendo que os efeitos podem alterar a sujeição das doses aplicadas e da extensão do tratamento (BRASIL, 2010).
 De acordo com Silva (2009) ocorre efeitos fisiológicos importantes com o uso dos glicocorticoides principalmente na sua atuação sobre o metabolismo intermediário, especificamente dos carboidratos, proteínas e lipídios;
além de glicose, regulam o metabolismo no estado de jejum e pós-prandial; os mineralocorticoides têm importante participação na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico. Alguns efeitos são considerados “permissivos”, ou seja, em determinadas situações eles amplificam a ação de outros hormônios.
 Segundo Biondo et al. (2005 apud Lovarato, 2016) o consumo de anti-inflamatórios esterodais podem ocasionar efeitos adversos perceptivos clinicamente quanto variações:
em analítos laboratoriais, de forma transitória ou permanente, cita-se como exemplo a contagem global e diferencial de leucócitos, que pelo efeito imunossupressor desta classe de fármaco, tanto a nível absoluto quanto a nível relativo, achar-se-á depleção de linfócitos e eosinófilos, aumento de neutrófilos e monócitos. 
 Desta forma o grande vilão do consumo de anti-inflamatórios esterodais é sua ação que induz a glicose-6-fosfatase, sendo a enzima que age na glicogenólise resultando na hiperglicemia, que poderá provocar outros diversos efeitos colaterais a nível de lipidograma (SANTOS; GUIMARÃES & DIAMENT, 1999 apud LOVARATO, 2015).
 O consumo por longos períodos de anti-inflamatórios esterodais, os corticosteroides, pode aumentar a chances de infecções e sua gravidade, causando imunossupressão. Pode ocorrer dificuldade para reconhecer as infecções mesmo estando em estado avançado da doença, por essa se apresentar de atípica ou subclínica, desta forma o uso de anti-inflamatórios esterodais em altas dose, é possível que ocorra “transtornos do humor, distúrbios de comportamento, reações psicóticas e pensamentos suicidas”. A utilização de anti-inflamatório por longos períodos também pode inibir o crescimento em crianças não sendo possível reverter a situação, “distúrbios do balanço hidreletrolítico (levando a edema, hipertensão e hipopotassemia), afinamento da pele, osteoporose, fratura espontânea, glaucoma, miopatia, úlcera péptica e diabete melito1”, e o uso de alta dosagem também pode cocasionar necrólise avascular do colo femoral, síndrome de Cushing, estrias e acnes, sendo todas elas com possibilidade de reversão com a paralisação do tratamento, diminuindo os corticosteroides gradativamente (BRASIL, 2010). 
 Segundo Lavorato (2016) os efeitos dos anti-inflamatórios esterodais (glicocorticoides) ocorrem em quase todos os órgãos e tecidos, “tem mecanismos e efeitos genômicos e não genomicos”. 
No mecanismo genomico, ao cruzar a membrana plasmática celular, o glicocorticoide (GC) se ligará ao seu receptor específico Glucocorticoid Receptor (GR), sofrerá uma biotransformação e passará a ser chamado de complexo (GC – GR), este complexo tem o potencial de adentrar ao núcleo celular e passará a modificar o processo de transcrição de genes específicos - genes alvo dos glicocorticoides - por meio de ligações aos elementos responsivos aos glicocorticoides e produzirá os efeitos dos glicocorticoides (MELO, 2013 apud LOVARATO, 2016).
 De acordo com Melo (2013 apud Lavorato, 2016) normalmente as ações não genômicas são mais vertiginoso que as genômicas, onde o músculo esquelético e cardíaco, tecido adiposo, sistema nervoso central e imunológico são “mais receptíveis às ações não genômicas e o mecanismo de ação não genômica ainda estar por ser elucidado”. 
 Segundo Anti, Giorgi e Chahade (2008) os anti-inflamatórios esterodais (glicocorticoides) tem sua classificação conforme a sua meia vida, potência e sua duração de ação, a sua duração de ação é caracterizada “como curta, intermediaria e longa, tem base a duração de supressão do ACTH após dose única, com atividade antiinflamatória equivalentea 50 mg de prednisona”. Os glicocorticoides têm sua potência ponderada de acordo com “sua afinidade aos receptores citoplasmáticos e pela dura de sua ação”.
 Apesar de ser característicos a origem de seus efeitos sobre o metabolismo de carboidratos, os anti-inflamatórios esterodais glicocorticoides agem quase em todos os órgãos e tecidos, o mecanismo primordial que proporcioca “a transativação ou a transrepressão gênica inicia-se com o hormônio, que é lipofílico, cruzando a membrana citoplasmática da célula-alvo por difusão passiva” (ANTI, GIORGI, CHAHADE, 2008).
 Os anti-inflamatórios esterodais (glicocorticoides) tem como função fisiologia fundamental a reação a ataques ao organismo vivo que estão frequentemente expostos. “Quando administramos um GC exógeno com intuito de obter ação antiinflamatória e/ou imunossupressora, estamos amplificando, em última análise, seus mecanismos de ação fisiológicos”. Tendo como alguns efeitos fisiológicos o aumento da glicose sérica e o glicogênio hepático, provoca resistência à insulina, reduz a síntese protéica e aumenta o catabolismo muscular, deprime a função tireoidiana, deprime a função reprodutiva e a síntese de hormônios sexuais, interfere na absorção intestinal de cálcio dentre muitos outros (ANTI, GIORGI, CHAHADE, 2008).
 Segundo Lavorato (2016) o consumo de anti-inflamatórios esterodais mesmo com orientação de um profissional habilitado necessita de cuidados, em razão de haver muitos efeitos colaterais e evidentes alterações laboratoriais, “que se não associados ao uso dos anti-inflamatórios esterodais, pode-se induzir erros. As alterações laboratoriais observadas pelo o uso de anti-inflamatórios esterodais foram:
 Contagem global e diferencial de leucócitos com leucocitose, neutrofilia, monocitose, linfopenia e eusinopenia;
 Na mensuração de eletrólitos pode-se observar hipocalcemia, hipocalemia e hiponatremia devido à alta excreção induzida pelo medicamento; 
 Hiperglicemia; 
 No lipidograma observa-se aumento do LDL, VLDL, triglicerídeos e depleção do HDL;
 No espermograma observa-se diminuição do numero de espermatozoides na contagem global e diminuição da motilidade por ocasião da influencia dos anti-inflamatórios esteroidais na gametogênese.
Conclusão
 Conclui-se que os anti-inflamatórios tem eficácia semelhantes uns aos outros, e trazem benefícios com uso adequado e com acompanhamento especializado. Seu uso excessivo e sem acompanhamento podem trazer graves problemas para saúde, agravando doenças cardiovasculares, funções renais dentre outras complicações e em alguns casos podem levar até a morte, desta forma o uso desta classe de medicamentos deve ser realizado por profissionais habilitados considerando os riscos e benefícios para cada indivíduo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANTI, S.M. A; GIORGI, R. D. N; CHAHADE, W. H. Antiinflamatórios hormonais: Glicocorticóides. Einstein (Säo Paulo) ; 6(supl.1): S159-S165, 2008. Disponível em: <https://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/923-Einstein%20Suplemento%20v6n1%20pS159-165.pdf> Acesso em: 23 de abril de 2021
BATLOUNI, M. Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arq. Bras. Cardiol. vol.94 no.4 São Paulo Apr. 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2010000400019&script=sci_arttext> Acesso em: 15 de abril de 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010. 2a. edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/formulario_terapeutico_nacional_2010.pdf> Acesso em 22 de abril de 2021.
LAVORATO, F. A. Achados Laboratoriais decorrentes do uso terapêutico de anti-inflamatório esteroidais: uma revisão da literatura. Porto Velho: Centro Universitário São Lucas, 2016. Disponível em: <http://repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/1743/Fabio%20Andrade%20Lavorato%20-%20Achados%20laboratoriais%20decorrentes%20do%20uso%20terap%C3%AAutico%20de%20anti-inflamat%C3%B3rios%20esteroidais%20-%20uma%20revis%C3%A3o%20de%20literatura.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 22 de Abril de 2021.
MENDES, R. T; STANCYK, C. P; SORDI, R; OTUKI, M. F; SANTOS, F. A; FERNANDES, D. Inibição seletiva da ciclo-oxiogenase-2: riscos e benefícios. Rev. Bras. Reumatol. vol.52 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042012000500011#:~:text=Os%20AINES%20aliviam%20a%20dor,pela%20inibi%C3%A7%C3%A3o%20da%20enzima%20COX.&text=Por%20sua%20vez%2C%20os%20AINES,efeitos%20gastrintestinais%20dos%20inibidores%20tradicionais> Acesso em: 21 de abril de 2021.
PINHEIRO, P. O que são os anti-inflamatórios (AINES)?. S.d. Disponível em: <https://www.mdsaude.com/reumatologia/anti-inflamatorios-aines/> Acesso em: 14 de abril de 2021.
SILVA, M. G; LOURENÇO, E. E. Uso indiscriminado de antiinflamatórios em Goiana-GO e Bela Vista-GO. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.7, n.4, Pub.9, Outubro 2014. Disponível em <https://assets.unitpac.com.br/arquivos/Revista/74/artigo9.pdf> Acesso em: 18 de abril de 2021.
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