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[e-book] EDUCOMUNICAÇÃO (Michele Kasten)

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EDUCOMUNICAÇÃO
Michele Kasten
"Nivelar, ou se adequar à comunicação de determinado 
grupo requer uma série de procedimentos, dos quais alguns 
se encontram no método de alfabetização em questão." 
Paulo Freire
Todos os Direitos Reservados para Instituto de Desenho Instrucional®. Ao compartilhar citar a fonte.
Educomunicação é um campo teórico-prático que propõe uma intervenção a partir de algumas linhas básicas como: educação para a mídia; uso das mídias na educação; produção de conteúdos 
educativos; gestão democrática das mídias; e prática epistemológica e 
experimental do conceito. 
Há quem defenda a educomunicação como uma metodologia pedagógica e 
em sua finalidade ela propõe a construção de ecossistemas comunicativos, 
abertos e criativos[1] com relação horizontalizada entre os participantes e 
produção colaborativa de conteúdos utilizando diversas linguagens e 
instrumentos de expressão, arte e comunicação. 
Como se entende pelo nome, é o encontro da educação com a 
comunicação, multimídia, colaborativa e interdisciplinar. Pode ser 
desenvolvida em qualquer ambiente de formação, não está reduzida ao 
âmbito da educação formal, embora muitas experiências no Brasil venham 
acontecendo em escolas, especialmente com crianças e adolescentes. 
O termo também é conhecido abreviadamente como educom. Exemplos de 
educomunicação são o uso de rádio escola, web rádio virtual, jornal 
comunitário, videogames, softwares de aprendizagem online, podcasts, 
blogs, fotografia, produção de notícias para veiculação em mídias livres, etc. 
Desde a década de 1970, instituições supra-estatais, como a UNESCO, 
reivindicaram a importância da formação em Educomunicação, que, sendo 
transversal, requer tratamento específico em programas escolares, na 
formação de professores, na educação de famílias e mesmo em adultos, 
idosos, donas de casa, desempregados. No Brasil várias organizações, 
movimentos sociais e alguns projetos governamentais desenvolvem 
programas de educomunicação que possuem em comum a promoção ao 
protagonismo infanto juvenil, como também a horizontalidade da 
comunicação, tentando diminuir as diferenças hierárquicas entre educadores 
e educandos, ampliando o acesso à cultura e à informação de maneira crítica 
e autônoma.
O Que é Educomunicação?
Todos os Direitos Reservados para Instituto de Desenho Instrucional®. Ao compartilhar citar a fonte.
Educomunicação é tanto uma prática quanto um conceito na interface entre Educação e Comunicação. 
Como prática, propõe novos tipos de aprendizagem, utilizando recursos tecnológicos e novas relações na 
comunicação, mais democráticas, igualitárias e menos hierarquizadas. 
O conceito de Educomunicação entendido pelo professor Ismar de Oliveira Soares é "o conjunto das ações 
inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e 
fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, tais como escolas, centros 
culturais, emissoras de TV e rádios educativos", e outros espaços formais ou informais de ensino e 
aprendizagem. 
Com a educomunicação estudamos e trabalhamos em cima de nossas atitudes, em nossos comportamentos, em 
nossos valores, e nossas decisões considerando as relações com o mundo e com os fatores sociais, políticos, 
culturais e econômicos. Nesse sentido, o desafio é como inserir na escola e na educação, conteúdos 
comunicativos que contemplem experiências culturais heterogêneas, através das novas tecnologias da 
informação e da comunicação. Embora a educação midiática esteja envolvida na concepção de programas 
escolares em muitos países, existem agora muitas propostas relacionadas à unificação de um quadro comum 
para avaliar e criar estratégias unificadas para o desenvolvimento deste tipo de competência nos cidadãos. 
Possivelmente o primeiro a utilizar o termo "Educomunicador" foi o jornalista argentino Mário Kaplun, referindo-
se ao voluntário ou profissional capaz de mediar processos de jornalismo alternativo e projetos de rádio 
comunitária - O nome inspirou o conceito "Educomunicação", utilizado por Jesus Martin Barbero e pela ONU; 
Porém o conceito tem sido ampliado, atualizado e reformulado, com grande contribuição do NCE: Núcleo de 
Comunicação e Educação da ECA/USP. 
Paulo Freire é outra referência para o estudo da Educomunicação, Freire entende a educação como uma 
atividade que depende do ato comunicativo para a construção do conhecimento. Sua forma de pensar a 
educação, consolidada ao longo dos anos 1960, encontra paralelo na obra do linguista russo Mikhail Bakhtin. As 
obras de Bakhtin, dão grande ênfase às características culturais da comunicação, reconhecendo a diversidade 
linguística e a diferença entre os interlocutores. Dessa forma, a Educomunicação, área que propõe um olhar 
diferenciado sobre as relações entre educação e comunicação, também utilizam-se das principais ideias de 
Freire e Bakhtin. 
Paulo Freire enfatiza a importância da comunicação na educação popular e amplia o conceito buscando a ideia 
de horizontalidade nessas relações. Em tese de mestrado Walberto Barbosa Silva cita Freire  : "Nivelar, ou se 
adequar à comunicação de determinado grupo requer uma série de procedimentos, dos quais alguns se 
encontram no método de alfabetização em questão." 
Apesar de estar falando especificamente de alfabetização nesse caso, fica claro a importância para Freire de uma 
comunicação que abranja os valores e a cultura de todos participantes do processo para ampliar as vias de 
acesso aos saberes e ampliar os canais de conhecimento. A educomunicação passa pela construção coletiva de 
novos saberes e novas formas de se comunicar.
Método e Conceito
Todos os Direitos Reservados para Instituto de Desenho Instrucional®. Ao compartilhar citar a fonte.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Kapl%C3%BAn
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jes%C3%BAs_Mart%C3%ADn-Barbero
https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Bakhtin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Kapl%C3%BAn
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jes%C3%BAs_Mart%C3%ADn-Barbero
https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Bakhtin
Segundo pesquisa realizada pelo NCE, são alguns pilares da educomunicação: 
• Educação para recepção crítica 
• Expressão comunicativa através da arte 
• Pedagogia da Comunicação. 
• Produção de mídia educativa. 
• Mediações tecnológicas no espaço educativo. 
• Gestão dos processos comunicativos. 
• Reflexão epistemológica sobre a inter-relação 
• Comunicação/Educação. 
No Brasil os estudos sobre educomunicação estão muito avançados, havendo 
faculdades com cursos de graduação e especialização. No entanto, entende-se que o 
educomunicador não é formado na e pela academia, mas sim no prática 
educomunicativa, que pode acontecer dentro ou fora da escola, em ambientes 
formais ou informais de aprendizagem. 
O educomunicador pode ser formado também na produção de mídias, quando 
preocupada com a pluralidade cultural, participação popular, a consciência crítica e 
demandas que não costumam interessar à mídia comercial. 
O educomunicador não é um mero profissional da mídia, nem do mundo 
educacional, nem pode ser considerado a soma de ambos. É uma nova figura 
profissional que, a partir de ambas as profissões, oferece um perfil profissional 
diferenciado e específico que combina sua bagagem comunicativa com suas 
competências formativas, dado que seu principal alvo é a "audiência" de uma 
sociedade mediada em seus mais diversos cantos.
 Educomunicação x TIC 
A Educomunicação é epistemologicamente diferente das Tecnologia de Informações 
e Comunicação (TIC). Quando falamos em TIC ou simplesmente Informática 
Educativa, na realidade, estamos falando de ações pedagógicas que colocam a 
ênfase nos conteúdos e efeitos produzidos, isto é, em uma estratégia para tornar o 
conteúdo mais atraente para o aluno, utilizando os meios de comunicação. Sendo 
assim, a TIC substitui o quadro negro enquantoferramenta. Já a Educomunicação, 
coloca a sua ênfase no processo, ou seja, apesar de o conteúdo e o efeito fazerem 
parte de toda ação pedagógica, o processo educomunicativo não estabelece um 
"teto de desenvolvimento do conhecimento”. 
Segundo Juán Diáz Bordenave e Mário Kaplún, quanto aos modelos de educação, 
existem o modelo exógeno - que põe sua ênfase, na mídia, para produção de 
conhecimento. Já o modelo endógeno - a ênfase está sobre o sujeito e o processo de 
produção, isto é, uma relação dialogal entre educador e educando. Mario Kaplún 
afirma que este último modelo, que poderiamos chamar educomunicativo, propõe 
um relacionamento horizontal entre aluno e professor. A educomunicação tem como 
protagonista o criador, através do texto publicado pelo site educador.brasilescola, 
percebesse que a pratica da educomunicação, favorece a nosso educando um 
aprendizado rico e desafiador, visando fortalecer seu conhecimento de forma 
construtiva e inovadora. 
Mediações tecnológicas no espaço educativo. 
A escola pode ser um local privilegiado para que os alunos desenvolvam habilidades 
e se tornem receptores mais preparados frente às mensagens divulgadas pelos 
veículos midiáticos. Os estudo de Martín-Barbero, filósofo espanhol que se radicou na 
América Latina têm deixado contribuições para o entendimento da recepção 
midiática. O pensador propôs o estudo da comunicação a partir da cultura. 
Para ele, mais importante que estudar as intencionalidades dos meios, era entender a 
produção de sentidos por parte dos receptores: "o eixo do debate deve se deslocar 
dos meios para as mediações, isto é, para as articulações entre práticas de 
comunicação e movimentos sociais, para as diferentes temporalidades e para a 
pluralidade das matrizes culturais (MARTÍN-BARBERO, 1997, p.258)
Pilares da Educomunicação
Todos os Direitos Reservados para Instituto de Desenho Instrucional®. Ao compartilhar citar a fonte.
Fazendo uso da Educomunicação, o professor pode desenvolver várias atividades 
com os estudantes, desde a criação de uma rádio, de um jornal interativo até 
entrevistas com podcasts. Você já observou como seus alunos estão cada dia mais 
conectados e aprendendo a partir de recursos audiovisuais? 
Dar voz aos estudantes e envolvê-los no processo de aprendizagem de 
pertencimento através da Educomunicação é essencial para dar sentido às atividades 
e ao currículo escolar. 
A Educomunicação propõe uma intervenção a partir de Educação para a mídia, ou 
seja, o professor e os estudantes desenvolvem em sala de aula conteúdos educativos, 
fazendo a gestão democrática das mídias práticas de ecossistemas comunicativos 
abertos e criativos. A Educomunicação possibilita ampliar o diálogo, a participação 
e a criatividade em espaços formais e informais de aprendizagem. 
Dentro do ambiente escolar, suas ações ampliam capacidade de expressão dos 
estudantes e também estimulam o pensamento crítico sobre as informações que eles 
consomem diariamente nos veículos de comunicação. Além disso, as crianças e 
adolescentes também podem ser protagonistas na produção dos seus próprios 
conteúdos.  
Benefícios da Educomunicação na Aprendizagem 
Para levar a Educomunicação para a sala de aula, convidamos o professor a focar nas 
ações  destinadas a criar e desenvolver ecossistemas comunicativos, abertos e 
criativos, em espaços educativos mediados pelas linguagens e processos da 
comunicação, garantindo aprendizagens e a liberdade de expressão. 
A sala de aula é um espaço para as relações humanas e é também um território 
dedicado à apropriação, construção e produção de conhecimento 
A proposta da Educomunicação para as aulas é exatamente alinhar relações humanas 
e aprendizagem. As linguagens de comunicação e as tecnologias midiáticas têm 
papel fundamental nos processos educomunicativos. 
São meios para que os estudantes possam expressar a sua criatividade, desenvolver a 
comunicação, engajar-se coletivamente e integrar suas impressões e pontos de vistas 
no processo de construção do conhecimento e autoria. 
Educomunicação na prática 
o rádio na sala de aula e a produção audiovisual, jornalística e fotográfica são 
propostas que geram participação e processos balizados pela pedagogia de projetos. 
O estudante “se sente protagonista” ao mesmo tempo que entende o valor da sua 
colaboração e do colega no planejamento e produção da atividade. 
Na sala de aula, muitas atividades podem ser desenvolvidas com os estudantes, 
desde a criação de uma rádio, de um jornal interativo, passando por podcasts com 
entrevistas, usando recursos gratuitos como audacity, blogs e recursos como o celular, 
aos quais o estudante pode recorrer. é preciso criar ambiência na sala de aula que 
propicie o diálogo e a interação entre estudantes e dos estudantes com o professor. 
A participação do professor como mediador do processo é  fundamental para a 
fruição da proposta nas aulas.  A Educomunicação cria oportunidades de integrar 
conteúdos curriculares com as percepções de mundo dos estudantes. 
Os alunos podem aproveitar a oportunidade para desenvolver intervenções sociais na 
comunidade por meio da produção de vídeos, programa de rádio, jornal estudantil, 
jornal comunitário, postagem de matérias jornalística nas redes sociais da escola, 
realização de mostras fotográficas e realização de cineclubes para atender a 
comunidade escolar.
Como usar?
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Recursos digitais em sala de aula 
O professor pode desenvolver diversos projetos com os estudantes para apoiar o 
processo de construção do conhecimento e autoria. Os alunos podem utilizar 
tecnologias móveis, como celulares e tablets, como aliados na construção da mídia – 
para acessar e pesquisas conteúdos, gravar áudio, produzir imagem, vídeo e texto. Os 
estudantes serão capazes de criar vídeos e podcasts para postar nas redes, chegando 
a projetos como mostras virtuais de imagens.  
Os benefícios são muitos para a aprendizagem. Os alunos exercitam a leitura, a 
compreensão textual, trabalham com diferentes gêneros textuais e ainda diversas 
formas de comunicação verbal, não verbal e textos multimodais. Eles desenvolvem 
seu senso crítico em entrevistas e ficam conectados com o mundo a partir de suas 
visões ao criar pautas e trabalhar com temais atuais. 
Com ferramentas digitais, os estudantes podem recorrer a editores de áudio, de 
vídeo como VSDC ou OpenShot, de imagem GIMP, diagramadores para editoração 
de jornal ou revista Scribus ou Publisher, produção de história em quadrinhos 
Hagaquê e de criação de vídeo de animação Muan. São aplicativos gratuitos que 
podem transformar as aulas em um centro de produção de mídia. 
O grande desafio da educomunicação é fazer os alunos colocarem a mão na massa, 
produzindo materiais de qualidade sobre os conteúdos abordados. Por exemplo, 
sobre a degradação ambiental, os alunos improvisam filmagens dos pontos da cidade 
em que isso acontece, montam os vídeos fazendo as devidas formatações e terminam 
propondo como gostariam que fosse aquele local, com sugestões que a população 
pode adotar para a preservação do ambiente. 
Através do trabalho desenvolvido pela educomunicação, os professores conseguem 
resgatar o centro de interesse dos alunos, que antes se mostravam desmotivados 
diante do processo de aprendizagem, pois saem da mesmice da sala de aula, 
desenvolvendo um processo dinâmico e prazeroso. 
A educomunicação acompanha os fatos do cotidiano, muito além dos livros didáticos. 
O surgimento da gripe suína, pó exemplo, não está registrado nos livros, mesmo os 
mais atualizados. Com isso, os estudantes têm a oportunidade de abordarem temas 
sociais, de forma crítica, utilizando recursos muito mais interessantes e inteligentes do 
que os utilizados em sala de aula. 
Desenvolvem pesquisas sobre diversos assuntos, fazem entrevistas, fotografam, 
filmam, enfim, registram tudo aquilo que consideram interessante paradepois 
editarem os filmes, montarem jornais, panfletos educativos, fazendo da aprendizagem 
um recurso para difundir o conhecimento adquirido. o trabalho docente voltado para 
as práticas de utilização de recursos da mídia, torna os alunos críticos diante dos fatos 
sociais e dos meios de comunicação, “transformando o espaço escolar num grande 
espaço para a produção de rádio, música, revista, jornal, teatro, através de um 
processo democrático”. 
Mas é necessário que os conceitos sejam produzidos de forma coerente com a 
verdade científica e coerente com os anseios da cidadania, associando-os. Isso é 
educomunicação”. 
Se o grande objetivo da humanidade é salvar o planeta, diante do processo de 
degradação ambiental a que este vem sofrendo, a educomunicação pode propagar 
as práticas que favoreçam a consciência coletiva, através de pequenas ações 
promovidas por crianças e adolescentes. Estes, assim como vários outros, são 
exemplos de como a Educomunicação pode ser adaptada e utilizada em cada escola. 
Em um mundo envolto em processos midiáticos. 
Em sala de aula quando o aluno não é apenas um ouvinte, mas também protagonista 
conseguindo colocar em prática ações simples, ele pode transformar o seu cotidiano 
na sala de aula. Existem muitos exemplos. Podemos citar a elaboração de um 
documentário usando celular, fotonovela, produção de um programa de rádio ou 
mesmo TV. 
Desafios
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https://filmora.wondershare.com/pt-br/editor-de-video-new/ppc/?gclid=CjwKCAjwnMTqBRAzEiwAEF3ndut5HzypQK-cN46rEaUdwYs8IWHTbeN5PSqcujyvoAKpTmxMsVMppRoC5-kQAvD_BwE
https://filmora.wondershare.com/pt-br/editor-de-video-new/ppc/?gclid=CjwKCAjwnMTqBRAzEiwAEF3ndoO-tfFy1AjOuNJN_oUoyWjE4z8Mcc06nP2LTVe4GkuPh-Ibi6rNLhoC79EQAvD_BwE
https://www.gimp.org/
https://www.scribus.net/
https://www.libreoffice.org/download/download/
https://www.nied.unicamp.br/projeto/hagaque/
http://www.muan.org.br/br/muan/
https://filmora.wondershare.com/pt-br/editor-de-video-new/ppc/?gclid=CjwKCAjwnMTqBRAzEiwAEF3ndut5HzypQK-cN46rEaUdwYs8IWHTbeN5PSqcujyvoAKpTmxMsVMppRoC5-kQAvD_BwE
https://filmora.wondershare.com/pt-br/editor-de-video-new/ppc/?gclid=CjwKCAjwnMTqBRAzEiwAEF3ndoO-tfFy1AjOuNJN_oUoyWjE4z8Mcc06nP2LTVe4GkuPh-Ibi6rNLhoC79EQAvD_BwE
https://www.gimp.org/
https://www.scribus.net/
https://www.libreoffice.org/download/download/
https://www.nied.unicamp.br/projeto/hagaque/
http://www.muan.org.br/br/muan/
Educação para a comunicação/mídia: Estudos e projetos voltados à compreensão 
do fenômeno da Comunicação e do lugar dos meios na sociedade e seu impacto; 
Expressão comunicativa através das artes:  práticas que valorizam a autonomia 
comunicativa das crianças e jovens mediante a expressão artística – arte-educação;  
Mediação tecnológica na educação: Uso das tecnologias para ampliar as formas de 
expressão; reflexão sobre as tecnologias educativas na comunidade; 
Pedagogia da comunicação: Didática; perspectiva participativa e construtivista na 
formação de docentes através da metodologia de projetos; 
Comunicação educativa: Produção midiática destinada a temas educativos. Presença 
da Educomunicação nas produções da indústria cultural e, mesmo, produções 
midiáticas comunitárias; 
Gestão comunicativa: Articulação, planejamento e execução de ações, criação e 
avaliação de ecossistemas comunicacionais no espaço educativo; 
Reflexão epistemológica: Pesquisa teórica e prática com foco na sistematização de 
experiências e no estudo do próprio fenômeno constituído pela inter-relação entre 
Educação e Comunicação. 
Áreas da Educomunicação
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A tecnologia esta presente na sala de aula. Os alunos vêm desbravando este mundo com 
entusiasmo. 
O educador fica com o desafio de estudar estratégias como incorporar pedagogicamente 
esses recursos em sua prática pedagógica para que seja dinâmica, onde possam ser 
vivenciadas novas práticas com o uso da tecnologia em sala de aula, é necessário que ele 
conheça os benefícios na aprendizagem proporcionados quando são inseridos nas aulas 
os recursos tecnológicos. 
Uma pesquisa desenvolvida pelo NCE - Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP, 
junto a um grupo de 178 especialistas de 12 países da América Latina, entre 1997 e 1998, 
apontou para a existência de um novo perfil de profissional que se intitula 
Educomunicador. De acordo com a pesquisa, o Educomunicador é o profissional que 
demonstra capacidade para elaborar diagnósticos e de coordenar projetos no campo da 
relação Educação e Comunicação. 
Entre as atividades que desenvolve, destacam-se: a implementação de programas de 
"educação para a comunicação", favorecendo ações que permitam que grupos de 
pessoas se relacionem adequadamente com o sistema de meios de comunicação. O 
assessoramento a educadores no adequado uso dos recursos da comunicação, como 
instrumentos de expressão da cidadania. 
Em geral, todos defendem o uso de comunicação como um meio eficaz para ampliar as 
ações. Quando os entrevistados foram perguntados sobre como definiriam o trabalho do 
Educomunicador, a maioria o viu como um professor em sala de aula quer desenvolvendo 
trabalhos de "análise crítica dos meios" quer desenvolvendo "projetos tecnológicos na 
educação". 
Isto é, um professor vinculado a uma das áreas integradas do campo da Educomunicação. 
Ensinar usando os meios, aquele professor que desenvolve uma prática pedagógica 
voltada para o uso dos meios, incentivando a produção de mídia. 
Aproximando a relação da comunicação com a educação, mesmo não se dando conta já é 
um Educomunicador. 
Nesta perspectiva é notório que os espaços escolares têm a necessidade de se aproximar 
do movimento do mundo em que o aluno está inserido.  As escolas muitas vezes estão 
equipadas com recursos tecnológicos, porém muito mais do que usar a ferramenta é 
fundamental o estímulo à produção midiática. 
Perfil do Educomunicador
Alunos da geração Millenium anseiam por processos comunicacionais mais livres e 
orientados à verdade. Podemos afirmar que o desafio do uso da Educomunicação nas 
escolas é urgente. 
Quando os alunos estão por trás dessa criação eles se tornam coautores da produção, 
são eles que fazem o planejamento e a execução. O professor apenas dá autonomia 
de criar, planejar qualquer evento. 
Essa é também uma forma de deixá-los mais críticos e assim formar indivíduos que 
não vão repassar informações, mas fazer suas devidas reflexões. 
Ou seja, quando comunicação e educação andam juntas, ou melhor, suas práticas se 
unem surge o conceito de educomunicação. É possível que muitos professores 
estejam fazendo educomunicação sem mesmo saber. 
Que mais escolas deixem seus alunos virarem protagonistas de suas aulas, dando-lhes 
a oportunidade de aprender. Lembre-se: é necessário prever e planejar conjuntos de 
ações no contexto do plano pedagógico das escolas, e não ações isoladas (uma ação 
isolada não modifica as relações de comunicação num ambiente marcado por práticas 
autoritárias de comunicação). 
Todo planejamento deve ser participativo envolvendo todas as pessoas envolvidas 
como agentes ou beneficiárias das ações (por isso, convidamos os professores, alunos 
e membros das comunidades a desenvolverem planejamentos conjuntos). 
As relações de comunicação devem ser sempre francas e abertas (a educomunicação 
busca rever os conceitos tradicionais de comunicação, como se existisse apenas para 
persuadir ou fazer a boa imagem dos que detêm poder e fama. Afinal, a comunicação 
é feita para socializar e criar consensos); 
O objetivo principal é o crescimento da auto-estima e da capacidade de expressão 
das pessoas, como indivíduos e como grupo. 
Finalização
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Autora
Diretora do IDI - Instituto de Desenho Instrucional 
e Idealizadora do CONADI- Conferência Nacional 
de Desenho Instrucional.
MICHELE KASTEN
(41) 99128.8010 
contato@desenhoinstrucional.com
www.instagram.com/
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