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MOTRICIDADE: SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR (PIRAMIDAL) E INFERIOR RESUMO 14 - Semiologia do adulto e do idoso – EDUARDO FERREIRA ANATOMIA E CONCEITOS CHAVES Motricidade voluntária e inibição das vias reflexas – principal substrato o sistema piramidal. Anterior ao sulco central – área 4 de Brodmann/área motora primária/giro pré-central – estão localizados os corpos celulares do neurônio motor superior (nms) – Desce pela coroa radiada cápsula interna pedúnculos cerebrais mesencéfalo base da ponte bulbo cruza linha média (85% cruza)*** Corticoespinhal lateral corno anterior da medula espinhal sinapse com o neurônio motor inferior (nmi) placa motora movimento apendicular. *** Corticoespinhal anterior interneurônios que se projetam bilateralmente na medula movimentos axiais e segmentares. Somatotopia: quanto mais lateral o núcleo, mais distal o movimento. Inervam os músculos formando: Miótomo: conjunto de músculos inervados por uma raiz ventral Unidade motora: neurônio motor alfa na medula espinhal (ou núcleos motores dos nervos cranianos) + fibras musculares Oe ele inervadas Clínica Síndrome do NMS Síndrome do NMI Força ↓ ↓ Reflexos profundos (*) ↑ ↓ Tônus ↑ ↓ Babinski (+) (-) Fasciculação Ausente Pode presente Atrofia Discreta/tardia Presente *O nms modula a medula espinhal, inibindo parcialmente os reflexos. CONTROLE SUPRAMEDULAR Córtex motor e cerebelo Região parietal – recebe informações (posição dos objetos) córtex motor suplementar e primário. Lobo frontal Vontade sede Cerebelo corrigir os movimentos automaticamente Recebe informações do plano motor Via espinocerebelar anterior – pedúnculo cerebelar superior – copia eferente do movimento que vai ser executado. Aferentes sensitivos – espinocerebelar posterior – propriocepção inconsciente. NÚCLEOS DA BASE Regulam o ritmo e quantidade de movimento distúrbios hipercinéticos e hipocinéticos. Córtex motor/áreas de planejamento - Excitatório Núcleo estriado (Caudado + putamo) Substância negra (dopamina – malanina) – circuito nicroestriatal Do estriado (D1 – dopamina excitatória) libera gaba Globo pálido interno – (não) inibe – gaba tálamo – excitatório - glutamato Córtex motor o Ação da dopamina na vida direta – facilita o movimento. LESÕES NAS VIAS MOTORAS CENTRAIS Patogenia da paresia central espástica Aguda – reflexos tendinosos profundos hipoativos e fraqueza flácida dos músculos. Após alguma semanas – reflexo hiperativo (perda do controle central dos neurônios motores gama – fibra do fuso ficam pré-estiradas). Hipertonia espástica. Sinal de Babinski (extensão tônica do hálux em resposta à estimulação suave da planta do pé). Síndrome de paresia espástica central Força muscular reduzida e déficit de atividade motora delicada Hipertonia espástica Reflexos de estiramento exacerbados – possivelmente com clono. Hipoatividade ou abolição dos reflexos exteroceptivos 9abdominal, plantar e cremastérico) Reflexos patológicos (babinski, Oppenheim, Gordon e de Mendel-Bekhte-ver, desinibição da resposta de luta ou fuga) Massa muscular preservada inicialmente. LOCALIZAÇÃO CENTRAL DA LESÃO Córtex cerebral (a) – hemiparesia do lado contralateral à lesão (+fraqueza braquiofacial). o Paresia predominantemente distal do Membro superior. Fraqueza parcial e flácida (as não piramidais são preservadas). o Hemiplegia cortical – menos extensa – crises bravais-jacksonianas, afasia, apraxia, astereognosia. Cápsula interna (b) – Hemiplegia espástica contralatera – fibras piramidais e não piramidais – trato corticonuclear afetado (paralisia facial contralateral) – A paresia é contralateral flácida no início, em horas ou dias, torna-se espástica. Pedúnculo cerebral (c) – Hemiparesia espástica contralateral + frequênte paralisia ipsolateral do nervo oculomotor (síndrome de Weber). o Síndrome de Benedikt – comprometimento também do núcleo rubro – hemiataxia,hemitremor, hemianestesia e hemiparesia contralateral à lesão e paralisia do III nervo do mesmo lado. o Síndrome de Foville peduncular – hemiplegia completa contralateral à lesão, associada à paralisia do olhar conjugado para o lado hemiplégico (doente não pode contemplar a hemiplegia). Se a síndrome for superior, a paralisia conjulgada é para o lado lesão. o Síndrome de Millard-Gluber – hemiplegia incompleta contralateral à lesa, associada à paralisia facial periférica e paralisia do abducente do mesmo lado da lesão. Lesões pontinas (d) – hemiparesia contralateral ou hemiparesia bilateral Pirâmide bulbar (e) – Apenas fibras piramidais – hemiparesia flácida contralateral. Fraqueza parcial, pois as vias remanescentes descendentes estão preservadas. Ausência de comprometimento do nervo facial. Pode afetar hipoglosso ipsolateral – língua exteriorizada desvia para o lado da lesão. Lesão do trato piramidal na medula espinal (cervical) (f) – Hemiplegia espástica ipsolateral – as fibras já cruzaram, e contém tanto piramidal quanto não piramidal. O comprometimento bilateral causa tetraplegia. Lesão no trato piramidal torácico – monoplegia espástica ipsolateral do membro inferior. O bilateral causa paraplegia. As paraplegias provocadas por lesão do neurônio motor periféricos (poliomielite anterior aguda, polirradiculoneurites, polineuropatias) são sempre flácidas. Tetraplegia – paralisia dos 4 membros – trombose da artéria basilar. Monoplegia – paralisia de um só membro. LESÕES NAS VIAS MOTORAS PERIFÉRICAS A parte periférica inclui os núcleos dos nervos cranianos motores, células motoras do corno anterior da medula espinhal, raízes anteriores, os plexos nervosos cervical e lombossacro, nervos periféricos e placas motoras terminais. Células do corno anterior – (neurônio alfa e gama). Paralisia flácida é causada pela interrupção das unidades motoras em qualquer ponto. Músculos afetados ficam fracos (plégicos) e há redução marcante do tono muscular (hipotonia) e abolição dos reflexos (arreflexia). A atrofia começa após alguns dias. Síndrome das raízes ventrais – Guillain-Barré – comprometimento difuso das raízes. Déficit motor súbito, caráter ascendente com distribuição simétrica. Síndrome da paralisia flácida Diminuição da força global Hipotonia ou atonia muscular Hiporrrelflexia ou arreflexia Atrofia muscular Em geral com lesões no corno anterior, no plexo nervoso ou nos nervos periféricos. Quando o comprometimento de um ou mais membro acompanha-se de déficit autônomos e somato-sensiveis, a lesão é distal às raízes nervosas, está no plexo nervoso ou nervo periférico. Propedêutica – 64 - 69
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