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CONSIDERAÇÕES: • O excesso de glicose é convertido em formas poliméricas de armazenamento = glicogênio (vertebrados e bactérias) • O glicogênio é encontrado principalmente nos músculos esqueléticos [2% de seu peso] e no fígado [10% de seu peso] • O glicogênio muscular fornece uma fonte de energia rápida, sendo exaurido em aproximadamente 1 hora de atividade intensa (consumo próprio; não é exportado) • O glicogênio hepático mantém a glicemia corporal (reservatório de glicose para outros tecidos), sendo exaurido num período de 12-24 horas ESTRUTURA E ARMAZENAMENTO DO GLICOGÊNIO Homopolissacarídeo armazenado na forma de grânulos citoplasmáticos. Sua partícula básica (partícula β) é formada por 55000 resíduos de glicose unidos por ligações glicosídicas α-1,4 e apresenta ramificações - a cada 8-12 resíduos de glicose - unidas por ligações α-1,6. De 20 a 40 partículas β agrupam-se para formar as rosetas α, que são facilmente visíveis ao M.O. Quebra do glicogênio em glicose-6-fosfato Enzimas envolvidas: ▪ Glicogênio-fosforilase ▪ Enzima de desramificação ▪ Fosfoglicomutase 1. Glicogênio-fosforilase Catalisa a fosforólise do glicogênio (quebra de ligação pelo “ataque” de um fosfato inorgânico), sendo o produto final de sua ação a glicose-1-fosfato. Atua na quebra de ligações α-1,4 entre resíduos de glicose de uma extremidade não-redutora, agindo inicialmente até sobrarem 4 resíduos antes do ponto de ramificação 2. Enzima de desramificação Catalisa duas reações sucessivas que removem as ramificações: (1) Transferência de um “bloco” de 3 resíduos de glicose da extremidade não-redutora para a cadeia linear (2) Quebra da ligação α-1,6 no ponto de ramificação, ocasionando liberação de glicose livre (!) ➔ Fosfoglicomutase Catalisa a conversão da glicose-1-fosfato em glicose-6-fosfato. Inicialmente, ocorre a transferência de um grupo fosforil (de um resíduo de Ser da própria enzima) para a glicose-1-fosfato, transformando-a temporariamente em glicose 1,6-bifosfato. Após isso, o grupo fosforil do C1 é retransferido para a enzima, resultando em glicose-6-fosfato. Síntese de glicogênio a partir de glicose-6-fosfato. Envolve os nucleotídeos de açúcar (C anômero do açúcar unido a um nucleotídeo por meio de ligação estér de fosfato) Enzimas envolvidas: ▪ Pirofosforilase (UDP-glicose pirofosforilase) ▪ Glicogêniosintase ▪ Enzima de ramificação do glicogênio ‘ Metabolismo do glicogênio A glicose em sua forma fosforilada (glicose-6-fosfato) pode dar início a três vias distintas: (1) glicogênese; (2) via glicolítica (uso da glicose para fornecimento de energia para todo o corpo) e (3) via das pentoses fosfato Atenção! IMPORTÂNCIA DA POLIMERIZAÇÃO DA GLICOSE Evita alterações osmóticas celulares ➔ Glicose dissolvida em um hepatócito = 0,4 M ➔ Glicose polimerizada (mesma massa) = 0,01µM GLICOGENÓLISE Observação: Como o fígado fornece glicose para o sangue, ele apresenta uma enzima chamada glicose-6-fosfatase, ausente no músculo esquelético. Sua função é desfosforilar a glicose-6- fosfato, transformando-a em glicose livre (capaz de atravessar a membrana plasmática dos hepatócitos) GLICOGÊNESE Bruna Larissa → MED 52 *Obs: Primeiramente, a glicose-6-fosfato é convertida em glicose-1-fosfato pela ação da enzima fosfoglicomutase 1. Pirofosforilase Catalisa a conversão da glicose-1-fosfato em UDP-glicose: a G1P une-se com uma molécula de UTP (uridina-trifosfato; semelhante ao ATP mas com mudança da base nitrogenada), resultando em UDP-glicose e PPi (pirofosfato) *liberação de dois fosfatos livres pela hidrólise do PPi catalisada pela pirofosfatase orgânica 2. Glicogênio-sintase Catalisa a transferência do resíduo de glicose da UDP-glicose, para a OH do C4 de uma extremidade não redutora de uma molécula de glicogênio pré-existente, aumentando sua cadeia. 3. Enzima de ramificação do glicogênio Catalisa a formação de novas ramificações a partir da transferência de um fragmento terminal com 6 ou 7 resíduos de glicose (de uma extremidade não redutora contendo pelo menos 11 resíduos) para a OH do C6 de um resíduo de glicose em uma posição mais interna da cadeia. Assim, diferentemente da glicogênio-sintase, ela é capaz de formar ligações α-1,6 Atenção: A glicogênio-sintase não é capaz de iniciar a síntese de uma nova molécula de glicogênio. Para isso, é necessária a ação de um primer: a glicogenina. Esta apresenta um radical de tirosina (Tyr194) cuja OH liga-se a um resíduo de glicose proveniente da UDP-glicose. A cadeia nascente formada pela glicogenina aumenta até a adição de mais 7 resíduos de glicose, a partir de quando forma um segmento inicial de glicogênio, permitindo a ação da glicogênio-sintase. A. GLICOGENÓLISE Ponto de regulação = glicogênio-fosforilase A enzima que catalisa a fosforólise do glicogênio em glicose-1- fosfato existe em duas formas interconversíveis: a (cataliticamente ativa; fosforilada) e b (menos ativa; desfosforilada) ESTÍMULO À DEGRADAÇÃO DE GLICOGÊNIO FÍGADO: glicemia = glucagon – estimula a conversão da fosforilase-b em fosforilase-a MÚSCULO: atividade vigorosa (estresse; sinaliza a necessidade de combustível) = adrenalina (contra- insulínica) – estimula a conversão da fosforilase-b em fosforilase-a Obs: A interconversão entre essas enzimas se dá pela fosforilação e desfosforilação: na forma mais ativa, os resíduos de Ser estão fosforilados; na forma menos ativa, há perda desses grupos fosforil B. GLICOGÊNESE Ponto de controle: glicogênio-sintase A enzima que catalisa a transferência de resíduos de glicose da UDP-glicose – aumentando uma cadeia de glicogênio pré- existente – também existe em duas formas: a (mais ativa; desfosforilada) e b (menos ativa; fosforilada) glicemia = insulina – estimula a conversão da glicogênio- sintase b em a glicose-6-fosfato (excesso de glicose está associado à formação de glicogênio) – estimula a conversão da glicogênio-sintase b em a REGULAÇÃO
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