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Aspectos éticos na avaliação psicológica

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Aspectos éticos na avaliação psicológica 
Ética e bioética em psicologia 
• As diversas atualizações na classe desde que foi 
reconhecida pela classificação brasileira de ocupações 
e o aumento do número de profissionais da área, o 
psicólogo pode ter dificuldade em lidar com as situações 
enfrentadas em questões práticas, no que se refere a 
conduta ética frente às diferentes demandas 
vivenciadas no dia a dia 
• Destaca-se a criação do código de ética do 
psicólogo, visando assegurar os valores contidos na 
declaração universal de direitos humanos 
• Está defende a igualdade, a dignidade e a 
aplicação destes a todos os cidadãos do planeta, sem 
discriminação 
• Preceitos de competências, integridade, 
preocupação com o bem-estar do outro é a 
responsabilidade científica, profissional e social 
• O conceito de competência refere-se à busca de 
atualização contínua por parte do psicólogo, sempre 
reconhecendo os limites de sua competência, assim, 
proporcionar aos envolvidos um trabalho de excelência 
• O preceito de integridade, refere-se a uma 
atuação honesta, justa e respeitosa, sempre atenta 
(refere-se à atuação) para que valores pessoais não 
interfiram no trato com o cliente 
• A preocupação com o bem-estar do outro é a 
consciência que o psicólogo ocupa uma posição de 
autoridade na relação, procurando evitar engano ou 
exploração dos envolvidos 
• Reconhecer a importância de seu 
comportamento e atuação entende-se como 
responsabilidade cientifica 
• O psicólogo deve, sempre que possível, colaborar 
com outros colegas e instituições para atender as 
necessidades de seu cliente 
• O código de ética busca assegurar os valores que 
são relevantes para a sociedade, devido ao fato de ela 
se encontrar em constante desenvolvimento 
A ética na avaliação psicológica 
• SATEPSI – estabelece critérios mínimos de 
qualidade para a elaboração e utilização dos testes no 
contexto brasileiro e teve como proposito fornecer 
informações sobre os testes psicológicos à comunidade 
e aos psicólogos 
• É possível encontrar se um teste está favorável 
ou não para o uso no contexto brasileiro, a data de sua 
publicação e a editora 
• A utilização de um teste não reconhecido pelo 
CFP constitui-se em uma falha ética 
• O psicólogo deve ter familiaridade com o 
instrumento para que o examinado não seja prejudicado 
no processo 
• É necessário o conhecimento técnico e teórico 
prévio da ferramenta que se pretende utilizar na 
avaliação, dada a importância de um planejamento com 
cautela, levando-se em consideração o motivo da 
solicitação e a finalidade à qual se destina a avaliação 
• É importante também considerar que a avaliação 
psicológica é um processo, e não uma ação pontual, pois 
objetiva ter uma visão da vida do indivíduo como um todo 
• É considerado o contexto o qual ele está inserido, 
as relações que compõem o universo deste sujeito, o 
que faz da avaliação um conjunto de ações que visam 
amparar a mudança de um cenário original 
• A avaliação psicológica produz um conjunto de 
informações com potencial de alterar de maneira 
importante a vida de indivíduos 
• O objetivo deve sempre ser ajudar ao individuo 
avaliado, e por isso é necessário se ter a atenção ao 
processo como um todo, desde o planejamento, a 
analise, reunião e devolução de informações coletadas 
durante o processo de construção do conhecimento 
sobre os aspectos psicológicos 
• Para realiza-los é necessário que se conheça o 
contexto, as características e dimensões que 
constituem o indivíduo para que se possa pensar nos 
procedimentos a serem conduzidos 
• É uma ação contínua, sequencial, onde há a 
tentativa de consideração de todos os ângulos possíveis, 
inclusive o vínculo realizado pelo psicólogo com o 
avaliando 
• As etapas da AP envolvem atividade e decisões 
que requerem condutas éticas e que vão muito além da 
seleção de instrumentos a serem utilizados, incluindo 
também diversos aspectos sobre a aplicação, correção, 
e interpretação dos resultados colhidos 
• Os cuidados devem começar antes mesmo de o 
psicólogo aceitar realizar uma avaliação 
• Para trabalhar com determinados tipos de teste, 
os profissionais a psicologia deveriam credenciar-se, 
sendo exigido um período de treinamento em AP após 
a graduação 
• Entretanto, isso não parece repercutir em 
termos de ações do sistema e conselhos, das 
instituições de formação e das editoras que 
comercializam os testes no brasil para regular a 
atuação na área. Sendo o psicólogo deixado à “própria 
sorte” para decidir se está ou não preparado para 
realizar uma AP 
Regulação da pratica da avaliação 
psicológica 
• 46,15% das infrações éticas cometidas estavam 
relacionadas à prática da avaliação psicológica e, de 
forma mais especifica, à falha na realização da perícia 
psicológica 
• Tal equivoco envolve diversos pontos, como 
falhas técnicas no processo de elaboração da pericia 
psicológica, a qualidade da própria pericia, a 
fidedignidade dos resultados, a quebra de sigilo, a 
prestação de falsas declarações ou ainda a negação na 
devolutiva de resultados 
• A maior incidência de processos éticos ligados à 
atividade de AP em relação às demais se deve ao fato 
de que essa prática tem forte expressão em situações 
que impactam a vida das pessoas a ela submetida, como 
a seleção de pessoal em instituições públicas e privadas, 
a habilitação para conduzir veículos, a guarda de 
menores, o porte de armas (...) 
• É provável que parte da responsabilidade por 
atuações profissionais improprias esteja na formação 
deficitária nos cursos de psicologia do país, com 
disciplinas não padronizadas, bibliografia desatualizada, 
carga horaria insuficiente e professores sem 
formação na área, de forma que o ensino da AP tem 
sido considerado um problema central na formação do 
psicólogo 
• Atualmente, todos os psicólogos brasileiros que 
possuem CRP podem comprar e utilizar a totalidades 
dos testes aprovados pelo SATEPSI e realizar 
processos e AP, mesmo que se saiba que algumas 
técnicas apresentam uma grande complexidade nos 
processos de aplicação, levantamento e interpretação, 
como é o caso das técnicas projetivas 
• E por essa prática não ser fiscalizada, de modo 
a apresentar falhas, o conjunto de infrações éticas 
cometidas por profissionais no uso de instrumentos no 
Brasil ou em outras questões que perpassam a AP 
apontam para a necessidade de criar um sistema de 
classificação e fiscalização no país 
O exercício profissional da psicologia 
• Três grandes tipos de erros profissionais: A 
imperícia, imprudência e a negligencia 
a) Imperícia: ocorre quando um psicólogo que não 
possui qualificação devida assume a 
responsabilidade de realizar a AP em um 
determinado caso, podendo ser caracterizada 
pela exposição do paciente a riscos 
desnecessários 
Ex: psicólogos que realizam a avaliação de inteligência 
utilizando escalas Wechsler cometem erros que 
podem comprometer os resultados das avaliações. 
Não é incomum que, ao se revisar os critérios de 
pontuação e levantamento durante as sessões de 
supervisão, os profissionais tenham somado 
incorretamente os escores brutos, tenham utilizado 
tabelas normativas inadequadas para idade do 
paciente, e, por fim, tenham obtido resultados de QI 
incorretos e que acabavam sendo um fator de 
confusão e levando a erros de diagnósticos 
b) Imprudência: ocorre quando o psicólogo, 
abandonando a sua humildade e os limites 
inerentes de cada técnica de AP, supõe ter o 
domínio pleno da situação 
- O bom exercício profissional requer a 
atualização dos conhecimentos e aprimoramento 
constantes 
- Aqueles psicólogos que pretendem atuar na 
área deveriam imediatamente ingressar em 
cursos de especialização na área ou procurar um 
profissional com ampla experiencia em AP para 
realizar supervisões 
Ex: um fenômeno de imprudência iminente é o amplo 
uso de smartphones, e cada vez mais presente 
perceber que os alunos tentam fotografar tabelas 
normativas ou partes dos testespara uso em suas 
atividades, mesmo já tendo sido explicado que a 
reprodução dos protocolos e manuais dos testes é 
uma falta ética grave na área 
Ex²: Outro fator importante são as condições básicas 
do ambiente e do próprio paciente para se realizar 
uma testagem que represente as capacidades do 
avaliando 
c) Negligência (situações nas quais não se observa o 
cumprimento dos deveres profissionais): ocorre 
quando um paciente necessita de um atendimento 
ou procedimento, porém não é atendido 
Ex: Quando os diagnósticos deixam de ser dados por 
desconhecimento dos critérios presentes nos 
manuais diagnósticos, ou por experiencia clinica 
insuficiente. Nesses casos, também é frequente 
encontrar-se laudos que não se referem indicações 
terapêuticas 
Ex²: Ainda na organização de documentos, são comuns 
laudos nos quais inexiste uma seção denominada de 
conclusão, sendo bruscamente finalizados com 
escores brutos, escores padronizados e percentis 
• Os laudos deveriam ajudar a organizar 
intervenções possíveis para o caso em questão, 
contribuindo assim de uma forma significativa 
para o profissional que requisitou a avaliação 
• O profissional que trabalha com AP deve possuir 
um conhecimento mínimo de abordagens 
psicoterapêuticas, de reabilitação e terapia 
ocupacional, além de observar também a 
necessidade de avaliações que complementem a 
compreensão do caso, como avaliações de 
profissionais da psiquiatria, neurologia, genética e 
fonoaudiologia

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