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Fisiologia Renal

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Fisiologia Renal 
Características morfofuncionais dos rins – processos renais básicos
Funções dos rins: 
- Excretar produtos do metabolismo que não podem ser mantidos na circulação: ureia (derivada do metabolismo dos aminoácidos); creatinina (creatina); ácido úrico (ácidos nucleicos); bilirrubina (Hb); além de substância exógenas. 
- Regular o equilíbrio da água e eletrólitos: tudo o que entra em excesso=ao que sai. 
- Regular a pressão arterial: pela síntese de renina e pelas mudanças na excreção de sódio e água. (Com o aumento do consumo de sódio, a água fica retida para tentar diluir esse sódio. Com isso, os rins detectam o aumento da pressão arterial, excreta a água e o sódio a fim de reduzir essa pressão). Essa regulação também pode ser feita indiretamente, através de hormônios: quando a pressão arterial ou a concentração de sódio plasmático é reduzida, o hormônio renina é liberado e transforma o angiotensinogênio (formado no fígado) em angiotensina I, que, pela ação da enzima conversora de angiotensina (ECA), dá origem a angiotensina II. Essa última aumenta a absorção de sódio e água pelos rins, além de realizar vasoconstrição, o que aumenta a pressão arterial e a homeostase do sódio. 
 (
 
)Diminuição da pressão arterial ou da concentração de sódio plasmático Hormônio renina Angiotensinogênio Angiotensina I ECA Angiotensina II absorção de sódio e água pelos rins; vasoconstrição pressão arterial e homeostase do sódio 
- Regular o equilíbrio ácido-base: excreta hidrogênio e mantêm bicarbonato no sangue. 
- Produzir eritropoetina, que regula a produção de eritrócitos.
- Converter a vitamina D em sua forma ativa. Em pacientes com insuficiência renal crônica, é possível o desenvolvimento de hipovitaminose D. 
- Sintetizar glicose (gliconeogênese). 
Anatomia dos rins 
 Google Imagens
*O sangue penetra nos rins pelo córtex renal, é filtrado e passa por um sistema de tubos na medula renal. Na medula estão presentes as pirâmides renais, compostas pelos ductos coletores dos néfrons. Depois de filtrado, o que sobra irá cair na pelve renal, se transformando em urina e se dirigindo para a bexiga por meio dos ureteres, sendo eliminada pela uretra. 
Suprimento sanguíneo renal 
Aorta Artéria renal Artéria Aferente Capilares glomerulares Artéria Eferente Capilares peritubulares e vasos retos Veia Renal Veia Cava Inferior
Capilares glomerulares: estão entre duas extremidades arteriais, fato que confere uma alta pressão hidrostática para esses capilares, favorecendo a filtração, que é o único processo que ocorre nessa região. 
Capilares peritubalares e vasos retos: possuem baixa pressão hidrostática, favorecendo os processos de reabsorção e secreção, pois a baixa pressão favorece a entrada das substâncias. 
Néfron 
É a unidade funcional dos rins. 
Corpúsculo renal: glomérulo + cápsula de Bowman e tubos. (presentes no córtex renal)
O sangue filtrado chega pela arteríola aferente, é filtrado no capilar glomerular, cai no espaço da cápsula de Bowman e segue para um sistema de túbulos. 
Cada rim possui 1 milhão de néfrons, que não são capazes de sofrer regeneração. 
Google Imagens 
Categorias de néfrons: 
- Cortical: grande parte do néfrons está inserida no córtex; alça de Henle mais curta afunda somente na parte mais superficial da medula. Não possui vasos retos ao redor da alça. 
- Justamedulares: capilares glomerulares estão na parte mais interna do córtex; a alça de Henle mergulha na parte mais profunda da medula. Possui vasos retos ao redor da alça, o que garante maior capacidade de concentração da urina em relação ao néfron cortical. 
Capilar Glomerular
Realiza filtração somente de água, íons e pequenas moléculas, como a glicose e ureia. 
Capilar extremamente seletivo. 
Possui 3 camadas: células endoteliais, membrana basal e pedicelos dos podócitos. 
O endotélio é composto por fenestras. 
Google Imagens
Pacientes com insuficiência renal precisam ter uma ingestão controlada de proteínas. Caso contrário, haverá muita ureia sendo formada no interstício, favorecendo a absorção maior de água, o que eleva o volume sanguíneo e, consequente, aumenta a pressão arterial gerando uma sobrecarga aos rins desse paciente. Esses pacientes possuem grandes chances de apresentar edema. 
Processos renais básicos
Para que a urina seja excretada, é preciso que ela vá para os túbulos. Esse processo pode ocorrer de duas formas: pela filtração ou secreção e reabsorção tubulares. 
Filtração: nesse processo, a substância está no capilar glomerular e vai cair na cápsula de Bowman, entrando no sistema tubular, ou seja, é a passagem do plasma do glomérulo para a capsula de Bowman (fração de filtração). Nessa etapa, somente parte do sangue é filtrada (20%). 
Secreção tubular: a outra parte do sangue que não foi filtrada, segue para o sistema vascular por meio da arteríola eferente, em direção ao capilar peritubular. A partir disso, uma substância pode passar para dentro dos túbulos, no sistema tubular. Ou seja, a secreção é o processo de passagem da substância do capilar peritubular para dentro do sistema tubular. 
Reabsorção tubular: exemplo: glicose. A parte da glicose que não foi filtrada e está dentro do sistema tubular é lançada para dentro do capilar peritubular para ser reabsorvida. 
· Quando a quantidade excretada for igual a quantidade filtrada: não há absorção, ou seja, 100% da substância filtrada vai aparecer na urina. Ex: creatinina. 
· Quando a quantidade excretada for menor do que a quantidade filtrada: serão filtrados, parcialmente reabsorvidos e pouco secretados na urina. Ex: eletrólitos. 
· Quando a quantidade excretada for igual a zero: serão filtrados e totalmente reabsorvidos, não aparecendo na urina. Ex: glicose e aminoácidos. 
· Quando a quantidade excretada for maior do que a quantidade filtrada: serão filtrados e secretados, ou seja, a concentração das substâncias na urina será maior do que na filtração. Ex: maioria dos xenobióticos (pesticidas, corantes). 
Excreção= filtração + secreção – reabsorção 
O volume de filtrado por unidade de tempo= taxa de filtração glomerular (TFG).
TFG normal= 180L/dia ou 125mL/min. 
Se o volume sanguíneo for de 3L, o sangue é filtrado aproximadamente 60 vezes por dia. 
Filtração glomerular
O ritmo de filtração glomerular (RFG) corresponde ao volume de plasma filtrado por todos os glomérulos dos dois rins. 
RFG: concentração da substância no plasma= fluxo urinário + concentração da substância na urina
Para medir a taxa de filtração glomerular qualquer substância pode ser utilizada, desde que: 
- Seja filtrada livremente; 
- Não seja reabsorvida ou secretada; 
- Não seja metabolizada ou produzida pelos rins. 
Exemplo: inulina (polímero de frutose). 
Essas considerações são o ritmo de depuração da substância e servem para representar o ritmo de filtração glomerular do indivíduo. 
Fatores que podem influenciar na filtração de certas substâncias:
- Quanto maior a substância, menor será a capacidade de filtração.
- Se a carga da substância for negativa ela será repelida pois a barreira também possui carga negativa, dificultando a sua passagem. 
Depuração renal ou Clearance renal 
CX= [x]u . Fu
 [x]p
Cx= clearance da substância X
[x]u= Concentração da substância X na urina (mg/ml)
Fu= Fluxo urinário (volume por minuto= ml/min)
[X]p= Concentração plasmática da substância X (mg/ml) *Geralmente a substância é a creatinina. 
A filtração pelos capilares glomerulares depende de 3 forças: 
-Pressão hidrostática do capilar glomerular: força que o sangue faz na parede do capilar ao passar por ela. É uma força que ocorre a favor da filtração. Quanto maior a pressão arterial (pressão com que o sangue chega dentro do glomérulo), maior será a pressão hidrostática de filtração. 
-Pressão coloidosmótica do plasma no capilar glomerular: essa pressão gera um gradiente de concentração- passagem do solvente do lugar em que está menos concentrado para o mais concentrado. Essa pressão favorece a volta do líquido de dentro da cápsula de Bowmanpara dentro do capilar, devido as proteínas plasmáticas.
-Pressão hidrostática na cápsula de Bowman: por ser um espaço fechado, à medida que o líquido sai do capilar para dentro da cápsula, haverá uma pressão desse líquido na parede da cápsula, opondo-se a chegada de líquido nessa cápsula. 
*Tanto a pressão coloidosmótica quanto a pressão hidrostática da capsula de Bowman são contrárias a filtração. No entanto, a soma dessas duas pressões é menor em relação a pressão hidrostática do capilar glomerular, que promove a filtração do líquido de dentro do capilar para dentro da capsula de Bowman. Não há seletividade nesse processo. Tudo que está passando juntamente com o líquido, com exceção das proteínas e células sanguíneas, será transportado para dentro da capsula. 
Taxa de filtração glomerular= volume de líquido que sai do capilar para dentro da cápsula de Bowman por unidade de tempo. (180L/dia ou 125mL/min)
Se há alteração dessas forças, consequentemente também há alteração da filtração glomerular: 
- Se há uma vasoconstrição na arteríola aferente a pressão hidrostática glomerular cai, diminuindo a filtração glomerular. 
- Se há uma vasoconstrição na arteríola eferente a pressão hidrostática glomerular aumenta, aumentando a filtração glomerular. 
- Se, por acaso, um indivíduo possuir cálculo renal e esse cálculo bloquear o fluxo tubular (cápsula de Bowman), aumentando a pressão hidrostática na cápsula de Bowman e diminuindo a filtração glomerular. Essa pressão nunca pode ser maior do que a pressão hidrostática, pois isso iria desfavorecer a filtração. 
- Outras situações que podem reduzir a filtração glomerular: hipotensão, insuficiência cardíaca, hemorragia, hipertensão. 
- Alterações na concentração de proteínas plasmáticas (ex. desnutrição, hepatopatias) podem aumentar a filtração glomerular. 
Mecanismos renais de regulação do RFG
Intrínsecos (autoregulação): 
Mecanismo miogênico: tem-se o aumento da pressão e o estiramento das arteríolas aferentes, com isso haverá a abertura de canais para cátions (principalmente o Na+), despolarizando a célula e abrindo canais para cálcio. Esse cálcio entra na célula e induz a contração do músculo liso do vaso. Com isso, tem-se a redução do raio e aumento da resistência, pela relação da lei de Ohm (P=FxR). Assim, o fluxo se mantém constante, bem como o ritmo de filtração glomerular. 
Balanço túbuloglomerular: o fluido tubular, no túbulo contorcido distal, é sensível ao sódio. Quando há queda na pressão arterial, isso gera diminuição da pressão hidrostática glomerular, que leva a uma diminuição na concentração de sódio. Com isso, as células da mácula densa vão liberar uma substância, o óxido nítrico, que vai alterar o tônus muscular da arteríola aferente (vasodilatação aferente), aumentando a filtração glomerular. A diminuição de Sódio também causa a liberação da renina, que, por meio do sistema renina-angiotensina, dá origem a angiotensina II que, por sua vez, faz uma vasoconstrição das arteríolas eferentes, aumentando a pressão hidrostática glomerular e consequentemente, aumentando a filtração glomerular.
Extrínsecos: 
Regulação neural simpática: numa estimulação simpática leve a moderada, tem-se a constrição preferencial eferente, com aumento da filtração glomerular. Já na estimulação simpática intensa (em situação de trauma, choque hemorrágico), tem-se a constrição predominante aferente, com vasoconstrição aferente e eferente, diminuindo a filtração glomerular. 
Túbulo proximal 
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O túbulo proximal é a região de maior absorção dos túbulos renais. Nessa região:
- O hidrogênio, os ácidos orgânicos e básicos são secretados. 
- Há reabsorção aproximada em 65% de sódio, bicarbonato, cloreto e potássio. 
- A glicose e os aminoácidos são reabsorvidos quase completamente. 
- Sais biliares, toxinas, drogas como a penicilina, oxalato e catecolaminas são secretados nesse túbulo. 
Balanço de sódio: normalmente, a quantidade ingerida é igual a quantidade excretada. 
O sódio é reabsorvido de forma isosmótica: participação da bomba de Na+/K+. No túbulo contorcido proximal a glicose e os aminoácidos fazem cotransporte com o sódio. Esse tipo de transporte é saturável.
Balanço de fosfato: 80% é absorvido no túbulo proximal; 10% do fosfato filtrado é eliminado; 10% é absorvido no túbulo contorcido distal. 
Alça de Henle
Ramo descendente fino: ramo concentrador. Só absorve água (25%).
Ramo ascendente grosso: segmento diluidor. Impermeável a água. Reabsorve sódio (25%); reabsorve cálcio (20%); reabsorve magnésio (70%). 
Túbulo distal 
Só faz reabsorção de água na presença do hormônio ADH. Sem esse hormônio, essa região é impermeável a água. 
Túbulo distal final e ducto coletor: aldosterona regula a reabsorção de sódio e excreção de potássio nessa região. Fazem a secreção de hidrogênio, permitindo o equilíbrio ácido-base. Regulam a permeabilidade a água pelo ADH. Região impermeável a ureia. 
Reabsorção 
Esse processo irá definir a constituição final da urina. Ocorre ao longo de todo o trajeto dos tubos, mas principalmente no tubo proximal. 
Toda substância presente dentro do túbulo para ser reabsorvida, terá que atravessar certas barreiras: 1) Membrana da parede do túbulo. 2) Passando por dentro do túbulo. 3) Atravessando a membrana do epitélio tubular. 4) Interstício do rim. 5) Atravessa o endotélio para dentro do capilar peritubular, voltando para a circulação. 
Reabsorção de sódio: na membrana da célula há canais de sódio, que permitem sua passagem livremente, e também há proteínas transportadoras. A própria bomba de Na+/K+ que irá realizar o transporte desse sódio para dentro da célula. 
Reabsorção de glicose: em cotransporte com o sódio. A glicose passa de um ambiente em que ela está menos concentrada para um ambiente em que ela está mais concentrada (interior da célula). De dentro da célula para o meio intersticial há um transporte mais fácil, onde a glicose é transportada pela difusão facilitada, por meio de proteínas transportadoras. A glicose, em situações normais, é totalmente reabsorvida. No entanto, quando há muita glicose no filtrado, pode atingir o limite de transporte máximo, onde todos os transportadores de membrana estarão ocupados, passando pelo túbulo sem ser reabsorvida. Em situações de hiperglicemia, como no diabetes, a glicose não é totalmente reabsorvida, podendo ser excretada na urina. 
Reabsorção de proteínas: a maioria das proteínas não consegue passar pelo filtrado. No entanto, algumas proteínas pequenas, conseguem atingir os túbulos e precisam ser reabsorvidas. O processo de reabsorção dessa substância é realizado por pinocitose, onde os receptores de membrana nas células tubulares que irão captar essas proteínas e englobá-las para dentro da célula, podendo sofrer degradação. Essa degradação gera os aminoácidos, que podem ser reaproveitadas pela própria célula ou liberadas para o interstício, voltando para a circulação plasmática, podendo participar do processo de formação de proteínas em outras células. 
A reabsorção de sódio promove uma diminuição da osmolaridade do filtrado, ficando menos concentrado do que o interior da célula. Quando isso ocorre, tem-se a absorção de água por osmose e, como consequência, também há o aumento da concentração de outras substâncias como o Cl_ e a ureia, passando a ser reabsorvidas passivamente. 
A maior parte da reabsorção ocorre no túbulo proximal, devido as características das células epiteliais presentes nesse tubo. Essas células possuem altas concentrações de mitocôndrias em seu interior, sendo células metabolicamente muito ativas. Essas células também possuem muitas microvilosidades em sua superfície (bordas em escova), o que aumenta a superfície de contato. 
Controle da reabsorção: 
- Por meio da aldosterona: hormônio que poupa sódio. Quando se tem uma baixa concentração de sódio no organismo, há secreção de aldosterona. Esse hormônio age no túbulo coletor de duas formas: 1) Aumentando a secreção de canais de sódio e proteínas transportadoras de sódio na face luminal da célula tubular. Isso favoreceo transporte de sódio do lúmen para dentro da célula. Aumenta também o funcionamento da bomba de sódio-potássio, elevando a absorção de sódio. 
- Por meio da Angiotensina II: pode estimular a produção de aldosterona. A angiotensina II se liga ao receptor no néfron estimulado a reabsorção de sódio do lúmen tubular. 
Em situações de desidratação e queda da pressão arterial, sendo necessário o aumento da volemia, há concentração da urina para causar diminuição da excreção de água. Há maior reabsorção de água, de forma a manter o volume plasmático e manter a pressão arterial, evitando maior queda. 
Secreção
Esse processo ocorre ao longo de todo o trajeto dos túbulos, porém, existem áreas em que sua ocorrência é maior. 
Túbulo proximal: substâncias como sais biliares, oxalatos, diuratos, catecolaminas serão secretados nessa região, pois são produtos finais do metabolismo que devem ser rapidamente eliminados. Toxinas e fármacos também passam pela secreção nessa região. 
Túbulo distal: secreção dos íons K+ e H+. Esses íons sofrem passam por cotransporte juntamente com os íons sódio. Cotransporte do potássio: mantido principalmente pela atuação da bomba de sódio e potássio ATPase, presente nas células tubulares. Essa bomba garante que a quantidade de potássio seja maior no interior da célula e no interstício seja pequena. Quando interior da célula está bastante concentrado por potássio, esse íon passa, por meio do transporte passivo por canais de potássio, da célula para o lúmen. Cotransporte de hidrogênio: o hidrogênio que será secretado nas células tubulares é de origem da junção da molécula de CO2 com uma molécula de H20, formando ácido carbônico. Esse ácido se dissocia em íons H+ e íons bicarbonato. Os íons H+ serão ativamente secretados pela célula tubular, enquanto os íons bicarbonato ficam disponíveis para ir para a circulação sanguínea, o que controla o ph do meio extracelular. Quando se tem a diminuição da secreção de aldosterona por algum motivo, tem-se a diminuição da reabsorção de sódio e consequentemente, diminuição da secreção de potássio, gerando hiperpotassemia. O processo de aumento da secreção de aldosterona, leva a uma hipopotassemia. 
Formação da urina: quando se tem o enchimento da bexiga, os receptores de estiramento são estimulados, gerando um reflexo do nervo parassimpático na bexiga, provocando sua contração, relaxando o esfíncter interno da uretra. Ao mesmo tempo, os receptores de estiramento vão gerar um sinal que irá parar o neurônio motor para o esfíncter externo, provocando sua abertura, através dessa inibição. As aberturas dos esfíncteres interno e externo geram a micção. Porém, o esfíncter externo pode possuir controle voluntário vindo do córtex, que manda um sinal para o neurônio motor para que mantenha esse esfíncter fechado, fazendo com que não haja micção até que seja conveniente para o indivíduo. 
Regulação do volume e da osmolaridade 
Distribuição de fluidos no organismo: a maioria concentra-se no meio intracelular, pois há movimentação de líquidos e solutos nos compartimentos intracelulares. 
A regulação do volume do fluido extracelular é essencial para a regulação da pressão arterial. No meio extracelular, o íon predominante será o sódio e, no meio intracelular, será o potássio. 
Volume e composição dos líquidos corporais 
 (
Água total do organismo
)
 (
Em torno de 60% do peso corporal
)
 (
20% líquido extracelular 
) (
40% líquido intracelular 
)
	
 (
Líquido intersticial (14%)
) (
Plasma (4%)
) (
Outros líquidos (2%)
)
Constituintes dos compartimentos líquidos
*A concentração de sódio é bem maior no plasma e no fluido intersticial do que no fluido intracelular. E contrapartida, a concentração de potássio é muito maior no fluido intracelular. A concentração de bicarbonato é superior no plasma e no fluido intersticial em relação ao fluido intracelular. Proteínas e outros solutos que possuem nitrogênio se concentram no fluido intracelular. 
No plasma: proteínas plasmáticas, juntamente com o sódio associado ao íon Cl- formando NaCl, responsável por criar uma grande pressão osmótica, que tende a tracionar líquido para o interior do plasma. O plasma, com seu volume líquido, gera uma pressão hidrostática no sentido inverso, que faz com que haja uma saída de líquido para o meio intersticial. 
Do interstício em relação ao meio intracelular: é preciso haver um equilíbrio entre a pressão hidrostática e a pressão osmótica (transporte tanto para dentro da célula quanto para fora). 
Desvios da osmolaridade 
-Se um indivíduo ingerir uma grande quantidade de água, levando a diminuição da osmolaridade devido ao aumento do volume. 
-Com a ingestão de salina isotônica (salina com mesma concentração que o plasma), pode haver aumento do volume, mas nenhuma alteração da osmolaridade, por ser isotônica. 
-Com a ingestão de salina hipertônica (mais concentrada), irá causar um aumento da osmolaridade, além de aumentar o volume. 
-Em situação de perda de suor, o indivíduo repõe com água pura: não há alteração de volume (por se tratar de reposição) e diminuição da osmolaridade. 
-Quando há ingestão de sal sem beber água: não há nenhuma alteração do volume, porém a osmolaridade aumenta. 
-Quando o indivíduo repõe parcialmente o que foi perdido na desidratação: há queda de volume e queda da osmolaridade. 
-Em situação de hemorragia (pequena): diminuição do volume e nenhuma alteração da osmolaridade.
-Em situação de desidratação: diminuição do volume e aumento da osmolaridade. 
Regulação do balanço de sódio
Com a deficiência do sal: tem-se a queda da osmolaridade e liberação do ADH, que atua sobre a diurese da água, o que leva a uma diminuição do volume plasmático e da pressão arterial, atuando sobre os rins para que haja diminuição da excreção de solutos. Isso resulta na concentração sanguínea, a fim de tentar regular a osmolaridade. Em toda situação de queda de volume plasmático, também há a liberação, pelos rins, da renina, que será convertida em Angiotensina II que, por sua vez, estimula a sede e estimula a glândula renal a liberar a Aldosterona. A Aldosterona estimula a reabsorção de sódio, concentrando mais a urina e corrigindo a queda da osmolaridade. 
Com o excesso do sal: tem-se a elevação da osmolaridade e da concentração que, no sistema nervoso central, aciona o mecanismo da sede e o hormônio ADH. Com isso, há retenção de água, para que haja dissolução do plasma, aumentando a pressão arterial. Esse aumento aciona o peptídeo natriurético atrial que possui ação direta sobre os rins, diminuindo a reabsorção de sódio e aumentando a eliminação de sódio na urina. A renina, com a osmolaridade aumentada, encontra-se inibida, o que impede a formação de Angiotensina e Aldosterona, diminuindo também a capacidade de reabsorção, o que leva a excreção do sódio. 
Tipos de Urina 
Em situação normal: há reabsorção de sódio, reabsorção de água e formação de urina com moléculas de água e sódio. 
Urina hiposmótica: não há reabsorção de água, somente de sódio. Com isso, terá muita água na formação da urina. Nessa situação, a ação do ADH está muita baixa no rim. 
Urina hiperosmótica: há muita reabsorção de água, havendo pouca água na formação da urina, estando mais concentrada. Nessa situação, a ação do ADH está muito alta. 
Ação do ADH
Na porção final do ducto coletor, tem ação de aumentar a absorção de água. Quando esse hormônio se liga ao seu receptor na membrana da célula desse ducto, ativa proteínas internas que levam a formação de segundos mensageiros e outras proteínas que vão ao núcleo da célula, induzindo a formação de uma nova proteína (aquaporinas). Essas aquaporinas se deslocam pela célula, acoplam a membrana e criam um poro para a água, tendo absorção dessa água do lúmen tubular para a célula e de lá para o interstício e em seguida para o sangue. 
Produção da renina 
No aparelho justaglomerular, quando se tem queda de pressão, há liberação de renina. No fígado, essa renina é convertida, por ação do Angiotensinogênio, em Angiotensina I. Nos pulmões, se transforma em Angiotensina II,por ação da ECA, e induz vasoconstrição e redução da filtração, com retenção líquida e regulação da queda de pressão. 
Ação da aldosterona
Possui regulação específica sobre a reabsorção do NaCl, no túbulo contorcido distal, no segmento espesso da alça de Henle e no ducto coletor. Atua também em seu receptor, que é intracelular, indo ao núcleo, o que vai induzir a síntese proteica e estimular a entrada de sódio e a saída de potássio. O excesso de Aldosterona pode ser prejudicial, pois tende a aumentar muito a concentração de sódio. 
Os vasos retos e o gradiente osmótico medular
Estão localizados bem próximos a Alça de Henle, em contracorrente. Esses vasos recebem tudo o que foi produzido, como a saída de água do ramo descendente e a saída de soluto do ramo ascendente. 
Alça de Henle
Reabsorção em torno de 10% do filtrado. 
· 10% de água (segmento descendente). 
· 20% NaCl. 
· 20% Ca, K, Mg. 
· 15% HCO3.

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