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gabi_fran_ Gabrielle França, CESUPA 2021 Definição É uma doença conhecida antigamente como lepra, é crônica granulomatosa e transmissível com sua notificação de forma compulsória. Causada por uma bactéria intracelular chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen. Transmissão Para essa doença a transmissão se da pelo contato prolongado e próximo, pelas vias respiratórias (pelo ar), tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população têm defesa contra a doença. O período de incubação (tempo entre a aquisição a doença e da manifestação dos sintomas) varia de seis meses a cinco anos. A maneira como ela se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa. Sintomas Esse bacilo tem a capacidade de se aderir aos nervos do paciente, onde causam complicações como: perda de sensibilidade, dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Nas fases agudas, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés. Tipos Paucibacilar 1. Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural. 2. Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo). Multibacilar 1. Hanseníase borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. 2. Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele. Diagnóstico O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, é feito pelo médico e envolve a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se necessário, será feita a baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e da lesão de pele, e ainda pode ser realizada biópsia da lesão ou de uma área suspeita (PREVALECE A CLÍNICA). Exame Físico Inicia-se com a inspeção e procura por manchas características no paciente, pode ser feita no consultório ou pelo próprio paciente ao perceber em casa. A principal diferença entre a lesão da hanseníase e outras doenças dermatológicas é a alteração da SENSIBILIDADE, portanto avalia-se a mesma em suas formas: tátil, dolorosa, térmica etc. Ao avaliarmos a parte neurológica, é importante identificar lesões nos olhos, nariz mãos e pés. Ocorre a palpação dos nervos periféricos e avalia-se mobilidade, força e sensibilidade. Ficha de avaliação Ficha de Notificação Utilizada para identificar áreas, epidemias, alterações no quadro da doença e estudos para promover prevenção e tratamentos onde necessita. Tratamento Utilizamos a mesma cartela para os 2 tipos, contendo Rifampcina, Dapsona e Clofazimina. PAUCIBACILAR: 6 a 9 meses para tratar e MULTIBACILAR: 12 a 18 meses para tratar
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