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Princípios hidrodinâmicos e sua importância para a hidroginastica

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Princípios hidrodinâmicos e sua importância 
para o ensino da hidroginástica 
Principios hidrodinámicos y su importancia para la enseñanza de la gimnasia acuática 
 
*Graduanda **Mestre 
IEFES/UFC. Instituto de Educação Física e Esportes 
Universidade Federal do Ceará 
(Brasil) 
Ana Patricia Freires Caetano* 
freirescaetano@bol.com.br 
Ricardo Hugo Gonzalez** 
rhugogonzalez@yahoo.com.br 
 
 
 
 
Resumo 
As atividades aquáticas estão presentes na vida do homem desde tempos remotos, quando este sentiu a necessidade de apropriar-se do 
meio líquido para garantir sua sobrevivência. Atualmente, o interesse pelas atividades aquáticas tem aumentado de forma geral, tanto por 
serem utilizadas como forma de atividade física como por sua importância fisioterápica, obtendo um elevado índice de aceitação e procura 
pela população, sendo as mais procuradas a natação e a hidroginástica. A hidroginástica pode ser definida uma atividade física aquática que 
trabalha o condicionamento físico, onde são realizados exercícios aeróbios e localizados, tendo como principais finalidades a aquisição da 
resistência física, ganho de força muscular e de flexibilidade. O ambiente aquático é repleto de particularidades que são princípios os 
hidrodinâmicos e as propriedades físicas que explicam as especificidades da água. O objetivo deste presente estudo é buscar na literatura a 
classificação dos tipos de hidroginástica, assim como identificar os princípios hidrodinâmicos e a importância desse conhecimento para os 
profissionais da área de hidroginástica. 
Unitermos: Hidroginástica. Tipos de hidroginástica. Princípios hidrodinâmicos. 
 
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/ 
 
1 / 1 
Introdução 
 As atividades aquáticas estão presentes na vida do homem desde tempos remotos, quando este sentiu a necessidade 
de apropriar-se do meio líquido para garantir sua sobrevivência. Segundo Antes (2008), a água sempre foi um ambiente 
desafiador para o homem, o obrigando a enfrentá-lo para defender-se e garantir sua locomoção. 
 Segundo Tahara, Santiago e Tahara (2006), o interesse pelas atividades aquáticas tem aumentado de forma geral, 
tanto por serem utilizadas como forma de atividade física, como por sua importância fisioterápica, obtendo um elevado 
índice de aceitação e procura pela população, podendo-se atribuir também ao aumento desta procura o fato das pessoas 
estarem cada vez mais exigentes quanto a qualidade dos exercícios que realizam, vendo nas atividades aquáticas uma 
nova perspectiva. Podemos citar como as atividades aquáticas mais procuradas a natação e a hidroginástica, por 
proporcionarem uma sensação de prazer e bem-estar, assim como os benefícios para a saúde provocados por essas 
práticas, como, por exemplo, a melhora da capacidade pulmonar e da circulação. 
 Para Galdi et al (2004), a hidroginástica é uma atividade física praticada no meio líquido que proporciona a melhora 
da aptidão física e mental, tendo como objetivos o desenvolvimento da força, o alívio do estresse e a socialização entre 
seus praticantes. Por ser uma atividade aquática é importante se considerar alguns aspectos importantes no ensino da 
hidroginástica, como as propriedades físicas da água e os princípios hidrodinâmicos, por serem fatores essenciais que 
interferem na locomoção e na realização dos exercícios na água, podendo facilitá-los ou dificultá-los. 
 O objetivo deste presente estudo é buscar na literatura a classificação dos tipos de hidroginástica, assim como 
identificar os princípios hidrodinâmicos e a importância desse conhecimento para os profissionais da área de 
hidroginástica. 
Histórico e sua classificação 
 A hidroginástica pode ser definida como uma atividade física aquática que trabalha o condicionamento físico, onde 
são realizados exercícios aeróbios e localizados, tendo como principais finalidades a aquisição da resistência física, 
mailto:freirescaetano@bol.com.br
mailto:rhugogonzalez@yahoo.com.br
http://www.efdeportes.com/
ganho de força muscular e de flexibilidade. “Esta atividade aquática surgiu antes de Cristo. Hipocrates (460-375 a.C.) 
já utilizava banhos de contraste (água quente e fria) no tratamento de algumas doenças” (GONÇALVES, 1996, p. 6). 
 Segundo Gómez (2011), as atividades realizadas no meio aquático há muito tempo são recomendadas por médicos 
como forma de reabilitação e tratamento, sendo uma ótima opção para indivíduos com problemas osteomoleculares e 
pessoas que necessitam praticar atividades que ofereçam um menor impacto e agressão. 
 “A hidroginástica surgiu no final da década de 1980, com o objetivo de utilizar exercícios aquáticos na posição vertical, 
não mais visando a reabilitação e sim o condicionamento físico” (MARQUES; PEREIRA; 1999, p. 13). 
 Para Bonachela (1994), a hidroginástica propriamente dita surgiu na Alemanha, sendo inicialmente praticada por 
idosos, já que o meio líquido oferece um menor impacto e risco de lesões, além de proporcionar maior segurança e 
bem-estar. Na atualidade, homens e mulheres de diferentes idades procuram praticar hidroginástica com o objetivo de 
adquirir uma boa forma física, melhorando assim a saúde e a qualidade de vida. Por melhorar a circulação e a capacidade 
cardiorrespiratória, por exemplo, a hidroginástica é uma atividade recomendada para grupos como gestantes, pessoa 
com reumatismo ou osteoporose, pessoas com doenças respiratórias e etc. 
 Conforme Luz (1999), a estrutura das aulas de hidroginástica é dividida da seguinte forma: primeiramente é feito 
um aquecimento preparando as estruturas do corpo e evitando-se possíveis lesões. Na segunda parte da aula realiza-
se o trabalho aeróbio, que atua sobre o sistema cardiorrespiratório. Após o trabalho aeróbio realiza-se o trabalho 
localizado, com o objetivo de melhorar a força e a resistência muscular, e por fim, realiza-se a volta à calma, com 
alongamento e relaxamento. Além de toda essa estrutura, segundo Marques e Pereira (1999), na hidroginástica existem 
diversos equipamentos que diversificam e tornam mais intensos os movimentos, podendo ser divididos em 
equipamentos de flutuação e equipamentos densos. Alguns exemplos de equipamentos são os halteres, tornozeleiras, 
aquatubos, step, prancha, luvas, dentre outros. 
 Segundo Gonçalves (1996), as principais tendências e programações de exercícios aquáticos utilizados na Europa, 
E.U.A. e Brasil, que podemos ser citar os seguintes: Escola Alemã, Deep Water Exercise, Áqua - Power- Aerobics, Circuit 
Training, Hidrostep e Hidroginástica. 
 Na Escola Alemã os exercícios são praticados com água acima da cintura, repetindo-se cada exercício três vezes, 
trabalhando velocidade, força e ritmo. O Deep Water Exercise é realizado em piscina profunda, onde o aluno usa um 
flutuador e realiza exercícios sem impacto. O Áqua - Power- Aerobics é feito com utilização de aparelhos, onde são 
realizados exercícios de força, trabalho cardiorrespiratório e de resistência muscular. No Circuit Training são realizadas 
estações, intercalando-se os exercícios. O Hidrostep é o trabalho na água utilizando-se step. A Hidroginástica se utiliza 
de materiais diversos que ofereçam resistência ou flutuação (halteres, tornozeleiras, pranchas), trabalhando-se 
principalmente a capacidade cardiorrespiratória. 
 Segundo Ramírez, Farto e Carral (2002), o Aquagym é uma atividade aquática que proporciona inúmeros benefícios 
e vantagens utilizando-se de movimentos facilitados pela ação do empuxo, diminuindo assim o impacto sofrido, além 
de favorecer a correção postural, o retorno venoso e a respiração. Para Robles e Sánchez (2010), outra prática bastante 
interessante é o Aquabike, uma nova tendência de exercícios que realizada em uma bicicleta especial, simulam uma 
etapa de ciclismo, sendo assim muito motivante e divertida. 
Princípios hidrodinâmicos 
 O ambiente aquáticoé repleto de particularidades que são princípios os hidrodinâmicos e as propriedades físicas que 
explicam as especificidades da água. Segundo Luz (1999) e Correa e Massaud (1999), os princípios mais importantes a 
serem considerados são: empuxo, impacto, pressão hidrostática, resistência, temperatura, equilíbrio, turbulência, 
fricção e velocidade. 
 O empuxo é a força oposta a gravidade que atua sobre o corpo de baixo para cima diminuindo o peso corporal 
proporcionalmente a seu nível de imersão, facilitando assim a movimentação no meio líquido. Segundo Marques e 
Pereira (1999), o empuxo, nos exercícios aquáticos, facilita os movimentos ascendentes, dificulta os movimentos 
descendentes e diminui o impacto com o solo em exercícios com deslocamento vertical. 
 O impacto é o princípio regido pela lei física da ação e reação, na qual o corpo responde de forma igual a uma força 
aplicada sobre si mesmo. Na água o impacto desta força é reduzido, variando de acordo com o volume de água que 
recobre o corpo, podendo ser classificado de três formas: 
a. baixo impacto: exercícios realizados com o apoio ou com o deslizamento de um dos pés, sem projeção do corpo 
para a vertical. 
b. alto impacto: neste tipo de exercício perde-se o contato com o solo, projetando-se o corpo para cima através de 
saltos e saltitos. 
c. sem impacto: exercícios realizados sem o apoio dos pés no solo, requisitando dos praticantes maior controle 
corporal dentro da água. 
 Quando falamos de impacto, devemos considerar que os exercícios de baixo impacto exigem dos alunos um bom 
controle corporal e uma constante contração muscular, que os exercícios de alto impacto são caracterizados pela 
elevação da freqüência cardíaca, trabalhando velocidade e ritmo, enquanto os exercícios sem impacto devem ser 
aplicados em turmas mais avançadas por exigirem um maior controle e equilíbrio do corpo na água. 
 A pressão hidrostática é a propriedade regida pela lei de pascal definida como a pressão exercida pela água sobre a 
superfície de cada parte submersa do corpo, em determinada profundidade, sendo aumentada pela densidade e 
profundidade (com o aumento da profundidade a pressão também é aumentada). A pressão hidrostática é responsável 
pela maior parte dos benefícios para os praticantes de hidroginástica. Este princípio provoca um agradável 
massageamento, estimulando a circulação periférica, além de melhorar o funcionamento do aparelho respiratório por 
aumentar a resistência sobre a caixa torácica, recomendando-se esse tipo de atividade para pessoas com doenças 
respiratórias. 
 A resistência é responsável por formar uma espécie de “barreira” que retém o movimento tornando sua execução 
mais difícil, pois esta produz uma sobrecarga natural sobre o corpo, aumentando assim o esforço do aluno e a dificuldade 
do exercício. A resistência está dividida em três tipos: 
a. resistência de superfície: ocorre com o contato direto do corpo na água. 
b. resistência de forma: oposição criada entre a área transversa de um corpo a frente do fluxo do líquido. 
c. resistência de onda: conhecida também como aspiração posterior. 
 Para Marques e Pereira (1999), a resistência da água deve ser aproveitada adotando-se o posicionamento vertical, 
por aumentar a superfície do corpo em contato com a água, aumentando assim a resistência e intensidade do 
treinamento. 
 A temperatura da piscina também exerce grande influência na realização dos movimentos durante as aulas. 
Recomenda-se uma temperatura entre 27° e 31° C, propiciando assim um ambiente agradável e relaxante para as 
aulas. A temperatura da piscina é um fator indispensável, devido à capacidade da água de conduzir calor que é 25 
vezes maior que o ar, resfriando o corpo constantemente, diminuindo assim o estresse durante o exercício. 
 O equilíbrio do corpo dentro da água para ser mantido é necessário que as forças de flutuação e gravidade sejam 
iguais para que não ocorra movimentação, caso contrário o corpo realizará movimentos rotatórios. 
 A turbulência é criada quando a pressão é reduzida pela movimentação na água, causando uma desordem no meio 
líquido, ocorrendo assim a formação de redemoinhos criados através do deslocamento. Este fator é influenciado pela 
velocidade do movimento e pela forma do corpo. 
 A fricção é o atrito que o corpo sofre ao entrar em contato com a água, o que mobiliza um maior gasto calórico, 
sendo até 790 vezes maior na água em relação ao ar, tornando o movimento mais lento quando realizado na água. 
 A velocidade de um corpo no meio líquido é maior quando este se encontra na posição horizontal devido à resistência 
que é aumentada quando o corpo adota a posição vertical, mobilizando assim um maior volume de água, dificultando 
a realização do movimento. 
Considerações finais 
 A hidroginástica é uma atividade prazerosa que proporciona inúmeros benefícios a saúde, podendo ser praticada em 
qualquer faixa etária sem contra-indicações, sendo também bastante diversificada, com a utilização de diversos 
equipamentos e tendo diferentes abordagens. 
 A água é o ambiente ideal pra se realizar atividades físicas, por oferecer baixo impacto as articulações, melhorar a 
circulação e a capacidade pulmonar, oferecer uma sobrecarga natural, além do prazer proporcionado pela execução 
dos movimentos no meio líquido, contudo, é indispensável ao profissional que ministra aulas de hidroginástica ter o 
conhecimento acerca dos princípios hidrodinâmicos, sabendo aproveitá-los para se obter um melhor resultado com 
essas práticas, além de saber respeitar as limitações que esse ambiente propicia, pois é de extrema importância 
considerar fatores como o ritmo e velocidade de realização dos exercícios dentro da água, dentre outros fatores. 
Referências bibliográficas 
• ANTES, Danielle Ledur. Natação e musculação atuando sobre o equilíbrio e propiocepção em prol da 
qualidade de vida. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 125, 2008. 
http://www.efdeportes.com/efd125/natacao-e-musculacao-atuando-sobre-o-equilibrio-e-a-
propriocepcao.htm 
http://www.efdeportes.com/efd125/natacao-e-musculacao-atuando-sobre-o-equilibrio-e-a-propriocepcao.htm
http://www.efdeportes.com/efd125/natacao-e-musculacao-atuando-sobre-o-equilibrio-e-a-propriocepcao.htm
• CORRÊA, Célia Regina Fernandes; MASSAUD, Marcelo Garcia. Escola de Natação: Montagem e 
Administração Pedagógica, Do Bebê a Competição. Editora Sprint, 1999. 
• GALDI, Enori Helena Gemente et al. Aprendendo a nadar com a extensão universitária. Campinas: IPES 
Editoral, 2004. 
• GÓMEZ, Francisco Alexis León. Plan de ejercicios físicos en el medio acuático como alternativa para las 
actividades en el Círculo de Abuelos de la circunscripción 17 en el municipio Ciego de Ávila. 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 156, 2011. 
http://www.efdeportes.com/efd156/plan-de-ejercicios-fisicos-en-el-medio-acuatico.htm 
• GONÇALVES, Vera Lúcia. Treinamento em hidroginástica. Ícone editora, 1996. 
• LUZ, Claudia Ribeiro da. Hidroginástica. In SILVA e COUTO (org.) Manual do treinador de Natação. Belo 
Horizonte: edições FAM. 1999 
• MARQUES, Mônica; PEREIRA, Ney. Hidroginástica: exercícios comentados: cinesiologia aplicada a 
hidroginástica. Rio de Janeiro: Editora Ney Pereira, 1999. 
• RAMÍREZ, Lara P.; FARTO, Ramírez Emerson; CARRAL, José María Cancela. Aquagym: Una propuesta 
original de actividad física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 47, 2002. 
http://www.efdeportes.com/efd47/aquagym.htm 
• ROBLES, José Martínez; SÁNCHEZ, Juana María Navarro. Aquabike, una unidad didáctica en la piscina. 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 145, 2010. 
http://www.efdeportes.com/efd145/aquabike-una-unidad-didactica-en-la-piscina.htm 
• TAHARA, Alexander Klein; SANTIAGO, Danilo Roberto Pereira; TAHARA, Ariany Klein. As atividades 
aquáticas associadas ao processo de bem-estare qualidade de vida. EFDeportes.com, Revista Digital. 
Buenos Aires, Nº 103, 2006. http://www.efdeportes.com/efd103/atividades-aquaticas.htm 
 
http://www.efdeportes.com/efd156/plan-de-ejercicios-fisicos-en-el-medio-acuatico.htm
http://www.efdeportes.com/efd47/aquagym.htm
http://www.efdeportes.com/efd145/aquabike-una-unidad-didactica-en-la-piscina.htm
http://www.efdeportes.com/efd103/atividades-aquaticas.htm

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