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PROCEDIMENTOS INVASIVOS Sthephanie Almeida Procedimentos Invasivos em Cuidados Paliativos Procedimento em que o cirurgião ou radiologista, intervencionista ou endoscopista executa o ato cirúrgico, com a intenção de proporcionar alívio de sintomas que afetam o paciente acometido por doença crônica e ameaçadora de vida, o que inclui o câncer e outras condições de doença benigna, não existindo perspectiva de cura. É definida como o uso deliberado de um procedimento em um paciente com doença incurável, com a intenção de aliviar os sintomas, minimizando a aflição do paciente e melhorando a qualidade de vida, sem causar morte prematura. Ao definir paliação com base em fatores como controle de sintomas e intenção cirúrgica, o foco principal em uma abordagem individualizada para cirurgia é mantida. Paliação cirúrgica Objetivos: alívio possível e durável de sintomas restauração da função de órgãos melhoria de qualidade de vida melhora da imagem corporal otimização de cuidados com o paciente Fatores relacionados: Carga total da doença 01 Desempenho funcional do paciente 02 Duração da hospitalização 03 Morbimortalidade 04 Medidas adicionais 05 Eficácia 06 Atenção! Mesmo que a paliação do sintoma possa resultar em sobrevivência aumentada para o paciente, não é apropriado selecionar um procedimento paliativo com base exclusivamente no desejo de aumento do tempo de sobrevida. 01 Seleção de pacientes: condição clínica e performance/status do paciente história natural dos sintomas primários e secundários extensão da doença e prognóstico do paciente sucesso potencial e a durabilidade do procedimento disponibilidade e sucesso de terapia não cirúrgica impacto sobre qualidade de vida e expectativa do paciente relacionada ao procedimento Avaliação prognóstica • ECOG > 2 (KPS < 50%) • Albumina < 3,5 • Astenia • Perda ponderal recente • Hemoglobina < 10mg/dl Fatores de baixo prognóstico Tumores hematológicos • Neutropenia • Ascite • Carcinomatose/sarcomatose Fatores de curta sobrevida Comunicação e abordagem A inapropriado prometer aumento ou prolongamento de sobrevida B ênfase sobre as coisas que podem ser entregues de forma realista C dinâmica da comunicação em triângulo 01 02 03 Indicação dos Procedimentos Reestabelecimento de função Controle de Sintomas Obstrução esofagogastrointestinal Obstrução biliar Sangramento tumoral Obstrução da via aérea Falência renal Controle da dor Controle de odor Controle de dispneia restritiva Complicações de úlceras por pressão Infecção cutânea Procedimentos no aparelho respiratório: • Desobstrução de vias aéreas Traqueostomia Colocação de endopróteses Ressecções a laser) 01 • Toracocentese • Pericardiocentese • Pleurodese Procedimentos no aparelho gastrointestinal: • Obstrução esofagogastricaduodenal Endoprótese esofageanas com ou sem dilatação Endopróteses antropilóricas Gastroenteroanastomose Gastrostomia • Tratamento endoscópico de fístula esofagotraqueal 01 • Controle de sangramento gástrico por gastrectomia paliativa • Controle de obstrução intestinal alta ou fístulas entéricas. Bypass Ressecção de pequeno porte • Controle de obstrução intestinal baixa e fístulas retovaginais Colostomia Prótese de reto Derivação/bypass Procedimentos no aparelho geniturinário: • Desobstrução de vias aéreas Traqueostomia Colocação de endopróteses Ressecções a laser) 01 • Toracocentese • Pericardiocentese • Pleurodese Manejo Peroperatório usar técnicas simples, ter cuidado no uso de fios e escolha das suturas, Cuidados no procedimento avaliação repetida e cuidadosa de cada paciente que tem esse risco aumentado para evolução de delírio Disfunção cognitiva cuidado rigoroso com antibioticoprofilaxia atentar para o risco de tromboembolismo em pacientes investidos com bom performance/status e sem contraindicação para tromboprofilaxia Medicação discussão dos benefícios e riscos da intervenção cirúrgica Comunicação LEMBRAR: São recomendações formais para o sucesso do procedimento invasivo que visa ao controle de sintomas na doença avançada a atenção aos seguintes pontos: • Conhecimento da evolução natural da doença • Avaliação criteriosa de performance/status • Avaliação prognóstica formal • Mapeamento estruturado de sintomas • Esclarecimento de paciente e família Obrigada! Referência: Manual de Cuidados paliativos - ANCP
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