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Osteoartrite Insuficiência da articulação sinovial Principal causa de artropatia da população adulta Fator de risco para Doença Cardio Vascular, devido a limitação e inatividade, que gera sedentarismo no indivíduo. Prevalência: aumenta com a idade -3% na população geral -10% > 60 anos -≈ 100% >85 anos (todos com mais de 85 anos tem osteoartrite –radiográfica-, mas nem todos tem dor) É uma dor mecânica: que piora com o movimento e tende a melhorar com o repouso. Por causa da dor o pct tende a não usar o membro: leva a hipotrofia da muscultura, frouxidão ligamentar, levando a uma função limitada. ETIOPATOGENIA E FATORES DE RISCO Uma doença que começa por volta dos 40 anos, tem seu pico depois dos 60, chegando ao máximo depois dos 80 anos. Fatores biológicos: Genéticos Inflamatórios Metabólicos/hormonais Envelhecimento Fatores mecânicos: Trauma (tenistas/atletas) Displasias Obesidade (a art. sinovial fica mais instável nesses indivíduos) Desalinhamento Perda da propriocepção Quando os fatores biológicos e mecânicos interagem: - Inflamação local - Proliferação sinovial -Enfraquecimento global (ligg e mm) Essa tríade é responsável pela insuf. da cartilagem sinovial. ↑ Degradamento e ↓Síntese No indivíduo com osteoartrite tem destruição da cartilagem articular que expõe o osso subcondral ao atrito toda vez que movimentar a articulação, vai ter remodelamento ósseo com esclerose óssea (dá para ver na radiografia), vai ter proliferação e hiplerplasia da cartilagem sinovial, a formação do osteófito* (bico de papagaio) e vai ter fibrose da capsula articular com enfraquecimento dessa estrutura e hipotrofia da musculatura que protege essa articulação. Tudo isso em conjunto leva a insuficiência da cartilagem sinovial. Osteófito*=pode se formar em qualquer margem articular e é a ação da remodelação do osso subcondral. o osso abaixo da cartilagem vai hipertrofiar como defesa da articulação. CLASSIFICAÇÃO: Existem duas maneiras de classificar: se ela é idiopática/secudária e se é localizada/generalizada. IDIOPÁTICA: -sem causa aparente. -sítios mais comuns: coluna cervical e lombar, 1° CMC (risartrose), interfalangeanas, quadris, joelhos, 1° MTF. SECUNDÁRIA: -é consequência de algum outro tipo de artrite ou de lesão articular -sítios mais comuns: ombros, cotovelos, punhos e MCF. -pós-traumática, congênita, outras doenças articulares que levam ao desgaste da cartilagem e a síntese é suprimida LOCALIZADA: Até 3 articulações acometidas GENERALIZADA: Mais de 3 articulações acometidas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: -Dor de caráter mecânica mais intensa ao final do dia e acorda com menos dor ou sem dor. Pode haver rigidez matinal fugaz que não dura mais que 30 minutos. Estudo: radiografias muito semelhantes entre indivíduos que tinham e que não tinham dor. fator psicológico, PRESENÇA DE ATIVIDADE FÍSICA. A dor é multifatorial. -Rigidez matinal breve, autolimitada -Limitação funcional -Instabilidade articular -Proeminências ósseas nas margens articulares -Crepitações (consegue palpar o crepitar) -Laboratório normal (hemograma, vhs normal. Não há inflamação sistêmica. É inflamação restrita à articulação). É endurecida a articulação. Não há derrame articular (líquido sinovial) Não há edema nem calor articular. Essas proeminências são os osteófitos: Nódulos de Bouchard nas IFProximais e Nódulos de Heberden nas IFDistais. ACHADOS RADIOGRÁFICOS: DIAGNÓSTICO DE OSTEOARTRITE: -Clínico na presença de: ●Idade > 45 anos e ●Dor articular mecânica e ●Ausência de rigidez matinal (ou rigidez matinal < 30 minutos) Características atípicas podem indicar diagnósticos alternativos ou adicionais: ●Histórico de trauma ● Rigidez matinal prolongada ●Rápido agravo dos sintomas ●Edema e calor da articulação DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ◦Artrites microcristalinas: -gota, condrocalcinose ◦Artrites inflamatórias: -artrite reumatoide, artrite psoriásica ◦Infecções (Chikungunya, artrite tuberculosa) ◦Malignidades TRATAMENTO: ●Objetivos: -Controlar a dor -Melhorar a função e a qualidade de vida -Minimizar a toxicidade associada aos medicamentos ●Não farmacológico: -Fazer exercícios físico: produz endorfina (analgésico natural), produz melatonina (melhora do sono), fortalece a muscularura. Esportes aquáticos como hidroginástica e natação: piscina aquecida que é analgésico natural, promove vasodilatação, não tem gravidade e fica mais leve amplitude de movimentos maior, na água não tem impacto. -Dispositivos de auxílio (bengala-usar no lado bom, andador) -Órteses -Fisioterapia (analgésica e reabilitação) -Uso de agentes térmicos (compressa morna e fria) -Perder peso -Usar palmilha em caso de OA de joelho Não já recomendação para uso de joelheira. Não há recomendação para exercício de equilíbrio. ● Farmacológico: -sintomático, somente durante os sintomas. -escolha depende da articulação e do número de articulações acometidas e da presença de comorbidades -Analgésico -AINE tópico -AINE oral -Duloxetina (isrns) -Capsaicina tópica (opióide) usar em refratários por curto período de tempo: na mão -Infiltrações com glicocorticoides: se tem só um joelho acometido -Guidelines do OARSI não recomendam mais o paracetamol como analgésico de 1° linha. Recomenda dipirona como 1° linha. -Benefícios de infiltrações com ácido hialurônico: um substrato da matriz extracelular pra regeneração da cartilagem sinovial. Bom quando feito em estágios iniciais. (em estudo ainda) -Opióides: doença refratária e incapacitante, curtos períodos. -Não há indicação de rotina para suplementação nutricional* *condroitina, extratos insaponificáveis de abacate e óleo de peixe podem beneficiar pacientes com doença leve. ●Cirurgia: -Artroplastia. -Artroscopia. -Artrodese.
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