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Avaliação: concepções sobre o corpo, acesso à saúde e intervenção biomédica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
AVALIAÇÃO II
Antropologia do Corpo
Beatriz Câmara de Oliveira
Alana Suelen Araújo Costa
Natal – RN 
(27 de agosto de 2021)
Avaliação II
Descrição:
Com base na Unidade II, Concepções sobre o corpo, acesso à saúde e intervenção biomédica, nos textos e autores estudados, responda:
A sociedade contemporânea, globalizada, tem impactado a possibilidade de uma vida saudável ao redor do mundo? Fatores como desmatamento, crise climática, industrialização e exploração dos recursos ambientais encontram-se relacionados a situações como pandemias e aumento de doenças? Se sim, esse impacto é sentido da mesma maneira por pessoas de diferentes países e classes socioeconômicas ou há desigualdades no acesso a medidas de prevenção e tratamento?
Sim, pois, referente a essa globalização mediante, principalmente, a atuação da internet, temos a exposição rápida de diversas situações acerca da saúde de sociedades ao redor do mundo. Tal fato tem papel fundamental em relação ao processo de planejamento social e cultural da própria sociedade alvo em prol de propagar uma possibilidade de vida saudável aos seus cidadãos. Vale ressaltar que um dos principais quesitos de ter uma vida saudável se refere diretamente a ter uma boa qualidade de vida, visto que “qualidade de vida é abordada, por muitos autores, como sinônimo de saúde” (PEREIRA, TEIXEIRA, SANTOS, 2012, p.1).
Sim, pois “a humanidade e a biosfera estão conectadas” (MBEMBE, 2020) e, assim, a atuação de um tem intrínseca influencia com os acontecimentos do outro de modo recíproco. Tal impacto é sentido de maneira diferente por pessoas de distinto países e classes socioeconômicas, visto que há desigualdade no acesso a saúde, destacando medidas de prevenção e tratamento dos pacientes. Tal desequilíbrio é evidenciado pelo tipo de diretriz do sistema de saúde de cada país, pois, por exemplo, no Brasil, além dos planos de saúde privados, se tem o SUS, sistema público de saúde, que, mesmo não sendo perfeito, tem sua devida importância no referente a prevenção e tratamento dos brasileiros, independentemente se o indivíduo tem ou não plano de saúde privado. Entretanto, nos EUA, não há um sistema único de saúde e sim, diversos programas estaduais independentes e, desse modo, grande parte da população estadunidense se encontra dependente do setor privado de saúde. Vale destacar também que a classe socioeconômica de uma pessoa influencia, não só no quesito de condição financeira para bancar um plano de saúde privado, mais também no tipo de tratamento comportamental referente ao atendimento do paciente.
Considerando a relação dos indivíduos com a sociedade, o que caracterizaria a deficiência? De acordo com o que estudamos, a deficiência se define apenas por questões individuais, como as lesões, ou há elementos sociais envolvidos em sua definição? Explique.
A deficiência expõe o indivíduo a uma forma diferente de viver a vida em comparação com o modo de viver da maioria da sociedade. Infelizmente, grande parte dessa sociedade enquadra a deficiência como sinônimo de fracasso em viver a vida, pois essa população tem a tendência de criar um senso de padronização de pensamento com a finalidade de ofertar uma noção de ordem popular, o que traz uma sensação de falsa segurança.
Ademais, é pertinente refletir que a deficiência tem definição além dos quesitos individuais, visto que a maneira como a sociedade em geral vê essa diferença tem associação com a concepção de ausência da versão “normal” de uma vida padronizada pela própria sociedade. Ou seja, “uniformização e padronização... intensificam os mecanismos de exclusão social e de intolerância em relação às diferenças individuais” (GUIMARÃES, 2008).
Em prol de combater essa exclusão e intolerância, é importante destacar a noção política da palavra deficiência que traz uma carga pejorativa associada a lesão. Desse modo, a redefinição do termo supracitado de pessoa deficiente para pessoa com deficiência é imprescindível para aceitação social, gerando “o entendimento de que a deficiência é uma expressão da diversidade de estilos de vida” (QUEIROZ, 2008) e, consequentemente, a melhora do tratamento a esses indivíduos. 
Nas sociedades contemporâneas, o corpo é alvo de procedimentos cirúrgicos, estéticos e farmacológicos. Com quais objetivos?
Existe o motivo por necessidade relacionado a saúde do indivíduo e há o motivo por fins puramente estético e culturais mediante escolha individual. No cotidiano atual, é alarmante o aumento da porcentagem de pessoas que escolhem fazer esses procedimentos sem está prioritariamente relacionado a questão de saúde e sim a questão de padrão de beleza aceito pela sociedade. 
Além disso, a indústria farmacêutica tem crescido cada vez mais no mercado mundial, levando a uma estimulação direta e indireta do público referente a consumação de produtos farmacológicos, destacando medicamentos que combatem a depressão e a ansiedade. O grande perigo dessa situação é a criação de uma relação de dependência ao fármaco que se evolui para a “ciborguização do indivíduo”, pois “Os psicotrópicos se oferecem como auxiliares técnicos de existência” (LE BRETON, 2003, p.63), o que promete uma sensação de controle frente as adversidades do cotidiano. No entanto, se pode dizer que a indústria farmacêutica tem sua prioridade no quesito de ganho econômico. 
REFERÊNCIAS:
1. Pereira, Érico Felden, Teixeira, Clarissa Stefani e Santos, Anderlei dosQualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte [online]. 2012, v. 26, n. 2 [Acessado 27 Agosto 2021] , pp. 241-250. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000200007>. Epub 03 Jul 2012. ISSN 1981-4690. https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000200007.
2. MBEMBE, Achille. Le droit universel a la respiration. AOC media – Analyse Opinion Critique, 2020. Disponível em: <https://aoc.media/opinion/2020/04/05/le-droit-universel-a-la-respiration/>. Acesso em: 27/08/2021.
3. Guimarães, Denise Alves. Desenvolvimento tecnológico, padronização de comportamentos no trabalho e exclusão social. Saúde e Sociedade [online]. 2008, v. 17, n. 4 [Acessado 27 Agosto 2021] , pp. 81-92. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000400009>. Epub 09 Jan 2009. ISSN 1984-0470. https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000400009.
4. Queiroz, Arryanne. Deficiência, saúde pública e justiça social. Revista Estudos Feministas [online]. 2007, v. 15, n. 3 [Acessado 27 Agosto 2021] , pp. 827-829. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-026X2007000300020>. Epub 23 Jul 2008. ISSN 1806-9584. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2007000300020.
5. LE BRETON, David. Adeus ao corpo: Antropologia e sociedade. 3ª Edição. Campinas, SP. Papirus, 22 de setembro 2003

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