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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Desenho de Construção Civil
Estudo de Viabilidade
Técnica de Construção Civil
Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 1 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................02 
2. ESTUDOS PRELIMINARES.......................................................................................................02 
 2.1ESTUDO COM O CLIENTE.....................................................................................................02 
 2.2 EXAME LOCAL DO TERRENO.............................................................................................06 
 2.3 LIMPEZA DO TERRENO........................................................................................................06 
 2.4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DE LOTES URBANOS...............................................06 
 2.5 MEDIDAS DO TERRENO (LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO).....................................05 
 2.6 NIVELAMENTO (LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO).......................................................08 
3. VERIFICAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS................11 
 3.1 INSTALAÇÕES DE FORÇA E LUZ........................................................................................11 
 3.2 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS.................................................................................13 
 3.3 SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃO.................................................................................................17 
 3.4 SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA............................................................................19 
 3.5 FATORES QUE INFLUENCIAM O PROJETO DO MOVIMENTO DE TERRA..................20 
 3.6 TIPOS DE MOVIMENTO DE TERRA....................................................................................22 
 3.7 DRENAGEM E ESGOTAMENTO DE LENÇOL....................................................................23 
4. LOCAÇÃO DE OBRAS DE EDIFÍCIO..................................................................................... 23 
 4.1 O INÍCIO DO PROCESSO DE LOCAÇÃO.............................................................................23 
 4.2 POR ONDE INICIAR A LOCAÇÃO....................................................................................... 24 
 4.3 COMO MATERIALIZAR A DEMARCAÇÃO....................................................................... 25 
5. ESTUDOS PRELIMINARES AMBIENTAIS............................................................................27 
 5.1 Onde encontrar dados ambientais.............................................................................................28 
6. IMPACTOS AMBIENTAIS..........................................................................................................31 
7. ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAL (EIA) / RELATÁRIO DE IMPACTO 
AMBIENTAL (RIMA)...................................................................................................................34 
8. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................42 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A obra de construção de edifícios tem seu início propriamente dito, com a implantação do canteiro 
de obras. Esta implantação requer um projeto específico, que deve ser cuidadosamente elaborado a partir 
das necessidades da obra e das condições do local de implantação. Porém, antes mesmo do início da 
implantação do canteiro, algumas atividades prévias, comumente necessárias, podem estar a cargo do 
engenheiro de obras. Tais atividades são usualmente denominadas "Serviços Preliminares" e envolvem, 
entre outras atividades: a verificação da disponibilidade de instalações provisórias; as demolições, quando 
existem construções remanescentes no local em que será construído o edifício; a retirada de entulho e 
também, o movimento de terra necessário para a obtenção do nível de terreno desejado para o edifício. 
As principais características destas atividades serão abordadas na seqüência. 
 
2. ESTUDOS PRELIMINARES 
 
2.1. ESTUDO COM O CLIENTE 
 
Sabemos que para se executar qualquer projeto devemos, antes de mais nada, realizar uma 
entrevista com o interessado em executar qualquer tipo de construção. No nosso caso, será o cliente, 
juntamente com os seus familiares, pois vamos nos ater a pequenas obras (residências unifamiliares). 
Devemos considerar que geralmente o cliente é praticamente leigo, cabendo então ao profissional orientar 
esta entrevista, para obter o maior número possível de dados. 
 
Em linguagem simples, o que precisamos saber é: 
1. O que o cliente quer fazer. 
2. O que o cliente pode fazer. 
 
A prática mostra que o item 1 é sempre muito maior que o item 2, daí a razão de tentarmos averiguar 
este segundo item. Para conseguirmos nosso objetivo de uma forma rápida, convém indagar: 
a. Localização, metragem e característica do terreno de sua propriedade, objeto da obra em questão. 
Deve-se indagar: rua, número, bairro, ruas próximas; enfim, dados que facilitem a localização do terreno: 
metragem de frente, da frente ao fundo, área; descrição aproximada do perfil (caimento para a rua aou 
para os fundos). 
b. Tipo de construção: residencial, comercial, industrial, mista; número de pavimentos. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP]
 
Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil
 
c. Número e designação dos cômodos necessários. Convém saber o sexo e a idade das pessoas que 
irão residir, para um projeto mais objetivo.
d. Metragem aproximada dos cômodos. 
e. Descrição resumida e aproximada do acabamento.
f. Verba disponível para a obra.
 
Ao encerrar a entrevista é hábito a promessa ao cliente da elaboração de anteprojetos, fixando
prazo para sua apresentação. Para nos auxiliar na objetividade da entrevista inicial com o cliente,
abaixo alguns modelos para questionário, que tem a função de orientar evitando esquecimentos.
ual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 
Número e designação dos cômodos necessários. Convém saber o sexo e a idade das pessoas que 
irão residir, para um projeto mais objetivo. 
Metragem aproximada dos cômodos. 
e aproximada do acabamento. 
Verba disponível para a obra. 
Ao encerrar a entrevista é hábito a promessa ao cliente da elaboração de anteprojetos, fixando
prazo para sua apresentação. Para nos auxiliar na objetividade da entrevista inicial com o cliente,
abaixo alguns modelos para questionário, que tem a função de orientar evitando esquecimentos.
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
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Número e designação dos cômodos necessários. Convém saber o sexo e a idade das pessoas que 
Ao encerrar a entrevista é hábito a promessa ao cliente da elaboração de anteprojetos, fixando-se 
prazo parasua apresentação. Para nos auxiliar na objetividade da entrevista inicial com o cliente, damos 
abaixo alguns modelos para questionário, que tem a função de orientar evitando esquecimentos. 
 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 5 
 
2.2. EXAME LOCAL DO TERRENO 
 
Sem sabermos as características do terreno, é quase impossível executar-se um bom projeto. As 
características ideais de um terreno para um projeto econômico são: 
 
a) Não existir grandes movimentações de terra para a construção; 
b) Ter dimensões tais que permita projeto e construção de boa residência; 
c) Ser seco, preferencialmente distante de várzeas dos rios, lagos, entre outros; 
d) Ser plano ou pouco inclinado para a rua; 
e) Ser resistente para suportar bem a construção; 
f) Ter facilidade de acesso; 
g) Terrenos localizados nas áreas mais altas dos loteamentos, não sujeitos à inundação; 
h) Escolher terrenos em áreas não sujeitas à erosão; 
i) Evitar terrenos que foram aterrados sobre materiais sujeitos a decomposição orgânica, exemplo de 
lixões, aterro sanitários, brejos, alagados e manguezais. 
 
Mas como nem sempre estas características são encontradas nos lotes urbanos, devemos levá-las 
em consideração quando da visita ao lote, levantando os seguintes pontos: 
 
a) Deve-se identificar no local o verdadeiro lote adquirido segundo a escritura, colhendo-se todas as 
informações necessárias; 
b) Verificar junto a Prefeitura da Municipalidade, se o loteamento onde se situa o terreno, foi devidamente 
aprovado e está liberado para construção; 
c) Números das casas vizinhas ou mais próximas do lote; 
d) Situação do lote dentro da quadra, medindo-se a distância da esquina ou construção mais próxima. 
e) Com bússola de mão, confirmar a posição da linha N-S; 
f) Verificar se existem benfeitorias (água, esgoto, energia); 
g) Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se existe viela sanitária vizinha do 
lote, em uma das divisas laterais ou fundo; 
h) Verificar se passa perto do lote, linha de alta tensão, posição de postes, bueiros, etc. 
i) Verificar se existe faixa de não construção; 
j) Verificar a largura da rua e passeio. 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 6 
 
Procure as zonas da cidade onde se localizam edificações com características mais compatíveis e 
semelhantes ao tipo de empreendimento (residencial, comercial, serviço, etc.), podendo esta orientação 
ser encontrado no Plano de Zoneamento Urbano do município em questão. 
 
2.3. LIMPEZA DO TERRENO 
 
Temos algumas modalidades para limpeza do terreno, que devemos levar em consideração: 
Carpir - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para tal, 
unicamente a enxada. 
Roçar - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de pequeno porte, que poderão 
ser cortadas com foice. 
Destocar - Quando houver árvores de grande porte, necessitando desgalhar, cortar ou serrar 
o tronco e remover parte da raiz. Este serviço pode ser feito com máquina ou manualmente. 
 
Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos de árvore que possam dificultar 
os trabalhos. Todo material vegetal, bem como o entulho terão que ser removidos do canteiro de obras. 
 
2.4. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DE LOTES URBANOS 
 
O levantamento topográfico é geralmente apresentado através de desenhos de planta com curvas 
de nível e de perfis. 
Deve retratar a conformação da superfície do terreno, bem como as dimensões dos lotes, com a 
precisão necessária e suficiente proporcionando dados confiáveis que, interpretados e manipulados 
corretamente, podem contribuir no desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação. 
 
2.5. MEDIDAS DO TERRENO (LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO) 
 
Executada a limpeza do terreno e considerando que os projetos serão elaborados para um 
determinado terreno, é necessário que se tenha as medidas corretas do lote, pois nem sempre as medidas 
indicadas na escritura conferem com as medidas reais. 
Apesar de não pretendermos invadir o campo da topografia, vamos mostrar em alguns desenhos, 
os processos mais rápidos para medir um lote urbano. Os terrenos urbanos, são geralmente de pequena 
área possibilitando, portando, a sua medição sem aparelhos ou processos próprios da topografia desde que 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 7 
 
se tenha uma referência (casa vizinha, esquina, piquetes etc). No entanto, casos mais complexos, sem 
referência, necessitamos de um levantamento executado por profissional de topografia. 
 
a) Lote regular 
Geralmente em forma de retângulo, bastando portanto medir os seus "quatro" lados, e usar o valor médio, 
caso as medidas encontradas forem diferentes as da escritura. (Figura 1.1). 
 
Figura 1.1-Lote regular 
 
Obs. Para verificar se o lote está no esquadro, devemos medir as diagonais que deverão ser iguais. 
 
b) Lote irregular com pouco fundo 
Medir os quatro lados e as duas diagonais (Figura 1.2). 
 
Figura 1.2-Lote irregular com pouco fundo 
 
c) Lote irregular com muita profundidade 
Neste caso, a medição da diagonal se torna imperfeita devido a grande distância. Convém utilizar um 
ponto intermediário "A" diminuindo assim o comprimento da diagonal (Figura 1.3). 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 8 
 
 
Figura 1.3-Lote irregular com muita profundidade 
 
d) Lote com um ou mais limites em curva 
Para se levantar o trecho em curva, o mais preciso será a medição da corda e da flecha (central). 
Nestes casos devemos demarcar as divisas retas até encontrarmos os pontos do início e fim da corda. 
Medir a corda e a flecha no local. E com o auxílio de um desenho (realizado no escritório) construir a 
curva a partir da determinação do centro da mesma utilizando a flecha e a corda (Figura 1.4). 
 
c = corda f = flecha Construção da curva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.4-Lote com setor curvo 
 
2.6. NIVELAMENTO (LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO) 
 
É de grande importância para elaborarmos um projeto racional, que sejam aproveitadas as 
diferenças de nível do lote. Podemos identificar a topografia do lote através das curvas de níveis. A curva 
de nível é uma linha constituída por pontos todos de uma mesma cota ou altitude de uma superfície 
qualquer. Quando relacionadas a outras curvas de nível permite comparar as altitudes e se projetadas 
sobre um plano horizontal podem apresentar as ondulações, depressões, inclinações etc. de uma superfície 
(Figura 1.5). Podemos observar na Figura 1.5 que quanto mais inclinada for a superfície do terreno, as 
distâncias entre as curvas serão menores, menos inclinada as distâncias serão maiores d1 < d2. 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 9 
 
 
Figura 1.5-Representação de curva de nível 
 
As curvas de níveis são elaboradas utilizando aparelhos topográficos que nos fornecem os níveis, 
os ângulos, as dimensões de um terreno ou área. Este levantamento não é muito preciso, quando 
utilizamos métodos simples para a sua execução, mas é o suficiente para construção residencial 
unifamiliar, que geralmente utilizam pouco terreno. Caso seja necessárioalgo mais rigoroso, devemos 
fazer um levantamento com aparelhos recorrendo a um topógrafo. Geralmente é suficiente tirar um perfil 
longitudinal e um transversal do terreno, mas nada nos impede de tirarmos mais, caso necessário. 
Nos métodos abaixo se usa basicamente balizas com distância uma da outra no máximo de 5,0m, 
ou de acordo com a inclinação do terreno. Em terrenos muito íngremes a distância deverá ser menor, em 
terrenos com pouca inclinação podemos utilizar as balizas na distância de 5,0 em 5,0m. 
Alguns métodos para levantarmos o perfil do terreno: 
 
a) Com o nível e Abney (clinômetro). 
b) Com o nível de mão. 
c) Com o nível de mangueira. 
 
CLINÔMETRO: Coloca-se o clinômetro, na 1ª baliza a uma altura de 1,50m (ponto A). Inclina-
se o tubo do clinômetro para avistarmos o ponto B. Pela ócula se vê a bolha e giramos o parafuso até 
colocá-la na vertical e produzirá sobre a graduação e leitura do ângulo α. Resta medir a distância 
horizontal "d" ou a inclinada "m". 
 
 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÍVEL DE MÃO: - Nível de bolha - 2 balizas - régua - trena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÍVEL DE MANGUEIRA: 
O método da mangueira é um dos mais utilizados. Fundamenta-se no princípio dos vasos 
comunicantes, que nos fornece o nível. Este é o método que os pedreiros utilizam para nivelar a obra toda, 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 11 
 
desde a marcação da obra até o nivelamento dos pisos, batentes, azulejos etc. A mangueira deve ter 
pequeno diâmetro, parede espessa para evitar dobras e ser transparente. Para uma boa marcação ela deve 
estar posicionada entre as balizas, sem dobras ou bolhas no seu interior. A água deve ser colocada 
lentamente para evitar a formação de bolhas. 
Materiais: - Mangueira - 2 balizas - Trena 
 
Para facilitar a medição, podemos partir com o nível d'água em uma determinada altura "h" em uma das 
balizas, que será descontada na medida encontrada na segunda baliza. Fazemos isso para não precisarmos 
colocar o nível d'água direto no ponto zero (próximo do terreno), o que dificultaria a leitura e não nos 
forneceria uma boa medição. A medição com mangueira pode ser realizada em terrenos com aclive e com 
declive. 
 
3. VERIFICAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS 
 
Para o início e desenvolvimento das atividades de obra é necessário que o canteiro seja provido de 
instalações elétricas (de força e luz) e de instalações hidrossanitárias. 
 
3.1.Instalações de Força e Luz 
 
São muitos os equipamentos necessários para o desenvolvimento das atividades de obra, como por 
exemplo, betoneiras, serras elétricas, guincho para funcionamento do elevador de obra, gruas, entre 
outros. Atualmente, a fonte de energia mais comum e mais viável para o funcionamento da maioria desses 
equipamentos é a ELÉTRICA. Neste sentido, faz-se necessário que ainda durante a etapa de planejamento 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 12 
 
do canteiro, seja identificada a potência dos equipamentos que serão utilizados. A soma das potências dos 
equipamentos utilizados no canteiro, aliada a um fator de demanda dos mesmos (uma vez que nem todos 
os equipamentos serão utilizados de uma única vez), possibilita conhecer a potência necessária para a rede 
de energia a ser implantada. Para ilustrar as necessidades de energia em uma obra de edifícios, apresenta-
se na tabela abaixo a potência de alguns equipamentos comumente utilizados. 
 
Tabela - Potência e sistema de alimentação dos equipamentos mais comuns em obras de edifícios. 
 
Fonte: LICHTENSTEIN & GLEZER, s.d. 
 
Além desses equipamentos mais comuns, em função do tipo de empreendimento, pode-se ter a 
necessidade de equipamentos de maior porte, como por exemplo as gruas, que elevam sensivelmente a 
demanda por energia. Conhecidas as necessidades de energia, deve-se verificar como obtê-la, sendo 
possível ocorrer três situações: 
1ª - não existe rede no local; 
2ª - existe rede monofásica; ou 
3ª - existe rede trifásica. 
Caso ocorra a 1ª ou a 2ª situação, pode-se vislumbrar o surgimento de PROBLEMAS. 
No caso da 1ª, deve-se fazer um pedido de estudo junto à concessionária local, para verificar a 
viabilidade de extensão da rede existente até a obra. Este procedimento, de modo geral, demora cerca de 
um a dois meses. Esta demora, na maioria das vezes, é inaceitável no início da obra. Neste caso, é 
possível adotar-se uma solução temporária e extrema, como por exemplo, optar-se pela energia gerada a 
diesel, na própria obra, a qual, no entanto, apresenta-se mais cara que a energia elétrica. 
Ocorrendo a 2ª situação os problemas não são menores, pois a maioria dos equipamentos, como 
mostrou a tabela acima, pressupõe alimentação trifásica. Os equipamentos que permitem a alimentação 
por rede monofásica apresentam custo superior aos trifásicos. Além disto, ainda que se opte por 
equipamentos monofásicos durante a execução da obra, através de compra ou aluguel, deve-se lembrar 
que os elevadores do edifício necessariamente precisam de rede trifásica, o que vai implicar na 
necessidade de solicitação de um estudo junto à concessionária para a ligação desta rede, como na 1ª 
situação. 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 13 
 
Ocorrendo a 3ª situação, nem sempre se está livre dos problemas, pois é possível que a rede, 
apesar de ser trifásica, não apresente capacidade suficiente para atender a demanda da obra. Também 
neste caso deve ser realizado um pedido junto à concessionária para que se verifique a possibilidade de 
aumento da capacidade da rede. 
Em existindo a rede trifásica, com capacidade suficiente para atender a demanda prevista na obra, 
faz-se um pedido de ligação à concessionária e em alguns dias a ligação será efetivada. 
 
3.2.Instalações Hidrossanitárias 
 
São relativas às instalações de água fria e esgoto. A água, além de ser necessária para a higiene 
pessoal dos operários, é a matéria prima para alguns materiais como concretos e argamassas. Assim, é 
necessário que se tenha quantidade suficiente e que a mesma apresente qualidade compatível com as 
necessidades. 
Tanto para a higiene pessoal quanto para o uso no preparo dos materiais básicos no canteiro, 
recomenda-se uso de água da rede pública, a qual apresenta qualidade garantida. No caso de inexistência 
da rede pública de água no local da obra, caso pouco comum, deve-se verificar a possibilidade de 
expansão da rede junto à concessionária. Não existindo a rede e nem mesmo plano para a expansão da 
existente, tem-se como alternativas a perfuração de poços no local da obra ou ainda a compra da água, 
que comumente é entregue através de caminhões. Vale observar que nos casos de obras de grande porte e 
longa duração, a água de poço, desde que adequada às condições de uso, pode tornar-se uma alternativa 
economicamente mais viável, ainda que exista a rede local. 
 
Uma vez obtida à água, na maioria das vezes, há a necessidade de armazenamento, mesmo quando 
esta água é fornecida pela rede de abastecimento, pois nem sempre a pressão é suficiente para o 
atendimento de todas as necessidades da obra, além de não se ter confiabilidade de fornecimento. Neste 
sentido, há a necessidade de se decidir onde e como estocar e também o mecanismo de distribuição pela 
obra (bombeamento, transporte dos tambores, etc.). Aspossibilidades de estocagem de água na obra são 
muitas, e todas devem ser cuidadosamente estudadas. É comum utilizar-se estoques em tambores, caixas 
d'água provisórias e até mesmo no poço do elevador. Quanto à rede de coleta de esgoto, sua inexistência 
não é crítica na fase de obra, pois a quantidade de esgoto gerado é considerada pequena. 
As maiores dificuldades, porém, vão ocorrer quando o edifício estiver pronto e for de grandes 
dimensões. Nesses casos, se não existir rede para coleta, será necessária a construção de fossas sépticas e 
sumidouros, para atender a demanda do edifício em utilização. 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 14 
 
Essas instalações são facilitadas quando o edifício estiver localizado em região urbanizada, sendo 
mais provável a existência das redes de distribuição de água e coleta de esgotos. É possível que no 
próprio local de construção do edifício existam construções antigas que deverão ser removidas para dar 
lugar ao novo empreendimento. As instalações (elétricas e hidrossanitárias) existentes nestas construções 
poderão vir a ser utilizadas no momento oportuno. Num primeiro momento, porém, deverá ser solicitado 
o seu desligamento aos órgãos competentes, para que não venham a interferir nas atividades de remoção 
dos edifícios, para as quais deve-se recorrer aos serviços de demolição, cujas principais características são 
abordadas no item seguinte. 
 
NOTA IMPORTANTE COGERH – COMPANHIA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 
Quando necessitamos de usar a água nos parece natural irmos até a fonte mais próxima e 
lançarmos mão da água sem maiores problemas, no entanto não é desta forma. A nossa constituição de 
1988, em seu artigo 21, exige um procedimento diferente. Este artigo estabelece que a água não é de 
acesso livre, ou seja precisamos pedir autorização se quisermos usar. Diante desta afirmação, outra 
questão nos vem a mente, será que até a água que eu tiro do poço que eu construí? Do açude que eu 
construí? Da lagoa que está na minha propriedade? Da fonte que brota na minha propriedade? Até daquele 
rio que passa no meu terreno? Por mais estranho que isto nos possa parecer toda a água indiferente do 
manancial e do terreno que ela se encontra ela é pública (artigos 20 e 26 da constituição de 1988) e o 
acesso não é livre (artigo 21 da constituição de 1988), ou seja para retirar a água de qualquer manancial 
tem-se antes pedir a autorização e o documento que a administração pública vai nos fornecer é a chamada 
OUTORGA. Vale observar que ao contrário do que se pensa, a lei estabelece assim, exatamente para 
garantir o acesso de todos, pelo menos dentro dos limites mínimos estabelecidos. 
Outro ponto que deve ser observado aqui é fato de qualquer intervenção no sistema hídrico, que 
vai afetar o fluxo, deve ser previamente autorizado, tais como: quando quisermos perfurar um poço, 
construir até um barreiro, açude. Neste caso o documento expedido, é conhecido aqui no Ceará como 
licença de construção. Vale observar que a licença mencionada aqui não se trata do documento expedido 
pelo órgão ambiental atestando que o empreendimento proposto está em conformidade com as leis 
ambientais e sim uma autorização para construção. 
Como forma de preservar a água e garantir o acesso a todos, mesmo diante de sua finitude, ou 
seja, a quantidade de água existente é relativamente pouca e o Estado tem o dever de garantir o acesso a 
todos para a s sua necessidades básicas, ainda manter uma política de desenvolvimento necessário a 
manutenção da sobrevivência das pessoas, para tal todas os usos principalmente os prioritários devem 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 15 
 
estar legalizados e cadastrados no sistema de informação de recursos hídricos pois só assim a 
administração pública pode exercer seu dever de preservá-los. 
O pedido é feito através de um requerimento encaminhado ao Secretário de Recursos Hídricos, 
não é necessário fazer correspondência encaminhando. Este requerimento já se encontra formatado e 
apresentado para ser preenchido e de acordo com o tipo de uso vai existir um formulário especifico. Vale 
ressaltar que a documentação necessária para ser anexada ao processo está listada no anexo do formulário 
a ser preenchido. Estes formulários estão disponíveis no site para serem baixados ou podem ser 
obtidos na sede da COGERH em Fortaleza ou na Gerência Regional mais próxima da sua cidade. 
Depois de preenchido e com todos os documentos anexados ao requerimento, deve-se abrir um 
processo no serviço de protocolo da COGERH ou da Secretaria de Recursos Hídricos. Caso não se tenha 
facilidade de vir a Fortaleza o material pode ser entregue na gerencia da COGERH mais próxima da sua 
cidade. 
Como foi dito anteriormente o pedido é feito ao Secretário, no entanto o processo é aberto na 
COGERH, isto se deve ao fato de que a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos instrui os processos 
ou seja orienta na abertura do processo, analisa tecnicamente o pedido e sugere o atendimento ou não do 
pedido apresentado. Diante do parecer técnico elaborado pela Gerencia de outorga e fiscalização da 
COGERH, o Secretário decide sobre o atendimento ou não do pedido. Atualmente, não é cobrada 
nenhuma taxa de emolumento, neste caso os custos da análise são financiados pela tarifa de água bruta. 
Do ponto de vista legal o tempo previsto para o trâmite do pedido é de sessenta (60) dias. No 
entanto a maioria dos pedidos principalmente quando a conclusão é obvia e o processo está bem 
fundamentado com dados o trâmite fica extremamente mais reduzido. Quando o nível da fundamentação 
do projeto é precária, o administração pública tem ampliado este prazo com o que ficou entendido como 
paralisação da contagem do tempo, caso o interessado precise fornecer complementação de informação 
para que se tenha uma boa conclusão. Isto vem provocando um desgaste administrativo tendo em vista 
muitos interessados abrem processos com material de qualidade extremamente questionável e além de 
consumir tempo de analise inútil do processo tendo em vista que a conclusão se sabe de antemão e muitos 
interessados acusam a administração de falta de prontidão nas respostas. 
A grande preocupação quando se faz um pedido de outorga é o fato de se dar partida num processo de 
cobrança. Ou seja talvez fosse mais prudente não se legalizar e só depois de uma campanhia massiva de 
regularização por parte da administração pública se procurasse regularizar. No semi-árido, esta é uma 
atitude perigosa tendo em vista que vários sistemas hídricos estão exauridos e a demanda hídrica já supera 
a oferta, podendo alguns empreendimentos ter que ser paralisados por falta de água dentro de um futuro 
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muito próximo. A cobrança pelo uso de água bruta é uma realidade legal, alguns segmentos como os 
setores industrial e saneamento já tem sua cobrança efetivada. No setor agrícola a tarifa vem sendo 
discutida sua implementação e a forma mais sensata não é estar irregular, buscar os canais disponíveis 
para discutir a viabilidade da implementação da mesma e os impactos que a tarifação vem a provocar. 
Abaixo está um exemplo de formulário para pedido de outorga de abastecimento urbano, podendo este e 
outros serem acessados pelo site: http://portal.cogerh.com.br/ 
 
 
 
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3.3.SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃOQuando da existência de edifícios no local em que se vai realizar a obra, pode-se ter a 
possibilidade de aproveitamento de parte ou de todas as edificações existentes como instalações 
provisórias para escritório, almoxarifado ou mesmo alojamento dos operários. Neste caso, cabe um estudo 
de implantação do canteiro buscando utilizar tais construções durante o desenvolvimento da obra, 
deixando sua demolição para o final. Nem sempre, porém, é técnica ou economicamente viável a 
utilização dessas construções, sendo muitas vezes necessária sua completa remoção antes mesmo da 
implantação do canteiro, caracterizando uma etapa de SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃO. 
A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é comum mexer-se com edifícios bastante 
deteriorados e com perigo de desmoronamento. E não é só isto, pois neste serviço "as coisas caem, 
desabam". Assim a segurança dos operários e dos transeuntes passa a ser um cuidado fundamental. Neste 
sentido, é recomendado que a demolição ocorra, sempre que possível, na ordem inversa à da construção, 
respeitando-se as características do edifício a se demolir. 
Observe-se que a responsabilidade pela segurança é sempre da construtora, ainda que tenha 
contratado uma empresa especializada para fazer o serviço de DEMOLIÇÃO; daí a necessidade de um 
constante controle sobre o andamento dos serviços. 
A NBR 5682 - "Contratação, execução e supervisão de demolições" [ABNT, 1977], fixa algumas 
condições exigíveis para a contratação e licenciamento de trabalhos de demolição, providências e 
precauções a serem tomadas antes, durante e após os trabalhos e métodos de execução. 
Os cuidados, destacados a seguir, dizem respeito à equipe de demolição em si, sendo 
indispensáveis para o bom andamento do trabalho: 
• Toda a equipe deve trabalhar em um único pavimento; 
• Garantir a iluminação adequada de todo o local de trabalho; 
• Usar roupas adequadas (que não enrosquem) para a realização do trabalho; 
• Evitar acúmulo de carga (sobrecargas) em pontos localizados, principalmente em lajes de forros e 
telhados; 
• Escorregar em vez de arremessar materiais e peças demolidas; 
• Não demolir a peça em que está trabalhando; 
• Usar equipamentos de segurança, tais como botas, luvas e máscara; 
• Os locais de trabalho devem ser periodicamente aspergidos com água para reduzir a quantidade de 
poeira. 
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Além dos cuidados pessoais anteriormente colocados, existem outros que antecedem o trabalho de 
demolição e que devem ser observados pela supervisão e equipe de trabalho, dentre os quais se destacam: 
• Verificar as reais condições do imóvel a ser demolido; 
• Verificar a existência de depósitos de material inflamável; 
• Verificar as condições dos imóveis vizinhos, tanto a qualidade, como os níveis de localização e as 
interferências com a demolição; 
• Desativar instalações existentes, antes do início dos trabalhos; 
• Revestir qualquer superfície de construção vizinha que fique exposta pelos trabalhos de 
demolição; 
• Adotar dutos de descarga para o material originado na demolição, evitando seu espalhamento 
pelos pavimentos; 
• Instalação de um local adequado para depósito de entulho até a sua completa retirada da obra; 
• Prever a retirada de entulho empregando-se equipamentos adequados, evitando-se espalhar lixo 
pela vizinhança. (Observa-se que parte do material pode ser vendido ou utilizado em outros 
locais.); 
• Prever a proteção dos transeuntes, seja através de tapumes com altura adequada, seja através da 
construção de plataformas¹ ou de galerias² de proteção. 
¹ - A plataforma de proteção é entendida como sendo um anteparo protetor de largura mínima de 1,50m, com bordo externo fechado 
por meio de cerca de tábuas ou tela metálica, de 0,90m de altura, com inclinação de 45º, que se instalação longo de paredes externas 
de edifícios de quatro ou mais pavimentos em que se executam operações de demolição. [NBR 5682, ABNT, 1977]. 
² - A galeria de proteção é entendida como um anteparo protetor constituído de tapume e cobertura sobre o passeio, construído 
quando se executam demolições de edifícios de mais de dois pavimentos ou de altura equivalente, que distem menos de 3m dos 
alinhamentos do terreno com o passeio. [NBR 5682, ABNT, 1977]. 
 
Com esta transcrição, espera-se despertar a atenção frente ao fato de que esta norma 5682/77 - 
Contratação, Execução e Supervisão de Demolições possui detalhes e informações muito interessantes do 
ponto de vista técnico e que devem ser levadas em consideração por todos os profissionais ligados à 
construção civil. 
 
A decisão pelo tipo de proteção dos transeuntes é função da altura do edifício que está sendo 
demolido e do seu recuo do passeio, como ilustra a figura 3.2, devendo-se verificar as seguintes 
condições: 
· para edifícios com mais de quatro pavimentos, deve-se prever as plataformas de proteção; 
· para edifícios com recuo do passeio "d">3m, deve-se utilizar tapume com altura superior a 2,5m; e 
· para edifícios com recuo do passeio "d"<3m, e altura "h">6m ou 2 pavimentos, deve-se utilizar galeria 
no passeio. 
 
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Figura - Ilustração do recuo e altura de um edifício. 
 
Após a demolição, ocorrem os serviços de retirada do entulho, e muitas vezes, na seqüência, a 
retirada da vegetação existente e da camada superficial do solo, também considerados serviços 
preliminares. Tais serviços serão abordados em conjunto com o movimento de terra. 
Vale lembrar que todo resíduo de construção e demolição deverá ser levado para um aterro 
especialmente produzido para o recebimento deste tipo de resíduo, devendo o construtor informa-se sobre 
sua localização no município da obra. Algumas empresas, dependendo do porte do empreendimento a ser 
construído, precisam realizar um estudo denominado: Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, 
que traz informações do tipo e da quantidade de resíduos gerados, onde deverão ser armazenados, 
transportados e encaminhados ao aterro. 
 
3.4.SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA 
 
Os serviços ligados ao movimento de terra podem ser entendidos como um conjunto de operações 
de escavação, carga, transporte, descarga, compactação e acabamentos executados a fim de passar-se de 
um terreno no estado natural para uma nova conformação topográfica desejada. 
Sendo uma das primeiras etapas que comumente ocorre na obra, como ilustra o fluxograma a 
seguir, acaba fazendo parte do caminho crítico, devendo ser uma atividade adequadamente projetada para 
que não origine atrasos no cronograma final. 
Observa-se que a etapa de movimento de terra pode se estender desde a retirada de entulho de 
demolição, envolvendo ainda o desmatamento e o destocamento, até a limpeza do terreno retirando-se a 
camada superficial, dando condições para o prosseguimento das atividades de movimento de terra 
propriamente ditas. 
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3.5.Fatores que Influenciam o Projeto do Movimento de Terra 
 
a) Sondagem do terreno 
 
A sondagem proporciona valiosos subsídios sobre a natureza do terreno que irá receber a 
edificação, como: características do solo, espessuras das camadas, posição do nível da água, além de 
prover informações sobre o tipo de equipamento a ser utilizado para a escavação e retirada do solo, bem 
como ajuda a definir qual o tipo de fundação que melhor se adaptará ao terreno de acordo com as 
características da estrutura. Além disso, através dos dados da sondagem é possível identificar,quando 
necessário, o tipo de contenção mais adequada, que poderá ser desde um simples talude até mesmo a 
execução de uma parede diafragma. 
O tipo de sondagem a ser utilizada é escolhido em função do vulto e das características da 
edificação que será implantada no terreno e das características deste. As sondagens comumente utilizadas 
na construção de edifícios são as Sondagens de Reconhecimento, que podem ser feitas utilizando-se o 
Método de Percussão com Circulação de Água ou "Standard Penetration Test", sendo este o mais 
amplamente usado pois é um método rápido, econômico e aplicável à maioria dos solos (exceto 
pedregulho). 
O número de sondagens a serem realizadas num terreno, sua localização em planta, bem como a 
profundidade a ser explorada para o caso de Sondagem de Reconhecimento estão definidos na NB-12/79 
(NBR 8036). 
Os resultados dos serviços de sondagem são acompanhados de relatórios com as seguintes 
informações [CAPOTO, 1988]: 
· planta de situação dos furos; 
· perfil de cada sondagem com as cotas de onde foram retiradas as amostras; 
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· classificação das diversas camadas e os ensaios que as permitiram classificar; 
· níveis do terreno e dos diversos lençóis de água, indicando as respectivas pressões; 
· resistência à penetração do barrilete amostrador. 
 
 
Figura - Exemplo de sondagem à percussão 
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b) Cota de fundo da escavação 
É um parâmetro de projeto, pois define em que momento deve-se parar a escavação do terreno. 
Para isto, é preciso conhecer: a cota do pavimento mais baixo; o tipo de fundação a ser utilizada; e ainda, 
as características das estruturas de transmissão de cargas do edifício para as fundações, tais como os 
blocos e as vigas baldrames. 
 
c) Concepção da seqüência executiva do edifício 
Para que se possa definir as frentes de trabalho para a realização das escavações e para a execução 
das contenções. 
 
d) Níveis da vizinhança 
Esta informação, aliada à sondagem do terreno, permite identificar o nível de interferência do 
movimento de terra com as construções vizinhas e ainda as possíveis contenções a serem utilizadas. 
 
e) Projeto do canteiro 
Deve-se compatibilizar as necessidades do canteiro (posição de rampas de acesso, instalação de 
alojamentos, sanitários, etc.) com as necessidades da escavação (posição de taludes, rampas, entrada de 
equipamentos, entre outros.). 
 
3.6.Tipos de Movimento de Terra 
 
Ao ser necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das seguintes situações: 
a) CORTE; 
b) ATERRO; ou 
c) CORTE + ATERRO. 
 
A situação "a" geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis problemas de 
recalque que o edifício possa vir a sofrer. Nos casos em que seja necessária a execução de aterros, deve-se 
tomar cuidado com a compactação do terreno. Quando o nível de exigência da compactação é baixo, isto 
é, não é fundamental para o desempenho estrutural do edifício, é possível utilizar-se pequenos 
equipamentos, tais como os "sapos mecânicos", os soquetes manuais, ou ainda, os próprios equipamentos 
de escavação (devido sobretudo ao seu peso). Quando o nível de exigência é maior deve-se procurar 
equipamentos específicos de compactação, tais como os rolos compactadores liso e pé-de-carneiro. 
 
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3.7.DRENAGEM E ESGOTAMENTO DE LENÇOL 
 
Há a necessidade de drenagem sempre que o lençol freático estiver localizado em cota tal que 
interfira com as atividades de escavação e contenções. Neste caso, deve utilizar uma técnica de drenagem 
ou esgotamento adequada à intensidade e tipo de interferência. 
 
4. LOCAÇÃO DE OBRAS DE EDIFÍCIO 
 
Considerando-se que o movimento de terra necessário para implantação do edifício tenha sido realizado e 
que o projeto do edifício forneça elementos suficientes, pode-se dar início à construção. O primeiro passo 
é passar o edifício que "está no papel" para o terreno. A esta atividade dá-se o nome de LOCAÇÃO DO 
EDIFÍCIO, isto é, transfere-se para o terreno o que foi projetado em escala reduzida. 
Existem diferentes métodos de locação, que usualmente variam em função do tipo de edifício. Fica 
claro que deva ser diferente locar um "shopping center" horizontal de 300x150m² de área, um edifício de 
múltiplos pavimentos de 20x25m² de área ou uma habitação térrea de 10x15m2 de área. As características 
do processo de locação em si e seus diferentes métodos serão abordados na seqüência. 
 
4.1. O INÍCIO DO PROCESSO DE LOCAÇÃO 
 
A locação tem como parâmetro o projeto de localização ou de implantação do edifício. No projeto 
de implantação, o edifício sempre está referenciado a partir de um ponto conhecido e previamente 
definido. A partir deste ponto, passa-se a posicionar (locar) no solo a projeção do edifício desenhado no 
papel. É comum ter-se como referência os seguintes pontos: 
· o alinhamento da rua; 
· um poste no alinhamento do passeio; 
· um ponto deixado pelo topógrafo quando da realização do controle do movimento de terra; ou 
· uma lateral do terreno. 
Para ilustrar estes referenciais, suponha a necessidade de implantação de uma casa térrea de área 
10x15m², em um terreno de 20x40m² de área. Neste caso, no projeto de implantação, deverá existir um 
referencial fixo a partir do qual seja possível definir o perímetro da casa e os seus recuos com relação aos 
limites do terreno. Este referencial poderá ser o próprio alinhamento do terreno, caso ele esteja 
corretamente definido, ou mesmo o alinhamento do passeio, como exemplifica a figura. 
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Figura - Ilustração do projeto de implantação de uma unidade habitacional. 
 
 
4.2. Por Onde Iniciar a Locação 
 
Nos casos em que o movimento de terra tenha sido feito, deve-se iniciar a locação pelos elementos 
da fundação, tais como as estacas, os tubulões, as sapatas isoladas ou corridas, entre outros. Caso 
contrário, a locação deverá ser iniciada pelo próprio movimento de terra. Uma vez locadas e executadas 
as fundações, pode ser necessária a locação das estruturas intermediárias, tais como blocos e baldrames. 
Os elementos são comumente demarcados pelo eixo, definindo-se posteriormente as faces, nos 
casos em que seja necessário, como ocorre, por exemplo, com as sapatas corridas, baldrames e alvenarias. 
Os cuidados com a locação dos elementos de fundação de maneira precisa e correta são 
fundamentais para a qualidade final do edifício, pois a execução de todo o restante do edifício estará 
dependendo deste posicionamento, já que ele é a referência para a execução da estrutura, que passa a ser 
referência para as alvenarias e estas, por sua vez, são referências para os revestimentos. Portanto, o tempo 
empreendido para a correta locação dos eixos iniciais do edifício favorece uma economia geral de tempo 
e custo da obra. 
A demarcação dos pontos que irão definir o edifício no terreno é feita a partir do referencial 
previamente definido, considerando-se três coordenadas, sendo duas planimétricas e uma altimétrica, as 
quais possibilitam definir o centro ou eixo central do elemento que se vai demarcar (fundação, parede, 
etc.). A medição das distâncias é feita com uma trena, que pode ser de aço ou de plástico armada com 
fibra de vidro. Existem também as trenas de pano que, no entanto,devem ser evitadas, pois se deformam 
sensivelmente, causando diferenças significativas nas medidas. 
A coordenada altimétrica é dada pela transferência de nível de um ponto origem (referência) para 
o outro que se deseja demarcar. Esta operação pode ser realizada com auxílio de um aparelho de nível, 
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com um nível de mangueira associado ao fio de prumo, régua de referência (guia de madeira ou metálica) 
e trena. Pode-se utilizar um teodolito para definir precisamente dois alinhamentos mestres, ortogonais 
entre si, sendo as demais medidas feitas com a trena. 
 
4.3. Como Materializar a Demarcação 
 
A demarcação poderá ser realizada totalmente com o auxílio de aparelhos topográficos (teodolito e 
nível), com o auxílio de nível de mangueira, régua, fio de prumo e trena, ou ainda, um misto entre os dois, 
como citado anteriormente. A definição por uma ou outra técnica dependerá do porte do edifício e das 
condições topográficas do terreno. 
O processo topográfico é utilizado principalmente em obras de grande extensão ou em obras 
executadas com estrutura pré-fabricada (de concreto ou aço), pois neste caso, qualquer erro pode 
comprometer seriamente o processo construtivo. Nos casos de edifícios de pequena extensão, construídos 
pelo processo tradicional, é comum o emprego dos procedimentos "manuais". 
Em quaisquer dos casos, porém, a materialização da demarcação exigirá um elemento auxiliar que 
poderá ser constituído por simples piquetes, por cavaletes ou pela tabeira (também denominada tapume, 
tábua corrida ou gabarito). 
Estas formas de demarcação estão ilustradas na figura. A tabeira ou gabarito é montada com 
auxílio de pontaletes de madeira de 7,5x7,5cm ou 7,5x10,0cm, espaçados de 1,50 a 1,80m, nos quais são 
fixadas tábuas de 15 ou 20cm de largura, que servirão de suporte para as linhas que definirão os 
elementos demarcados, que podem ser de arame recozido nº 18 ou fio de náilon. 
 
A tabeira, devidamente nivelada, é colocada ao redor de todo o edifício a ser locado, a 
aproximadamente 1,20m do local da construção e com altura superior ao nível do baldrame, variando de 
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0,4m a 1,5m acima do nível do solo. Há também quem defenda seu posicionamento de modo que fique 
com altura superior aos operários, para facilitar o tráfego tanto de pessoas como de equipamentos pela 
local da obra. A tabeira pode ser utilizada mesmo em terrenos acidentados e com grande desnível. Nestes 
casos é construída em patamares, como ilustra a figura. 
 
Ilustração da tabeira executada em diferentes níveis, acompanhando a topografia do terreno. 
 
 
As linhas das coordenadas planimétricas cruzam-se definindo o ponto da locação, o qual é 
transferido para o solo com o auxílio do fio de prumo, cravando-se um piquete neste ponto. 
Para a medição das coordenadas, deve-se tomar sempre a mesma origem, trabalhando-se com 
cotas acumuladas para evitar a propagação de possíveis erros. Definido o alinhamento do eixo dos 
elementos determina-se a face, na própria tabeira, colocando-se pregos nas laterais, como ilustra a figura 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração da demarcação do eixo e das faces de um elemento a ser locado. 
 
O ponto que define o eixo central dos elementos deve ser destacado através de pintura, para que 
não se confunda com os laterais. Observe-se que se a locação ocorrer pela face, sempre existirá o risco de 
haver confusão na obra, pois pode-se não saber qual face foi locada inicialmente, de onde se iniciou as 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 27 
 
medidas, se a espessura do revestimento foi ou não considerada. Assim, após ter sido demarcado o ponto 
central, deve-se locar os pontos laterais utilizando-se preferencialmente pregos menores. 
De modo geral é preferível que se tenha a tabeira como apoio à demarcação do que o cavalete, 
pois este pode se deslocar com maior facilidade, devido a batidas de equipamentos ou mesmo esbarrões, 
levando à ocorrência de erros na demarcação. No entanto, existem situações em que não é possível o 
emprego da tabeira, como é o caso da locação de edifícios cuja projeção horizontal seja muito extensa, 
como por exemplo o prédio da Engenharia Civil da Escola Politécnica, ou mesmo do Palácio de 
Convenções do Anhembi, entre outros. Nestes casos, o uso de equipamentos topográficos auxiliados por 
cavaletes é a solução que torna viável a demarcação. 
Seja qual for o método de locação empregado, é de extrema importância que ao final de cada etapa 
de locação sejam devidamente conferidos os eixos demarcados, procurando evitar erros nesta fase. A 
conferência pode ser feita com o auxílio dos equipamentos de topografia ou mesmo de maneira simples, 
através da verificação do esquadro das linhas que originaram cada ponto da locação. Para isto, pode-se 
utilizar o princípio do triângulo retângulo (3, 4, 5), como ilustra a figura. 
 
Figura - Ilustração do método do triângulo retângulo para a conferência do esquadro entre linhas 
ortogonais de uma demarcação. 
 
 
5. ESTUDOS PRELIMINARES AMBIENTAIS 
 
Não pense que para construir é só idealizar os projetos e construir em qualquer local. Atualmente 
existe uma grande preocupação com a preservação do meio ambiente, principalmente tratando-se da 
construção civil, que é um dos setores que mais desmata e polui o meio em que vivemos. 
Ao se pensar em uma obra, devemos antes, ter a preocupação se esta área não é protegida, tais 
como as áreas de preservação permanente (APP’s), as áreas de proteção ambiental (APA), reservas legais, 
unidades de conservação, áreas prioritárias, dentre vários outros, cada uma com sua particularidade. 
Como exemplo podemos citar parte da Lei 4.771, de 15 de Setembro de 1965, que institui o 
Código Florestal brasileiro, trazendo em seu artigo 2° as áreas de preservação permanente: 
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 a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja 
largura mínima será: 
 1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; 
 2 - de 50 metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; 
 3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 a 200 (duzentos) metros de largura; 
 4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 a 600 metros de largura; 
 5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 metros; 
 b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; 
 c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua 
situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura; 
 d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; 
 e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de 
maior declive; 
Pode-se observar que as áreas acima citadas não devem passar por nenhum processo de 
construção, estando asseguradas pela legislação, porém poderá ser admitida a supressão total ou parcial 
destas áreas caso haja prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária à execução 
de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interessesocial. 
No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos 
por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, 
obervar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e 
limites a que se refere este artigo, ou seja, caso exista lei municipal ou estadual estas não poderão ser mais 
flexíveis que a lei federal. 
 
5.1. Onde encontrar dados ambientais 
 
Diversos são os órgãos públicos que disponibilizam os dados necessários para a realização de 
pesquisas nas áreas ambientais. Por exemplo, caso seja necessário saber a pluviometria de uma cidade, 
para cálculos de abastecimento humano através de cacimbas, ou para cálculo da rede pluvial, pode-se 
obter essas informações através do site da FUNCEME – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos 
Hídricos (http://www.funceme.br/), que disponibiliza dados mensais, anuais e médias históricas. 
 Caso se faça necessário o conhecimento do uso da terra, climatologia, tipo de vegetação, 
localização de poços, entre outros, pode-se obter essas informações no site do IPECE – Instituto de 
Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (http://www.ipece.ce.gov.br/). Abaixo mostra-se um exemplo 
de mapa que pode ser baixado deste site. 
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Outro exemplo que pode ser citado é o site do Ministério do Meio Ambiente, que entre outros dados, 
disponibiliza um mapa das áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios 
da biodiversidade de todo o território nacional, como exemplifica a figura a seguir.
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6. IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
Impactos Ambientais: alterações das propriedades: físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por atividades humanas, que afetam a saúde, a segurança e o bem-estar; as atividades 
sociais e econômicas; estas alterações precisam ser quantificadas pois apresentam variações relativas, 
podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas. O objetivo de se estudar os impactos ambientais 
é, principalmente, o de avaliar as conseqüências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da 
qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos ou ações, ou logo 
após a implementação dos mesmos. 
Os impactos ambientais podem ter origem natural ou antrópica (ocasionadas pelo homem). Uma 
tsumani é um exemplo de um impacto ambiental natural, assim como também uma queimada ocasionada 
pela larvas de um vulção em erupção. 
Porém existem também os impactos ambientais ocasionados pelo homem. A Construção Civil 
consome de 40 a 75% dos recursos naturais extraídos no mundo. 
 
 
 
Os setores de produção de cimento, produtos cerâmicos, vidro e cal são responsáveis por 13,6% de 
todo o CO2 emitido pela queima de combustíveis no país, sem considerar a descarbonatação de matérias 
primas, que é intensa na produção de cimento e cal. 
A construção civil é o principal consumidor de madeira proveniente da exploração das florestas 
naturais do Brasil. Estima-se que mais de 70% da madeira utilizada em 2004 na construção, teve origem 
ilegal na Amazônia. 
Vários são os impactos ambientais da extração minerária: desmatamento, erosão do solo, poluição 
do ar e da água. Globalmente, o setor minerário é um dos maiores usuários de energia, contribuindo para a 
poluição do ar e o aquecimento global. O fluxograma a seguir demonstra o processo de extração mineral e 
a geração de impactos. 
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1. Problemas Ambientais ocasionados pela disposição errônea dos resíduos sólidos. 
 
• Degradação de áreas hídricas, tais como: rios, riachos, lagos e mananciais, por aterramento. 
• Destruição de fauna e flora. 
• Poluição do ar, ocasionado pôr poeiras. 
• Desvio de rios, riachos, etc., causando alagamentos e cheias. 
• Assoreamento dos recursos hídricos. 
 
 
 Figura: Deposição irregular em curso d’água 
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2. Problemas de Trânsito. 
 
• Detritos colocados em vias podendo ocasionar riscos de acidentes; 
• Ocupação da área de passeio dos pedestres, podendo também ocasionar acidentes. 
 
3. Problemas de Drenagens Urbanas. 
 
• Obstruções nas redes de drenagem e bocas-de-lobo, causando-se alagamentos. 
• Aterramentos ou assoreamentos em canais abertos. 
• Habitat para roedores e insetos, principalmente se misturado com lixo doméstico, causando-se 
doenças transmissíveis. 
• Doenças pulmonares: gripes, resfriados, pneumonias, etc. 
• Doenças alérgicas: rinites, sinusites, etc. 
 
 
 
7. ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAL (EIA) / RELATÁRIO DE IMPACTO 
AMBIENTAL (RIMA) 
 
A crescente consciência de que o sistema de aprovação de projetos não podia considerar apenas 
aspectos tecnológicos e de custo-benefício - excluindo aspectos relevantes como questões culturais e 
sociais e a participação de comunidades, inclusive daquelas diretamente afetadas pelo projeto - levou os 
EUA a uma legislação ambiental que culminou com a implantação do sistema de Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA). 
Esse sistema nasceu para monitorar os conflitos que surgiram entre manter um ambiente saudável 
e o tipo de desenvolvimento. Nasceu da consciência de que era melhor prevenir os possíveis impactos que 
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seriam induzidos por um projeto de desenvolvimento do que, depois, procurar corrigir os danos 
ambientais gerados. 
São objetivos do EIA: 
• Identificação e avaliação das conseqüências de uma atividade humana (política, projeto, 
construções, etc.) sobre o meio físico, biótico e antrópico 
• Garantir a saúde, a segurança e a produtividade do meio ambiente, assim como seus aspectos 
estéticos e culturais; 
• Preservar importantes aspectos históricos, culturais e naturais de nossa herança nacional; 
• Manter a diversidade ambiental; 
• Garantir a qualidade dos recursos renováveis - introduzir a reciclagem dos recursos não 
renováveis; 
O EIA/RIMA são instrumentos legais para implementação da Avaliação dos Impactos Ambientais 
(AIA); A Resolução CONAMA 001/86, estabelece a exigência de elaboração de EIA e seu respectivo 
RIMA para o licenciamento de diversas atividades modificadoras do meio ambiente, bem como as 
competências, responsabilidades, critérios técnicos, diretrizes básicas e as atividades sujeitas a esses 
procedimentos. 
Estudo de Impacto Ambiental são atividades científicas e técnicas: diagnóstico ambiental, 
identificação, previsão e medição, interpretação e valoração, definição de medidas mitigadoras e 
programas de monitoramento; enquanto o relatório de Impacto Ambiental é um documento que resume o 
conteúdo do EIA de forma clara e concisa e em linguagem acessível à população, esclarecendo os 
impactos negativos e positivos causados pelo empreendimento em questão. 
Os impactos podem ser: 
• Positivo ou benéfico: quando a ação resulta na melhoriada qualidade de um fator ou parâmetro 
ambiental. 
• Negativo ou adverso: quando a ação resulta em um dano à qualidade de um fator ou parâmetro 
ambiental. 
• Direto: resultado da simples ação causa e efeito = impacto primário ou de primeira ordem; 
• Indireto: resultante de uma reação secundária, ou quando é parte de uma cadeia de reações. 
• Local: quando a ação afeta o próprio sítio e suas imediações. 
• Regional: quando a ação se faz sentir na região inteira. 
• Estratégico: quando a ação tem relevância no âmbito regional e nacional. 
• A médio e longo prazo: quando os efeitos da ação são verificados posteriormente. 
• Temporário: quando o feito da ação tem duração determinada. 
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• Permanente: quando o impacto não pode ser revertido. 
• Cíclico: quando os efeitos se manifestam em intervalos de tempo determinados. 
• Reversível: quando cessada a ação, o ambiente volta à sua forma original. 
 
São componentes de um Estudo de Impacto Ambiental: 
 
• Diagnóstico – desenvolver um completo entendimento e uma clara definição da ação proposta – o que 
será feito? Onde? 
• Prognóstico – obter um completo entendimento do meio ambiente afetado – qual a natureza das 
características biofísicas e/ou socioeconômicas que pode ser afetadas pela ação? 
• Medidas Mitigadoras – prever a implantação da ação proposta naquele local e determinar os possíveis 
impactos nas características ambientais, quantificando essas mudanças, sempre que possível; 
• Monitoramento – observar as atividades inseridas dentro do empreendimento que será executado, 
visando manter a qualidade antes do mesmo ser instalado. 
 
O DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DEVERÁ ENVOLVER: 
1. Meio Físico: solo, subsolo e recursos minerais, águas, ar, clima, topografia e regime hidrológico; 
2. Meio Biológico: fauna e flora; 
3. Meio Sócio-econômico: uso da água; uso e ocupação do solo; estruturação sócio econômica da 
população; sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais; organização da comunidade local; 
potencial de uso dos recursos naturais e ambientais da região. 
 
OS CRITÉRIOS A SEREM ADOTADOS NO PROGNÓSTICO: 
• Ordem - diretos ou indiretos; 
• Valor - positivo (benéfico) ou negativo (adverso); 
• Dinâmica – temporário, cíclico ou permanente; 
• Espaço - local, regional e, ou, estratégico; 
• Horizonte Temporal - curto, médio ou longo prazo; e 
• Plástica - reversível ou irreversível. 
 
MEDIDAS MITIGADORAS 
• Natureza - preventiva ou corretiva; 
• Etapa do empreendimento que deverão ser adotadas; 
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• Fator ambiental que se aplicam - físico, biótico e/ou antrópico; 
• Responsabilidade pela execução - empreendedor, poder público ou outros; 
• Custos previstos - Para os casos de empreendimentos que exijam reabilitação de áreas degradadas 
devem ser especificadas as etapas e os métodos de reabilitação a serem utilizados. 
 
MONITORAMENTO 
Necessário especificar os métodos e periodicidade de execução. 
 
O QUE COMPETE AO EMPREENDEDOR 
• contratação da equipe elaboradora; 
• condução dos estudos; 
• elaboração dos documentos EIA/RIMA; 
• tramitação do processo pelo órgão Licenciador. 
 
O QUE COMPETE AO ÓRGÃO LICENCIADOR 
• Termo de Referência - sugestão de ações e especificações a ser seguidas pelo empreendedor; 
• Audiências Públicas - necessário ou quando for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou 
por 50 (cinqüenta) ou mais cidadãos; 
• Licenciamento - LP; LI; LO; Alvarás de Supressão Florestal; Autorizações de Transporte de Produto 
Florestal. 
 
DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO EIA 
• INFORMAÇÕES GERAIS: 
• Nome, razão social, endereço, etc.; 
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• Histórico do empreendimento; 
• Nacionalidade de origem e das tecnologias; 
• Porte e tipos de atividades desenvolvidas; 
• Objetivos e justificativas – no contexto econômico-social do país, região, estado e município; 
• Localização geográfica, vias de acesso; 
• Etapas de implantação; 
• Empreendimentos associados e/ou similares. 
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
Para cada uma das fases (planejamento, implantação, operação e desativação): 
– Objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e 
Programas governamentais; 
– A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando: área de influência, 
matérias primas, mão-de-obra, fontes de energia, processos e técnica operacionais, prováveis efluentes, 
emissões, resíduos de energia, geração de empregos. 
 
ÁREA DE INFLUÊNCIA (AI) 
• Limitação geográfica das áreas: 
− diretamente afetada (DA) e 
− indiretamente afetada (IA) 
• Sempre considerar a bacia hidrográfica onde se localiza o empreendimento como unidade básica para a 
AI; 
• Apresentar justificativas para a determinação das AI’s; 
• Ilustrar através de mapeamento. 
 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI 
• Caracterização atual do ambiente natural, ou seja, antes da implantação do projeto, considerando: 
– as variáveis suscetíveis de sofrer direta ou indiretamente efeitos em todas as fases do projeto; 
– os fatores ambientais físicos, biológicos e antrópicos de acordo com o tipo e porte do empreendimento; 
– informações cartográficas com as AI’s em escalas compatíveis com o nível de detalhamento dos fatores 
ambientais considerados. 
 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI 
• Meio físico: subsolo, as águas, o ar e o clima 
– condições meteorológicas e o clima 
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– qualidade do ar; 
– níveis de ruído; 
– caracterização geológica e geomorfológica; 
– usos e aptidões dos solos; 
– recursos hídricos: 
» hidrologia superficial; 
» hidrogeologia; 
» oceanografia física; 
» qualidade das águas; 
» usos das águas. 
 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI 
• Meio biológico e os ecossistemas naturais: fauna e flora 
– Ecossistemas terrestres 
» descrição da cobertura vegetal 
» descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora 
– Ecossistemas aquáticos 
» mapeamento da populações aquáticas 
» identificação de espécies indicadoras biológicas 
– Ecossistemas de transição 
» banhados, manguezais, brejos, pântanos, etc. 
 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA AI 
– Meio antrópico ou socioeconômico 
– Dinâmica populacional 
– Uso e ocupação do solo 
– Nível de vida 
– Estrutura produtiva e de serviços 
– Organização social 
 
ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
− Identificação, valoração e interpretação dos prováveis impactos 
em todas as fases do projeto e para cada um dos fatores 
ambientais pertinentes. 
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− De acordo com a AI e com os fatores ambientais considerados, 
analisar os tipos de impacto ambiental. 
 
ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
• Avaliação da inter-relação e da magnitude: 
− Análise custo-benefício; 
− Método de trabalho com grupo multidisciplinar; 
− Listas de checagem/controle (“Check Lists” – identifica conseqüências); 
− Matrizes de interação (Matriz de Leopold); 
− Mapeamento por superposição (“over-lays”) 
 
ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
− Apresentação final: 
− Síntese conclusiva 
• relevância de cada fase: planejamento, implantação, operaçãoe desativação; 
• identificação, previsão da magnitude e interpretação, no caso da possibilidade de acidentes. 
− Descrição detalhada - para cada fator ambiental 
• impactos sobre o meio físico; 
• impactos sobre o meio biológico; 
• impactos sobre o meio antrópico. 
 
MEDIDAS MITIGADORAS 
– Apresentadas e classificadas quanto a: 
• sua natureza: preventivas ou corretivas; 
• fase do empreendimento em que deverão ser implementadas; 
• o prazo de permanência de sua aplicação; 
• e a responsabilidade por sua implementação. 
 
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS 
Neste item deverão ser apresentados os programas de acompanhamento da evolução dos impactos 
ambientais positivos e negativos causados pelo empreendimento, considerando-se as fases de 
planejamento, de implementação, operação e desativação e quando for o caso, de acidentes. 
– Indicar e justificar: 
• os parâmetros selecionados para avaliação; 
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• a rede de amostragem proposta; 
• os métodos de coleta e análise das amostragens; 
• periodicidade das amostragens para cada parâmetro, de acordo com os fatores ambientais; 
• os métodos a serem empregados para o armazenamento e tratamento dos dados. 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) 
– O RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental – EIA. 
– Suas informações técnicas devem ser expressas em linguagem acessível ao público, ilustradas por 
mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos e outras técnicas de comunicação visual; 
– Deve-se entender claramente as possíveis conseqüências ambientais do projeto e suas alternativas, 
comparando as vantagens e desvantagens de cada uma delas. 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) 
– Objetivos e justificativas do projeto; 
– Descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais; 
– Síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico; 
– Descrição dos impactos ambientais; 
– Caracterização da qualidade ambiental futura da AI; 
– Descrição dos efeitos esperados das medidas mitigadoras; 
– Programa de acompanhamento e monitoramento; 
– Recomendação quanto à alternativa mais favorável. 
 
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Desenho de Construção Civil - Estudo de Viabilidade Técnica de Construção Civil 41 
 
8. BIBLIOGRAFIA 
 
ALBERNAZ, Maria Paula – Dicionário Ilustrado de Arquitetura – 2ª Edição – Editora Pro-editores – São 
Paulo/SP. 
AZEREDO, Hélio Alves de – O Edifício até sua cobertura – Editora Edgar Blucher – São Paulo/SP. 
BAUER, L. A . Falcão – Materiais de Construção – Editora LTC – Rio de Janeiro/RJ. 
BORGES, Alberto de Campos – Prática das pequenas construções – Volume I e II – Editora Edgar 
Blucher – São Paulo/SP. 
BORGES, Ruth Silveira – Manual de Instalações prediais hidráulicosanitárias e de gás – 4ª Edição – 
Editora Pini – São Paulo/SP. 
 
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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