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FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS
E SOCIOLÓGICOS
DARWINISMO SOCIAL
Darwinismo Social é a teoria da evolução da sociedade, que recebeu esse nome uma vez que se baseia no Darwinismo, que é o conjunto dos estudos e teorias relativas à evolução das espécies desenvolvida por Charles Darwin (1808-1882) no século XIX. Contudo é preciso fazer uma importante observação: Charles Darwin não é o criador do Darwinismo Social, e que suas teorias foram apropriadas pelas ciências humanas (filosofia, sociologia e história) e aplicadas ao funcionamento da sociedade no final do século XIX e início do século XX, ou seja, Darwin não é o autor das teorias científicas que foram usadas para justificar a prática do racismo e do preconceito contra os povos não europeus.
 Sendo assim, o darwinismo social nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição superior às demais, pensamento do filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903) que foi o principal representante do evolucionismo nas ciências humanas. É ele o autor da expressão "sobrevivência do mais apto", muitas vezes atribuída a Darwin. Na prática, essa afirmativa acaba sugerindo que a cultura e a tecnologia dos europeus testificavam de que seus integrantes ocupavam o topo da civilização e da evolução humana, e os povos de outras regiões, como África e Ásia que não compartilhavam das mesmas capacidades e, por esse motivo, estariam em uma situação inferior ou mais próxima das sociedades primitivas. Herbert Spencer achava errado ajudar indivíduos fracos, pois ele afirmava que os fracos devem morrer. Essas ideias, às vezes marcadas como radicais, tiveram efeitos ou consequências importantes na sociedade, servindo como base de sustentação para que as grandes potências capitalistas promovessem o Imperialismo aos povos nativos da África e da Ásia.
O imperialismo europeu no século XIX se constituiu da “partilha” da África e da Ásia entre as nações industrializadas europeias como a Inglaterra e a França e, posteriormente, a Alemanha, a Bélgica e a Holanda. A expansão imperialista aconteceu inicialmente no século XIX entre os europeus, mas seu ápice ficou marcado durante as duas guerras mundiais, exatamente no século XX, em que duas nações ascenderam industrialmente: os Estados Unidos e o Japão, que logo em seguida submeteram diversas regiões da África, Ásia e América sob o seu domínio econômico e político. O objetivo da exploração econômica dos países industrializados sobre os africanos e asiáticos foi a exploração de suas matérias-primas para o aumento da produção de mercadorias nas indústrias. 
A teoria racial, chamada de darwinismo social, utilizada pelos imperialistas, foi a principal ferramenta para legitimar a dominação e a exploração sobre a África e a Ásia. Segundo esta teoria, somente as potências industrializadas e civilizadas poderiam propagar a civilização, ou seja, a raça superior branca europeia levaria a civilização para as colônias. Sendo assim, dentro da lógica dessa teoria, para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com as potências imperialistas, entretanto, em relação a África, países como França e Inglaterra promoveram guerras que dizimaram milhões de nativos, colocaram povos historicamente inimigos vivendo no mesmo território, causando conflitos étnicos e religiosos, tudo isso por causa do interesse desenfreado de se extrair ao máximo as riquezas naturais dos territórios colonizados e explorar, a qualquer custo, a mão de obra da população local.
 Mesmo após a descolonização, muitos dos países africanos e asiáticos continuam sentindo os terríveis efeitos do período em que foram dominados no século XIX. Até hoje os países dos continentes explorados sofrem com a falta de recursos, são afligidos por conflitos civis e convivem dramaticamente com a miséria e com a violência. Além disso, as práticas culturais desses povos foram profundamente modificas com a presença estrangeira. O Imperialismo para esses povos é o retrato de um sistema cruel e indiferente.

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