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DIREITO CIVIL I
SEMANA 9 AULA 17
DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
SEMANA 9 AULA 17
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
1. Negócio jurídico (conceito e classificação).
2. Noções sobre os planos de existência, validade e
 eficácia do negócio jurídico.
3. Da representação.
4. Elementos acidentais (condição, termo, encargo ou
 modo): conceitos, espécies e efeitos jurídicos.
SEMANA 9 AULA 17
NOSSOS OBJETIVOS
• Conceituar e classificar os negócios jurídicos
• Fornecer noções substanciais a respeito dos
 planos de existência, validade e eficácia do
 negócio jurídico.
• Estabelecer a conceituação do instituto da
 representação.
• Enumerar e distinguir os elementos essenciais e
 acidentais dos negócios jurídicos.
SEMANA 9 AULA 17
Caso Concreto 1
 Carlos Alberto e Miguel são colegas de turma e estudam no 3o período
da faculdade de Direito. Durante a aula de Direito Civil, Miguel, que
anotava a matéria, vê que sua caneta começa a falhar. Carlos Alberto,
percebendo que o amigo está em dificuldades, abre seu estojo, tira dele
uma lapiseira e, em silêncio, a entrega a Miguel que, também em
silêncio, a aceita e retoma suas anotações. Ao final da aula, Carlos
Alberto pede a lapiseira de volta. Miguel se recusa a devolvê-la,
alegando ter havido uma doação na presença de diversas testemunhas.
Pergunta-se:
1) Houve negócio jurídico entre Carlos Alberto e Miguel? Justifique
a resposta.
 2)Tomando por base a classificação dos negócios jurídicos como
podemos classificar o ato praticado ?
3) É possível a prática de negócio jurídico sem a troca de palavras?
 4) Como se deve resolver o conflito entre Carlos Alberto e Miguel,
diante das regras de interpretação contidas em nosso Código Civil?
SEMANA 9 AULA 17
QUESTÃO OBJETIVA 1
Requisitos de validade do negócio jurídico.
 O Código Civil exige, para a validade do ato jurídico, que o
agente seja capaz. Tal disposição legal configura a exigência
de que o agente:
 A) tenha capacidade de gozo, a capacidade de direito, a
capacidade de aquisição.
 B) tenha capacidade de fato, a capacidade de ação, a
capacidade de exercício.
C) pessoa física, seja dotado de personalidade jurídica.
D) tenha sempre mais de 18 anos de idade.
E) nenhuma das respostas anteriores está correta.
SEMANA 9 AULA 17
Negócio Jurídico - conceito
• Segundo Caio Mário de Silva Pereira - são declarações
 de vontade destinadas à produção de efeitos jurídicos
 queridos pelo agente10. Continua: “O fundamento e os
 efeitos do negócio jurídico assentam, então, na vontade,
 não uma vontade qualquer, mas aquela que atua em
 conformidade com os preceitos ditados pela ordem
 legal”.
• Pode ser entendido como toda ação humana, de
 autonomia privada, com o qual o particular regula por si
 os próprios interesses. Nele há uma composição de
interesses.
SEMANA 9 AULA 17
ELEMENTOS DO NEGOCIO JURIDICO:
- Elementos Essenciais: é a substancia do
 negócio, sem o qual este não existiria. Consiste
 na manifestação de vontade, agente capaz,
 objeto licito, possível e determinado, forma
 prescrita ou não defesa em lei.
- Elementos Naturais: aqueles que decorrem do
 negócio jurídico (recolhimentos de impostos)
- Elementos Acidentais: estipulações facultativas
 adicionais do Negocio Jurídico (condição, termo,
 encargo).
SEMANA 9 AULA 17
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE
• É o pressuposto do Negócio jurídico, uma
 condição sem a qual inexiste o Negócio jurídico,
 está acima de qualquer elemento. Quando não
 existir pelo menos aparência de declaração de
 vontade, não podemos sequer falar de negócio
 jurídico. A vontade, sua declaração, além de
 condição de validade, constitui elemento do
 próprio conceito e, portanto, da própria
 existência do negócio jurídico.
SEMANA 9 AULA 17
FORMA DE EXTERIORIZAÇÃO
- Declaração expressa: um comportamento
 ativo, facilmente reconhecido no negócio
 jurídico.
- Declaração tácita: Decorre de um
 comportamento do agente, que expressa
 a vontade por determinada atitude, ou
 seja, sem uma ação direta, mas que pode
 ser percebida em um comportamento
 indireto.
SEMANA 9 AULA 17
Reserva mental
• Ocorre quando o sujeito emite uma
 declaração que não coincide com a
 vontade real, ela subsiste ainda que o seu
 autor haja feito a reserva mental de não
 querer o que manifestou, salvo se dela o
 destinatário tinha conhecimento. Se o
 destinatário não tem conhecimento da
 reserva mental, vale a vontade declarada.
SEMANA 9 AULA 17
Silencio
Ele importa anuência (consentimento
 de aprovação) quando as
 circunstancias ou os usos o
 autorizarem e não for necessária a
 declaração expressa de vontade.
SEMANA 9 AULA 17
REQUISITOS PARA A VALIDADE DO
 NEGÓCIO JURÍDICO
• O negócio jurídico é uma emissão
 volitiva dirigida a um determinado fim.
 Para que produza todos os efeitos, é
 necessário que se revista de certos
 requisitos referentes à pessoa do
 agente, ao objeto da relação e à forma
 da emissão da vontade.
SEMANA 9 AULA 17
(CC, art . 104):
“A validade do negócio jurídico requer:
I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou
 determinável;
III – forma prescrita ou não defesa em lei”.
SEMANA 9 AULA 17
Agente capaz
Para que o negócio jurídico
ganheplenaeficácia
produzindo todos os seus
efeitos, exige a lei que ele
seja praticado por agente
capaz. Por agente capaz
há que se entender a
pessoacapazou
emancipada para os atos
da vida civil. .
blog.notopodarenda.com
SEMANA 9 AULA 17
Objeto lícito: A licitude
• A licitude está inserida no conceito.
• É necessário que o alcance visado pelo ato não seja
 ofensivo à ordem jurídica.
• A sua liceidade é condição essencial à eficácia do
 negócio jurídico, que sempre tem por finalidade
 produzir efeitos jurídicos através da manifestação de
 vontade.
• Esta tem que ser sempre voltada para fins legítimos,
 possíveis, determinados ou determináveis. Quando o
 efeito não for legítimo ou possível, apesar de existir a
 vontade, caracteriza-se um ato ilegítimo, ilícito.
SEMANA 9 AULA 17
 A determinação diz respeito à sua identificação específica,
quando o bem for determinado; ou identificação pelo gênero,
quando o bem for determinável.
•
Objetos lícitos, possíveis e determinados
 ou determináveis:
 • Fisicamente impossíveis: é inidôneo (na praticável, não há
possibilidades) como, p.ex, venda de lotes na lua.
 • Juridicamente impossíveis: atos contra as leis, a moral e aos
bons costumes, p.ex, vender toda a água do rio Amazonas.
 • Deve ser levado em conta também que pode ser impossível
para uns, pode não ser para todos. Levemos em conta, também,
que a impossibilidade para o presente não significa sempre
impossibilidade para o futuro.
SEMANA 9 AULA 17
Forma prescrita ou não defesa em
 lei
• Todo negócio jurídico tem uma forma. A
 vontade, manifestada pelas pessoas,
 pode ser verbal, por escrito, ou através de
 gestos. Em numerosos casos a lei exige
 das partes uma forma especial.
SEMANA 9 AULA 17
• A regra geral é a forma livre. “A validade da
 declaração de vontade – diz o art. 107 do CC -
 não dependerá de forma especial, senão
 quando a lei expressamente a exigir”.
• Isto significa que todas as exceções devem ser
 respeitadas, ou seja, se a lei impuser forma
 especial, esta deverá ser atendida.
• Por exemplo, a compra de uma casa à vista,
 deve ser através da escritura pública. Se
 realizada por instrumento particular, não tem
 validade, porque a lei impõe uma forma (CC,
 artigo 108).
SEMANA 9 AULA 17
• Atos formais ou solenes: aqueles que a lei
 exige que o ato se realiza por certo forma,
 como o casamento ou compra e venda de
 imóveis, testamentos.
• Atos não formais ou solenes: não precisam
 de forma determinada, o ato pode ser
 provado por quaisquer dos meios
 admitidos em Direito (liberdade da forma).
SEMANA 9 AULA 17
INTERPRETAÇÃO DOS NEGÓCIOS
 JURÍDICOS
• Dispõe o art. 112 do CC: “Nas declarações de
 vontade se atenderá mais à intenção nelas
 consubstanciada do que ao sentido literal da
 linguagem”.
• Estabelece, pois, uma regra de interpretação
 destacandoo elemento intenção sobre a
 literalidade da linguagem. Cabe ao intérprete
 investigar qual foi a real intenção dos contratantes
 na elaboração da cláusula contratual duvidosa ou
 obscura.
SEMANA 9 AULA 17
• “Osnegócios
 jurídicosdevem
 ser interpretados
 conforme a boa-fé
 e os usos do lugar
 desua
 celebração”, diz o
 art. 113 do CC.
luteranacorpuschristi.blogspot.com
SEMANA 9 AULA 17
• Trata da ampliação da incidência da boa-fé objetiva,
 de modo que , se antes ela era aplicada apenas nas
 relações consumeristas, onde o consumidor
 usualmente figura em desvantagem, agora ela
 integra também as relações contratuais paritárias,
 em que não há pólo desvantajoso. Nesse sentido,
 ao aplicador da lei, cabe parcimônia hermenêutica,
 já que, em não havendo a priori desequilíbrio, deve
 o mesmo privilegiar o “sentido mais conforme à
 lealdade e à honestidade entre as partes”
SEMANA 9 AULA 17
- Hermenêutica: analisa a declaração,
 procurando o verdadeiro sentido, como
 quer o Código Civil. Examina o sentido
 gramatical das palavras, os elementos
 econômicos e sociais (nível intelectual e
 educacional) e seu estado de espírito no
 momento da declaração.
SEMANA 9 AULA 17
• A boa-fé comanda, conforme afirma a lei,
 que os contratos sejam interpretados
 tendo em vista a relação entre as partes,
 impondo que o processo hermenêutico
 atenda ao sentido indicado pela lealdade
 e a cooperação. Veda-se com esta
 disposição toda interpretação que permita
 aexistênciadecomportamentos
 maliciosos de uma parte em relação à
 outra.
SEMANA 9 AULA 17
• - Boa fé objetiva: cria dentro do negócio jurídico
 obrigações que as partes sequer cogitaram. Diz
 respeito à lealdade, à função social do contrato
 e cria um dever social de garantia. Assim o juiz
 deve repelir a intenção dos declarantes de
 vontade, em qualquer negócio jurídico, que se
 desvie da boa-fé objetiva. Essa boa fé é a que
 dará a segurança ao julgador e ao sistema.
• - Boa fé subjetiva: é aquela intimamente
 refletida e pensada pelo declarante no negócio
 jurídico que pode e deve ser investigada pela
 hermenêutica.
SEMANA 9 AULA 17
RESOLVENDO O CASO CONCRETO
Carlos Alberto e Miguel são colegas de turma e estudam no 3o
período da faculdade de Direito. Durante a aula de Direito Civil,
Miguel, que anotava a matéria, vê que sua caneta começa a falhar.
Carlos Alberto, percebendo que o amigo está em dificuldades,
abre seu estojo, tira dele uma lapiseira e, em silêncio, a entrega a
Miguel que, também em silêncio, a aceita e retoma suas
anotações. Ao final da aula, Carlos Alberto pede a lapiseira de
volta. Miguel se recusa a devolvê-la, alegando ter havido uma
doação na presença de diversas testemunhas.
SEMANA 9 AULA 17
RESOLVENDO O CASO CONCRETO
Pergunta-se:
 1) Houve negócio jurídico entre Carlos Alberto e Miguel? Justifique a
resposta.
Houve um negócio jurídico em razão da presença dos elementos necessários a
sua configuração. ( sujeitos, objeto, manifestação de vontade )
 2)Tomando por base a classificação dos negócios jurídicos como
podemos classificar o ato praticado ?
 Negócio jurídico gratuito, inter vivos, típico, não solene, principal, na
modalidade de contrato.
3) É possível a prática de negócio jurídico sem a troca de palavras?
 É possível a prática de negócios sem a troca de palavras; no exemplo, houve
duas manifestações tácitas de vontade, através de gestos.
 4) Como se deve resolver o conflito entre Carlos Alberto e Miguel, diante
das regras de interpretação contidas em nosso Código Civil?
 O contrato em questão é gratuito e, como tal, deve ser interpretado
restritivamente, nos termos do artigo 114 do Código Civil. Toda liberalidade
deve ser interpretada do modo menos gravoso àquele que a faz. A razão
assiste a Carlos Alberto. Na dúvida entre doação e empréstimo, considera-se
ter havido empréstimo.
SEMANA 9 AULA 17
NÃO ESQUEÇA DE LER
O CONTEÚDO RELATIVO À SEMANA
PARA A PRÓXIMA AULA
E FAÇA OS EXERCÍCIOS NA WEBAULA!
Até lá!!!!
SEMANA 9 AULA 17

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