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Bac���� g�a�-po����vo Larissa - Med 102 A única classificação que possui bactéria formadora de esporos são os bacilos GRAM positivos. ❖ Não formadores de esporos → Corynebacterium (aeróbico), propionibacterium (anaeróbico aerotolerante), Lactobacillus (anaeróbico aerolacatante) pertencem à microbiota da pele e mucosas → Não existe nenhum método unificador para a identificação de bacilos Gram-positivos, por isso o diagnóstico é clínico. Vale ressaltar que, no exame só é identificado se é um bacilo gram-positivo ou negativo, e também, se são produtores de esporos ou não, não é identificado no exame qual a espécie do bacilo. OBS: O bacilo Lactobacillus é um organismo natural da microbiota vaginal feminina, sendo assim, quando aparece no exame de urina a presença de bacilos gram-positivo não formadores de esporos, não se agrega nenhuma patologia. ➢ Corynebacterium diphtheriae - Patógeno humano- vias respiratórias, em feridas ou na pele - Propaga por meio de perdigotos ( gotículas de saliva) ou contato íntimo - Toxina diftérica- termolábil - toxina A/B - fragmento A inibe o alongamento da cadeia polipeptídica - parada abrupta na síntese proteica efeitos necrotizantes e neurotóxicos - Toxina é absorvida e resulta em lesão tóxica a distância - Degeneração parenquimatosa, infiltrado gorduroso e necrose da musculatura cardíaca, fígado, rins e supra renais - Também produz lesão nervosa, paralisia do palato mole, dos músculos oculares ou das extremidades - Formação de pseudomembrana acinzentada- bem aderida à mucosa - Tal toxina só é produzida quando ela tem a necessidade de obter ferro. Já que, quando liberada a toxina, ela causa inflamação da mucosa causando hiperemia (significando maior irrigação sanguínea) , levando ao aumento da quantidade de hemácias,e, consequentemente, maior quantidade de ferro no local. Sendo esse mecanismo, então, o mecanismo de alimentação da bactéria. ● Diagnóstico laboratorial - Isolamento do C. diphtheriae através da cultura de amostra das lesões - Cuidado na coleta + Deve-se tomar cuidado na remoção de amostra para exame, já que tal bactéria é muito aderida à mucosa, sendo assim, a amostra não pode ser raspada ou removida visto que corre o risco de tal microrganismo “cair” na corrente sanguínea e ocasionar sepse. - Teste de Elek ● Sintomas → Membranas broncocinzentadas aderentes- mais frequentemente nas tonsilas, laringe e nariz e, ocasionalmente, na pele , no conduto auditivo, no pênis (pós-circuncisão), na vulva e no cordão umbilical → Pode causar dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, distúrbios neurológicos, pneumonia e até morte, sendo maior o risco de complicações em crianças e idosos → Difteria de feridas ou cutânea- absorção pequena da toxina- efeitos sistêmicos desprezíveis OBS: Essa bactéria não possui o gene para produção de toxina, porém, quando ela encontra um vírus ele passa seu DNA que a permite que ela produza. Bac���� g�a�-po����vo Larissa - Med 102 ● Prevenção - vacina DTP-toxóide → Difteria só ocorre em indivíduos que não possuem antitoxina ● Tratamento: antitoxina e antibiótico ( penicilina G cristalina ou penicilina G procaína, eritromicina/ alternativa clindamicina) OBS: A difteria tem uma vacina que é a vacina da tríplice bacteriana (DTP) . Vale lembrar que o indivíduo vacinado pode ter uma faringite causada por essa bactéria, o que não terá a produção da toxina, ou seja, o indivíduo que foi vacinado terá uma difteróide e não uma difteria. ❖ Bactérias formadoras de esporos → Essas bactérias são consideradas armas biológicas devido a sua capacidade de formar esporos. ➢ Clostridium tetani - Tétano : doença infecciosa crônica, não contagiosa ( já que tem-se que se atravessar a mucosa da pele ) OBS: A transmissão, geralmente, ocorre do contato do ferimento com a bactéria. + Além disso, o diagnóstico deve-se ser clínico pois tal bactéria é considerada uma arma biológica. - Toxina : tetanospasmina- neurotoxina - Inibe a liberação de acetilcolina, bloqueia a transmissão de neurotransmissores para sinapses inibitórias ; hiperreflexia ( atividade dos reflexos aumentados ) e espasmos - Infecção localizada; toxemia (intoxicação resultante do acúmulo excessivo de toxinas endógenas ou exógenas no sangue) - exposição aos esporos é comum - Doença comum devido vacinação precária e cuidados médicos inadequados - A doença não induz imunidade ( indivíduos que tiveram tétano não geram uma imunidade a tal ) OBS: A vacina de tétano para ser efetiva precisa-se das outras toxinas a fim de que elas estimulem a produção imunológica. ● Sintomas - Trismus (travar os dentes) - Rigidez de pescoço e costa - Riso sardônico (contração da musculatura ) - Dificuldade de deglutição (disfagia) - Opistótono ( morte por parada respiratória) Obs: grupo de risco para tétano → idosos ( não se vacinaram novamente) e neonatos (visto que não foram vacinados ainda) → Evolução da doença: parada respiratória já que o paciente não consegue relaxar a musculatura necessária na respiração. ● Doenças + Tétano generalizado: forma mais comum + Tétano cefálico: mortalidade alta + Tétano localizado ou de ferimentos :prognóstico bom + Tétano neonatal: mortalidade alta OBS: “ uma pessoa com mais músculos se recuperam melhor do que aqueles que possuem poucos , ex: neonatos” - Tratamento: não satisfatórios - Prevenção de suma importância Antitoxina, medidas cirúrgicas, antibióticos (penicilina) e toxóide (vacina) Inaceitável esta doença ainda existir ➢ Clostridium botulinum - Botulismo: intoxicação alimentar Bac���� g�a�-po����vo Larissa - Med 102 - Distribuição mundial: solo e fezes de animais - Sete toxinas botulínicas: termolábil (degrada com o calor) - Alimentos mais comuns: defumados, embalados à vácuo- - É uma bactéria anaeróbica, por isso só tem proliferação em alimentos enlatados - Ao contrário do tétano, tal bactéria causa relaxamento muscular → Botulismo alimentar: forma clássica- adultos → Botulismo infantil: lactante- igual ou mais comum que a forma clássica: “ bebê desengonçado”- uma das causas de síndrome de morte súbita em lactentes - esporos nos alimentos- produção da toxina no intestino → Botulismo de ferimento é raro ➢ Clostridium Perfringens - Mionecrose ou gangrena gasosa - Produzem muitas toxinas e enzimas hemolíticas, assim os leucócitos não são observados em amostras clínicas coradas pelo método de Gram - Produz Lecitinase (fosfolipase C- toxina alfa )- efeito hemolítico e necrotizante - Outras enzimas : DNAse, hialuronidase, colagenase - Toxina- enterotoxina- diarréia intensa - Infecções dos tecidos moles ( celulite, miosite supurativa, mionecrose), intoxicação alimentar, sepse - Infecções sistêmicas necessitam de debridamento cirúrgico e terapia com altas doses de penicilina ; antitoxina polivalente e oxigênio hiperbárico- para infecções localizadas - Cuidado apropriado com ferimentos e o uso criterioso de antibióticos profiláticos previnem a maioria das infecções ➢ Clostridium difficile - Colite pseudomembranosa (diarreia) + Enterotoxina (toxina A) - produz quimiotaxia, induz a produção de citocinas com hipersecreção de líquido, produz necrose hemorrágica. + Citotoxina (toxina) - induz à despolimerização da actina com perda do citoesqueleto celular + Grupo de risco: crianças < 3 anos e idosos (> 65 anos), em ambiente hospitalar + uso de antibióticos e/ou quimioterápicos. → Pode ocorrer em ambiente hospitalar e também no pós hospitalar. → Porque tal bactéria não é patológica em ambientes extra hospitalares? Para se ter a doença é preciso que o paciente esteja em uso de antibióticos de amplo espectro, o que ocorre, geralmente, em ambientes hospitalares. + Diagnóstico: detecção da citotoxina ou enterotoxina nas fezes dos pacientes, isolamento do microrganismo não é diagnóstico definitivo. + Tratamento: metronidazol ou vancomicina
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