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órtese de membros inferiores

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Prévia do material em texto

Órteses de membros
inferiores
Coordenação de Comunicação da 
UNA-SUS/UFMA
José Henrique Coutinho Pinheiro
Professora-autora
Luciana Castaneda
Validadores técnicos
Secretaria de Atenção Especializada à 
Saúde – SAES Coordenação Geral de 
Saúde da Pessoa com Deficiência 
(CGSPD/DAET/SAES):
Angelo Roberto Gonçalves
Cícero Kaique Pereira Silva
Denise Maria Rodrigues Costa
Flávia da Silva Tavares
Secretaria de Vigilância em Saúde – 
SVS Coordenação Geral de Vigilância 
das Doenças em Eliminação 
(CGDE/DCCI/SVS):
Fernanda Cassiano de Lima
Jeann Marie da Rocha Marcelino
Fabiana Nunes Pisano
Coordenação de Tecnologia da 
Informação da UNA-SUS/UFMA
Mário Antonio Meireles Teixeira
Validadoras pedagógicas 
Deysianne Costa das Chagas 
Paola Trindade Garcia
Revisora textual 
Talita Guimarães Santos Sousa
Designer instrucional
Nayra Anielly Cabral Cantanhede 
Steffi Greyce de Castro Lima
Designer Gráfico
Jackeline Mendes Pereira
Tecnologia da Informação 
Rayanne Maria Cunha da Silveira 
Jefferson de Almeida Paixão
Créditos
Coordenação do Projeto
Ana Emilia Figueiredo de Oliveira
Coordenação Geral da 
DTED/UNA-SUS/UFMA
Ana Emilia Figueiredo de Oliveira
Gestão de Projetos da UNA-SUS/UFMA 
João Pedro de Castro e Lima Baesse
Coordenação de Produção Pedagógica 
da UNA-SUS/UFMA
Paola Trindade Garcia
Coordenação de Ofertas Educacionais 
da UNA-SUS/UFMA
Elza Bernardes Monier
COMO CITAR ESTE MATERIAL
CASTANEDA, Luciana. Planejamento Regional Integrado. PDF interativo In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE 
FEDERAL DO MARANHÃO. Atenção à Pessoa com Deficiência I: Transtornos do espectro do autismo, síndrome de Down, 
pessoa idosa com deficiência, pessoa amputada e órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. Prescrição, Concessão, 
Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção. São Luís: UNA-SUS; UFMA; 2021.
http://lattes.cnpq.br/1029810629016878
http://lattes.cnpq.br/5767658067485112
http://lattes.cnpq.br/5767658067485112
http://lattes.cnpq.br/2734666772125545
http://lattes.cnpq.br/8513290455922124
http://lattes.cnpq.br/3034477335930315
http://lattes.cnpq.br/9943003955628885
http://lattes.cnpq.br/8493739280209743
http://lattes.cnpq.br/4803387502034526
http://lattes.cnpq.br/5701574543357640
http://lattes.cnpq.br/4250135185337526
http://lattes.cnpq.br/9702835507301169
http://lattes.cnpq.br/7600882185941353
http://lattes.cnpq.br/8513290455922124
http://lattes.cnpq.br/3931124832516132
http://lattes.cnpq.br/1033522273716020
http://lattes.cnpq.br/2999561859534744
http://lattes.cnpq.br/7035750265928148
http://lattes.cnpq.br/8512130086054911
http://lattes.cnpq.br/3976494747721222
http://lattes.cnpq.br/8880915459837845
http://lattes.cnpq.br/5745757083006375
http://lattes.cnpq.br/3931124832516132
Apresentação
Olá, alunas(os)!
Considerando que as órteses são dispositivos ortopédicos que têm alta prevalência de 
necessidade na população, é importante conhecer um pouco mais sobre elas.
Você sabe quais são os tipos de órteses de membros inferiores? Quais indicações do seu uso? 
Como elas são confeccionadas e quais são seus principais componentes?
Neste material você conhecerá a indicação, confecção, os tipos e o uso de órteses para 
membros inferiores. Vamos lá?
Bons estudos!
Ao final deste material, você será capaz de compreender a indicação, confecção, os 
tipos e o uso de órteses para membros inferiores.
OBJETIVOS
Indicação de uso de órteses de membros inferiores 
A indicação da órtese e do tipo de dispositivo a ser confeccionado depende da condição de 
saúde e deve constar na prescrição. As órteses para membros inferiores são geralmente 
indicadas com o objetivo de:
Facilitar ou auxiliar o ortostatismo.
Prevenir ou corrigir deformidades.
Evitar ou diminuir dor.
Facilitar ou garantir melhor desempenho na marcha para pessoas com deficiência de
natureza transitória ou definitiva1.
Imobilizar segmentos articulares em processos inflamatórios ou em pós-cirúrgicos,
a exemplo do auxílio no tratamento de estados reacionais e das neuropatias em pessoas
acometidas pela hanseníase (para saber mais sobre o uso de órtese em pacientes com
hanseníase clique aqui).
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_reabilitacao_cirurgia_hanseniase.pdf
Materiais utilizados para confecção de órteses de 
membros inferiores
Os materiais usados comumente para a confecção das órteses são diversos.
Clique nos botões abaixo para conhecer a característica de cada componente dos principais 
materiais utilizados na confecção das órteses de membros inferiores: 
Ligas
metálicasCouro
Espumas
Termoplásticos
Fibras de
carbono
COURO
O couro tem como principais características resistência,
porosidade, não toxidade, estética, fácil manipulação,
boa durabilidade e um custo médio. 
LIGAS METÁLICAS
Geralmente usada em órteses de membros inferiores,
é contraindicado o uso no caso de pessoas com menos de 70 Kg,
devido ao alto peso. Sendo assim, nesses casos é indicado o
duralumínio, que é muito recomendado para órteses metálicas,
formado por uma liga metálica composta por alumínio, cobre e
magnésio e apresenta grande resistência mecânica.
TERMOPLÁSTICOS
Polímero artificial que em alta temperatura, permite ser moldado
e transformado. Tem como vantagem, alta resistência química e a
solventes, baixo custo, facilidade de modulação e de coloração, alta
resistência a fraturas, impactos e fadigas e boa estabilidade térmica.
ESPUMAS
São utilizadas com outros materiais objetivando proteção
entre órteses e a pele do paciente, principalmente em
locais de proeminências ósseas.
FIBRAS DE CARBONO
Em combinação com outras matrizes, resultam em material
com ótima propriedade mecânica. Suas vantagens são:
leveza, boa durabilidade e alta resistência mecânica.
Como desvantagem, o alto custo.
Confecção de órteses de membros inferiores
Nas técnicas de produção, a confecção de órteses e coletes envolve majoritariamente a 
termomoldagem de plásticos como o propileno. Também podem ser utilizados materiais como 
fibras de carbono que envolvem métodos mais complexos de confecção. Os dois modelos de 
confecção mais comuns são:
Já sabemos quais são os materiais mais utilizados e a forma como são confeccionadas estas 
tecnologias, agora vamos conhecer quais são os tipos de órteses de membros inferiores.
MODELO POSITIVO
As placas de plástico polipropileno
são aquecidas a alta temperatura e 
moldadas em um modelo anatômico
do paciente, conhecido como modelo 
positivo. É necessária a tiragem de 
medidas diretamente da anatomia
do paciente.
MODELO NEGATIVO 
É um dos métodos mais utilizados
e envolve a tiragem de medidas com
o uso de atadura gessada para a
criação de um modelo fidedigno
 à antropometria dos usuários2.
Tipos de órteses de membros inferiores
Palmilhas (AFO) Órteses 
suropodálicas
(KAFO) Órteses 
cruropodálicas
(HKAFO) Órteses 
pelvicopodálicas
Que tal conhecermos cada uma com mais detalhes? Continue navegando para ter acesso às 
informações referentes às palmilhas e às órteses suropodálicas, cruropodálicas e 
pelvicopodálicas.
Palmilhas
As palmilhas são órteses para o alinhamento das estruturas do pé e são utilizadas dentro dos 
calçados. Servem para corrigir, prevenir e acomodar as deformidades do pé ou alinhar e dar 
suporte ao pé. Os tipos de palmilhas são:
Palmilha de
correçãoCalcanheiras
Palmilha de
compensação
Calcanheiras
Podem ser indicadas para contato parcial nas estruturas
do pé. 
Nesse modelo há absorção do impacto do contato do 
calcanhar com o solo e transferência da carga para o 
antepé. 
São indicadas para os casos de esporão de calcâneo, 
contratura de tendão de Aquiles e desalinhamento da 
parte posterior do pé e retropé.
Fonte: UNA-SUS/UFMA.
Palmilha de correção
Nesse caso, as palmilhas irão colaborar para corrigir as deformidades, que são consideradas 
redutíveis, levando conforto e melhorando a biomecânica. 
A indicação de uso é pelo fato das alterações de varo / 
valgo poderem levar a deformidades, comprometendo
a transferênciade peso do calcanhar para os dedos 
durante a fase de apoio médio da marcha, provocando 
dores ou fadiga, além de contribuir para o
aparecimento de fascite plantar. 
Fonte: Arquivo pessoal Alysson Alvim Campos.
Também é possível confeccionar palmilhas para serem utilizadas em caso de pé plano valgo 
(desalinhamento do retropé e médio pé), em casos de redução do ângulo do arco longitudinal 
com aumento da pronação do pé - pé plano varo.
Palmilha de compensação
Nos casos das deformidades conhecidas como irredutíveis, como o caso de pé neuropático 
(diabetes ou em decorrência da hanseníase), pé reumático, as palmilhas funcionam para 
equilibrar o apoio do pé no solo, além de distribuir as cargas anômalas de forma adequada. 
E, para redução do aparecimento de úlceras plantares em pés neuropáticos, a distribuição da 
pressão é uma função importante.
Fonte: Arquivo pessoal Alysson Alvim Campos.
Objetivos terapêuticos de uso das palmilhas
 Melhorar o posicionamento do pé;
 Corrigir deformidades;
 Amortecer o impacto do pé no solo;
 Diminuir o atrito do movimento horizontal do pé durante a marcha;
 Acomodar as deformidades irredutíveis dando suporte e estabilidade ao pé;
 Distribuir de maneira uniforme as pressões por toda superfície da planta do pé.
Produção e materiais das palmilhas
As palmilhas podem ser produzidas em série ou sob medida, além de serem leves, flexíveis
e proporcionar o conforto. Os materiais geralmente utilizados para confecção são: 
Etil-Vinil-Acetato (EVA), couro, poron, plastazote, silicone, polipropileno e em alguns casos 
cortiça. As palmilhas confeccionadas em materiais mais rígidos estabilizam melhor as 
deformidades redutíveis; e, as que utilizam um material mais macio, se ajustam melhor nas 
deformidades irredutíveis, além dos casos de deficiência vascular e na presença de úlceras. 
Órteses suropodálicas (AFO)
As órteses suropodálicas são órteses para o complexo
articular do tornozelo e pé, também conhecidas como AFO 
(Ankle-Foot-Orthosis), goteira ou calhas de panturrilha. São 
usadas para manutenção das articulações tibiotársica e 
subtalar em posição que garante neutralidade3. 
São indicadas para pessoas com sequelas neuromotoras, 
como paralisia cerebral, lesão medular, trauma 
cranioencefálico, Acidente Vascular Encefálico (AVE), lesão 
do nervo fibular profundo (pé caído) devido à hanseníase, 
doenças degenerativas e/ou qualquer outra patologia que 
leva à plegia ou à paresia dos membros inferiores como 
espasticidade ou hipotonia.
Fonte: ThisIsEngineering. Pexels.
Órteses suropodálicas (AFO)
Podem ser classificadas quanto à sua função, podendo ser submaleolares, supramaleolares, 
dinâmicas, semirrígidas, articulares, rígidas, redutoras de tônus, de reação ao solo e com 
estimulação elétrica funcional. Ainda podem ser divididas em três seguimentos relacionados 
com as regiões anatômicas como: região proximal-joelho, média-tornozelo e distal-antepé. 
Abaixo um quadro com as características e a função das órteses AFO.
Região
Proximal
(joelho)
Média
(tornozelo)
Distal
(antepé)
Característica
Com apoio anterior
Com apoio posterior
Rígida
Flexível
Articulada
Rígida
Flexível
Função
Evitar flexão do joelho
Evitar hiperextensão
Limitar a ADM
Permitir dorsiflexão passiva
Auxiliar extensão do joelho
Facilitar rolamento final, flexão do joelho e impulso
Permitir/auxiliar dorsiflexão ou impedir/limitar flexão plantar
Fonte: Adaptado de Fonte: BARBIN, Isabel Cristina Chagas. Prótese e órteses. Londrina, Editora e Distribuidora educacional S.A.,2017.
Quadro 1: Características das órteses AFO (suropodálica/calhas/goteira) 
Órteses suropodálicas (AFO)
A confecção destas órteses geralmente é feita em termoplásticos de alta temperatura, sendo
o polipropileno o material mais utilizado. As órteses AFO podem ser fixas ou articuladas:
ÓRTESES AFO FIXAS
Não permitem o movimento ao nível 
articular do tornozelo e, as articuladas 
permitem o movimento de dorsiflexão. 
ÓRTESES AFO ARTICULADAS
São prescritas para pessoas que são 
capazes de realizar marcha, contudo,
o aumento do tônus pode ser estimulado,
além do aparecimento do clônus.
A articulação dessa órtese deve ser 
alinhada com os maléolos e o plano 
frontal, evitando uma rotação da perna 
durante a transferência de peso.
Órteses cruropodálicas (KAFO) e pelvicopodálicas 
(HKAFO)
As órteses cruropodálicas são conhecidas como KAFO (Knee-Ankle-Foot-Orthosis) ou seja, 
joelho, tornozelo e pé. Também são conhecidas como tutores. Costumeiramente, têm indicação 
de uso para pessoas com lesões da coluna vertebral baixa.
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Órteses cruropodálicas (KAFO) e pelvicopodálicas 
(HKAFO)
As pelvicopodálicas também conhecidas como HKAFO (Hip–Knee–Ankle–Foot Orthosis) são as 
órteses de quadril–joelho–tornozelo–pé, também denominadas de tutores longos com cinto 
pélvico. Utilizadas por pessoas com lesões acima da coluna lombar, sua confecção é feita com 
uma faixa pélvica e articulação ao nível do quadril que pode estar livre ou bloqueada, 
impedindo a flexão e extensão desta articulação.
Fonte: Arquivo pessoal Alysson Alvim Campos.
Órteses cruropodálicas (KAFO) e pelvicopodálicas 
(HKAFO)
Ambas as órteses foram desenvolvidas para proporcionar o ortostatismo e uma deambulação 
funcional em casos de espinha bífida, mielomeningocele, paralisia infantil ou acidente. Estas 
situações provocam perda de movimento dos membros inferiores e paraplegia, fazendo com 
que as pessoas não fiquem de pé e deambulem sem o auxílio de dispositivo ortopédico.
Em relação ao uso destas órteses, é importante enfatizar que:
Para esse tipo de indicação de uso é de extrema importância o estímulo da postura em pé
(ortostatismo) pela necessidade de flexibilidade e para a prevenção de contraturas.
É necessário que o usuário tenha um bom controle motor de tronco, pescoço e da cabeça
para conseguir ficar de pé. A deambulação exige uso de muletas, com isso, os membros
superiores devem estar preservados.
Pelo fato dos pacientes com perfil de indicação não possuírem controle voluntário da
musculatura dos membros inferiores, é necessário o uso do sistema musculoesquelético
dos membros superiores para deslocar o peso da perna. A marcha com uso desses
dispositivos é mais lenta e com maior gasto energético2.
Órteses cruropodálicas (KAFO) e pelvicopodálicas 
(HKAFO)
Materiais para a confecção
Os materiais utilizados para confecção desses tipos de órteses são metais moldados em 
polipropileno, laminados em resina ou mistas. A escolha dos materiais depende do peso,
da idade da pessoa e da indicação de uso. 
As órteses metálicas são as mais antigas e as mais fabricadas, porém, observações sugerem 
que as órteses em polipropileno resultam em menor pressão sobre os membros inferiores 
da pessoa. Já as que são confeccionadas em resina permitem a confecção de órteses 
parecidas com a de polipropileno, com vantagem de apresentar superfícies mais finas
e de menor peso, todavia, seu custo é maior2.
Órteses cruropodálicas (KAFO) e pelvicopodálicas 
(HKAFO)
Componentes das órteses
Os principais componentes das órteses cruropodálicas e pelvicopodálicas são:
Estribo e articulação de tornozelo: proporciona uma base de suporte estável, permite que
o usuário fique de pé.
Haste inferior bilateral: tornozelo até o joelho.
Articulação do joelho, bloqueada ou livre: quando livre, permite a flexão e extensão da
articulação por meio de uma trava em anel ou suíça, que fica localizada na interlinha
articular do joelho.
Hastes superiores bilaterais: joelho até o arco superior da coxa.
Arco superior da coxa.
Cinto pélvico e articulação do quadril (nas órteses pelvicopodálicas, são acrescentados em
casos de pacientes que não possuem controle e tronco e apresentam fraqueza da
musculatura do quadril)2.
Vídeos: Importância do uso da órtese
Para entender a importância do uso da órtese (neste caso, a usuária está utilizando uma 
palmilha), clique para assistir os vídeos abaixo:Sem órtese Com órtese
https://www.youtube.com/watch?v=8dWXYSyCxvw
https://www.youtube.com/watch?v=PG-_EhlV0H0
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste recurso, trouxemos informações necessárias 
para que você compreendesse a indicação, confecção, 
os tipos e o uso de órteses para membros inferiores.
Cada tipo de órtese possui uma indicação, é, portanto, 
necessário conhecer bem cada usuário para oferecer a 
tecnologia adequada à sua demanda. Conhecer mais 
sobre as órteses de membros inferiores auxilia a 
entender como funciona a reabilitação física disponível 
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Até a próxima!
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Técnico em órteses e próteses: livro texto. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia para Prescrição,
Concessão, Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de
Locomoção. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019.
3. BARBIN, Isabel Cristina Chagas. Prótese e órteses. Londrina, PR: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2017.
4. WEBSTER, J.; MURPHY, D. Atlas of Orthoses and Assistive Devices. Fifth edition.
Philadelphia, 2019.

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