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APG 6 Sopro no Coração

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1 
 
APG 6 
 
 
1) Compreender o funcionamento e 
estrutura das valvas atrioventriculares e 
semilunares. 
2) Estudar o processo que gera sopro no 
coração. 
3) Listar as consequências do sopro no 
cotidiano. 
 
 
1. Valvas cardíacas 
 
Conforme cada câmara do coração se contrai, 
um volume de sangue é impelido para cada 
ventrículo ou para fora do coração, através de 
uma artéria. As valvas abrem e fecham em 
resposta às alterações de pressão quando o 
coração se contrai e relaxa. Cada uma das 4 
valvas ajuda a assegurar o fluxo unidirecional 
do sangue, abrindo para deixar passar o 
sangue e fechando para evitar seu refluxo. 
 
 
 
Valvas Atrioventriculares 
 
Como estão localizadas entre um átrio 
e um ventrículo, as valvas são denominadas 
atrioventricular (AV) direita e esquerda. 
Quando uma valva AV está aberta, as 
extremidades arredondadas das válvulas se 
projetam em direção ao ventrículo. O sangue 
se movimenta dos átrios para os ventrículos 
por meio das valvas AV abertas, quando a 
pressão atrial é maior do que a pressão 
ventricular. Nesse momento, os músculos 
papilares estão relaxados e as cordas 
tendíneas estão frouxas. Quando os 
ventrículos se contraem, a pressão do sangue 
‘’empurra’’ as válvulas para cima até que suas 
margens se encontrem e fechem a abertura. 
Ao mesmo tempo, os músculos papilares 
também se contraem, o que puxa e retesa as 
cordas tendíneas, evitando a eversão 
(abertura na direção oposta, em direção aos 
pátrios, em virtude da pressão ventricular mais 
alta) das válvulas e da valva. Se as valvas AV 
ou as cordas tendíneas forem lesadas, o 
sangue pode refluir para os átrios quando os 
ventrículos se contraem. 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Valvas Semilunares 
 
 As valvas do tronco pulmonar e da 
aorta são conhecidas como valvas 
semilunares, porque são formadas por três 
válvulas com formato de semilua (lua 
crescente). Cada válvula se fixa à parede 
arterial por meio de sua margem externa 
convexa. As valvas semilunares permitem a 
ejeção do sangue do coração para as artérias, 
mas evitem o fluxo retrógado do sangue para 
os ventrículos. As margens livres das válvulas 
se projetam para o lume da artéria. Quando os 
ventrículos de contraem, a pressão no interior 
das câmaras aumenta. 
 As valvas semilunares se abrem 
quando a pressão nos ventrículos excede a 
pressão as artérias, permitindo a ejeção do 
sangue dos ventrículos para o tronco 
pulmonar e a aorta. À medida que os 
ventrículos relaxam, o sangue começa a fluir 
de volta, em direção ao coração. Esse fluxo 
retrógado do sangue preenche as válvulas da 
valva, fazendo com que as margens livres das 
valvas semilunares entrem firmemente em 
contato uma com a outra e fechem a abertura 
entre o ventrículo e a artéria. 
 Supreendentemente, talvez, não 
existem valvas guarnecendo as junções entre 
as veias cavas e o átrio direito, ou as veias 
pulmonares e o átrio esquerdo. Na realidade, 
à medida que os átrios se contraem, um 
pequeno volume de sangue flui de volta dos 
átrios para esses vasos. No entanto, o fluxo 
retrógado é minimizado por um mecanismo 
diferente: conforme o músculo atrial se 
contrai, comprime e quase colapsa os pontos 
venosos da entrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
A valva atrioventricular direita 
(tricúspide) é localizada entre o átrio direito e 
ventrículo direito, por onde passa o sangue 
venoso durante a pequena circulação. 
É formada por: válvula/cúspide 
anterior, válvula septal e válvula posterior. A 
base de cada válvula é presa ao anel fibroso 
que circunda o óstio atrioventricular. Este anel 
fibroso ajuda a manter a forma da abertura. As 
válvulas são contínuas entre si perto de suas 
bases nos pontos denominados comissuras. 
As margens livres das válvulas fixam-se às 
cordas tendíneas que se originam das 
extremidades dos três músculos papilares do 
ventrículo direito: anterior, posterior e septal. 
 Os músculos papilares e cordas 
tendíneas associadas mantém as valvas 
fechadas durante as alterações dramáticas do 
tamanho ventricular que ocorrem com a 
contração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A valva Mitral, também chamada de 
valva atrioventricular esquerda ou 
bicúspide. O adjetivo mitral deriva da 
semelhança da valva com a mitra usada pelos 
bispos. 
 Conecta o átrio e o ventrículo esquerdo 
e possui a válvula anterior e a válvula 
posterior. As bases das válvulas ficam presas 
a um anel fibroso em torno da abertura, e as 
válvulas são contínuas entre si nas 
comissuras. Cada uma de suas válvulas 
recebe cordas tendíneas de mais de um 
músculo papilar. 
 Esses músculos e suas cordas 
sustentam a valva atrioventricular esquerda, 
permitindo que as válvulas resistam à pressão 
gerada durante contrações do ventrículo 
esquerdo. As cordas tendíneas tornam-se 
tensas logo antes e durante a sístole, 
impedindo que as válvulas sejam empurradas 
para o átrio esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
Valva do tronco pulmonar e 
aórtica 
 
As três válvulas semilunares da 
valva do tronco pulmonar (anterior, direita e 
esquerda), como as válvulas semilunares da 
valva da aorta (posterior, direita e esquerda) 
são côncavas quando vistas de cima. 
As válvulas semilunares não têm 
cordas tendíneas para sustenta-las. Tem 
área menor do que as válvulas das valvas 
AV, e a força exercida sobre elas é menor 
que a metade da força exercida sobre as 
mesmas. As válvulas projetam-se para a 
artéria, mas são pressionadas em direção às 
suas paredes quando o sangue deixa o 
ventrículo. Após o relaxamento do ventrículo, 
a retração elástica da parede do tronco 
pulmonar ou da aorta força o sangue de volta 
para o coração. No entanto, as válvulas se 
fecham com um estalido, como um guarda-
chuva apanhado pelo vento quando há 
inversão do fluxo sanguíneo. Elas se 
aproximam para fechar por completo o óstio, 
sustentando umas às outras quando suas 
bases se tocam, evitando o retorno de 
qualquer quantidade significativa de sangue 
para o ventrículo. 
A margem de cada válvula é mais 
espessa na região de contato, formando a 
lúnula; o ápice da margem angulada é ainda 
mais espesso, formando o nódulo. 
Imediatamente superior a cada válvula 
semilunar, as paredes das origens do tronco 
pulmonar e da aorta são ligeiramente 
dilatadas, formando um seio. Os seios da 
aorta e do tronco pulmonar são os espaços 
na origem do tronco pulmonar e da parte 
ascendente da aorta entre a parede dilatada 
do vaso e cada válvula semilunar. O sangue 
presente nos seios e a dilatação da parede 
impedem a adesão das válvulas á parede do 
vaso, o que poderia impedir o fechamento. 
 
 
 
 
 
 
 
Valvas Atrioventriculares. As valvas A-V 
(tricúspide e mitral) evitam o refluxo de sangue 
dos ventrículos para os átrios durante a sístole, 
e as valvas semilunares (pulmonar e aórtica) 
impedem o refluxo da aorta e das artérias 
pulmonares para os ventrículos durante a 
diástole. 
 
 
 
 
 
5 
 
Bulhas Cardíacas 
 
A função das valvas cardíacas (Capítulo 9, 
Guyton). 
O fechamento das valvas causa sons 
audíveis, as bulhas. Normalmente, não ocorre 
som audível quando as valvas se abrem, 
apenas no seu fechamento. 
As bulhas cardíacas normais, remetem 
a um dom descrito em geral como ‘’lub, dub, 
lub, dub’’. O ‘’lub’’ está associado ao 
fechamento das valvas atrioventriculares, no 
início da sístole, e o ‘’dub’’ está associado ao 
fechamento das valvas semilunares (aórtica e 
pulmonar), no final da sístole. O som ‘’lub’’ é 
referido como primeira bulha e o ‘’dub’’ como 
segunda bulha porquese considera que o 
ciclo normal de bombeamento do sangue 
comece quando as valvas AV se fecham, no 
início da sístole ventricular. 
 
A primeira e a segunda bulhas são as 
audíveis com o estetoscópio. 
 
1° Bulha – Contração dos ventrículos, o que 
causa de início o súbito refluxo do sangue 
contra as valvas AV, fazendo com que elas se 
fechem e se curvem para os átrios até que as 
cordas tendíneas interrompam de modo 
abrupto essa protrusão retrógrada. O 
retesamento elástico das cordas tendíneas e 
das valvas faz com que o sangue refluído seja 
lançado novamente para o interior de cada 
respectivo ventrículo. Isso faz com que o 
sangue e as paredes ventriculares, bem como 
as valvas, vibrem, provocando turbulência 
vibratória no sangue. As vibrações se 
propagam pelos tecidos adjacentes até a 
parede torácica, onde elas podem ser 
ouvidas. 
 
2° Bulha – É resultado do fechamento súbito 
das valvas semilunares no final da sístole. 
Quando as valvas semilunares se fecham, 
elas se curvam para trás, em direção aos 
ventrículos, e seu estiramento elástico repuxa 
o sangue para as artérias, causando curto 
período de reverberação do sangue para 
frente e para trás entre as paredes das 
artérias e das valvas semilunares, assim como 
também entre essas valvas e as paredes 
ventriculares. As vibrações ocorrem nas 
paredes das artérias e então são transmitidas 
principalmente ao longo das artérias. Quando 
as vibrações dos vasos ou dos ventrículos 
entramem contato com uma ‘’placa 
ressonante’’, como a parede do tórax, 
produzindo sons audíveis. 
 
primeira bulha - de cerca de 0,14 segundo, 
e a segunda, de cerca de 0,11segundo. 
 
frequência audível (altura) das primeira e 
segunda bulhas cardíacas, começa na 
menor frequência que o ouvido pode 
detectar, cerca de 40 ciclos/s e atinge cerca 
de 500 ciclos/s 
 
 
 
3° Bulha – Ocasionalmente, uma terceira 
bulha cardíaca ressonante e fraca é ouvida no 
início do terço médio da diástole. A frequência 
desse som e em geral tão baixa que não se 
pode ouvi-lo; contudo, ele pode muitas vezes 
ser registrado no fonocardiograma 
 
4° Bulha – Bulha atrial, pode algumas vezes 
ser registrada no fonocardiograma, porem ela 
quase nunca pode ser auscultada devido as 
suas amplitudes e frequências muito baixas — 
em geral, 20 ciclos/s ou menos. 
 
 
6 
 
 
 
As áreas para ausculta podem ser bem 
distinguidos. 
 
Fonocardiograma – As bulhas aparecem 
como ondas. Um microfone aproximado do 
tórax que registra por sistema de registro com 
alta velocidade. 
 
 
 
 
SOPROS Cardíacos 
 
Sopro cardíaco é um ruído produzido 
pela passagem do fluxo de sangue através 
das estruturas do coração. 
Funcional/Fisiológico – Sopros inocentes 
Patológicos – Em decorrência de defeitos no 
coração 
As bulhas cardíacas anormais, 
conhecidas como ‘’sopros cardíacos’’, 
geralmente ocorrem quando existem 
anormalidades das valvas, consoante as que 
seguem. As características dos sopros 
cardíacos, geralmente permitem ao clínico 
concluir sobre a possível doença envolvida 
responsável pelo sopro, embora algumas 
vezes lesões valvares significantes podem 
não produzir sopros audíveis. 
Sopros conhecidos como inocentes 
têm características próprias e usualmente não 
necessitam da ecocardiografia. Em sopros 
com características duvidosas ou em 
pacientes em que a ausculta cardíaca é difícil, 
a Doppler ecocardiografia é a técnica mais 
usada e recomentada podendo ser usada 
para diagnóstico definitivo do tipo de sopro. 
Devido à alta sensibilidade do método, 
insuficiência mínima em valva com aspecto 
morfológico funcional normal pode ser 
encontrada em indivíduos normais, 
principalmente nas valvas tricúspide, 
pulmonar, mitral e até mesmo na aórtica. 
Usualmente não representam doença 
cardíaca e nem justificam sopros cardíacos, 
mesmo os inocentes. 
 muitas bulhas cardíacas anormais 
conhecidas como “sopros cardíacos” 
ocorrem quando existem anormalidades 
das valvas 
 
Sopro Sistólico da Estenose Aórtica – Na 
estenose aórtica, o sangue é ejetado do 
ventrículo esquerdo através de apenas 
pequena abertura fibrosa da valva aórtica. 
Devido à resistência da ejeção, algumas 
vezes a pressão sanguínea no ventrículo 
esquerdo se eleva para 300mmHg, enquanto 
a pressão da aorta ainda está normal. Dessa 
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/coracao/
 
7 
 
forma, surge um efeito de esguicho durante a 
sístole, como o sangue jorrando com 
velocidade enorme pela pequena abertura da 
valva. Isso provoca grande turbulência do 
sangue na raiz da aorta. O sangue turbulento, 
colidindo contra as paredes da aorta, provoca 
intensa vibração, e sopro de grande amplitude 
ocorre durante a sístole e é transmitido para 
toda a aorta torácica superior e mesmo para 
as grandes artérias do pescoço. Esse som é 
áspero, e na estenose grave pode ser tão alto 
a ponto de ser ouvido a vários centímetros do 
paciente. Além disso, as vibrações sonoras 
podem ser sentidas a mão, na arte superior do 
tórax e na parte inferior do pescoço, fenômeno 
referido como frêmito. 
 
Sopro Diastólico de Regurgitação Aórtica – 
Não é ouvido nenhum som anormal durante a 
sístole, porém, na diástole, o sangue reflui da 
aorta sob anta pressão para o ventrículo 
esquerdo, produzindo sopro ‘’semelhante ao 
vento’’, com tom relativamente agudo de 
natureza sibilante, ouvido mais sobre o 
ventrículo esquerdo. Esse sopro resulta da 
turbulência do sangue jorrando de modo 
retrógado para p sangue presente no 
ventrículo esquerdo diastólico sob baixa 
pressão. 
 
Sopro Diastólico de Regurgitação Mitral – 
Na regurgitação mitral o sangue reflui pela 
valva mitral para o átrio esquerdo durante a 
sístole. Isso também produz um som sibilante 
‘’semelhante ao vento’’, similar ao da 
regurgitação aórtica, mas que ocorre durante 
a sístole ao invés da diástole. Ele é transmitido 
com mais intensidade ao átrio esquerdo. 
Todavia, o átrio esquerdo fica situado tão 
profundamente no tórax que é difícil escutar 
esse som de modo direto sobre o átrio. 
Consequentemente, o som da regurgitação 
mitral é transmitido para a parede torácica 
principalmente pelo ventrículo esquerdo até o 
ápice do coração. 
 
Sopro Diastólico da Estenose Mitral – Na 
estenose mitral, o sangue passe com 
dificuldades do átrio esquerdo para o 
ventrículo esquerdo através da valva mitral 
estenosada, e como a pressão no átrio 
esquerdo raramente se eleva acima de 
30mmHg, não se desenvolve grande 
diferencial de pressão que force o sangue do 
átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. 
Consequentemente, os sons anormais, 
ouvidos na estenose mitral, são em geral 
fracos e de frequência muito baixa, de modo 
que a maioria do espectro sonoro está abaixo 
da extremidade de baixa frequência da 
audição humana. 
 Durante a parte inicial da diástole, o 
ventrículo esquerdo com valva mitral 
estenosada contém muito pouco sangue em 
seu interior e suas paredes estão bem frouxas 
que o sangue não reverbera de um lado para 
o outro entre as paredes do ventrículo. Por 
essa razão, mesmo na estenose mitral grade 
nenhum sopro pode ser ouvido durante o 
primeiro terço da diástole. Dessa maneira, 
após seu enchimento parcial, o ventrículo é 
distendido em grau suficiente para que o 
sangue reverbere com aparecimento de sopro 
baixo e surdo. 
 
Sopro de Maquinário – No recém-nascido 
com persistência no canal arterial, 
ocasionalmente nenhum som cardíaco 
anormal é ouvido devido à quantidade do fluxo 
reverso de sangue pelo canal arterial pode ser 
insuficiente para causar sopro cardíaco. 
Porém, enquanto a criança cresce, idade de 1 
a 3 anos, um sopro sibilante começa a ser 
ouvido na área da artéria pulmonar do tórax. 
Esse som é muito mais intenso durante a 
sístole, quando a pressão aórtica é alta, e 
muitomenos intenso durante a diástole, 
quando a pressão aórtica cai para os níveis 
mais baixos, de modo que o sopro aumenta e 
diminui a cada batimento do coração, criando 
o sopro maquinário. 
 
Fonocardiogramas dos Sopros Valvulares 
– Os fonocardiogramas mostram 
respectivamente registros idealizados obtidos 
de pacientes com estenose aórtica, 
regurgitação mitral, regurgitação aórtica e 
estenose mitral. É obvio, por essas 
fonocardiogramas, que a lesão da estenose 
aórtica causa o sopor mais baixo, e a lesão da 
 
8 
 
estenose mitral causa o sopro mais fraco. Os 
fonocardiogramas mostram como a 
intensidade dos sopros variam durante os 
diferentes trechos da sístole e da diástole, e a 
duração relativa de cada sopro também é 
evidente. Observe especialmente que os 
sopros da estenose aórtica e da regurgitação 
mitral ocorrem apenas durante a sístole, 
enquanto os sopros da regurgitação aórtica e 
da estenose mitral ocorrem apenas durante a 
diástole. 
 
 
Se você tem um sopro no coração normal, 
provavelmente não vai apresentar outros 
sintomas além do barulho. Por sua vez, o sopro 
patológico pode causar sinais e sintomas que 
indicam um possível problema no coração. 
Principais sintomas: 
• Falta de ar; 
• Falta de apetite; 
• Dor no peito; 
• Tontura e desmaio; 
• Tosse crônica; 
• Fígado inchado; 
• Ganho de peso repentino; 
• Pele azulada (principalmente nas 
pontas dos dedos e nos lábios); 
• Veias do pescoço aumentadas; 
• Transpiração intensa e excessiva; 
• Problemas de crescimento (em 
crianças). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insuficiente mitral e tricúspide – Se durante a 
sístole as valvas mitral ou tricúspide apresentar 
falha computação, haverá sangue voltando para 
os átrios 
Auscultado no foco mitral ou tricúspide 
 
 
 
Estenose aórtica e Pulmonar – Acontece na 
sístole, por ser nesse momento a abertura 
dessas valvas 
Abrem com dificuldade, acelerando o fluxo 
Auscultado no foco aórtico ou pulmonar 
 
 
9 
 
 
 
Estenose Mitral e Tricúspide – Restrição da 
abertura da valva, ficando acelerado e turbulento 
No brasil, geralmente a estenose mitral é 
secundária ao acometimento por febre reumática 
 
 
 
Insuficiência aórtica e pulmonar – Essas valvas 
estão fechadas, havendo refluxo de sangue para 
os ventrículos 
 
 
 
 
Insuficiência Valvar = causa regurgitação de 
sangue pelas valvas 
 
Estenose – Ocasionando aceleração e 
turbilhonamento do fluxo de sangue pelas valvas 
 
Estenose pulmonar mais comum em crianças e 
jovens 
 
Estenose Aórtica – adultos e idosos 
 
 
 
Referências 
HALL, John Edward; GUYTON, ARTHUR, C. 
GUYTON & HALL TRATADO DE FISIOLOGIA 
MÉDICA. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 
MOORE, Keith L. ANATOMIA ORIENTADA 
PARA A CLÍNICA. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014.

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