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Atividade de embriologia

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ATIVIDADE DE EMBRIOLOGIA 
FERNANDA SANTOS MONTEIRO
PORTO VELHO
2021
1- Descreva e esquematize os processos embrionários de vasculogênese e angiogênese. Em qual período
embrionário inicia esses processos?
A vasculogênese é a formação de novos vasos sanguíneos in situ, em local onde não há vasos. Ocorre a partir de
células mesenquimais que se diferenciam em angioblastos, que se agrupam, formando ilhotas sanguíneas. No meio
desses grupos surgem cavidades e as células ao entorno dessa cavidade deixam de ser esféricas e passam a ser
pavimentosas (células endoteliais - que irão revestir os vasos sanguíneos). Alguns angioblastos ao invés de se
transformarem em células endoteliais se transformam em células tronco hematopoiéticas (nessa etapa não há a
formação de células hematopoiéticas).
A angiogênese é a ramificação dos vasos sanguíneos. Ocorre o brotamento de novos vasos a partir de células
endoteliais (CE) diferenciadas de um vaso pré-existente, sendo o processo desenvolvido em duas fases: de brotamento
e de maturação.
2- Por que obesidade, tabagismo, sedentarismo podem levar a síndromes coronárias/disfunções vasculares?
A obesidade pode interferir tanto na pequena quanto na grande circulação, visto que a gordura do abdômen pode
aumentar o risco de obstrução das artérias, assim como a gordura que está em torno dos órgãos aumentando este
risco, e dificultando o desempenho do coração, pois obstrui a passagem do sangue podendo causar infartos e
derrames e consequentemente afetar o desenvolvimento do feto, causando arritmias cardíacas, anemias ou outras
anormalidades.
O sedentarismo é um fator comportamental que pode levar à obesidade, e esta pode causar a curto e a longo prazo
disfunções hormonais que impedem o desenvolvimento normal do corpo lúteo no período fértil.
No tabagismo, com o uso de um único cigarro é suficiente para que aconteça a contração de todos os vasos
sanguíneos, ocorrendo o enrijecimento das artérias do fumante, forçando o coração a trabalhar mais
intensamente, em conjunto à obesidade que pode formar placas de gordura nos vasos sanguíneos, aumentando a
pressão arterial e frequência cardíaca, o aumento da gordura induz a resistência à insulina e diabetes e produz
inflamação e trombose. Quanto ao feto, pode afetar seu desenvolvimento e o mesmo pode nascer dependente químico
(dependência de nicotina), assim como também pode acontecer más formações e aborto.
3- Descreva as veias associadas ao coração embrionário e a função de cada uma delas.
Veias vitelinas: transportam sangue pobre em oxigênio do saco vitelino e desembocam no seio venoso. Essas veias
vão do pedículo vitelino (tubo estreito vindo do intestino médio) para o embrião. Os remanescentes das veias vitelinas
formarão as veias hepáticas. Também provinda das veias vitelinas (comunicação de dois vasos) teremos a veia porta.
Veias umbilicais: transportam sangue rico em oxigênio da placenta para o seio venoso. Com o desenvolvimento do
fígado essas veias perdem sua conexão com o coração e irão desembocar no fígado. Dentro do fígado se formara um
ducto venoso que ligara a veia umbilical com a veia cava caudal.
Veias cardinais: transportam o sangue pobre em oxigênio do corpo do embrião. É o principal sistema de drenagem do
embrião, drenando a parte cefálica e caudal do mesmo. Elas possuem 2 derivações as veias subcardinais (formarão o
tronco da veia renal, as veias adrenais e gonodais) e as veias supracardinais (forma parte da veia cava caudal, a veia
cava cranial e bráquiocefálica esquerda).
Resumo: Veias vitelinas transportam sangue pobre em O2 (saco vitelino para o coração); as veias umbilicais
transportam sangue rico em O2 (placenta para o coração); e as veias cardinais comuns transportam sangue pobre em
O2 (embrião para o coração).
4- Quais as consequências da inibição do alongamento do tubo cardíaco durante o período embrionário?
O tubo é formado por meio da união de angioblastos que migram para a região cárdica. No momento do dobramento
lateral do embrião, forma o tubo cardíaco (tubo cardíaco dobrado). Durante o processo de desenvolvimento desse tubo
cardíaco vai se formar as cavidades cardíacas (átrios e ventrículos).Se no momento do dobramento do embrião houver
uma inibição do crescimento do tubo cárdico , haverá consequências, como por exemplo:
• Atresia e estenose pulmonar:
A atresia pulmonar é caracterizada por uma valva pulmonar completamente fechada ou tão rudimentar, que é como se
ela não existisse e houvesse um músculo fechando a passagem de sangue do ventrículo direito para a artéria pulmonar.
Ou seja, não vai sangue do lado direito do coração para os pulmões.
A Estenose Pulmonar Valvar (EPV) acontece quando a valva pulmonar é pequena e está doente, “apertada”, deixando
passar apenas pouco fluxo de sangue para os pulmões. Quanto maior a estenose, mais apertado para o sangue passar e
menos sangue será oxigenado.
• DVSVD (Dupla Via de Saída do Ventrículo Direito): os grandes vasos (artérias pulmonar e aórtica) originam-se
completamente, ou quase completamente, do ventrículo direito.
• Defeitos do septo interventricular: septo entre os ventrículos.
5- Um neonato do sexo masculino foi encaminhado ao pediatra por causa da coloração azul de sua pele
(cianose). Um exame de ultrassom foi solicitado para confirmar o diagnóstico preliminar de tetralogia de Fallot.
Na tetralogia de Fallot, existem quatro defeitos cardíacos. Quais são eles?
Tetralogia de Fallot: É a malformação cardíaca congênita.
1- Defeito do septo ventricular perimembranoso (DSV) com desalinhamento
2- Cavalgamento da aorta sobre o septo interventricular
3- Obstrução da via de saída do ventrículo direito em vários graus
4- Hipertrofia ventricular direita (raramente presente no feto ou recém-nascido)
1 – Descreva o desenvolvimento embrionário da veia cava inferior e da veia cava superior.
A veia cava inferior se desenvolve de alterações nas veias primitivas do tronco, quando o sangue retornando da parte
caudal do embrião é transferido do lado D para o lado E do corpo. A VCI é composta por 4 seguimentos principais (1
seguimento hepático, 1 pré renal, 1 renal e o pós renal).
Segmento hepático: derivado da veia hepática (porção proximal da veia vitelina direita) e sinusoides hepáticos;
Segmento pré-renal: derivado da subcardinal-supracardinal;
Segmento renal: anastomose subcardinal-supracardinal;
Segmento pós-renal: derivado da supracardinal direita.
2- Descreva o desenvolvimento do coração e suas cavidades.
O coração primitivo consiste em 4 cavidades : bulbo cardíaco, ventrículo, átrio e seio venoso.
O miocárdio primitivo, correspondente a camada externa do tubo cardíaco embrionário, é formado pelo mesoderma
esplâncnico ao redor da cavidade pericárdica (precursor cardíaco do segundo campo cardíaco). Nesse estágio, o
coração em desenvolvimento é composto por um tubo endotelial fino, separado de um miocárdio espesso por uma
matriz gelatinosa de tecido conjuntivo, a geleia cardíaca.
O tubo endotelial se torna o endocárdio. O pericárdio, a camada de revestimento externo, é derivado de células
mesoteliais que surgem da superfície externa do seio venoso e se espalham pelo miocárdio. Conforme vai ocorrendo o
dobramento da cabeça, o coração e a cavidade pericárdica se tornam ventrais ao intestino anterior e caudais à membra
na bucofaríngea.
Ao mesmo tempo há a formação do bulbo cardíaco, composto do tronco arterioso, cone arterioso e cone cardíaco;
ventrículo; átrio; e seio venoso. O crescimento do tubo cardíaco decorre da adição de células (cardiomiócitos),
diferenciando-se do mesoderma da parede dorsal do pericárdio.
O tronco arterioso está contínuo cranialmente ao saco aórtico, de onde surgem as artérias dos arcos faríngeos. As
células progenitoras do segundo campo cardíaco contribuem para a formação das extremidades arterial e venosa do
coração. A extremidade arterial está fixada pelos arcos faríngeos e a venosa pelo septo transverso. Então o coração
tubular sofre um giro destro em aproximadamente 23 a 28 dias, formando uma alçadireita em forma de U (alça
bulboventricular), resultando em um coração com ápice voltado para esquerda.
Conforme o coração se inclina, o átrio e o seio venoso ficam dorsal ao tronco arterioso, bulbo cardíaco e ventrículo.
Além disso, o seio venoso desenvolve expansões laterais, os cornos dos seios direito e esquerdo. Por fim, enquanto o
coração se alonga e inclina gradualmente, também vai se invaginando na cavidade pericárdica. Inicialmente, está
suspenso na parede dorsal pelo mesentério (mesocárdio dorsal), entretanto, a porção central do mesentério se
degenera, formando uma comunicação, o seio pericárdio transverso. Assim o coração fica aderido somente às suas
extremidades cranial e caudal.
3- Descreva a circulação do coração primitivo.
Inicialmente, as contrações cardíacas são de origem miogênicas. Por isso, ocorrem como ondas peristálticas, com
origem no seio venoso e que segue continuamente para átrio e ventrículos. A circulação primitiva é do tipo fluxo e
refluxo, se transformando ao final da 4ª semana em contrações coordenadas e com fluxo unidirecional. O sangue do
seio venoso chega ao átrio primitivo, tendo seu fluxo controlado por válvulas sinoatriais (SA). O sangue então passa
através do canal atrioventricular (AV) para o ventrículo primitivo. Ao contrair, o ventrículo bombeia o sangue através
do bulbo cardíaco e do tronco arterioso para o saco aórtico, sendo distribuídos para as artérias do arco faríngeo. O
sangue, então, passa para a aorta dorsal para distribuição ao embrião, placenta e vesícula umbilical.
4- Descreva o processo de septação do coração primitivo.
A septação em canal atrioventricular, átrio e ventrículo primitivos e trato de saída se inicia no meio da 4ª semana,
terminando por volta da 8ª semana. Divisão do canal atrioventricular. Os coxins endocárdicos são formados, ao final
da 4ª semana, a partir da geleia cardíaca e de células da crista neural. Na 5a semana, essas estruturas são invadidas por
células mesenquimais, aproximando e fundindo os coxins atrioventriculares, com formação de canal atrioventricular
esquerdo e direito. Esses canais separam parcialmente o átrio primitivo do ventrículo primitivo, e os coxins
funcionando como valvas atrioventriculares. Após sinais indutores, as valvas septais se originam dos coxins
endocárdicos superior e inferior fundidos; e as valvas murais, camadas finas e chatas da parede, se originam da
camada mesenquimal. Os coxins endocárdicos também originam o septo membranoso do coração.

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