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PRIMEIRO PERÍODO CAROLINA MAIRA DO NASCIMENTO ROSA @PEQUENAMEDICINA Bioquímica @pequenamed 1º período @pequenamed 1 BIOQUÍMICA FUNÇÕES DA ÁGUA TAXA DE ÁGUA NO ORGANISMO A taxa de água varia de acordo com: - Atividade do tecido ou órgão (encéfalo e músculos tem maior porcentagem de água devido ao alto gasto energético) - Idade: quanto mais velho menor a quantidade de água presente no corpo ESTRUTURA DA MOLÉCULA DE ÁGUA - Transporte de substâncias; - Facilita reações químicas; - Termorregulação; - Lubrificante; - Reações de hidrólise (reações enzimáticas onde a água é o substrato); - Equilíbrio osmótico; - Equilíbrio ácido-base; - Alta constante dielétrica (reflete o número de dipolos em um solvente) @pequenamed 1º período @pequenamed 2 NEUTRALIDADE DA ÁGUA A água pura é levemente ionizada • A água forma um número igual de prótons hidrogênio e ânions hidroxila • [H+] = [OH-] Quando a concentração de H+ é maior que 1,0 x 10-7 M A concentração de OH- é menor que 1,0 x 10-7 M • Dipolo elétrico permanente (por ter dipolo positivo e negativo a água é polar) • H2O: forças coesivas – ligações de hidrogênio • Água como solvente: solvatação: alta constante dielétrica • EFEITO HIDROFÓBICO: compostos anfipáticos formam compostos na presença de água @pequenamed 1º período @pequenamed 3 PH • Unidade de medida de concentração de H+ nos líquidos dos organismos • pH plasmático: 7,4 • pH= -log[H+] • É inversamente proporcional: quando o pH aumenta de 3 pra 4 diminui 10 vezes, de 10-3 para 10-4 • Quanto mais ácido maior a [ ] de prótons (acidose) • Quanto mais básico maior a [ ] de hidroxilas (alcalose) • O pH da saliva depende do alimento que se consome • É possível medir o pH de soluções por meio de: -Medidor de pH: potenciômetro ou pHmetro -Indicadores: Corantes que mudam de cor em diferentes faixas de pH (fenolftaleína) • Nem toda forma de corrigir acidose é administrar base pois pode alterar outros íons no corpo que podem matar a célula @pequenamed 1º período @pequenamed 4 - Redução de pH: acidose ACIDOSE METABÓLICA - Aumento da produção de ácidos não voláteis - Ingestão de substâncias ácidas - Perdas excessivas de bases no organismo - Desidratação - Câncer - Degradação de aminoácidos que contem enxofre ACIDOSE RESPIRATÓRIA - Coma - Doenças pulmonares (bronquite crônica, pneumonia) - Distúrbios respiratórios do sono - Distúrbio de músculos respiratórios - Estupor (estado de inconsciência) - Aumento de pH: alcalose ALCALOSE METABÓLICA - Administração de bases para correção de acidoses - Vômito ou drenagem do estômago; - Estenose pilórica com eliminação de ácido clorídrico; - Uso de diuréticos: eliminação de H+ ALCALOSE RESPIRATÓRIA - Secundária hiperventilação; - Ansiedade; - Dor; - Hipóxia; - Choro prolongado; - Histeria; @pequenamed 1º período @pequenamed 5 SISTEMA TAMPÃO • Resiste às mudanças de pH • Ácido fraco + base conjugada • Íons ou moléculas que resultam da dissociação de um ácido são denominados bases conjugadas do ácido em questão, pois podem receber um próton, convertendo-se novamente no ácido conjugado respectivo • Ácido doa prótons e base recebe • Ácidos e bases fracas são importantes, pois não estão completamente ionizados quando dissolvidos • Ácidos fortes ionizam completamente e não tem a capacidade de se recompor, o que não os tornam bons tampões • Quanto maior Ka, mais ácido • Ka= define a tendência de qualquer ácido em perder um próton e formar uma base (afinidade da base conjugada pelo próton) • pKa: valor de pH no qual 50% ácido está dissociado (+tamponante), abaixo disso não tampona • Quanto mais forte o ácido, mais baixo é seu pKa • Equilíbrio entre ionizados e não ionizados: pK=pH • CURVA DE TITULAÇÃO DE AMINOÁCIDOS - No ponto mais ácido: todos estarão protonados e positivos - No nível básico intermediário: metade do aminoácido está positivo e metade negativo - No ponto mais básico: todos estarão negativos e desprotonados - A base despronotada fica não ionizada - O ácido desprotonado fica ionizado - Pk1: sempre grupo carboxila - pk2: sempre grupo amina - PONTO ISOELÉTRICO: média entre os dois pK mais próximos, onde 100% dos aminoácidos estão com carga neutra ou zero @pequenamed 1º período @pequenamed 6 AMINOÁCIDOS • Amina + ácido carboxílico • Carbono quiral (menos a glicina) • Existem 20 aminoácidos primários • Podem atuar como tampões • Monômero das proteínas e peptídeos • pH alto: desprotonados • pH baixo: protonados • O que diferencia o aminoácido é o R, que dá as características • Precursores de bases nitrogenadas • Precursores hormonais • Facilita a solubilização de algumas moléculas • Originam mediadores de respostas celulares • Geram energia ao serem oxidados • Funcionam como neurotransmissores • Anfótero: pode ser ácido ou base CADEIA LATERAL • Apolares: - Não faz ponte de hidrogênio - Hidrofóbico - Em meio aquoso estão no interior da proteína - Em meio hidrofóbico estão na superfície - Alanina, Valina, Isoleucina, Leucina, Prolina, Metionina, Glicina MACETE: ALguém Viu ISOlanda, Linda, Porém Muito Grossa • Polares: - Hidrofílicos - Ácidos, básicos e sem carga • Ácidos: - Negativo - Aspartato e Glutamato • Base: - Positivo - Lisina, Arginina, Histidina • Sem carga: - Pontes de hidrogênio - Glutamina, Aspargina, Serina, Cisteina, Treonina MACETE: GLeison ASmático SErviu-se CISmado e TREmendo @pequenamed 1º período @pequenamed 7 PROTEÍNAS Componente mais abundante no organismo. • Funções: - Estrutural (composição do esqueleto celular e sustentação) - Armazenamento - Contração muscular (actina e miosina) - Receptor de hormônios - Ação enzimática - Mecanismos de defesa • Ligação peptídica: carboxila + amino - Não pode ser rompida por desnaturantes - É rígida - É planar: impede a rotação livre do carbono com o nitrogênio - É trans: tem cadeia lateral para cima e para baixo - Não tem carga: não aceita nem fornece prótons - É polar • As proteínas podem ser organizadas em 4 níveis crescentes em complexidade @pequenamed 1º período @pequenamed 8 • A estrutura primária pode variar de acordo com: 1- número e composição de aminoácidos 2- sequência de aminoácidos 3- natureza dos aminoácidos • Para ser estrutura secundária tem que apresentar um padrão - Hélice a: *Cadeias laterais para fora *Pontes de hidrogênio *Intracadeia *Ex: queratina - Folha b: *Pregueado *Duas ou mais cadeias *Pontes de hidrogênio *Inter e intracadeia *Sentido antiparalelo ou paralelo *Curvatura b: reverte a direção da cadeia, prolina (tem seu átomo de N2 como parte de um anel o que impossibilita que a ligacão gire) e glicina, fica na superfície da molécula proteica, resíduos carregados, pontes de hidrogênio e ligações iônicas. OBS: O DNA define a estrutura primária das proteínas, mutações no DNA podem acarretar perda da função da proteína @pequenamed 1º período @pequenamed 9 • Estrutura terciária: - Arranjo biologicamente ativo tridimensional - Dobramentos gerados pelas interações entre os radicais dos aminoácidos - Ligações de hidrogênio - Ligações iônicas - Interações hidrofóbicas no interior - Ligações covalentes e não-covalentes - Nas ligações covalentes as pontes dissulfetos impedem a desnaturação das proteínas e estabilizam os dobramentos de uma cadeia polipeptídica - Possui domínios (unidades fundamentais com estrutura tridimensionais) - Dobramento (auxiliado pelas chaperonas): independente entre os domínios- As chaperonas renaturam as proteínas, com gasto de ATP, ajuda que os dobramentos não sejam feitos de forma errônea e vão diminuindo ao longo da idade (proteína de choque térmico) OBS: quando tem uma falha no processo de controle de qualidade nos dobramentos, há um acúmulo de proteínas dobradas inadequadamente - geralmente excretadas - mas se acumuladas levam a doenças como amiloidoses e Alzhmeir @pequenamed 1º período @pequenamed 10 • Estrutura quaternária: arranjo de duas ou mais cadeias polipeptídicas mantida por ligações não-covalentes entre as subunidades - Uma subunidade: monomérica (estrutura terciária sempre) - Duas subunidades: dimérica - Três subunidades: triméricas - Várias unidades: multiméricas ou oligomérico - Subunidades: *Interações não-covalentes: pontes de hidrogênio *Podem ser independentes ou em cooperação • Proteínas fibrosas: são insolúveis em água devido a alta concentração de aminoácidos hidrofóbicos tanto no interior quanto no exterior da molécula. Suas propriedades as conferem resistência e/ou flexibilidade (actina, miosina, colágeno) • Proteínas globulares: formada por cadeias polipeptídicas, apresentando diferentes tipos de estruturas secundárias e são solúveis em água devido a sua superfície externa hidrofílica. Tem funções como: transporte, motricidade, aço enzimática, defesa, etc (hemoglobina e mioglobina) • Proteínas simples produzem por hidrólise apenas aminoácidos • Proteínas conjugadas tem aminoácido + um grupo prostético (lipídeos, carboidratos...) podendo ele ser orgânico ou inorgânico @pequenamed 1º período @pequenamed 11 • Desnaturação proteica: alteração da estrutura espacial da proteína por conta do rompimentos das interac ̧ões entre os aminoácidos, desdobramento e desorganização das estruturas secundária e terciária, é irreversível nas proteínas insolúveis AGENTES DESNATURANTES • Calor (aumenta a energia cinética) • Solventes orgânicos (álcool rompe a bicamada lipídica, éter, acetona, clorofórmio) • Ácidos ou bases fortes (alteração do pH) • Agitação mecânica • Detergentes (rompe as interações hidrofóbicas que mantêm as proteínas enoveladas) • Metais pesados (formam complexos insolúveis) • Reagentes alcaloides e ureia PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS DE OXIGÊNIO • O oxigênio tem que ser transportado por um metal de transição e no nosso organismo é o ferro • O ferro livre não é capaz de transportar oxigênio pois ele seria oxidado • O ferro está ligado a um grupo prostético (orgânico) denominado grupo heme que surge de um aminoácido e do intermediário do ciclo de Krebs • O ferro no grupamento Heme só tem função se ligado a uma proteína e com o oxigênio @pequenamed 1º período @pequenamed 12 • Mioglobina: - Músculos esqueléticos e cardíacos; - Armazena oxigênio; - Curva hiperbólica; • Hemoglobina: - Hemácias/eritrócitos; - Transporta O2 dos pulmões para os tecidos periféricos; - Contribui para a manutenção do pH nos tecidos - Maior afinidade com o oxigênio nos alvéolos; - Curva sigmóide. ESTADO TENSO - Cadeias se afastam - Baixa afinidade pelo oxigênio - Desoxi-hemoglobina ESTADO RELAXADO - Cadeias mais soltas - Alta afinidade pelo oxigênio - Oxi-hemoglobina (é o que prevalece nos pulmões ) OBS: A medida de O2 tem que ser diferente da pressão atmosférica, do contrário não entraria ar OBS 2: Quando a curva vai para a esquerda significa que a afinidade aumenta, se for pra direita diminui • O oxigênio se liga cooperativamente a hemoglobina • O pH dos tecidos é mais baixo que o pH fisiológico • Troca de gases na Hb: 1. Anidrase carbônica nas hemácias transforma CO2 em ácido carbônico que se dissocia em bicarbonato e prótons 2. Esse bicabornato vai pro plasma e neutraliza ou reage com parte dos prótons livres fazendo com que o pH fisiológico se mantenha 3. Os prótons livres se ligam em um aminoácido da proteína 4. CO2 e prótons se ligam na cadeia lateral dos aminoácidos da Hb 5. No momento que os prótons e o CO2 se ligaram, a interação entre ferro e oxigênio é desfeita fazendo que o oxigênio vá para os tecidos por difusão @pequenamed 1º período @pequenamed 13 • BPG: - Sem BPG a hemoglobina não libera o oxigênio nos tecidos - Possui alto conteúdo de cargas negativas que interagem com a cavidade central da hemoglobina - Se liga a cadeia lateral de aminoácidos que estão na cavidade central (quem faz a ligação é a histidina) - Se o BPG é negativo os aminoácidos têm que ter carga positiva - Estimula a Hb ao estado tenso - O BPG se liga menos a hemoglobina fetal fazendo com que a afinidade da Hb fetal pelo O2 aumente MAIOR AFINIDADE COM O2 • Maior pH • Maior pressão • Menor [CO2] • Menor temperatura • Menos BPG • Menos CO (Quando o monóxido de carbono se liga ao ferro da hemoglobina, mantém a Hb em estado tenso fazendo com que os tecidos não recebam O2) • Hemoglobinas anormais – mutantes pontuais: Cadeias modificadas com baixa interação com oxigênio começam a se unir formando fibras fazendo com que a célula assuma um formato de foice causando uma interação que obstrui a chegada de oxigênio em tecidos periféricos podendo ocasionar em doenças como anemia falciforme • Hemonoglobinopatias: - O Ferro é constantemente oxidado ficando na forma férrica (Fe3+), o qual é incapaz de transportar o O2 - Causas: * Fármacos * EROs: espécies reativas de O2, radicais livres * Deficiência da NADH- citocromo b5 redutase (ela faz voltar ao estado ferroso (Fe2+) ) - Sintomas: cianose, hipóxia, cefaleia, tontura - Hb que não transporta O2 se chama Metemoglobina @pequenamed 1º período @pequenamed 14 ENZIMAS • São catalisadores biológicos: aceleram a reação diminuindo a energia de ativação e não são consumidas na reação • Classificação: - Oxirredutases: oxirredução, transferência de elétrons - Transferases: transferência de grupo - Hidrolases: Reações de hidrolise (transferência de grupos funcionais para a água) - Liases: adição ou remoção de grupos para formar duplas ligações -Isomerases: isomerização (transferência intramolecular de grupos) -Ligases: ligação de dois substratos ã custa da hidrólise de ATP • Propriedades: 1. Sítio ativo: região que faz ligações fracas de um aminoácido no sítio ativo com um substrato 2. Eficiência catalítica: aumentam a velocidade de uma reação 3. Modelo chave-fechadura: a enzima tem o sítio ativo no formato exato do substrato fazendo um encaixe. OBS: Esse modelo não é perfeito no nosso organismo, o que faz o modelo de encaixe induzido ser o mais apropriado pois a conformação se altera devido a indução do substrato @pequenamed 1º período @pequenamed 15 4. Cofatores: íons que participam das reações. Ex: Potássio, Ferro, Cobre, Magnésio, Manganês, Zinco (Não são produzidos no organismo, devem ser ingeridos). Coenzimas são originadas das vitaminas. 5. Regulação: agem no metabolismo 6. Localização dentro da célula: as isoenzimas vão catalisar a mesma reação em locais diferentes, se estiverem no sangue significa que a célula sofreu uma lesão, por isso a importância de saber onde estão. Marcador molecular é qualquer molécula que o médico avalia e tenta associar com a doença • Fatores que afetam a velocidade enzimática: 1.Concentração de substrato: quanto maior a concentração de substrato, maior a velocidade. -Km define a afinidade da enzima: * Km > afinidade * Km < afinidade 2.Valores de pH: abaixo ou acima do ideal não funciona pois pode desnaturar 3. Temperatura: abaixo ou acima do ideal não funciona pois pode reduzir a energia cinética @pequenamed 1º período @pequenamed 16 • Regulação da atividade enzimática 1. Regulação alostérica: Efetores alostéricosse ligam de forma não covalente a sítios alostéricos podendo aumentar ou diminuir a atividade da enzima. Ex: ATP, ADP, Ca+, NADH 2. Regulação por modificação covalente: A enzima se liga com um íon de carga oposta à carga de um aminoácido do substrato. Guinase quebra a ligação e liga o fosfato a enzima 3. Indução e repressão da síntese de enzimas: Pode aumentar ou diminuir a síntese de enzimas 4. Ativação proteolítica: a proteína é inativa até que os fragmentos peptídicos sejam removidos, deixando a proteína ativa, com menos aminoácidos que antes • Inibição da atividade enzimática: ocorre por substâncias que diminuem a velocidade de uma reação enzimática 1. Irreversíveis: reagem quimicamente (irreversível e inespecífica) com as enzimas, levando a uma inativação praticamente definitiva 2. Reversível: - Inibidor competitivo: compete com o substrato pelo mesmo sítio ativo - Inibidor não competitivo: inibidor e substrato se ligam em sítios diferentes @pequenamed 1º período @pequenamed 17 CARBOIDRATOS Classificação: MONOSSACARÍDEOS • Possui apenas um aldeído em sua cadeia • São eles: - Glicose - Frutose - Galactose • A reação entre um álcool e um aldeído forma um carbono anomérico (tem que estar ligado ao oxigênio do anel e ter uma hidroxila livre) DISSACARÍDEOS • Ligações glicosídicas entre um álcool e um carbono anomérico • Para ser redutor, tem que possuir um carbono anomérico livre (Maltase) • São eles: - Maltose (gli+gli) - Lactose (galac+gli) - Sacarose (frut+gli) POLISSACARÍDEOS • Formados por cadeias de monossacarídeos ligados entre si por junções glicosídicas e insolúveis em água • Homopolissacarídeos: União de vários monossacarídeos idênticos • Heteropolissacarídeos: União de vários monossacarídeos diferentes. Ex: ácido hialurônico • São eles: - Celulose: motilidade do trato gastrointestinal - Glicogênio: reserva energética dos animais - Quitina: estrutural - Amido: reserva energética dos vegetais • Proteoglicanos: - Ligadas a glicoaminoglicanos - Preenchem os espaços e resiste a atrito no ossos com o líquido sinovial @pequenamed 1º período @pequenamed 18 LIPÍDIOS • Funções: - Principal reserva energética - Mantém a temperatura - Origina hormônios - Impermeabilização - Dissolve vitaminas lipossolúveis - Constituição de membrana • Possuem em sua estrutura ácidos graxos que tem uma cadeia de hidrocarboneto com grupo carboxila terminal • Ácidos graxos saturados: - Não tem ligação dupla entre os carbonos - São mais sólidos a temperatura ambiente - Em maior porcentagem em gordura animal • Ácidos graxos insaturados: - Uma ou mais instaurações - Interações do tipo cis - Menor ponto de fusão - Acil ou acila =ácido graxo • Triacilglicerol - 3 ácidos graxos e um glicerol - Faz ligações do tipo éster • Fosfolipídios: - Possui grupo fosfato • Esfingolipídio: grupo álcool, amina, esfingozina - Esfingomielinas: contém fosfato, são encontrados na bainha de mielina e em membranas de outras células - Cerebrosídeos: monossacarídeos, glicolipídios - Gangliosídeos: oligossacarídeos • Esteróides: - Anéis aromáticos e uma hidroxila - Colesterol: formação e manutenção de membrana e hormônios como a testosterona, origina a vitamina D, síntese de sais biliares • Eicosanóides: - Derivados de ácidos graxos - Moléculas envolvidas em processos inflamatórios - São parácrinos @pequenamed 1º período @pequenamed 19 LIPOPROTEÍNAS Associação entre proteínas e lipídios na corrente sanguínea, com a função de transportar e regular o metabolismo de lipídios no nosso organismo. Quem dá a função da lipoproteína é a sua parte proteica. - Apolipoproteínas: ativa e inibe enzimas, interage com receptores. • Quilomícron: - Menos denso, ou seja, possui mais lipídios que proteínas - Transportam os lipídios exógenos, ou seja, não produzidos no organismo - O que sobrou dele vai para o fígado - Interior hidrofóbico • VLDL: - Densidade muito baixa - Transporta lipídios endógenos, ou seja, que o organismo produz - Interior hidrofóbico • IDL: - Densidade intermediária - Intermediário entre o VLDL e o LDL • LDL: - Densidade baixa, rico em lipídios - Leva colesterol aos tecidos periféricos - O excesso de LDL está relacionado a doenças vasculares - Biossíntese de LDL: 1. VLDL sai carregado de lipídios e de proteínas 2. Quando o VLDL passa pelos capilares a proteína que estava com ele ativa as enzimas na parede do vaso que soltam os lipídios para os tecidos 3. O VLDL distribui triacilglicerol para o músculo e o tecido adiposo armazena 4. Após isso ele sai IDL e uma enzima consegue tirar mais lipídios, fazendo com que ele se torne LDL ou HDL no fígado 5. LDL passa pelo fígado com a ApoB-100 6. O fígado tem um receptor que se liga ao LDL, sintetizando colesterol 7. Ocorre endocitose e o receptor é regenerado, voltando para a membrana ou o @pequenamed 1º período @pequenamed 20 endossoma se liga ao lisossomo e é degradado Motivos de acúmulo de colesterol no organismo Falta de receptores no fígado Problemas na reposição dos receptores Síntese excessiva de colesterol pelo fígado • HDL: - Alta densidade - Retira colesterol dos tecidos periféricos e leva para o fígado - Níveis desejados: 1. o HDL estimula as células endoteliais a produzir oxidonitrico e prostaglandina. 2. Essas substâncias estimulam o relaxamento dos vasos, fazendo com que o sangue passe mais devagar 3. Também inibem a agregação plaquetária, diminuindo a chance de placas de ateroma - Níveis indesejados: 1. Não produz oxidonitrico nem prostaglandina 2. Contração dos vasos, aumentando a pressão 3. As plaquetas se agregam pois as células produzem proteínas que se ligam nas plaquetas 4. Produção de proteínas que se ligam a células do sistema imunológico Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 1 BIOQUÍMICA METABOLISMO • Conjunto de reações químicas no organismo • Bioenergética: estudo de fenômenos energéticos utilizando energia livre • Termodinâmica: estuda diferentes formas de energia e sua obtenção • ∆G<0: exotérmico, espontâneo, direto para formar mais produtos • ∆G>0: endotérmico, não espontâneo, direto para formar mais reagentes • ∆G=0: equilíbrio, produtos e reagentes constantes • A forma de energia que o organismo tem pra que as reações aconteçam são as moléculas, como o ATP • Anabolismo: - Vias sintetizantes que consomem energia - É endotérmico - É divergente: passa de uma molécula mais simples para sintetizar as mais complexas • Catabolismo: - Vias degradadoras que produzem energia - É exotérmico - É convergente • ATP: - Pode ser assimilado por várias reações químicas. - Base nitrogenada + açúcar = adenosina. - Quebra de fosfato gera energia - Hidrólise: quebra de ATP com Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 2 ajuda da água, que produz ADP - Para regenerar ATP precisa juntar ADP+Pi - O maior gasto de ATP ocorre no citoplasma - Pi: fosfato inorgânico - PPi: pirofosfato inorgânico - AMP + PPi: forma mais energética - O organismo praticamente não tem armazenamento de ATP • Moléculas que fornecem energia para formar ATP quando se juntam com ADP: fosfocreatina, PEP, 1,3- Bisfosfoglicerato • ATP se quebra, fosfato entra, após sua saída, entra o nitrogênio • Clivagem da ligação tiol- éster: acontece entre a coenzima A e acetil - Quando CoA sai, significa que a molécula foi quebrada • Processo de oxirredução pode gerar energia: o fluxo de elétrons é responsável pela maior parte do trabalhobiológico realizado pelos organismos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 3 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Ø Entre o lúmen e o sangue, há a célula epitelial que reveste a mucosa intestinal Ø A mucosa tem uma superfície altamente invaginada para aumentar a superfície de contato, absorvendo mais os alimentos Ø Há também a superfície basal que é voltada para a corrente sanguínea Ø Para ser transportada, a glicose precisa da ajuda de proteínas Ø A proteína permease, permite a entrada da glicose junto com o sódio Ø A glicose passa por um simporter (transportador) a favor do gradiente de concentração por difusão facilitada Ø GLUT: transportador de glicose Ø O transportador fica fechado para o lado do sangue e aberto para o lado interno da célula, a glicose entra, e o transportador fecha para o lado interno da célula e abre para o lado do sangue Ø A insulina dentro das vesículas deve ser liberada na corrente sanguínea para agir nas células Ø Glicose estimula a liberação de insulina pelo pâncreas da seguinte forma: 1. A glicose entra no pâncreas 2. A glicose é metabolizada e produz muito ATP 3. O excesso de ATP fecha os canais de potássio 4. Isso estimula a abertura dos canais de cálcio, permitindo a entrada do cálcio 5. O cálcio é importante para a reorganização do citoesqueleto que faz as Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 4 vesículas irem até a membrana, havendo a liberação da insulina na corrente sanguínea 6. Sem cálcio, não há migração das vesículas Ø GLUT 1: - É uma proteína ubíqua, ou seja, ela está presente em vários tipos de células, está amplamente distribuída - É uma proteína transmembrana Ø Cada tecido tem um tipo de GLUT Ø Insulina é produzida por células beta pancreáticas e age nas células onde há receptor (tirosina quinase) Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 5 Ø Ações da insulina em tecidos periféricos: - Captação de glicose - Captação de aminoácido - Aumenta a síntese de lipídeos: Acetil-CoA -> ácido graxo - Glicose -> glicogênio - Diminui a síntese de glicose: Piruvato -> glicose - Bomba de Na+ e K+ - Síntese proteica - Expressão genica - Síntese de DNA - Diminui a apoptose (morte programada da célula) Ø Vias de utilização da glicose: - Matriz extracelular e polissacarídeos da parede celular - Síntese de polímeros estruturais - Glicogênio, amido, sacarose - Armazenamento - Oxidação pelas vias das pentoses-fosfato - Oxidação por glicose - Ribose-5-fosfato (presente no DNA e no RNA) - Piruvato Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 6 GLICÓLISE Ø Ocorre no citoplasma das células Ø Via catabólica (oxidação) da glicose, gera energia Ø Ocorre em duas etapas: preparação e pagamento Ø Produção de: Piruvato, ATP e NADH ETAPA DE PREPARAÇÃO: 1. FOSFORILAÇÃO: - É irreversível - ∆G<0 - Consumo de ATP - Enzima: Hexoquinase - Substrato: glicose e ATP - Produto: ADP e glicose-6- fosfato 2. ISOMERIA: - Substrato: Glicose-6-fosfato - Produto: frutose-6-fosfato - É reversível - Enzima: Fosfohexose isomerase - ∆G>0 3. FOSFORILAÇÃO: - Fosforilação de um carbono - Fosfato se origina do ATP - Enzima: Fosfofrutoquinase 1 ou PFK1 - Substrato: frutose-6- fosfatase e ATP - Produto: frutose-1,6- bifosfatase e ADP - É irreversível - Gasto de ATP 4. REAÇÃO DE QUEBRA: - É reversível - Substrato: frutose-1,6- bifostase e ADP - Produto: Dihidroxicetona e Gliceroaldeído-3-fosfato - Enzima: Aldolase 5. ISOMERIZAÇÃO: - A partir desta reação, a via é sempre multiplicada por dois, pois tudo que acontece com um gliceraldeído-3- fosfato, acontece com o outro - Substrato: dihidroxicetona - Produto: gliceraldeído-3- fosfato - Enzima: triose fosfato isomerase Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 7 ETAPA DE PAGAMENTO: 6. FOSFORILAÇÃO: - Reação de oxirredução - É reversível - Substrato: gliceraldeído-3- fosfato - Produto: 1,3- bifosfatogliceraldeído e NADH+H - A enzima dessa reação (gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase) não tem capacidade de hidrolisar ATP, mas tem a capacidade de pegar um fosfato livre e ligar a molécula - Consumo de fosfato inorgânico (Pi) - Tem NAD como cofator 7. DESFOSFORILAÇÃO: - Enzima quinase: tira o fosfato e coloca no ADP, quando isso ocorre, o ADP vira ATP - Substrato: 1,3- bifosfatogliceraldeído e ADP - Produto: 3-fosfoglicerato e ATP - É reversível 8. OITAVA REAÇÃO: - Substrato: 3-fosfoglicerato - Produto: 2-fosfoglicerato - A enzima coloca um fosfato no carbono 2 e depois tira do 3 - BPG é intermediário - É reversível 9.DESIDRATAÇÃO: - É reversível - Substrato: 2-fosfoglicerato - Produto: fosfoenolpiruvato (PEP) 10.DESFOSFORILAÇÃO: - É irreversível - Substrato: fosfoenolpiruvato e ADP - Produto: piruvato e ATP - Enzima piruvatoquinase: retira fosfato e transfere para o ADP, virando ATP CONSIDERAÇÕES FINAIS DA GLICÓLISE: Ø Duas moléculas de NAD e NADH são produzidas Ø Nenhuma molécula de NADH é consumida Ø Foram produzidos 4 ATP’s Ø Saldo líquido de ATP: 2 Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 8 GLICÓLISE – REGULAÇÃO 1)Hexoquinase Ø A hexocinase transforma um composto de maior valor energético (glicose) em um de menor valor energético (glicose 6 fosfato). Ø Essa enzima possui uma inibição pelo seu próprio produto, ou seja, quando ocorre o excesso de glicose – 6 – fosfato a enzima fica inativa até que seu nível de produto reduza. Ø Quando esse excesso de glicose – 6 – fosfato está instaurado parte dessa molécula seguirá a via das pentoses, parte irá se transformar em glicogênio e outra parte seguirá a via glicolítica para produção de ATP. 3)Fosfofrutocinase Ø Essa enzima funciona baseada na quantidade disponível de Mg 2+ e é específica para frutose – 6 – fosfato. Ø Quando a relação ATP/ADP está alta a enzima diminui sua atividade e quando essa relação está baixa a enzima aumenta sua atividade. Ø Efetores positivos: AMP, ADP, Frutose – 2,6 – Bifosfato (Ativa a piruvato cinase para não acumular Fosfoenolpiruvato e isso facilitará a transformação do fosfoenol piruvato em piruvato). Ø Efetores negativos: Citrato e Isocitrato 10)Piruvato Cinase Ø [ATP] Alta – Afinidade da piruvato cinase pelo fosfoenol piruvato diminui e a velocidade da reação da via diminui também. Ø A enzima também é inibida por Acetil coA e ácidos graxos de cadeia longa que são combustíveis para o Ciclo de Krebs. Ø [ATP] Baixo – Afinidade da enzima pelo fosfoenol piruvato aumenta e isso faz com que a enzima transfira o fosfato do ADP- ATP. Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 9 Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 10 DESTINO CATABÓLICO DO PIRUVATO GLICÓLISE ANAERÓBICA Ø Produção de ATP na ausência de O2 Ø Pode ser chamada de Fermentação lática: - Transformação de glicose até lactato a partir do piruvato por meio de desidrogenação, ou seja, transferência de elétrons - Ocorre nos músculos quando eles estão em contração vigorosa - O excesso de lactato pode dissociar em ácido lático e prótons, deixando o meio ácido, desnaturando as proteínas - O lactato é metabolizado no fígado Ø Ocorre também nos eritrócitos, pois a hemácia não tem mitocôndria Ø Ocorre em alguns microrganismos que fazem fermentação alcoólica Ø Uma forma de manter a via glicolítica é oxidando o NADH ou regenerando o NAD+ que é usado na sexta reação da segunda etapa da glicólise Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte11 VIA ALTERNATIVA DE METABOLISMO DA GLICOSE: Ø É uma via que não produz energia Ø Ocorrência: - Tecidos produtores de ácidos graxos - Colesterol e hormônios esteroides como o fígado - Tecido adiposo - Glândulas mamárias - Córtex da suprarrenal Ø Produz: - NADPH: ajuda no combate a radicais livres e sintetização de ácidos graxos - Ribose-5-fosfato: via produtora de ácidos nucleicos - Açúcares fosforilados com número variável de átomos de carbono ATP/ADP Ø A grande presença de citrato ou ácido cítrico (inibidor alostérico da fosforilação da frutose-6- fosfato pela fosfofrutoquinase-1 na via glicolítica), causa o aumento do ciclo de Krebs, havendo muita produção de NADH e FADH2 Ø O excesso de ciclo de Krebs indica a produção de muito ATP, fazendo o citrato atravessar a membrana inibindo a fosfofrutoquinase- 1, não deixando acumular intermediário sem necessidade nas vias metabólicas O QUE ISSO QUER DIZER??? Se não armazenamos ATP e estamos produzindo muito, devemos diminuir a velocidade de reprodução de ATP, logo, tudo aquilo que leva a um aumento de ATP tende a inibir as enzimas Ø O que ativa essa enzima são moléculas que precisam de muita energia Ø Quando tem muito ADP e ATP diminui a atividade das vias, quando tem pouco, aumenta Ø O aumento de ATP faz a afinidade da piruvato quinase pelo fosfoenolpiruvato diminuir Ø A enzima é inibida pelo Acetil-CoA e por ácidos graxos de cadeia longa que são combustíveis para o ciclo de Krebs Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 12 CICLO DE KREBS Ø Ocorre na mitocôndria Ø Importância: - Produz coenzimas reduzidas e ATP - Reduz o acetil-CoA à água e CO2 - Os seus intermediários são utilizados em síntese de biomoléculas (glicose, aminoácidos, porfirina) REAÇÕES DO CICLO DE KREBS 1. REAÇÃO DE CONDENSAÇÃO Ø Há uma quebra da ligação tiol-éster que gera energia Ø Essa energia é usada para condensar Acetil-CoA e oxaloacetado, formando citrato Ø É irreversível Ø A coenzima A é liberada na mitocôndria podendo ser usada em outras reações químicas Ø A enzima dessa reação é a citrato sintase, que regula a velocidade do fluxo, podendo ser inibida ou ativada 2. ISOMERIZAÇÃO Ø É reversível Ø Quando se quer produzir energia a reação deve ir no sentido de formação de isocitrato Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 13 3. DESCARBOXILAÇÃO E DESIDROGENAÇÃO Ø É irreversível Ø Enzima complexo isocitrato desidrogenase onde transforma o isocitrato em alfa-cetoglutarato Ø Liberação de CO2, que pode ser usado por outras reações, mas pode ser eliminado pela expiração, decomposto em bicarbonato ou transportado pela hemoglobina Ø NAD vira NADH e NADH+ 4. DESCARBOXILAÇÃO Ø Alfa-cetoglutarato se transforma em Succinil-CoA Ø É irreversível Ø Enzima: complexo alfa cetoglutarato desidrogenase Ø O hidrogênio vai para o NAD para formar NADH, que vai para a cadeia respiratória, para produzir ATP 5. SÍNTESE DE ATP Ø Succinil-CoA é transformado em succinato, rompendo a ligação tio éster Ø Juntou-se com a energia da quebra da ligação tio éster GDP com Pi formando GTP, que é considerado ATP Ø É reversível 6. Ø Succinato gera mais uma molécula de quatro carbonos chamada de fumarato Ø Enzima succinase desidrogenase Ø 2 elétrons estão sendo removidos formando FADH2 que vai para a cadeia respiratória Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 14 7. ENTRADA DE ÁGUA Ø HIdratação do fumarato formando malato 8. Ø Malato é oxidado regenerando o oxaloloacetato Ø Uma nova molécula de NAD+ é reduzida para NADH INTERMEDIÁRIOS DO CICLO DE KREBS Ø O citrato é usado pra formar ácidos graxos Ø O alfa-cetoglutarato pode ser usado para formar glutamato, prolina e arginina, além das bases púricas (A e G) Ø Succinil-CoA pode formar o grupamento heme Ø OXALACETATO: • Pode formar aspartato e asparagina, além das bases pirimídicas • Usado pra formar fosfoenolpiruvato que é usado pra formar glicose • Se ele for retirado, o ciclo não ocorre • Para que não falte oxalacetato, há reações que o regeneram (setas vermelhas), chamadas reações anapleróticas, sendo a reação mais eficiente a que transforma piruvato em oxalacetato (primeira reação do quadro) que ocorre no fígado e nos rins pois ele é desviado para sintetizar glicose • O oxalacetato pode vir de outras vias metabólicas Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 15 Ciclo de Krebs – REGULAÇÃO Citrato Sintase Ativada: Alostericamente por Ca 2+ e ADP Inibida: ATP, NADH, Succinil coA e derivados do Acetil coA Complexo Isocitrato Desidrogenase Ativada: Alostericamente por Ca 2+ e ADP Inibida: ATP e NADH Complexo α – cetoglutarato desidrogenase Inibida: ATP, GTP, NADH e Succinil coA Ativada: Ca 2+ Não é regulado por reações de fosforilação Complexo piruvato desidrogenase Pertence a reação intermediária de oxidação do piruvato em Acetil coA, ou seja, não pertence propriamente ao Ciclo de Krebs. Inibida: ATP, Acetil coA e NADH Ativada: AMP, NAD + e Ca 2+ Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 16 Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 17 CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA TRANSPORTADORES DE ELÉTRONS Ø Ubiquinona ou coenzima Q: - Doa elétrons para o radical livre, estabilizando-o - É lipossolúvel e por isso está na camada lipídica Ø Citocromos: Tem em comum o grupo heme que não é capaz de transportar oxigênio, pois ele não tem a conformação adequada para que o oxigênio possa se ligar, mas tem o Ferro, que se liga muito bem a elétrons Ø Flavina: O anel de flavina comporta 2 elétrons. FMN é a forma oxidada e FMNH2 é a forma reduzida Ø Proteínas ferro-enxofre: tem cisteína ligadas ao átomo de Ferro que é transportador de elétrons Ø Proteínas com núcleo de cobre: o cobre é um bom condutor de elétrons Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 18 CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Erro! Os transportadores estão organizados de acordo com o potencial de óxido redução Complexo 1: - NADH-desidrogenase - Possui 45 proteínas - Grupo prostético: Flavina e proteínas ferro-enxofre Complexo 2: - Succinato-desidrogenase - 4 proteínas - Grupo prostético: FAD e proteínas ferro-enxofre Complexo 3: - Ubiquinona: citocromo oxirredutase - 11 proteínas - Grupo prostético: citocromo e proteínas ferro-enxofre Complexo 4: - Citocromo-oxidase - 13 proteínas - Grupo prostético: citocromo e proteínas com núcleo de cobre Complexos associados a proteínas: transportadores de elétrons Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 19 A membrana é polarizada, é positiva internamente e negativa externamente A membrana interna é levemente ácida O oxigênio deve ser reduzido a água no complexo 4, quando ele recebe elétrons e prótons O elétron deve sair do NADH e do FADH2 e chegar ao complexo 4 Se o oxigênio encontrar com um elétron nos complexos 1,2 e 3, ele se torna um radical livre, pois a quantidade de elétrons que chega, não é capaz de ser transformado em água, por isso é ideal que o oxigênio se encontre com os elétrons apenas no complexo 4 A entrada de NADH na cadeia respiratória de elétrons acontece sempre pelo complexo 1 A medida que os elétrons vão sendo transportados, é gerada uma diferença de potencial, uma DDP, e essa energia é usada para bombear prótons da matriz parao espaço intramembranar Isso ocorre contra um gradiente de concentração porque o espaço intramembranar é rico em prótons O bombeamento de prótons é chamado de gradiente de prótons ou bomba de prótons Esse bombeamento é a energia suficiente para que se consiga bombear 4 prótons para o espaço intramembranar A entrada dos elétrons no FADH2 é pelo complexo 2. O FADH2 é uma proteína periférica, então o elétron não atravessa a bicamada e a quantidade de energia gerada pela DDP é muito pequena insuficiente para bombear os prótons da matriz para o espaço intramembranar. Então eles permanecem na matriz mitocondrial. Por isso não tem gradiente de prótons no complexo 2. 1 FADH2 é capaz de gerar 1,5 mol de ATP Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 20 Para chegar ao complexo 3 a Ubiquinona, por ser lipossolúvel, transporta o elétron Chegando dentro do complexo 3 há transportadores de elétrons Quando esse elétron transita no complexo 3 gera uma nova DDP, e mais prótons são bombeados para o espaço intramembranar (que nesse caso também são 4) Esse elétron tem que ser transportado para o complexo 4 onde ele vai encontrar com o oxigênio é que se gere, só que nesse complexo não tem ubiquinona, então nesse caso existe um citocromo, que é uma proteína hidrossolúvel, que levará o elétron para o complexo 4 Chegando no complexo 4 o elétron vai transitar pelos transportadores até chegar no oxigênio, que vai gerar uma DDP suficiente para bombear 2 prótons pro espaço intramembranar Para que o oxigênio possa ser transformado em água ele vai precisar de 2 prótons Esses prótons existem na matriz, então o elétron vai se associar a 2 prótons formando água São necessários 2 elétrons mais 2 prótons para formar uma água Se fosse uma molécula de oxigênio inteira, seriam necessários 4 prótons, mais 4 elétrons, formando 2 moléculas de água Cada um dos complexos (1,2 e 4) formou um gradiente de prótons Esses prótons não atravessam a bicamada lipídica, mas existe uma proteína chamada de ATP sintase constituída de 2 subunidades: uma subunidade FO e uma unidade F1 A subunidade FO permite o retorno dos prótons para a matriz. Quando esses prótons retornam eles liberam energia Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 21 A subunidade dessa proteína (F1) é uma subunidade catalítica que tem a capacidade de juntar ADP e Pi para formar ATP Para juntar ADP e Pi ela precisa de energia. Energia essa que vem do retorno dos prótons para a matriz Essa síntese de ATP é chamada de FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA por que eu preciso gerar oxidação do NADH e H+ (que vai virar NADH+) para gerar energia para que eu possa fosforilar o ADP e formar ATP Quando 10 prótons retornam a matriz pela ATP sintase, é o suficiente para sintetizar 2 e meio mol ATP A transferência de elétrons do NADH para oxigênio, consegue bombear 10 prótons para o espaço intramembranar (daí que vem a ideia de que um NADH gera energia para formar 2 e meio mol de ATP) Cada NADH da mitocôndria produz 2 e meio mol de ATP, fazendo com que o total sejam 20 e com mais 4, finaliza-se com 24 ATP’s TRANSPORTES DE EQUIVALENTES DE REDUTORES DO NADH CITOPLASMÁTICO PARA A MITOCÔNDRIA: LANÇADEIRA DO MALATO-ASPARTATO Erro! Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 22 É necessário oxidar o NADH permitindo que a via glicolítica aconteça É possível oxidar o NADH de duas formas, uma forma anaeróbica (fermentação) em uma forma aeróbica Essas moléculas atravessam a membrana externa da mitocôndria mas não atravessam a interna Se o NADH não estiver na matriz não tem como transportar elétrons pela cadeia respiratória, fazendo com que ele tenha que atravessar O organismo vai fazer com que os elétrons contidos nessa molécula possam atravessar a membrana. Sendo esses elétrons chamados de equivalentes redutores (por que eles têm a capacidade de reduzir) Existem 2 formas destes elétrons do NADH citoplasmático atravessarem. Essas formas são chamadas de lançadeiras A lançadeira do malato- aspartato é um conjunto de reações que transporta os equivalentes de redução produzidos no citosol durante a glicólise ao interior da mitocôndria O NADH e o H+ atravessam a membrana externa da mitocôndria A matriz tem muito NAD+ pois todo NADH cujos elétrons foram transferidos para a cadeia respiratória ficaram oxidados A enzima malato desidrogenase reduz o oxalacetato em malato Existe uma proteína na membrana que permite a passagem do malato, e então ele vai para a matriz Depois a enzima devolve os elétrons do NAD+ que estavam na mitocôndria, fazendo com o que o NAD+ vire NADH+, que vai para o complexo 1, 3 e 4. Formando 2,5 de ATP A geração de 32 ATP ocorre no fígado, no coração e nos rins que é onde essa lançadeira acontece Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 23 Nos outros tecidos como no cérebro e músculo esquelético, a lançadeira vai ser diferente Quando o malato perdeu os seus elétrons, ele virou oxalacetato, que é o mesmo do ciclo de Krebs Por não atravessar a membrana, ele acaba virando um aminoácido Para virar aminoácido ele tem que receber nitrogênio, que vai vir de outro aminoácido (Glutamato) Existe uma proteína na membrana no qual o Aspartato atravessa, e ele devolve o nitrogênio para o Glutamato. E então ele volta a ser oxalacetato, e o ciclo continua Os intermediários do ciclo de Krebs podem participar de várias outras vias, não é exclusivo TRANSPORTES DE EQUIVALENTES REDUTORES DO NADH CITOPLASMÁTICO PARA A MITOCÔNDRIA: LANÇADEIRA DO GLICEROL FOSFATO Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 24 Essa lançadeira acontece principalmente no cérebro e no músculo esquelético, e é chamada de Glicerol Fosfato O NADH no topo da imagem está lá no citoplasma No citoplasma existe uma enzima chamada glicerol-3- fosfato desidrogenase que vai tirar os elétrons do NADH+H+ e vai doar para a dihidroxiacetona fosfato Então a dihidroxicetona fosfato vai ser reduzida a glicerol-3-fosfato A molécula glicerol-3-fosfato vai pro espaço intramembranar e lá encontra uma enzima, que é uma proteína periférica e que está voltada pro lado entre as duas membranas Essa enzima também se chama glicerol-3-fosfato desidrogenase, só que como ela está na mitocôndria ela tem um FAD como cofator O substrato dessa enzima é o glicerol-3-fosfato Essa enzima vai doar os elétrons para o FAD que vai virar FADH2, e o glicerol 3 fosfato vai voltar a ser o dihidroxicetona fosfato que volta para a via glicolítica Nessa lançadeira os elétrons do NADH que estão marcados em rosa estão no FADH2 dessa enzima Antes tinham 27 ATP’s. Se aqui está considerando os elétrons do NADH entrando como FAD, haverá formação de um e meio. Formando 3. 27+3=30 ATP’s até agora Por que logo o cérebro e o músculo esquelético que gastam mais ATP, produzem menos? Resposta: porque as moléculas que participam da primeira lançadeira, tem outras finalidades nesses tecidos e eles gastam mais justamente por produzir menos A maior concentração de ATP é produzida na matriz mitocondrial, porque tem 8 NADH na matriz, 2 FADH2, mais o NADH que veio do citoplasma. Tendo no final 10 NADH e 2 FADH2 Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 25 No citosol há muita necessidade de ATP, o que significa que o ATP produzido tem que vir para o citoplasma. Quando ele é usado, ele é quebrado em ATP e Pi ou ADP, o que significa que tem que devolver para matriz ADP e Pi para formar mais ATP Existemtranslocadores de fosfato em que cada ATP que sai entra um ADP O Pi passa por outra translocase que é específica para Pi, e entra junto com o próton O ATP tem 4 cargas negativas, se as 4 cargas negativas saírem, 4 tem que entrar. 3 do ADP e uma do Pi. A carga é mantida para não alterar o potencial de membrana Quem regula o processo é a necessidade da síntese de ATP Se há uma alta relação entre ATP/ADP significa que não precisa produzir muito ATP. Então a velocidade do transporte de elétrons diminui, acumulando NADH O NADH é inibidor do ciclo de Krebs, que inibe também o complexo piruvato desidrogenase, e quando se inibe a velocidade, vai acumular citrato O citrato é inibidor de algumas vias glicolíticas E se há diminuição na velocidade da cadeia respiratória, vai diminuir tudo que vem antes, diminuindo automaticamente a síntese de ATP Isso prova que a cadeia de transporte de elétrons está acoplada a síntese de ATP, assim como a síntese de ATP está acoplada a cadeia de transporte de elétrons Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 26 Se há inibição do complexo 1, a célula produz pouca energia Se há inibição do complexo 2, nada ocorre Se há inibição do complexo 3, a célula produz ainda menos energia do que quando se inibe o complexo 1 Se há inibição do complexo 4, a célula morre pois não consegue usar o oxigênio, gerando um acúmulo excessivo que formará radicais livres e matará a célula Existem inibidores farmacológicos e existem inibidores por deficiência de vitamina A vitamina B2 é importante porque faz parte da Flavina que está presente principalmente no complexo 1. Por esse motivo uma deficiência na vitamina B2 vai trazer prejuízo na síntese a ATP O monóxido além de impedir a interação do oxigênio pela hemoglobina, também impede a transformação do oxigênio em água, e isso acaba sendo um dos maiores problemas na morte por intoxicação por monóxido de carbono Pode haver uma deficiência no transporte por falta de ferro e cobre, que vai gerar anemia e uma produção de energia menor Há alguns antibióticos que impedem o retorno dos prótons a matriz pois inibem a subunidade FO. Isso acaba invertendo o potencial da membrana e essa cadeia respiratória para de funcionar O tecido adiposo multilocular é conhecido também como gordura marrom ou parda, essa gordura tem uma proteína que é chamada de termogenina que permite o retorno de prótons para a matriz, sem passar pela ATP sintase. Quando esses prótons Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 27 retornam, eles liberam energia que é dissipada na forma de calor A importância dessa proteína para o recém nascido é que ela impede a ocorrência de hipotermia GLICONEOGÊNESE Ø Síntese de glicose a partir de compostos não glicídicos Ø Os principais substratos são: lactato, glicerol, a cadeia carbônica dos aminoácidos (somente lisina e leucina não podem virar glicose), oxalacetato e dihidroxicetona fosfato Ø Os principais substratos são transformados em piruvato Ø A síntese acontece no fígado e em menos extensão na córtex renal Ø A síntese é feita quando: - Há excesso de piruvato ou ATP - Baixa concentração de glicose no sangue - Alta concentração de lactato (o lactato produzido nos músculos é transportado para o fígado onde ele vira glicose) Ø Tecidos que precisam de um suprimento contínuo de glicose: - Cérebro - Hemácias - Medula renal - Cristalino e córnea ocular - Testículos e músculo em exercício Ø Nas reações irreversíveis, deve haver troca de enzimas Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 28 MAPA METABÓLICO ALANINA Ø A alanina transporta o grupo amino do músculo para o fígado, não permitindo que ele vire amônia Ø 2 alaninas são transformadas em 2 piruvatos Ø O nitrogênio em sua estrutura vai para o ciclo da ureia Ø Essa reação acontece no fígado Ø A enzima dessa reação avalia a função hepática (alanina-amino-transferase) OXALACETATO Ø O piruvato entra na mitocôndria e através da Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 29 reação anaplerótica o piruvato é transformado em oxalacetato – 2 ATP’s e 2 CO2 (É irreversível) Ø Houve quebra de ATP, mas não houve fosforilação, fazendo com que o produto da reação seja ADP e Pi Ø A enzima piruvato carboxilase regula a via da gliconeogênese Ø A enzima fosfoenol- piruvato-carboxinato- citosólica que está dentro da mitocôndria transforma oxalacetato em fosfoenol piruvato (Fora da mitocôndria essa enzima consegue transformar oxalacetato em fosfoenol piruvato direto) Ø Dentro da mitocôndria o oxalacetato será reduzido a malato de forma irreversível, consumindo NADH e saindo NAD+ Ø O malato vai para o citoplasma e virará oxalacetato novamente, produzindo NADH Ø No citoplasma o oxalacetato será transformado em fosfoenol piruvato – consumo de 1 ATP e saída de CO2 Ø O fosfato vem do ADP Ø De piruvato para oxalacetato vai haver saída de CO2 e vai ter entrada de Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 30 ATP (tudo isso multiplicado por 2) Ø 2 moléculas de Fosfoenolpiruvato serão transformadas em 2 moléculas de Fosfoglicerato Ø Depois 2 moléculas de Fosfoglicerato serão transformadas em 2 moléculas de 3-fosfoglicerato Ø 3 fosfoglicerato virará 1-3- bifosfoglicerato que possui um fosfato a mais que vem do ATP – consumo de 2 ATP’s Ø Haverá saída apenas de ADP Ø 1-3-bifosfolicerato vai virar gliceraldeído trifosfato (reversível) com consumo de NADH e liberação Pi Ø Uma dihidroxicetona fosfato e um gliceraldeido fosfato vão formar uma molécula de frutose 1-6- bifosfato Ø Frutose-1-6- bifosfato para frutose-1,6-fosfato vai gerar perda de um fosfato Ø Frutose-6-fosfato vai virar glicose-6-fosfato Ø Glicose-6-fosfato vai virar glicose Ø A enzima glicose-6- fosfatase vai inserir água e vai remover o fosfato na forma de fosfato inorgânico Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 31 Ø Essa enzima só existe no fígado e no córtex renal, por isso a gliconeogênese só ocorre nesses locais Ø Quando o substrato é alanina o NADH tem que ser produzido no citoplasma Ø Quando lactato vira piruvato o NADH já está presente no citoplasma. Mas quando o substrato é a alanina ou diretamente o piruvato é preciso tirar o NADH da matriz e levar para o citoplasma Ø O que vai determinar se a enzima funcional vai ser a enzima mitocondrial ou a citoplasmática é a concentração de NADH no citoplasma Ø Triacilglicerol tem um glicerol e 3 ácidos graxos Ø Quando a glicose está em baixas concentrações no sangue há o acionamento do glucagon, que é um hormônio que estimula a gliconeogênese e a insulina Ø É preciso 2 moléculas de glicerol para formar uma glicose Ø Somente o fígado tem a capacidade de metabolizar o glicerol pois ele tem uma enzima que transforma glicerol em 3-fosfoglicerol, que se chama glicerol-quinase Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 32 REGULAÇÃO DA GLICONEOGÊNESE METABOLISMO DO GLICOGÊNIO Ø O metabolismo do glicogênio é coordenado pela glicemia sanguínea Ø Alfa 1,4 são as partes não ramificadas da cadeia Ø Glicogênio tem mais extremidades não redutoras do que redutoras Qual a vantagem disso? Ø A vantagem de se ter mais extremidades não redutoras é que as enzimas que vão iniciar a degradação do glicogênio agem nelas Ø A ação dessas enzimas nas extremidades não redutoras significa que haverá degradação ocorrendo em vários locais diferentes ao mesmotempo Ø A degradação ocorrendo em vários locais a torna uma degradação muito rápida, o que é importante para a manutenção da glicemia, mantendo as taxas de glicose no sangue ideais, evitando desmaios por exemplo Ø No fígado há o GLUT 2 que tem baixa afinidade pela glicose, então para que ela possa entrar na célula, ela deve estar em altas quantidades, e então é usada para sintetizar glicogênio Ø Nos músculos há o GLUT 4, que para entrar na membrana depende da sinalização da insulina Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 33 Ø Quando há hiperglicemia: 1- A insulina se liga ao receptor do músculo 2- Isso faz com que o GLUT migre para a membrana 3- Com isso a glicose entra para a célula sendo usada como fonte de energia e seu excesso vire glicogênio Ø Em estado de hipoglicemia: 1- Haverá liberação de glucagon 2- O glucagon se ligará ao seu receptor no fígado 3- Isso vai estimular o receptor acoplado a proteína G 4- Estimulando o receptor haverá aumento de AMPcíclico (segundo mensageiro) que estimulará a degradação do glicogênio Ø Quando há degradação de glicogênio no fígado, há correção da glicemia Ø O hormônio adrenalina ou epinefrina que é produzido pela adrenal, também é um estimulador do metabolismo Ø O fígado tem receptores alfa e beta-adrenergético para adrenalina Ø Os músculos tem receptor beta-adrenergético para adrenalina Ø Quando a adrenalina se liga ao receptor beta- adrenergético, há aumento de AMPcíclico, e no alfa, estimula liberação de cálcio. Ambos são segundos mensageiros GLICOGENÓLISE Ø Quebra de glicogênio Ø A enzima que age na extremidade não redutora é chamada glicogênio fosforilase Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 34 Ø Ela quebra a ligação alfa 1,4 e ao mesmo tempo insere um grupo fosfato na molécula de glicose liberada na extremidade não redutora) Ø A enzima gligogênio- fosforilase quebra as moléculas das extremidades não redutoras (em rosa) com consumo de 8 moléculas de Pi e formação de 8 moléculas de glicose-1-fosfato Ø Quando há 4 moléculas de glicose antes do ponto de ramificação, a glicogênio- fosforilase para de funcionar Ø A enzima desramificadora é composta por uma subunidade que transfere as moléculas (em azul, na segunda coluna) para a parte de baixo Ø A enzima alfa-1,6- glicosidase quebra a ligação alfa 1,6, formando glicose-1- fosfato Ø O excesso de glicose-1- fosfato produzido vai ser transformado em glicose-6- fosfato (isomeria) GLICOGÊNESE Ø Síntese de glicose Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 35 Ø Ao entrar na célula a glicose é fosforilada pela enzima hexoquinase para que ela não seja liberada na célula pois moléculas fosforiladas não atravessam facilmente a membrana – Isso ocorre com consumo de ATP Ø Glicose-6-fosfato é isomerizada a glicose-1- fosfato Ø A enzima que sintetiza glicogênio (glicogênio sintase) só reconhece moléculas de glicose que estão ativadas Ø Para ativar a glicose, deve- se liga-la a uma molécula de UDP Ø UDP glicose: doador de glicose na biossíntese do glicogênio a partir da enzima UDP-glicose-fosforilase Ø A ligação de glicose com UDP é feita quando a enzima UDP-glucose-pifosforilase faz catalisação. Essa enzima tem como substrato a glicose-1- fosfato Ø Glicogênio sintase quebra a ligação entre UDP e glicose (gera energia), ligando a glicose na extremidade não redutora do glicogênio, fazendo com que seja necessário ramifica-lo Ø A enzima ramificadora quebra uma ligação alfa 1,4 e cria uma ligação alfa 1,6 Ø A glicemia regula o glicogênio hepático Fosfoglicomutase Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 36 Ø A diferença dos estados em que a enzima se encontra é que sua forma ativada é fosforilada Ø Modificação covalente: ativar e inativar fosfatos Ø O receptor para adrenalida e glucagon são muito semelhantes e é um receptor metabotrópico, associado a proteína G Ø A proteína G é assim chamada pois tem a capacidade de se ligar a nucleotídeo de guanidina como o GDP e o GTP Ø Quando está inativada, ela está associada ao GDP, que se associa a subunidade alfa Ø A proteína G é trimérica, possuindo as subunidades alfa, beta e gama Ø No estado inativado as 3 unidades se encontram associadas Ø Quando há uma mudança conformacional no receptor a proteína G libera o GTP, fazendo com que o GDP se liga e a subunidade alfase dissocie Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 37 Ø A proteína G é capaz de ativar adenilil ciclase até o momento em que ela tem uma atividade intrínseca e quebra o GTP, liberando fosfato inorgânico, fazendo com que o GDP fique associado a ela Ø Quando está ligada ao GDP, tem alta afinidade pela subunidade beta-gama, voltando ao seu estado inicial Ø POR QUE AMP ATIVA A DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO?: Pois quando se tem muito AMP, há pouco ATP. Logo, AMP irá degradar o glicogênio para produzir mais glicose e consequentemente ATP Ø Essa relação (AMP e glicose) não ocorre no fígado, pois ele é responsável por manter a glicemia, e quem inibe a alta degradação de glicogênio é a alta de glicose Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 38 LIPÓLISE Ø A classe de lipídios que mais ingerimos são os triglicerídeos, que são muito grandes para atravessarem a membrana. Logo, sua passagem ocorre da seguinte forma: 1- Quando nos alimentamos, há no estômago uma mistura de água. A tendência dos lipídeos é de aglomerar nesse meio aquoso 2- Para facilitar a degradação dos lipídeos, é lançado no intestino sais biliares que emulsificam a gordura, formando pequenas micelas 3- Com isso, há um acesso maior aos lipídeos e as Lipases conseguem degradar o triacilglicerol 4- As Lipases quebram o triacilglicerol em ácidos graxos e monoacilglicerol 5- Assim eles conseguem atravessar e vão para a Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 39 corrente sanguínea através dos quilomícrons que transporta lipídios vindo da dieta Ø No tecido adiposo por exemplo, há armazenamento de triacilglicerol, para que ele entre nos vasos ele deve ser quebrado Ø Nos capilares há uma lipase lipoproteica, que é ativada pela apoC-2 do quilomícron, quebrando tracilglicerol em ácidos graxos e monoacilglicerol Ø O triacil vai ser armazenado no adipócito ou pode ser oxidado para gerar energia Ø É necessário quebrar o lipídio de reserva quando houver baixa energia/glicose ou em situações de emergência (adrenalina) Ø A triacilglicerol lipase é sensível a hormônio, ou seja, ela fica muito ativa na ligação do hormônio ao receptor Ø Glicerol e ácidos graxos vão para a corrente gerar energia, por exemplo, para o fígado e para os músculos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 40 Ø O ácido graxo deve ser ativado para ser metabolizado Ø A ativação dos ácidos consume de 2 ATP’s Ø O ácido graxo é metabolizado na matriz mitocondrial e só pode ser metabolizado ligado a coenzima A Ø A carnitina-acil-transferase 1 tira a coenzima A e coloca a carnitina no lugar Ø Após a adição da carnitina, ela passa pela membrana interna junto com o ácido graxo Ø Para atravessar a membrana interna é necessário o aminoácido L- Carnitina Ø A enzima carnitina-acil- transferase 2 tira a carnitina e coloca uma coenzima A no lugar BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS Ø Ocorre na matriz mitocondrialØ Transformam o acil-coA em acetil-coA com a produção de FADH2 e NADH Ø Quebra do ácido graxo até que se torne acetil-coA Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 41 REAÇÃO 1: OXIDAÇÃO Ø Forma a dupla do tipo trans alfa-beta-enoyl-CoA Ø Com a oxidação há formação de uma molécula de FADH2 REAÇÃO 2: HIDRATAÇÃO Ø Uma enzima insere água e hidrata o carbono alfa e o carbono beta Ø Alfa-beta-enoyil-CoA torna-se Beta-hidroxiacil-CoA REAÇÃO 3: OXIDAÇÃO Ø Tira-se 2 elétrons do carbono beta (uma enzima que tem o NAD como cofator é quem faz isso) Ø Produção de NADH+H+ Ø O carbono beta vira uma carbonila Ø Beta-hidroxiacil-CoA torna- se Beta-cetoacil-CoA Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 42 REAÇÃO 4: OXIDAÇÃO Ø A thiolase quebra a ligação e insere a coenzima A Ø Beta-Cetoacetil-CoA torna- se Acil-CoA Ø A coenzima A esta reduzida, então o hidrogênio sai do CoA-SH e forma Acetyl-CoA Ø A cada dois carbonos, é formado 1 acetyl-CoA, quando se tem 4, formam-se 2 acetyl-CoA Ø Um dos produtos da degradação de ácidos graxos de número ímpar pode ser utilizado para sintetizar glicose em seres humanos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 43 Ø Os peroxissimos são importantes pois quando o ácido graxo tem uma cadeia longa ele passa primeiro pelo peroxissomo e depois vai para a mitocôndria Ø O destino final do FADH2 nos peroxissomos não é a cadeia respiratória Ø Como nos peroxissomos o FADH2 tem um trajeto diferente, ele acaba sendo usado para formar peróxido de hidrogênio (H2O2), que é um radical livre prejudicial para a célula Ø O peroxissomo possui a catalase, que é uma enzima que tem como função decompor o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio Ø Em cadeias muito longas, os peroxissomos produzem menos energia pois deixam de produzir 1,5 mol de ATP CORPOS CETÔNICOS Ø São formados: - Pelo excesso de Acetil-CoA - No fígado (não tem enzima para metaboliza-los então são exportados para a corrente sanguínea) Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 44 Ø São 3: Ø A reação que forma a acetona é irreversível pois ela é muito volátil Ø Pacientes com diabetes tipo 1 tem hálito cetônico quando não esta fazendo o tratamento de forma adequada, sendo uma forma de os médicos saberem se o paciente está descompensado Ø O problema dos corpos cetônicos é o excesso de Acetil-CoA Ø A característica química do Acetoacetato e do beta- hidroxibutirato é o ácido carboxilíco, por isso podem gerar quadros de ceto acidose (excesso de corpos cetônicos) que pode ser irreversíveis levando os pacientes a óbito Ø Acetoacetato e Beta- hidroxibutirato são eliminados na urina Ø Uma forma de quantificar os corpos cetônicos é ver em qual quantidade eles estão na urina. Se estiverem em altas quantidades, significa que estão em altas quantidades na corrente sanguínea também (Cetonúria: excesso de corpos cetônicos na urina) Ø Degradação de corpos cetonicos: Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 45 LIPOGÊNESE Ø A síntese de lipídios ocorre: - A partir de carboidratos e excesso de proteínas na dieta - No citosol - Quando a relação ATP/ADP é alta Ø Ácidos graxos são sintetizados a partir de acetil-CoA formando na mitocôndria Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 46 Ø Para a síntese de ácidos graxos são necessários: - Acetil-CoA e malonil-CoA como doadores de carbonos - NADPH como agente redutor - ATP Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 47 PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS LIPÍDIOS Ø As longas cadeias de carbono dos ácidos graxos são construídas por uma sequencia de repetitivas em 4 etapas (depois da formação do malonil-CoA), catalisadas por um sistema conhecido como ácido-graxo-sintase Ø Um grupamento acila saturado, produzido em cada série de reações de 4 etapas, torna-se o substrato da condensação subsequente com um grupo malonila ativado FORMAÇÃO DA MALONIL-CoA Ø A formação da malonil-CoA a partir de acetil-CoA é um processo irreversível catalisado pela enzima acetil- CoA-carboxilase Ø Essa enzima contem um grupo prostético, a biotina, que é importante para o desenvolvimento das seguintes reações: 1- Um grupo carboxil derivado do bicarbonato é transferido para a biotina em uma reação dependente de ATP 2- O grupo biotina age como transportador temporário de CO2 transferindo-o para acetil-CoA e gerando malonil-CoA ETAPA 1: CONDENSAÇÃO Ø Envolve os grupos acetila e malonila ativados formando acetoacetil-ACP Ø Uma molécula de CO2 é produzida Ø O CO2 formado nessa reação é o mesmo carbono originalmente introduzido na malonil-CoA a partir do bicarbonato na reação que leva a sua produção Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 48 ETAPA 2: REDUÇÃO DO GRUPO CARBONILA Ø A acetoacetil-ACP formada na etapa de condensação sofre redução do grupo carbonil em C-3 formando a D-Beta-hidroxibutiril-ACP Ø Essa reação é catalisada pela enzima Beta-cetoacil- ACP-redutase Ø O doador de elétrons é o NADPH REAÇÃO 3: DESIDRATAÇÃO Ø Os elementos da água são removidos dos carbonos C-2 e C-3 da D-Beta-hidroxibutiril- ACP Ø A enzima que catalisa essa desidratação é a beta- hidroxiacil-ACP-desidratase REAÇÃO 4: REDUÇÃO DA LIGAÇÃO DUPLA Ø A ligação dupla da trans- butenoil-ACP é reduzida (saturada) formando butiril- ACP pela ação da enzima enoil-ACP-redutase Ø NADPH é o doador de elétrons Ø As reações podem ser repetidas muitas vezes, aumentando mais a cadeia de ácidos graxos Ø Posteriormente, os ácidos graxos reagem com o glicerol formando os triglicerídeos e, então, a lipogênese estará completa Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 49 SÍNTESE DE COLESTEROL Ø A estrutura do colesterol sugere uma via biossintética complexa, porem, todos os seus átomos de carbono são fornecidos por um único precursor, o acetato Ø A formação do colesterol é realizada a partir do acetil- CoA, mas o seu esquema de montagem é muito diferente da dos ácidos graxos de cadeia longa Ø A montagem é feita em 4 etapas: 1- Condensação de 3 unidades de acetato, formando um intermediário de 6 carbonos (mevalonato) 2- Conversão do mevalonato em unidades de isopreno ativadas 3- Polimerização das seis unidades de isopreno com 5 carbonos, formando o esqualeno linear, com 30 carbonos 4- Ciclizaçao do esqualeno para formar os 4 anéis do núcleo esteroide, com uma serie de mudanças adicionais (oxidações, remoção ou migração de grupos metil) para produzir colesterol REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE COLESTEROL Ø Uma das enzimas mais importantes no processo de regulação é a HMG-CoA redutase (regulada por insulina e glucagon) Ø A insulina promove a desfosforilação (ativação) da HMG-CoA redutase e o glucagon promove sua fosforilação (inativação) Ø Grande parte dos fármacos mais utilizados atualmente para o controle dos níveis de colesterol age inibindo essa enzima e, consequentemente, diminuindo a síntese de colesterol no organismo Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 50 METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS E CICLO DA UREIA Ø A degradação proteica é feita pelos lisossomos nas proteínas de membrana, extracelulares e de meia-vida longa Ø As proteínas citoplasmáticas devem ser marcadas se ligando a proteína ubiquitina, pois se não forem, a célula não irá saber se ela deveser mantida ou degradada Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 51 Ø Mecanismo de absorção dos aminoácidos: 1- Os aminoácidos passam para a célula em um cotransporte com sódio 2- Os tri e dipeptídeos passam em um cotransporte com prótons 3- Os aminoácidos passam para o sangue através de difusão facilitada Ø Excreção de grupamentos amino: ureia, ácido úrico e amônia Ø A amônia é extremamente tóxica Ø Humanos secretam nitrogênio dos aminoácidos e das pirimidinas através da ureia Ø O ácido úrico é produzido a partir das purinas Ø Para metabolizar o aminoácido é preciso separar os grupamentos de cadeia carbônica e o grupamento amino Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 52 Ø O grupamento amino ao ser separado, não pode ficar livre, pois ele virará amônia, que é tóxica Ø A transaminases é dependente da vitamina B6 Ø A transminases transferem o grupamento amino para uma molécula de alfa- cetoglutarato Ø Ao receber o grupamento amino, o alfa-cetoglutarato se transforma em glutamato Ø A cadeia carbônica do aminoácido é chamada de alfa-cetoácido, que pode ser um intermediário do ciclo de Krebs Ø Alguns aminoácidos podem sofrer desaminação direta: serina e treonina TRANSPORTE DE AMÔNIA DOS TECIDOS EXTRA- HEPÁTICOS PARA O FÍGADO Ø O glutamato é um aminoácido importante para a formação de urina no fígado, Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 53 mas na corrente sanguínea, pode gerar acidose Ø Glutamina sintetase: pega amônia livre originada da desaminação de alguns aminoácidos e forma Glutamina Ø A glutamina por ser polar e neutra, pode passar livremente pela corrente sanguínea e ir até o fígado Ø No fígado, a glutamina pode doar nitrogênio para a formação de ureia TRANSPORTE DE AMÔNIA DO MÚSCULO PARA O FÍGADO Ø A enzima alanina-amino- transferase transfere o grupamento amino pro piruvato Ø O piruvato ao receber o grupamento amino vai se transformar em alanina, e o que sobrou do glutamato vira alfa-cetoglutarato Ø Alanina vai pra corrente sanguínea Ø No fígado, a enzima alanina-amino-transferase faz a reação inversa: doa grupamento amino pro alfa- cetoglutarato, virando glutamato que participa do ciclo da ureia e se torna piruvato Ø Por gliconeogênese o piruvato vira glicose, que vai para a corrente sanguínea Ø A alanina é importante nesse sistema pois torna possível o transporte da amônia até o fígado SÍNTESE DO ASPARTATO Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 54 Ø Um dos nitrogênios da ureia vem do glutamato e o outro vem do aspartato Ø Aspartato-amino- transferase transfere o grupamento amino pro oxalacetato fazendo com que ele vire aspartato e a cadeia carbônica vire alfa- cetoglutarato CICLO DA UREIA Ø Para sintetizar ureia é necessário que haja uma molécula de carbanoil-fosfato Ø A carbanoil-fosfato é sintetizada quando há muito gasto de energia, pois ela condensa pedaços de moléculas já existentes Ø A enzima que sintetiza carbanoil-fosfato é a carbanoil-fosfato-sintetase 1 Ø O nitrogênio da carbanoil- fosfato vem do glutamato ou da glutamina Ø A carbanoil-fosfato é sintetizada na matriz mitocondrial Ø O fator limitante para a síntese da ureia é a formação do carbanoil-fosfato Ø Se a síntese não ocorrer pode haver morte por intoxicação de ureia Ø A citrulina é unida a um aspartato com gasto de ATP DESTINO FINAL DA CADEIA CARBÔNICA Ø Glicogênicos : Quando no catabolismo da cadeia carbônica são produzidos piruvato ou intermediários do ciclo de Krebs, sendo precursores da gliconeogênese Ø Glicocetogênicos: Quando no catabolismo da cadeia Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 55 carbônica são produzidos acetoacetato ou acetil-CoA ou piruvato e intermidiários do ciclo de Krebs Ex: Fenilalanina, Tirosina, Isoleucina, Triptofano Ø Cetogênicos: quando no catabolismo da cadeia carbônica são produzidos acetoacetato ou acetil-CoA, formando corpos cetônicos Ex: Leucina, Lisina Fenilalanina, Tirosina Isoleucina, Triptofano Ø Leucina e Lisina são exclusivamente cetogênicos pois sua cadeia carbônica só forma Acetil-CoA (os carbonos do Acetil-CoA nunca são usados para formar glicose pois eles saem do ciclo de Krebs em forma de CO2) ou aceto- Acetil-CoA SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS Ø Glutamato e glutamina doam nitrogênio para a síntese de aminoácidos Ø A cadeia carbônica pode vir de intermediários da via glicolítica, intermediários do ciclo de Krebs e da via das pentoses Ø Um dos aminoácidos que o organismo consegue sintetizar é a serina Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 56 Ø Alanina-amino-transferase ou TGP (transaminase glutâmico) faz uma reação reversível transferindo o grupamento amino da alanina para o alfa-cetoglutarado, formando glutamato Ø A TGP está em menor concentração no coração e no músculo esquelético Ø TGP está em maior concentração no fígado e nos rins Ø TGP pode ser usada para avaliar a função hepática Ø Patologias que levam a necrose do hepatócito: - Hepatite viral - Citomegalovirus - Hepatite medicamentosa - cirrosa Ø Aspartato Aminotransferase (AST) ou Transaminase Glutâmico Oxálica (TGO) Ø AST ou TGO: é citoplasmática e mitocondrial, e está presente no fígado, coração, músculo esquelético e eritrócitos Ø Patologias: - Hepatite viral aguda - Hepatite alcoólica - Necrose hepática - Infarte Agudo do Miocárdio Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 57 COMPOSTOS NITROGENADOS NÃO PERIFÉRICOS PORFIRINAS: Ø Formam complexos com ions metálicos como o ferro - Metaloporfirinas (conjugadas com proteínas metaloproteinas) Ø Está presente na hemácia dentro da estrutura da hemoglobina Ø A biossíntese das porfirinas ocorrem intensamente na medula óssea e no fígado Ø Porfirias: doenças raras herdadas que podem ocorrer pelo acúmulo e/ou na excreção aumentada de porfirinas ou de precursores de porfirinas Ø O eritrócito será degradado por macrófagos após vencer seu tempo de meia vida Ø Ocorrerá degradação de eritrócitos principalmente na medula óssea, fígado e rins Ø Icterícia: pode ser causada pela insuficiência da função hepática, hemólise excessiva ou bloqueio da secreção de bile Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 58 Ø Hiperbilirrubinemia neonatal: não conjugação de bilirrubina pela glicuronil- bilirrubina-transferase NUCLEOTÍDEOS Ø Precursores de DNA e RNA Ø Derivador de nucleotídeos são intermediários ativados em biossíntese. Ex: UDP- glicose Ø Energia: ATP Ø Componentes de coenzimas: NAD+, FAD e CoA Ø Reguladores metabólicos de algumas enzimas Ø São obtidos a partir da dieta Ø Grande parte das purinas são convertidas em ácido úrico ainda na mucosa intestinal e excretado pelas fezes Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 59 Ø Síntese de novo ou via de novo: sintetiza nucleotídeos quando não há ingestão deles Ø Síntese das purinas: Anel de purina é sintetizado ligado a 5 fosforilribosil-1 pirofosfato (PRPP) pentose ativada: pentose ativada Ø Síntese das pirimidinas: O anel das pirimidinas é sintetizado a partir de carbanil fosfato e aspartato e CO 2 Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/2º etapa Prof: Cláudia Penaforte 60 GOTA ÚRICA Ø As concentrações de ácido úrico no organismo podem se elevar (hiperuricemia): - Aumento na formação de ácido úrico
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