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Anestesia Geral - Louise Candiotto

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ANESTESIA GERAL 
AULA MARIA LUIZA + SANARFLIX + MEDCURSO 2019 + RESUMOS 
LOUISE CANDIOTTO 1 
 
 
OBJETIVOS 
• Compreender fases e componentes da anestesia geral 
• Revisar a farmacocinética e farmacodinâmica dos 
anestésicos inalatórios venosos 
• Entender as indicações e ação dos relaxantes musculares 
 Só citou alguns na aula 
• Compreender as complicações relacionadas a anestesia 
geral 
• Definir sedação e seus graus, suas indicações e 
similaridades com a anestesia geral  Plano mais 
superficial de anestesia geral 
INTRODUÇÃO 
CONCEITO  É uma completa e contínua depressão das 
funções do SNC, que leva à perda da consciência, à 
eliminação da dor e à perda da atividade muscular. 
Ela age sobre todo o organismo  Tálamo, córtex cerebral, 
hipocampo, tronco cerebral, medula espinhal e neurônios 
sensoriais periféricos. 
Eles levam a perda da percepção e resposta aos estímulos 
externos, cursando com perda da consciência, amnésia 
anteretrógada, analgesia, inibição dos reflexos 
autonômicos e relaxamento da musculatura esquelética. 
TÉCNICAS DE ANESTESIA GERAL 
INALATÓRIA 
VENOSA 
INTRAMUSCULAR: 
 Não é utilizada com técnica anestésica habitual, é 
uma exceção 
 Pode ser utilizada como adjuvante ou 
para acalmar crianças pré sala de 
cirurgia 
 Substâncias que podem ser usadas  Opioides, 
cetamina /quetamina 
 Em queimaduras extensas, quando não se consegue 
nem puncionar uma veia, inicia-se com anestesia 
intramuscular 
 Com a cetamina em pequenas doses se consegue 
fazer a anestesia  Ela possui uma potente 
analgesia  Daí pode-se fazer uma punção 
central, por exemplo, e se administrar a anestesia 
 Em portadores de síndrome de Down, por exemplo, 
ou outras que também que ficam muito rebeldes 
para entrar no bloco, pode-se fazer uma 
medicação intramuscular (cetamina, quase sempre) 
para conseguir levá-la ao bloco 
BALANCEADA: 
 Inalatória + Venosa 
COMBINADA: 
 Anestesia geral + Regional (raquianestesia, 
peridual, bloqueio periférico) 
 Muito usado em cirurgias com pós-operatório 
bastante doloroso, assim, garante-se ao paciente 
pelo menos 24h de analgesia forte 
OBS1: Anestesia alvo-controlada  Se calcula a 
quantidade (por peso) e coloca em bomba de infusão. 
OBS2: Independente da via de administração, a anestesia 
geral é obtida pela combinação de vários elementos. 
CONHECIMENTO NECESSÁRIO PARA A 
PRÁTICA ANESTÉSICA 
 Técnica de anestesia 
 Farmacodinâmica das drogas 
 Farmacocinética das drogas 
 Comorbidades clínicas e psicossomáticas do 
paciente  Podem alterar ou limitar algumas 
técnicas 
 Várias técnicas de cirurgia  A anestesia deve se 
adaptar a técnica cirúrgica 
 Aparelhos de anestesia e monitorização 
CUIDADOS PRÉ-ANESTÉSICOS 
Itens obrigatórios salvo situações de urgência ou 
emergência: 
 Consulta pré-anestésica 
 Exame clínico 
 Infecções próximo ao local da 
anestesia/punção, avaliar o acesso as 
veias para punção venosa 
 Exames laboratoriais 
 Avaliação de risco anestésico 
 Orientação ao paciente 
 Explicar a necessidade, risco e orientar 
sobre preparação 
 Indicação da técnica cirúrgica 
 Identificar indicações 
 Consentimento informado 
 
LOUISE CANDIOTTO 2 
 
 
COADJUVANTES PRÉ-ANESTÉSICOS 
Servem para abolir a dor, gerar sedação, proteger as vias 
aéreas, bloquear os reflexos vagais e reduzir metabolismo. 
 Anticolinérgicos 
 Proteger o coração de uma possível 
parada 
 Antieméticos 
 Inibem náusea e vômitos durante a 
anestesia e no período pós-anestésico 
 Anti-histamínicos 
 Evitam a ocorrência de reação alérgica e 
auxiliam na sedação, diminuindo a 
quantidade de anestésico a ser utilizado 
 Ansiolíticos e/ou hipnóticos 
 Benzodiazepínicos, barbitúricos 
 Relaxantes musculares 
 Evitar os reflexos autônomos durante a 
intubação e facilitar a intubação 
 Opioides também podem ser 
utilizados para esse efeito 
FASES E MECANISMOS 
1. Analgesia 
 Bloqueio total de percepção da dor e 
atenuação da resposta autonômica ao 
estímulo álgico 
2. Inconsciência (hipnose) 
 Promovendo amnésia cirúrgica  
Inconsciência total do ato anestésico 
 Quando o paciente lembra da cirurgia é 
porque houve superficialização da 
anestesia 
3. Bloqueio neurovegetativo 
 Não pode sentir dor 
4. Relaxamento muscular 
 Movimento de todos os segmentos 
corporais inibidos e não somente o local a 
ser operado 
 Pode ser feito por um agente único ou um 
conjunto de agente com diferentes 
propriedades  Como na balanceada/ 
combinada 
PROCEDIMENTOS PARA ANESTESIA GERAL 
 Recepção do paciente 
 Monitorização 
 Não invasiva antes de anestesia 
 Acesso venoso central 
 Pode-se fazer um pouco de inalatória 
antes, caso o paciente não colabore 
 Exemplo: Criança 
 Pré-oxigenação  100% 
 5l a 7l por 5 min 
 Ventilar o paciente para garantir mais 
segurança 
 Indução anestésica 
 Hipnótico + opioides + relaxante 
muscular (quando vai intubar) 
 Anestesia inalatória  Mais usado em 
crianças, no adulto é mais difícil 
 Ventilação manual 
 Intubação traqueal 
 Instalação de ventilação mecânica 
 Manutenção da anestesia 
 Anestesia inalatória 
 Anestesia venosa 
 Anestesia balanceada 
 Recuperação anestésica 
 Após a cirurgia 
 Também é função do anestesista 
FASES DA ANESTESIA GERAL 
O procedimento é dividido em 3 fases  (1) Indução, (2) 
manutenção e (3) recuperação. 
1. INDUÇÃO: 
 Precedida pelo emprego de medicação pré-
anestésica 
 Paciente com veia puncionada ou inalação 
(crianças) e punção 
 Faz a punção da veia com hipnótico e pode ser 
feito um relaxante muscular (se for uma cirurgia 
que precise ultrapassar os planos musculares) 
 Hipnótico  Analgésico (geralmente 
opioides) 
 Relaxamento muscular quando necessário 
 Maior chance de desenvolver choque 
anafilático 
 Pré-oxigenação com oxigênio a 100% sob 
máscara facial 
 Tem como objetivo levar o paciente do estado 
semiconsciente (estágio 1) para o plano anestésico 
cirúrgico (estágio 3) 
LOUISE CANDIOTTO 3 
 
 
 Muitas complicações graves da anestesia geral 
podem ocorrer nesse período 
 Acompanhar os sinais do paciente para intubar a 
medida que a droga utilizada faz efeito 
 Os planos atingidos estão abaixo 
 Na fase de analgesia o paciente pode apresentar 
euforia/excitação, principalmente com os 
benzodiazepínicos (muito frequente em crianças) 
 Se não houver monitorização adequada e o 
paciente aprofundar muito, ele vai ter depressão 
bulbar 
 Esses planos são atingidos de acordo com 
quantidade de droga administrada 
 
OBS: As fases são atingidas a medias que as drogas se 
distribuem pelo corpo do paciente, fazendo ele sair do 
estado de vigília para o estado em que se pode começar a 
cirurgia. 
OBS2: O estágio II de excitação é, na verdade, indesejado, 
e busca-se preveni-lo. 
OBS3: No estágio de depressão bulbar o paciente necessita 
estar bem monitorado, assistido e ventilado durante os 
procedimentos cirúrgicos, visto que pode ocorrer hipotensão 
e parada cardiorrespiratória. 
2. MANUTENÇÃO: 
 Quando o plano anestésico-cirúrgico é alcançado, 
cabe ao anestesista apenas manter o paciente 
nesse estágio durante toda a operação 
 Para isso são administrados anestésicos inalatórios 
e novas doses de agentes intravenosos e 
bloqueadores neuromusculares 
 
 
3. RECUPERAÇÃO: 
 O acordar da cirurgia segue o caminho contrário, 
de acordo com redução gradual da droga e 
administração de antagonistas para algumas, 
mantendo-se a ventilação mecânica e extubando 
quando está chegando ao estado de vigília 
 É fundamental que o paciente fique um período na 
sala de recuperação pós anestésica 
ANESTESIA DE GUEDELL 
Planos de Guedell  Profundidade da anestesia hoje em 
dia não se usa mais, pois utiliza-se os aparelhos de 
monitorização. 
FASES DA ANESTESIA DE GUEDELL: 
1. Fase de analgesia 
2. Fase de excitação 
 Fase mais evidenciada emcrianças 
3. Fase de anestesia cirúrgica 
4. Fase de paralisia respiratória (sobredosagem) 
PARÂMETROS OBSERVADOS POR GUEDELL: 
 Características da respiração 
 Atividade do globo ocular 
 Alterações pupilares 
 Reflexo palpebral 
 Deglutição ou vômito 
 Resposta respiratória à incisão da pele 
 Secreção de lágrimas 
 Valorização dos reflexos faríngeo e laríngeo 
MONITORIZAÇÃO DA PROFUNDIDADE DA 
ANESTESIA 
BIS – BI SPECTRAL INDEX: 
 Esse é um aparelho que usa um 
eletroencefalograma, o qual reproduz seus dados 
em tabela de 0 a 100 
 100  Totalmente consciente 
 40  Coma profundo 
 10  Ausência de atividade cerebral 
 O ideal da cirurgia é entre 40 e 50 
 Mede a profundidade da cirurgia 
 Só pode usar esse modelo em pacientes que não 
farão cirurgia de face 
 Não é obrigatório, mas é indicado 
LOUISE CANDIOTTO 4 
 
 
 
COMO ESCOLHER A TÉCNICA ANESTÉSICA? 
FATORES QUE INFLUENCIAM: 
 Estado físico do paciente 
 Tipo de cirurgia 
 Habilidade das equipes 
 Influencia no tempo de cirurgia 
 Duração da cirurgia 
 Se for prolongada opta-se pela geral 
 Considerações anestésicas 
 Doenças pré-existentes 
 Hepatopatias, drogadição 
 Uso de drogas 
 Os anticoncepcionais possuem relação 
com a coagulação 
 Relação custo / benefício 
 Relativa a riscos e necessidades reais 
 Usar a droga mais branda que dê uma 
qualidade eficaz 
 Vontade do paciente 
 Soberana 
MECANISMO DE AÇÃO 
 Distorção da membrana próxima a canais de Na 
 Profundidade da anestesia  Relação direta da 
concentração de anestésico no cérebro 
 Tempo de indução-recuperação  Solubilidade o 
agente no sangue  Metabolização 
ANESTESIA INTRAVENOSA 
Os anestésicos venosos são mais utilizados no estágio de 
indução anestésica, visto que levam ao estado de 
inconsciência em cerca de 20 segundos, assim quem o 
fármaco chega ao cérebro. 
Podem “burlar” a fase excitatória da anestesia, que é 
indesejada. 
Os anestésicos venosos mais utilizados são os sedativos 
hipnóticos, mas os fármacos com ação dissociativa também 
são usados. 
INDUÇÃO: 
 Fácil 
 Rápida 
 Suave 
 Estabilidade hemodinâmica 
MANUTENÇÃO: 
 Fácil 
 Previsível 
 Estabilidade hemodinâmica 
 Rapidez nas alterações anestésicas 
DESPERTAR: 
 Previsível 
 Suave 
AGENTES ENDOVENOSOS 
BOMBAS DE INFUSÃO VENOSA  Existem vários tipos 
de bombas de infusão. 
Uma bomba para cada agente venoso. 
BENZODIAZEPÍNICOS 
 Mais utilizados na pré-anestésia como sedativo 
 Midazolan 
 Pode ser empregado tanto quanto 
medicação pré-anestésica como indutor 
de anestesia 
 Potente medicação ansiolítica e mnésica 
 Comumente utilizado na cirurgia 
pediátrica 
 Vantagens: 
 Depressão cardiovascular é mínima 
 Não altera PA e FC 
 Efeitos colaterais mínimos 
 Antagonista específico 
 Que pode ser usado no caso de 
sobredose 
 Mantém resposta ventilatória hipoxemia 
 Desvantagens: 
 Início de ação lento 
 Amnésia residual 
LOUISE CANDIOTTO 5 
 
 
 Recuperação longa 
 Baixo volume minuto 
 Pode ter redução da ventilação 
 Duração: 
 Longa  DIAZEPAM 
 Média  FLUNITRAZEPAM 
 Curta  MIDAZOLAM 
 Antagonista: 
 Flumazenil 
 É indicado para: reversão da sedação, 
reversão da amnésia anterógrada, 
diminuição dos efeitos sedativos, 
intoxicações por benzodiazepínicos, 
sobredoses em pediatria 
 Dosagem 4 a 20 µg/Kg 
 A ação dele é mais curta que a do 
midazolan, podendo ser necessário 
repetir a dose, porque o efeito dele 
passa mais rápido  Curta meia vida 
ETOMIDADO 
 Hipnótico não barbitúrico 
 Hipnótico de ação rápida 
 Indutor mais seguro, mas é pouco utilizado na 
rotina 
 Vantagens: 
 Estabilidade cardiovascular 
 Muito utilizado em cardiopatias 
graves 
 Indução rápida 
 Rápida eliminação 
 Hidrolizado no fígado e plasma 
 Cuidado com os hepatopatas 
 Metabólitos inativos 
 Não libera histamina 
 Baixo potencial alergênico 
 Recomendado para pacientes 
asmáticos 
 Desvantagens: 
 Dor a injeção 
 Realizar um anestésico local 
antes 
 Mioclonias 
 Tremores 
 Náuseas e vômitos pós-operatório 
 Não tem efeito analgésico 
 Usar eles em conjunto 
 Supressão transitória da esteroidogênese 
 Não pode ser usado por muito 
tempo (máx. 24h) 
 Pode ser usado em pacientes com muitas 
comorbidades, atividade cardíaca baixa, déficit 
miocárdico grande 
 Pacientes hepáticos necessitam de moderação. 
 Na indução ele causa depressão ventilatória quase 
que imediata, mas que dura apenas 1 min 
 A dose é bolus: 0,3mg/kg ou bomba de infusão 6 
a 8 ug.kg.min. 
PROPOFOL 
 É o mais utilizado na anestesia e na sedação 
 Potente efeito hipnótico e sedativo 
 Vantagens: 
 Indução suave 
 Eliminação rápida 
 Eliminado em apenas 8-10 
minutos 
 Utilizada doses de manutenção, 
mas a recuperação do paciente 
é rápida no final 
 Redução de náuseas e vômitos 
 Pode ser aplicada na manutenção da 
anestesia 
 Desvantagens: 
 Dor à injeção 
 Mesmo com anestésicos locais 
 Movimentos excitatórios centrais 
 Convulsivantes 
 Depressão cardiovascular 
 Dose e velocidade dependente 
 Pode ser usado para controle de náusea e vômito. 
 A dose para indução é 6mg.hg.h e para 
manutenção é 4mg.kg.h 
 Deve ser usado em veia mais calibrosa para diluir 
mais rápido e ser menos doloroso 
 Com a administração em bomba, bem lenta, e com 
dose correta, o paciente não desenvolve 
depressão cardiovascular 
 
LOUISE CANDIOTTO 6 
 
 
CETAMINA (QUETAMINA) 
 Anestesia dissociativa de curta duração 
 Vantagens: 
 Uso Intramuscular 
 Broncodilatação 
 Usado em asmáticos 
 Potente analgésico 
 Manutenção da PA 
 Rápido início ação 
 Curta duração 
 Desvantagens: 
 Estimulação simpática central com 
liberação de catecolaminas 
 Efeitos psicomiméticos prolongados 
 Causa alucinação e delírio 
 Deve ser utilizado em associação 
com benzodiazepínicos 
 Náuseas e vômitos frequentes 
 A dose sub-anestésica é de 0,2 a 0,8 mg.kg, com 
administração IM, IV ou Nasal 
ALFA 2 AGONISTAS 
 Sedação, analgesia e coadjuvante da anestesia 
 Os dois mais utilizados são a Clonidina e a 
Dexmedetomidina 
 Clonidina  Doses fracionadas 
 Desmedetomidina/ sulgamadex  
Sedativo na bomba e coadjuvante a 
anestésicos 
 Tem um tempo de eliminação 
longo 
 Tem que interromper primeiro  
Deixa a sedação mais profunda, 
não deprime respiração, 
paciente responde a estímulos, 
mas é caro 
 Precebex  Nome comercial 
 Paciente acorda mais tranquilo  Mesmo os com 
histórico de agitação pós-anestésica 
 Ele nunca é usado só, pois precisaria de dose alta 
para anestesiar e causaria efeitos adveros, mas é 
muito bom como coadjuvantes e sedativo 
 
 
 
 Eles promovem bradicardia, melhoram a 
taquicardia, promovem vasodilatação e tem um 
pouco de analgesia, então são usados como 
adjuvantes 
 Vantagens: 
 Estão citadas acima na tabela 
 É uma ótima droga como sedativo 
 Desvantagens: 
 Na realidade ele não possui 
contraindicação 
LOUISE CANDIOTTO 7 
 
 
 Efeito bifásico na PA 
 Dose e concentração 
dependente 
 Injeções rápidas podem provocar 
hipotensão e bradicardia 
 Nada intravenoso deve ser feito 
de forma rápida 
 Doses: 
 Inicial  1µg/kg, por infusão 
intravenosa, durante 10 mim 
 Manutenção  0,2 a 0,7 µg/kg/h, por 
infusão intravenosa, por no máximo 24h 
OPIÓIDES 
O mecanismo de ação dos opioides se da pelo estímulo dos 
receptores m (mi), na medula, tronco encefálico, diencéfalo 
e cérebro. 
Embora sejam excelentes analgésicos, não possuem efeito 
hipnótico-sedativo muito consistente  Se administrados em 
doses 20-30 vezes maiores que suas doses analgésicas, 
acabam fornecendo hipnose e sedação adequadas. 
Essa propriedade farmacológica faz com o que muitos 
anestesistas utilizem apenas essa classe de drogas como 
anestésicos em pacientes submetidos acirurgia cardíaca. 
EXEMPLO: 
 Morfina, meperidina 
 Liberam histamina 
 Devem ser usados com cuidado 
em pacientes com sistema 
imunológico hiper-reativo 
 Não entram como anestesia, apenas como 
analgesia 
 Fentanil, Remifentanil (medicação nova) 
 Muito utilizados na anestesia venosa 
contínua 
 Alfentanil 
 Possui ação mais rápida e um tempo de 
ação menor 
 Sufentanil 
EFEITOS COLATERAIS: 
 Potentes analgésicos e sedativos 
 Não induz muito o sono 
 Atenua o estresse (analgesia) 
 Mantem estabilidade cardiovascular 
 Promove bradicardia e miose 
 Reduz um pouco débito urinário/retenção 
 As vezes precisa de sonda 
 Mantem autorregulação 
 Paciente fica estável 
 Causa espasmos no esfíncter de oddi 
 Se o paciente tiver cólica biliar (exemplo), 
evitar administrar opioide com intensão 
de analgesia 
 Redução FR e VM (volume minuto) 
 Indutores do centro de náusea e vomito 
 Promove rigidez muscular 
 Muito rápida nos injetados 
 A rigidez de músculos torácicos pode 
prejudicar a ventilação do paciente, 
precisando, às vezes, de relaxante 
muscular 
 Hipotensão ortostática 
 Antes do paciente deambular tem que se 
levantar aos poucos, sempre com ajuda 
OBS: A dose pode ser única, intermitente ou infusão contínua. 
POSSUI ANTAGONISTA ESPECÍFICO  Naloxona 
(mais usado) e Naltrexona: 
 Reverte analgesia 
 Reduz náusea e vômito 
 Aumenta a atividade simpática 
 Sua dose deve ser respeitada 
 Dificilmente precisa repetir dose 
 Muito usado para reverter a depressão 
respiratória 
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
Os bloqueadores neuromusculares são drogas fundamentais 
na anestesia geral, pois levam ao relaxamento muscular 
profundo, garantindo flacidez e imobilidade, para que o 
procedimento cirúrgico possa ser realizado. 
 Succinilcolina 
 Muito utilizada antes da intubação 
endotraqueal 
 O uso dessa droga facilita o 
procedimento 
 Tem início e término de ação muito 
rápidos  Em torno de 5 minutos 
 Atracúrio 
 Rocurônio 
 Bastante utilizado 
 Possui antagonista específico 
 
 
LOUISE CANDIOTTO 8 
 
 
 Cisatracúrio 
 Pouco no nosso mercado 
 Antagonista específico  Sugammadex 
 Vecurônio 
 Antagonista específico  Sugammadex 
 Pancurônio 
 Mivacúrio 
 Alcurônio 
OBS: Efeito podem ser revertidos com anticolinérgicos  Ex. 
atropina. 
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS 
São utilizados quando se deseja anestesia prolongada, 
possibilitando o controle da profundidade da anestesia. 
Esses fármacos agem principalmente no SNC, porém 
apresentam efeitos colaterais em outros sistemas, visto que 
são absorvidos pela circulação sistêmica. 
Os anestésicos inalatórios possuem uma baixa margem de 
segurança, uma vez que não é possível determinar com 
exatidão a absorção e distribuição desses fármacos pelo 
organismo. 
AGENTES VOLÁTEIS 
 HALOTANO 
 Potente agente e mais barato 
 Tem mais em hospitais do interior 
 Possui efeitos colaterais 
 Não consegue induzir crianças  Causa 
hipotensão e bradicardia 
 Atualmente está em desuso  
MEDCURSO 
 SEVOFLURANO 
 Permite indução inalatória em criança 
 Mais seguro e mais usado 
 Possui menos efeitos colaterais 
 Induz mais rapidamente a anestesia 
 Possui odor agradável 
 DESFLURANO 
 Requer vaporizador específico que é 
muito caro, além do próprio agente ser 
muito caro e volatilizar muito rápido 
 Acaba gerando grande desperdício 
 Seu cheiro é intolerável 
 ISOFLURANO 
 Um dos anestésicos inalatórios mais 
utilizados hoje em dia 
 Metabolismo mínimo no organismo 
 Menor redução do débito cardíaco 
 Menor sensibilização do miocárdio às 
catecolaminas 
 Embora possa causar 
taquicardia 
 Quando comparado com sevovlurano e 
desflurano tem a vantagem de ser mais 
barato 
 Desvantagem  Pode elevar a PIC, por 
meio de um discreto aumento no fluxo 
sanguíneo cerebral 
 Odor insuportável  Necessário o uso de 
um anestésico intravenoso antes 
AGENTES GASOSOS 
 ÓXIDO NITROSO (N2O) 
 Considerado “fraco” no efeito anestésico 
 Analgésico potente 
 Apenas anestesia parcial 
 Não possui influência nas 
condições hemodinâmicas e 
respiratórias do paciente 
 Totalmente desprovido de propriedades 
relaxantes musculares 
 XENÔNIO (XE) 
 Não tem em nosso mercado 
 Muito bom, mas muito caro 
ANESTÉSICO INALATÓRIO DEAL 
PROPRIEDADES FÍSICAS: 
 Não inflamável 
 Não explosivo 
 Aroma agradável 
 Não irritante 
 Estável na presença de luz 
 Nenhum é, todos vem em recipiente em 
cor âmbar 
 Estável em cal sodada 
 Fluido utilizado para a reinalação dos 
agentes 
 Sem estabilizadores para armazenamento 
 Todos precisam 
 Não reativo com metais e borracha 
 São reativos, podem provocar ferrugem e 
ficam detidos em todo sistema ventilatório 
LOUISE CANDIOTTO 9 
 
 
VANTAGENS DA ANESTESIA INALATÓRIA 
 Fácil titulação 
 Indução e recuperação rápida 
 Eliminado pela respiração 
 Metabolização baixa 
 Depende da solubilidade no sangue e 
gordura 
DESVANTAGENS DA ANESTESIA INALATÓRIA 
 Depressão miocárdica 
 Dose dependente 
 Toxicidade potencial 
 Ausência de analgesia residual 
 Deve-se administrar analgésico antes de 
retirar 
 Quando a concentração começa a 
diminuir  Faz o analgésico no paciente 
FASES DA ANALGESIA VENTILATÓRIA E 
FARMACOCINÉTICA 
1. Transferência do aparelho de anestesia para os 
alvéolos 
2. Transferência dos alvéolos para o sangue arterial 
(captação) 
 Circuito  Alvéolo 
 Pressão parcial inspirada 
 Características do sistema de 
anestesia 
 Captação residual funcional 
 Ventilação alveolar 
 Alvéolo  Artéria 
 Débito cardíaco 
 Coeficiente de participação 
sanguíneo 
 Diferença de alvéolo-venosa de 
pressão parcial 
3. Transferência do sangue arterial para os tecidos 
(distribuição) 
 Artéria  Cérebro 
 Fluxo sanguíneo cerebral 
 Coeficiente de participação 
cérebro-sangue 
 Diferença artério-venosa de 
pressão 
 
 
 
CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA (CAM) 
A concentração alveolar mínima é aquela capaz de manter 
anestesiados 50% dos pacientes  Manter essa população 
insensível a um estímulo doloroso padronizado. 
DIMINUEM A CAM: 
 Idade avançada 
 Depressores do SNC 
 Anti-hipertensivos 
 Alcoolismo agudo 
 Agonistas alfa 2 
 Hipóxia 
 Hipotermia 
 Diminuir as drogas ao final da cirurgia, 
pois o paciente passa por uma leve 
hipotermia 
 Gravidez 
AUMENTAM A CAM: 
 Níveis aumentados de neurotransmissores central 
 Algumas drogas psiquiátricas 
 Hipertermia 
 Aumenta o metabolismo como um todo 
 Alcoolismo crônico 
 Inibidores da monoaminaoxidase (IMAO) 
VAPORIZADOR → CIRCUITO → ALVÉOLO → ARTÉRIA 
→ SNC E SNP 
 
LOUISE CANDIOTTO 10 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
A absorção e distribuição desses fármacos é regulada pela 
pressão parcial do gás e captação tecidual. 
 
EFEITOS CARDIOVASCULARES – DOSE 
DEPENDENTE 
 
EFEITOS RESPIRATÓRIOS – DOSE DEPENDENTE 
 
SEDAÇÃO 
OBJETIVOS: 
 Reduzir ansiedade e estresse 
 Aumentar o conforto e cooperação 
 Facilitar procedimento terapêuticos 
INDICAÇÃO: 
 Procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
 Endoscopia, colonoscopia e outros 
 Associação com anestesia local 
 Terapia intensiva 
 Cuidado paliativo 
 
FÁRMACOS UTILIZADOS: 
 Hipnóticos  Benzodiazepínicos, proporfol, 
barbitúricos, fenotiazinas, clonida, ketamina, 
neurolépticos, anestésicos voláteis, 
dexmedetomidina. 
 Opióides  Morfina, fentanil, remifentanil 
OBS: Não há sedativo ideal no mercado. 
LEVE 
 Responde ao comando verbal 
 Cognitivo e coordenação comprometidas 
 Sistema cardíaco e respiratório sem 
comprometimento 
MODERADA/ANALGESIA (“CONSCIENTE”) 
 Responde aos estímulos táteis 
 Depressão de consciência 
 Sistema cardíaco e respiratório mantidos 
PROFUNDA/ANALGESIA 
 Responde a estímulos dolorosos 
 Respiração comprometida/ insuficiente 
 Assistênciapara via aérea permeável 
 Respostas são individuais 
SEDAÇÃO IDEAL 
 Hipnose 
 Analgesia 
 Amnésia 
 Início e término de ação rápido 
 Ausência de efeitos sobre a função cardíaca e 
respiratória 
 Eliminação independente da função renal e 
hepática 
 Metabolitos inativos 
 Sem efeitos cumulativos 
 Custo baixo a moderado 
RISCO DA SEDAÇÃO 
 Comprometimento cardiovascular 
 Depressão respiratória 
 Adição 
 Tolerância ao fármaco 
 Maior tempo de ventilação mecânica 
LOUISE CANDIOTTO 11 
 
 
 Maior risco de infecção respiratória 
 Perda de massa muscular 
 Dependendo do tempo de sedação 
 Maior risco de TVP 
 Inibição de sono REM 
 Delírio/amnésia 
 Maior necessidade de traqueostomia 
ANESTESIA BALANCEADA - EXEMPLO

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