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Macroscopia e Microscopia das Áreas Corticais Relacionadas com a Motricidade

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@resumosdamed_ 
 
1 
 
MACROSCOPIA E 
MICROSCOPIA DAS ÁREAS 
CORTICAIS RELACIONADAS 
COM A MOTRICIDADE 
IDENTIFICAR A ÁREA MOTORA PRIMÁRIA OU GIRO PRÉ-
CENTRAL (ÁREA 4 DE BRODMANN) E CONHECER SUA 
FUNÇÃO: 
A motricidade voluntária só é possível porque as áreas corticais que 
controlam o movimento recebem constantemente informações 
sensoriais. A decisão de executar um determinado movimento 
depende da integração entre os sistemas sensoriais e motor. Um 
simples ato de alcançar um objeto exige informação visual para 
localizar o objeto no espaço e informação proprioceptiva para criar 
a representação do corpo no espaço, possibilitando que comandos 
adequados sejam enviados ao membro superior. O processamento 
sensorial tem como resultado uma representação interna do mundo 
e do corpo no espaço, e o planejamento do ato motor inicia-se a 
partir de uma destas representações. O objetivo do movimento é 
determinado pelo córtex pré-frontal, que passa sua decisão às áreas 
motoras do córtex, que são: a área motora primária (Ml) e as áreas 
secundárias pré-motora e motora suplementar. 
 
CONHECER AS PRINCIPAIS CONEXÕES AFERENTES DA 
ÁREA MOTORA PRIMÁRIA: 
A área motora primária (MI) ocupa a parte posterior do giro pré-
central, correspondente à área 4 de Brodmann. Do ponto de vista 
citoarquitetural, é um isocórtex heterotípico agranular caracterizado 
pela presença das células piramidais gigantes ou células de Betz. 
A área 4 é a que tem o menor limiar para desencadear movimentos 
com a estimulação elétrica, e determina movimentos de grupos 
musculares do lado oposto. Do mesmo modo, focos epilépticos 
situados na área 4 causam movimentos de grupos musculares 
isolados, podendo se estender progressivamente a outros grupos, à 
medida que o estímulo se propaga. Com auxílio desses dois 
métodos, estimulação elétrica e observação de casos de epilepsia 
focal, foi possível mapear o córtex motor primário de acordo com a 
representação das diversas partes do corpo, ou seja, foi possível 
fazer sua somatotopia. 
Essa somatotopia corresponde à já descrita para a área somestésica 
e pode ser representada por um homúnculo de cabeça para baixo. 
@resumosdamed_ 
 
2 
 
É interessante notar a grande extensão da área correspondente à 
mão, quando comparada com as áreas do tronco e membro 
inferior. Isso mostra que a extensão da representação cortical de 
uma parte do corpo, na área 4, é proporcional não a seu tamanho, 
mas à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos 
musculares nela representados. Esta organização somatotópica 
pode sofrer modificações decorrentes do aprendizado e de lesões. 
 As principais conexões aferentes da área motora são com o tálamo, 
através do qual recebe informações do cerebelo e dos núcleos da 
base, com a área somestésica e com as áreas pré-motora e motora 
suplementar. Por sua vez, no homem, a área 4 dá origem a grande 
parte das fibras dos tratos corticoespinhal e corticonuclear, principais 
responsáveis pela motricidade voluntária, especialmente na 
musculatura distai dos membros. 
 
 
 
 
 
CONHECER A DISTRIBUIÇÃO SOMATOTÓPICA DO 
HOMÚNCULO MOTOR SEGUNDO PENFIELD E RASMUSSEN: 
O homúnculo motor ou o córtex motor primário está localizado ao 
lado do homúnculo sensorial. Está localizado exatamente no sulco 
central do córtex frontal. Esta área é a mais importante para o 
funcionamento motor do nosso corpo. 
Em colaboração com outras áreas, como o córtex motor 
suplementar e levando em conta as referências recebidas do 
tálamo, elabora e executa os movimentos motores do nosso 
corpo. É por isso que a sua aparência é ligeiramente diferente da do 
homúnculo sensorial: a sua boca, os seus olhos e especialmente as 
suas mãos são enormes devido à maior especificidade na 
localização dos receptores e dos nervos motores. 
 
 
https://amenteemaravilhosa.com.br/nascemos-destros-comum-ser-canhoto/
@resumosdamed_ 
 
3 
 
 
IDENTIFICAR AS ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIAS 
MOTORAS E CONHECER SUA FUNÇÃO: 
ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR (ÁREA 6 DE BRODMANN): 
A área motora suplementar ocupa a parte da área 6, situada na 
face medial do giro frontal superior. Suas principais conexões são 
com o corpo estriado, via tálamo, com a área motora primária e 
com a área pré-frontal. Assim como a área pré-motora, a função 
mais importante da área motora suplementar é o planejamento 
motor, de sequências complexas de movimentos, para o que são 
importantes suas amplas conexões aferentes com o corpo estriado, 
que também está envolvido neste planejamento motor. 
ÁREA PRÉ-MOTORA (ÁREA 6 DE BRODMANN): 
A área pré-motora localiza-se no lobo frontal, adiante da área 
motora primária 4, e ocupa toda a extensão da área 6 de Brodmann, 
situada na face lateral do hemisfério. É muito menos excitável que a 
área motora primária, exigindo correntes elétricas mais intensas para 
que se obtenham respostas motoras. As respostas obtidas são menos 
localizadas do que as que se obtêm por estímulo da área 4, e 
envolvem grupos musculares maiores, como os do tronco ou da base 
dos membros. Nas lesões da área pré-motora, esses músculos têm 
sua força diminuída (paresia), o que impede o paciente de elevar 
completamente o braço ou a perna. 
Através da via córtico-retículo-espinhal, que nela se origina, a área 
pré-motora coloca o corpo, especialmente a musculatura proximal 
dos membros, em uma postura básica preparatória para a 
realização de movimentos mais delicados, a cargo da musculatura 
distal dos membros. A área pré-motora integra o sistema de 
neurônios-espelhos e projeta-se, 
também, para a área motora primária e 
recebe aferências do cerebelo (via 
tálamo) e de várias áreas de associação 
do córtex. Entretanto, a função mais 
importante da área pré-motora está 
relacionada com planejamento motor. 
IDENTIFICAR A CÁPSULA INTERNA E SUAS PORÇÕES; 
CONHECER A FUNÇÃO E A SOMATOTOPIA EM RELAÇÃO 
À VIA PIRAMIDAL: 
@resumosdamed_ 
 
4 
 
O trato corticoespinhal da via piramidal é constituído por fibras 
originadas no córtex cerebral, que passam no bulbo em trânsito para 
a medula, ocupando as pirâmides bulbares. É, por isso, denominado 
também de trato piramidal. É motor voluntário. 
A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou 
entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto 
que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo 
caudado e do tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes 
núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa 
radiada. Distinguem-se, na cápsula interna, uma perna anterior, 
situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, 
e uma perna posterior, bem maior, localizada entre o núcleo 
lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna 
encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da 
cápsula interna. 
Portanto, a cápsula interna é um importante conjunto de fibras de 
projeção do telencéfalo, que contém a maioria das fibras que 
entram ou saem do córtex cerebral. As fibras que se dirigem ao 
córtex vêm do tálamo, sendo denominadas radiações talâmicas. Já 
as fibras originadas no córtex formam os tratos descendentes 
(córtico-espinal, córtico-pontino e córtico-nuclear). A cápsula 
interna separa o tálamo, medialmente, do núcleo lentiforme 
(putamen + globo pálido), lateralmente. Acima do núcleo lentiforme 
se continua como coroa radiada e inferiormente, com a base do 
pedúnculo cerebral. Além disso, possui três partes: ramo anterior, 
ramo posterior e joelho. 
Ela é extremamente importante pois a maioria das fibras que entram 
ou saem do córtex passam por ela. É dividida em ramo anterior, 
joelho e ramo posterior. Separa o tálamo do núcleo caudado 
anteriormente e separa o tálamo do núcleo lentiforme, 
posteriormente. Lesões dessa área secundárias a obstrução de vasos 
ou hemorragias são frequentes (AVE) e podem causar hemiplegia e 
hemianestesiacontralateral. 
 
 
@resumosdamed_ 
 
5 
 
 
 
IDENTIFICAR A COROA RADIADA E ENTENDER A RELAÇÃO 
COM A CÁPSULA INTERNA: 
É um conjunto de fibras de projeção (ascendentes e descendentes) 
situadas acima do núcleo lentiforme, que conectam o córtex 
cerebral às partes inferiores do cérebro através da cápsula interna. 
 
IDENTIFICAR OS PEDÚNCULOS CEREBRAIS DIREITO E 
ESQUERDO E CONHECER A SOMATOTOPIA EM RELAÇÃO 
À VIA PIRAMIDAL: 
Os pedúnculos cerebrais são vistos ventralmente e aparecem com 
dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte 
e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. 
Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a fossa 
interpeduncular, limitada anteriormente por duas eminências 
pertencentes ao diencéfalo, os corpos mamilares. O fundo da fossa 
interpeduncular apresenta pequenos orifícios para a passagem de 
vasos, denominado substância perfurada posterior. 
@resumosdamed_ 
 
6 
 
As fibras do trato piramidal, após saírem do córtex cerebral, descem 
pela coroa radiada, passam pela perna posterior da capsula interna, 
ocupam a base do pedúnculo cerebral, a base da ponte e as 
pirâmides na base do bulbo. Pelo fato de suas fibras ocuparem as 
pirâmides do bulbo, recebeu o mesmo o nome de trato piramidal. 
 
IDENTIFICAR OS NÚCLEOS TALÂMICOS RELACIONADOS 
COM A MOTRICIDADE EM RELAÇÃO À VIA PIRAMIDAL E 
COMPREENDER AS RADIAÇÕES TALÂMICAS: 
NÚCLEO VENTRAL ANTERIOR: 
Recebe a maioria das fibras, que, do globo pálido, se dirigem para 
o tálamo. Projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral e tem 
função ligada ao planejamento e execução da motricidade 
somática. Além disso, envia informações processadas no globo 
pálido (núcleo da base) para o córtex motor do cérebro, no giro pré-
central. 
NÚCLEO VENTRAL LATERAL: 
Também chamado ventral intermédio, recebe as fibras do cerebelo 
e projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral. Integra, pois, 
a via cerebelo-tálamo-cortical. Além disto, o núcleo ventral lateral 
recebe parte das fibras que do globo pálido se dirigem ao tálamo; 
também relacionado com controle da motricidade. Recebe fibras 
do globo pálido e do cerebelo (via cerebelo-tálamo-cortical) e as 
envia para o córtex motor do cérebro. 
 
@resumosdamed_ 
 
7 
 
 
 
IDENTIFICAR E CONHECER AS FUNÇÕES DOS NÚCLEOS DA 
BASE (NB): 
Os NB são constituídos por massas de substância cinzenta (núcleos) 
situadas no interior do centro branco medular do cérebro que é a 
@resumosdamed_ 
 
8 
 
substância branca do telencéfalo. Originalmente, considerava-se, 
do ponto de vista estritamente anatômico, apenas cinco NB: o 
núcleo caudado, o putâmen, o globo pálido, o corpo amidalóide e 
o claustro. Dessas estruturas, apenas duas não se relacionam 
diretamente com a função motora: o corpo amidalóide 
(relacionado com o comportamento emocional e a memória) e o 
claustro (de função desconhecida, embora se especule que esteja 
relacionado com função visual). O putâmen e o globo pálido 
constituem o núcleo lentiforme e esse, juntamente como o núcleo 
caudado forma o chamado corpo estriado. 
O corpo estriado ventral é constituído por três estruturas: a substância 
inominada, o núcleo accubems e o tubérculo olfatório. A substância 
inominada situa-se na base do cérebro, superiormente ao trígono 
olfatório e à substância perfurada anterior e ventralmente ao globo 
pálido e à comissura anterior. O núcleo accumbens localiza-se em 
posição anterior e ventral no cérebro, inferiormente ao putâmen 
(mais especificamente na porção em que ele se liga à cabeça do 
núcleo caudado) e superiormente à substância perfurada anterior. 
O tubérculo olfatório é uma pequena eminência situada 
posteriormente ao trigono olfatório e anteriormente à porção 
substância perfurada anterior. O corpo estriado dorsal é dividido em 
neostriado ou striatum, formado pelo núcleo caudado e o putâmen, 
e o paleostriado ou pallidum, constituído pelo globo pálido. Já o 
corpo estriado ventral divide-se em striatum ventral ou estriado 
ventral, formado pelo núcleo accubems e o tubérculo olfatório, e 
pallidum ventral ou pálido ventral que corresponde à substância 
inominada. 
NÚCLEOS DO TELENCÉFALO (CORPO ESTRIADO – 
NÚCLEO CAUDADO, PUTAME, GLOBO PÁLIDO MEDIAL E 
PÁLIDO LATERAL): 
CORPO ESTRIADO: 
Situado lateralmente ao tálamo, encontra-se a cápsula interna que, 
por sua vez separa o núcleo lentiforme do núcleo caudado. Corpo 
estriado é o termo utilizado para definir o núcleo caudado e o 
putâmen (uma das três estruturas que formam o núcleo lentiforme), 
interligados funcionalmente. A designação estriado deve-se ao fato 
de que fibras estriadas atravessam a cápsula interna para 
interconectar o caudado ao putâmen. 
NÚCLEO CAUDADO: 
Em forma de C, intimamente relacionado aos ventrículos laterais, 
lateralmente ao tálamo. O núcleo caudado é subdividido em 
cabeça, corpo e cauda. Por vezes refere-se aos núcleos caudados 
e putâmen como neo-estriado ou estriado (striatum), por conta da 
conexão fisiológica que há entre ambos. O corpo estriado ventral 
defini-se como núcleo accumbens. A cauda do núcleo caudado 
possui uma estrutura arredondada pertencente ao sistema límbico 
denominado corpo amigdalóide. 
NÚCLEO LENTIFORME: 
Separado do núcleo caudado e do tálamo pela cápsula interna. O 
núcleo lentiforme é composto por três estruturas a serem estudadas: 
putâmen (mais escurecido), globo pálido (mais claro devido ao 
@resumosdamed_ 
 
9 
 
grande número de fibras mielinizadas) lateral e globo pálido medial. 
Ao conjunto dos dois globos pálidos denominamos paleoestriado ou 
pallidum. A cápsula externa separa o claustrum do putâmen. Já o 
claustrum é separado da insula pela cápsula extrema. A função do 
claustrum é desconhecida. 
 
 
 
 
 
@resumosdamed_ 
 
10 
 
NÚCLEO DO DIENCÉFALO: 
NÚCLEO SUBTALÂMICO: 
As formações subtalâmicas só podem ser observadas em secções 
do diencéfalo, uma vez que não se relacionam com sua superfície 
externa ou com as paredes do III ventrículo. Estando situado na 
transição com o mesencéfalo, algumas estruturas mesencefálicas 
estendem-se até o subtálamo, como o núcleo rubro, a substância 
negra e a formação reticular, constituindo a chamada zona incerta 
do subtálamo. Contudo, o subtálamo apresenta algumas formações 
cinzentas e brancas que lhe são próprias, sendo a mais importante o 
núcleo subtalâmico. 
Este núcleo tem conexões nos dois sentidos com o globo pálido 
através do circuito pálido-subtálamo-palidal, importante para a 
regulação da motricidade somática. 
NÚCLEO DO MESENCÉFALO: 
SUBSTÂNCIA NEGRA: 
A substância negra do mesencéfalo e os núcleos subtalâmicos são 
intimamente relacionados aos núcleos da base. 
A substância negra comunica-se com o corpo estriado via neurônios 
dopaminérgicos (inibitórios). Já os núcleos subtalâmicos 
comunicam-se com o globo pálido e com a substância negra 
através de neurônios glutaminérgicos, excitatórios. 
 
 
@resumosdamed_ 
 
11 
 
IDENTIFICAR A PONTE E O BULBO DO TRONCO 
ENCEFÁLICO, RECONHECENDO AS PIRÂMIDES BULBARES 
E A DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES E A SOMATOTOPIA EM 
RELAÇÃO À VIA PIRAMIDAL: 
O tronco encefálico localiza-se entre a medula e o diencéfalo, 
situando-se ventralmente ao cerebelo. Na sua constituição entram 
corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e em fibras 
nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados 
tractos, fascículos ou lemniscos. Estes elementos da estrutura interna 
do tronco encefálico podem estar relacionados com relevos e 
depressões de sua superfície. Muitos dos núcleos do tronco 
encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na 
constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 
10 fazem conexão no tronco encefálico. 
 
BULBO: 
É também conhecido por bulbo raquídeo ou medula oblonga. Tem 
a forma de um cone e é a parte mais caudal do troncoencefálico. 
Sua parte inferior está ligada à medula espinhal e a parte superior à 
ponte. Seu limite superior se encontra no nível do sulco bulbo-pontino 
(margem inferior da ponte) e seu limite inferior se encontra no nível 
do forame magno. O bulbo recebe informações de vários órgãos do 
corpo, controlando as funções autônomas, chamadas de vida 
vegetativa, como: batimentos cardíacos, respiração, pressão do 
sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de engolir. 
De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência 
denominada pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras 
nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos 
neurônios motores da medula. Este trato é chamado de trato 
piramidal ou trato córtico-espinhal. 
Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam 
obliquamente o plano mediano e constituem a decussação das 
pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o hemisfério 
cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério 
cerebral esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma 
lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda sua 
metade esquerda. 
PONTE: 
É a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o 
mesencéfalo. Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa 
sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do 
esfenoide. Sua base situada ventralmente apresenta uma estriação 
transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras 
transversais que a percorrem. 
Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, 
o pedúnculo cerebelar médio, que se penetra no hemisfério 
cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte 
@resumosdamed_ 
 
12 
 
e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de 
emergência do nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência 
se faz por duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, 
e outra menor, ou raiz motora do nervo trigêmeo. 
COMPREENDER TODO O TRAJETO DAS VIAS PIRAMIDAIS 
ATÉ A MEDULA ESPINAL IDENTIFICANDO OS TRATOS 
CORTICOSPINAL ANTERIOR E LATERAL EM CORTES 
TRANSVERSAIS DA MEDULA ESPINAL E COMPREENDER A 
SUA DISTRIBUIÇÃO SOMATOTÓPICA NOS FUNÍCULOS 
LATERAL E ANTERIOR E NA COLUNA ANTERIOR DA 
MEDULA ESPINAL: 
TRATOS CORTICOESPINHAIS: 
Unem o córtex cerebral aos neurônios motores da medula. Um terço 
de suas fibras originam-se na área 4, área motora primária, um terço 
na área 6, áreas pré-motoras e motoras suplementares, e um terço 
no córtex somatossensorial, que contribui para a regulação do fluxo 
de informação sensorial na coluna posterior. 
As fibras têm o seguinte trajeto: área 4 (maioria), coroa radiada, 
perna posterior da cápsula interna, base do pedúnculo cerebral, 
base da ponte e pirâmide bulbar. No nível da decussação das 
pirâmides, uma parte das fibras continua ventralmente, constituindo 
o trato corticoespinhal anterior. Outra parte cruza na decussação 
das pirâmides para constituir o trato corticoespinhal lateral. 
As fibras do trato corticoespinhal anterior ocupam o funículo anterior 
da medula e, após cruzamento na comissura branca, terminam em 
relação com os neurônios motores contralaterais, responsáveis pelos 
movimentos voluntários da musculatura axial. Ele pertence, pois, ao 
sistema antero-medial da medula. Na maioria das pessoas, ele só 
pode ser individualizado até os níveis torácicos médios. 
O trato corticoespinhal lateral é o mais importante, pois ocupa o 
funículo lateral ao longo de toda a extensão da medula e suas fibras 
influenciam os neurônios motores da coluna anterior de seu próprio 
lado. Na maioria dos mamíferos, as fibras motoras do trato 
corticoespinhal lateral terminam na substância cinzenta intermédia, 
fazendo sinapses com interneurônios, os quais, por sua vez, se ligam 
aos motoneurônios da coluna anterior. Nos primatas, inclusive no 
homem, além dessas conexões indiretas, um número significativo de 
fibras corticoespinhais faz sinapse diretamente com os neurônios 
motores alfa e gama. Convém lembrar que nem todas as fibras do 
trato corticoespinhal são motoras. Um número significativo delas, 
originadas na área somestésica do córtex, termina na coluna 
posterior e estão envolvidas no controle dos impulsos sensitivos. Sem 
dúvida, entretanto, a principal função do trato corticoespinhal 
lateral é motora somática. A maioria de suas fibras termina em 
relação com neurônios motores que controlam a musculatura distal 
dos membros e é o principal feixe de fibras responsáveis pela 
motricidade voluntária no homem, e pertence ao sistema lateral da 
medula. Entretanto, ao contrário do que se admitia até há alguns 
anos, esta função é exercida também pelo trato rubroespinhal, que 
age sobre a musculatura distal dos membros, e pelos tratos 
reticuloespinhais, que agem sobre a musculatura axial e proximal dos 
membros. Entende-se, pois, que, em virtude desta ação 
compensadora desses dois tratos, as lesões do trato corticoespinhal 
lateral não causam quadros de hemiplegia como se acreditava, e 
@resumosdamed_ 
 
13 
 
os déficits motores que resultam dessas lesões são relativamente 
pequenos. Há fraqueza muscular (paresia) e dificuldade de contrair 
voluntariamente os músculos com a mesma velocidade com que 
poderiam ser contraídos em condições normais. A fraqueza muscular 
pode ser muito pronunciada logo após a lesão, mas regride 
consideravelmente com o tempo. Entretanto, o sintoma mais 
evidente, e do qual os doentes não se recuperam, é a incapacidade 
de realizar movimentos independentes de grupos musculares 
isolados (perda da capacidade de fracionamento). Assim, os 
doentes, ou os macacos, no caso de lesões experimentais, não 
conseguem mover os dedos isoladamente e não fazem mais 
oposição entre os dedos polegar e indicador. Desse modo, 
movimentos delicados, como os de abotoar uma camisa, tornam-se 
impossíveis. 
A capacidade de realizar movimentos independentes dos dedos é 
uma característica exclusiva dos primatas, que se deve à presença 
de fibras do trato corticoespinhal que se ligam diretamente aos 
neurônios motores. A função de possibilitar tais movimentos pode, 
pois, ser considerada como a função mais importante do trato 
corticoespinhal nos primatas, principalmente porque é exercida 
exclusivamente por ele e, desse modo, em casos de sua lesão, não 
pode ser compensada por outros tratos. Além dos déficits motores 
descritos, a lesão do trato corticoespinhal dá origem, também, ao 
sinal de Babinski, reflexo patológico que consiste na flexão dorsal do 
hálux quando se estimula a pele da região plantar. 
 
 
@resumosdamed_ 
 
14 
 
 
COMPREENDER O TRATO CORTICONUCLEAR OU 
CORTICOBULBAR E SUA RELAÇÃO COM OS NERVOS 
CRANIANOS: 
O trato corticonuclear tem o mesmo valor funcional do trato 
corticoespinhal, diferindo deste principalmente pelo fato de 
transmitir impulsos aos neurônios motores do tronco encefálico e não 
aos da medula. Assim, o trato corticonuclear põe sob controle 
voluntário os neurônios motores situados nos núcleos motores dos 
nervos cranianos. 
As fibras do trato corticonuclear originam-se principalmente na parte 
inferior da área 4 (na região correspondente à representação 
cortical da cabeça), passam pelo joelho da cápsula interna e 
descem pelo tronco encefálico, associadas ao trato corticoespinhal. 
À medida que o trato corticonuclear desce pelo tronco encefálico, 
dele se destacam feixes de fibras que terminam nos neurônios 
motores dos núcleos da coluna eferente somática (núcleos do III, IV, 
VI e XII) e eferente visceral especial (núcleo ambíguo, IX e X, e núcleo 
motor do V e do VII). Como ocorre no trato corticoespinhal, a maioria 
das fibras do trato corticonuclear faz sinapse com neurônios 
intemunciais situados na formação reticular, próximo aos núcleos 
motores, e estes, por sua vez, ligam-se aos neurônios motores. Do 
mesmo modo,muitas fibras desse trato terminam em núcleos 
sensitivos do tronco encefálico (grácil, cuneiforme, núcleos sensitivos 
do trigêmeo e núcleo do trato solitário), relacionando-se com o 
controle dos impulsos sensoriais. 
Embora as semelhanças entre os tratos corticoespinhal e 
corticonuclear sejam muito grandes, existe uma diferença entre eles 
que tem importância clínica: enquanto as fibras do trato 
corticoespinhal são fundamentalmente cruzadas, o trato 
corticonuclear tem grande número de fibras homolaterais. Assim, a 
maioria dos músculos da cabeça está representada no córtex motor 
dos dois lados. Essa representação bilateral é mais acentuada nos 
grupos musculares que não podem ser contraídos voluntariamente 
de um lado só, como os músculos da laringe e faringe, os músculos 
da parte superior da face (orbicular, frontal e corrugador do 
supercílio), os músculos que fecham a mandíbula (masseter, 
temporal e pterigoídeo medial) e os músculos motores do olho. Por 
esse motivo, tais músculos não sofrem paralisia quando o trato 
corticonuclear é interrompido de um só lado (por exemplo, em uma 
das cápsulas internas), como ocorre frequentemente nos acidentes 
vasculares cerebrais (“derrames” cerebrais). Entretanto, pode haver 
um ligeiro enfraquecimento dos movimentos da língua, cuja 
representação no córtex motor já é predominantemente 
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heterolateral e uma paralisia dos músculos da metade inferior da 
face, cuja representação é heterolateral. Os neurônios motores do 
núcleo do nervo facial, responsáveis pela inervação dos músculos 
da metade inferior da face, recebem fibras corticonucleares do 
córtex do lado oposto, enquanto os responsáveis pela inervação dos 
músculos da metade superior da face recebem fibras 
corticonucleares do córtex dos dois lados. Esse fato permite distinguir 
as paralisias faciais centrais das periféricas. 
 
COMPREENDER OS CIRCUITOS MOTORES DIRETO E 
INDIRETO E AS VIAS SUBSIDIÁRIAS: 
CIRCUITO MOTOR: 
Origina-se nas áreas motoras do córtex e na área somestésica e 
projeta-se para o putâmen de maneira somatotópica, ou seja, para 
cada região do córtex há uma região correspondente no putâmen. 
A partir do putâmen, o circuito motor pode seguir por duas vias, 
direta e indireta. 
Ligado ao circuito motor há um circuito subsidiário, no qual o 
putâmen mantém conexões recíprocas com a substância negra. 
Este circuito é importante porque as fibras nigroestriatais são 
dopaminérgicas e exercem ação modulatória sobre o circuito 
motor. Esta ação é excitatória na via direta e inibitória na via indireta. 
O fato do mesmo neurotransmissor, dopamina, ter ações diferentes 
explica-se pelo fato de que no putâmen existem dois tipos de 
receptores de dopamina, Dl excitador e D2 inibidor. 
Nas duas vias o pálido medial mantém uma inibição permanente 
dos dois núcleos talâmicos resultando em inibição das áreas motoras 
do córtex. 
VIA DIRETA: 
Na via direta, a conexão do putâmen se faz diretamente com o 
pálido medial e deste para os núcleos ventral anterior (VA) e ventral 
lateral (VL) do tálamo de onde se projetam para as mesmas áreas 
motoras de origem. 
Além disso, nesta via, o putâmen inibe o pálido medial, cessa a 
inibição deste sobre o tálamo resultando ativação do córtex e 
facilitação dos movimentos. 
@resumosdamed_ 
 
16 
 
 
VIA INDIRETA: 
Já na via indireta, a conexão é com o pálido lateral que, por sua vez, 
projeta-se para o núcleo subtalâmico e deste para o pálido medial. 
Do pálido medial, seguido do tálamo e córtex como na via direta. 
Além disso, nesta via, a projeção excitatória do núcleo subtalâmico 
sobre o pálido medial aumenta a inibição deste sobre os núcleos 
talâmicos resultando em inibição do córtex e dos movimentos. A 
ação excitatória das fibras dopaminérgicas nigroestriatais sobre o 
putâmen também inibe o pálido medial, com efeito semelhante ao 
de via direta, ou seja, há ativação dos núcleos talâmicos, resultando 
ativação do córtex motor, com facilitação dos movimentos. 
 
 
COMPREENDER A CONSTITUIÇÃO E IMPORTÂNCIA 
FUNCIONAL DOS NEURÔNIOS: 
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e 
transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando 
ao organismo a execução de respostas adequadas para a 
manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam 
com duas propriedades fundamentais: a excitabilidade e a 
condutibilidade. 
Excitabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder 
a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, excitabilidade 
não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a 
responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do 
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares 
distintos também diferem umas das outras. A resposta emitida pelos 
neurônios assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo 
de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios 
transmitem essa onda de excitação – chamada de impulso nervoso 
– por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto 
espaço de tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade de 
condutibilidade. 
Os neurônios são considerados a unidade básica do sistema nervoso. 
Estas são as verdadeiras células condutoras do tecido nervoso, as 
responsáveis pela recepção e pela transmissão dos impulsos 
nervosos sob a forma de sinais elétricos. Estas células não têm a 
capacidade de se regenerar. Os neurônios são compostos pelo 
corpo celular ou pericário, dendritos e axônios. 
@resumosdamed_ 
 
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Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a síntese 
proteica, sendo também nesta aqui que ocorre a convergência das 
correntes eléctricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo 
celular neuronal contém apenas um núcleo que se encontra no 
centro da célula. É também nesta estrutura que estão alojadas todas 
as funções celulares em geral. 
Dendritos: são prolongamentos especializados em receber e 
transportar os estímulos das células sensoriais, dos axônios, e de 
outros neurônios. Possuem múltiplas ramificações e extremidades 
arborizadas, o que lhes dá a capacidade de receber múltiplos 
estímulos de vários neurônios de maneira simultânea. 
Axônios: são prolongamentos únicos especializados na condução 
de impulsos, que transmitem informações do neurônio para outras 
células (nervosas, musculares, glandulares). Normalmente existe 
apenas um único axônio em cada neurônio. 
Os neurônios podem ser divididos e classificados segundo algumas 
características particulares como a forma e a função. 
• Quanto à forma: 
➢ Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio. 
➢ Bipolares: possuem um dendrito e um axônio. 
➢ Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo 
celular, prolongamento único, mas este se divide em dois, 
dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o 
sistema nervoso central. 
• Quanto à função: 
➢ Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como 
glândulas e fibras musculares. 
➢ Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo 
ou do ambiente. 
➢ Interneurônios: estabelecem conexões entre outros 
neurônios, formando circuitos complexos. 
 
ENTENDER AS SUBDIVISÕES DO CÓRTEX CEREBRAL E SEUS 
CONSTITUINTES: 
O córtex cerebral é formado por três grandes faces: 
• Face Súpero-Lateral; 
• Face Medial; 
• Face Inferior. 
Embora o córtex cerebral tenha faces, estas não são suaves devido 
ao seu desenvolvimento embrionário. As faces caracterizam-se por 
elevações ou dobras chamadas giros (circunvoluções) e depressões 
chamadas sulcos. Estes sulcos definem cada giro (circunvolução), 
@resumosdamed_ 
 
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enquanto que os grandes sulcos chamados fissuras limitam e dividem 
o córtex cerebral em quatro subdivisões principais, chamadas lobos, 
que são: 
• Lobo Frontal; 
• Lobo Parietal; 
• Lobo Temporal; 
• Lobo Occipital. 
Estes lobos são nomeadosde acordo com sua relação com os ossos 
do crânio. Assim, o lobo frontal é a parte que fica imediatamente 
profundamente ao osso frontal; junto ao osso parietal encontra-se o 
lobo parietal; o lobo temporal está próximo do osso temporal; e o 
lobo occipital encontra-se em relação com o osso occipital do 
crânio. 
Cada hemisfério possui três pólos: (1) Frontal, (2) Occipital e (3) 
Temporal; e três faces: (1) Súpero-lateral (convexa); (2) Medial 
(plana); e (3) Inferior ou base do cérebro (irregular), repousando 
anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e 
posteriormente na tenda do cerebelo. 
SULCOS E GIROS: 
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. 
Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. 
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é 
ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro 
posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central 
relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás 
deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE. 
Sulco Parieto-Occipital: situado no telencéfalo, na face medial, 
separando o lobo parietal do occipital. 
LOBOS: 
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua 
localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, tem-se cinco 
lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é 
o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está 
situado profundamente no sulco lateral. 
 
NAS IMAGENS DE LÂMINA DE CÉREBRO IDENTIFICAR, 
COMPREENDER A CONSTITUIC ̧ÃO, LOCALIZAC ̧ÃO E 
IMPORTÂNCIA FUNCIONAL DAS SEGUINTES ESTRUTURAS: 
No córtex são encontradas 2 células da glia fundamentais: 
I. Astrócitos: são as maiores células da neuroglia. Apresentam 
prolongamentos citoplasmáticos terminando em pedicelos 
que envolvem os vasos sanguíneos (pés vasculares), além 
@resumosdamed_ 
 
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disso → formam uma barreira protetora entre a pia-máter e 
o tecido nervoso; dão suporte estrutural e funcional aos 
neurônios; e possuem capacidade proliferativa em 
cicatrizações após injúria. 
Obs: a íntima associação dos astrócitos e dos capilares 
encefálicos sugere papel na regulação do metabolismo 
encefálico. 
 
II. Micróglias: são as menores células gliais, possuindo ação 
fagocitária. Além disso, elas são apresentadoras de 
antígenos e secretoras de citocinas. 
 
No córtex cerebral existem neurônios, células neurogliais e fibras. As 
células da neuróglia cortical não têm nenhuma característica 
especial. Os neurônios e as fibras distribuem-se de vários modos, em 
várias camadas, sendo a estrutura do córtex cerebral muito 
complexa e heterogênea. Nisto difere, pois, do córtex cerebelar, que 
tem uma organização estrutural mais simples e uniforme em todas as 
áreas. 
Quanto à sua estrutura, distinguem-se dois tipos de córtex: isocórtex 
e alocórtex. No isocórtex existem seis camadas, o que não ocorre no 
alocórtex, cujo número de camadas varia, mas é sempre menor que 
seis. 
Cada uma dessas camadas tem papéis diferentes e varia em 
espessura relativa entre as diferentes regiões corticais (por exemplo, 
uma região somatossensorial como as áreas 1, 2 e 3 de Brodmann 
tem uma camada granular interna espessa em comparação com as 
suas camadas piramidais; uma região motora como a área 4 de 
Brodmann tem uma camada piramidal interna espessa em 
comparação com as suas próprias camadas de células granulares). 
As camadas celulares do córtex cerebral, de superficial para 
profunda, são: 
I. Camada Molecular (ou plexiforme): é uma camada de 
fibras, com dendritos apicais e aferentes não específicos; 
II. Camada Granular Externa: interneurônios para aferência 
não específicas; 
III. Camada Piramidal Externa: composta de células pequenas 
e médias, com eferências de associação curtas; 
IV. Camada Granular Interna: composta por interneurônios para 
aferências específicas; 
@resumosdamed_ 
 
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V. Camada Piramidal Interna (ou ganglionar): composta por 
células grandes com longas eferências de projeção ou 
associação; 
VI. Camada de Células Fusiformes (ou multiforme): composta 
por células de formato variável com longas eferências de 
projeção ou associação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A camada molecular, situada na superfície do córtex, é rica em 
fibras de direção horizontal e contém poucos neurônios. Nas demais 
camadas predomina o tipo de neurônio que lhes dá o nome. São 
três os principais neurônios do córtex: 
• Células Piramidais: têm um corpo celular cônico de mais de 
30 µm de diâmetro, e um dendrito apical e muitos dendritos 
basais, bem como um axônio que deixa a base da célula 
para a substância branca. Estes neurônios formam as células 
eferentes do córtex cerebral. As células piramidais existem 
em todas as camadas, predominando, entretanto, nas 
camadas piramidal externa e interna, que são consideradas 
camadas predominantemente efetuadoras 
• Células Granulares: são pequenas células que têm um corpo 
celular redondo de menos de 10 µm de diâmetro. As células 
granulares servem como interneurônios, recebendo 
aferências de fibras corticais aferentes e fazendo sinapse 
com neurônios eferentes (isto é, células piramidais) do córtex 
cerebral. As células granulares existem em todas as 
camadas, mas predominam nas camadas granular interna e 
externa. 
• Células Fusiformes: possuem um axônio descendente, que 
penetra no centro branco medular, sendo, pois, células 
efetuadoras. Predominam na VI camada, ou camada de 
células fusiformes. 
@resumosdamed_ 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVER A VIA NIGROESTRIADA: 
A maioria dos neurônios dopaminérgicos localiza-se no mesencéfalo, 
em duas regiões muito próximas: a área tegmentar ventral, 
pertencente à formação reticular, e a substância negra, no qual 
origina-se a via nigroestriatal que termina no corpo estriado, sendo 
muito importante no controle da atividade motora. 
Na área tegmentar ventral origina-se a via dopaminérgica 
mesolímbica que se projeta para o núcleo accumbens, núcleos do 
septo e o córtex pré-frontal integrantes do sistema de recompensa 
ou de prazer do cérebro. Sua descoberta veio reforçar a chamada 
hipótese dopaminérgica da esquizofrenia, segundo a qual os 
sintomas psíquicos observados nessa doença resultariam de 
alterações na transmissão dopaminérgica para o sistema límbico e 
o córtex pré-frontal. Haveria uma hiperatividade na via 
dopaminérgica mesolímbica, tanto que a administração de drogas 
que bloqueiam os receptores dopaminérgicos tem efeitos benéficos 
sobre a doença. 
@resumosdamed_ 
 
22 
 
Comparando-se as áreas de projeção das vias dopaminérgicas com 
as já estudadas para as vias serotoninérgicas e noradrenérgicas, 
verifica-se que, enquanto estas se distribuem a quase todo o sistema 
nervoso central as vias dopaminérgicas têm distribuição bem mais 
restrita e localizada. Além das regiões descritas como tendo funções 
modulatórias, existem neurônios dopaminérgicos de distribuição 
mais restrita em várias partes do encéfalo, em especial no 
hipotálamo, onde estão envolvidos na regulação endócrina e 
autonômica. 
 
ANÁLISE CLÍNICA E PATOLÓGICA: 
SÍNDROMES PIRAMIDAIS: 
Por definição, o trato piramidal são todas as fibras que cursam 
longitudinalmente pela pirâmide bulbar, não importando seu local 
de origem no córtex cerebral ou destino final na medula. As células 
piramidais fazem parte de quase todo o córtex cerebral, mas apenas 
uma parte dos axônios dessas células passa pelas pirâmides bulbar. 
Portanto, as únicas lesões que provocariam uma síndrome piramidal 
pura seriam interrupções à passagem das fibras, onde as mesmas se 
encontram isoladas na pirâmide bulbar. 
PATOLOGIAS HIPOCINÉTICAS: 
DOENÇA DE PARKINSON: 
Caracteriza-se por três sintomas básicos: tremor, rigidez e 
bradicinesia. O tremor manifesta-se nas extremidades quando elas 
estão paradas,e desaparece com o movimento. A rigidez resulta de 
uma hipertonia de toda a musculatura esquelética. A bradicinesia 
manifesta-se por lentidão e redução da atividade motora 
espontânea, na ausência de paralisia. Há também grande 
dificuldade para dar-se início aos movimentos. Verificou-se que, na 
doença de Parkinson, a disfunção está na substância negra, 
resultando em diminuição de dopamina nas fibras nigroestriatais. 
Desse modo, cessa a atividade moduladora que essas fibras 
exercem sobre as vias direta e indireta, resultando em aumento da 
inibição dos núcleos talâmicos. A descoberta desse fato inspirou a 
terapêutica da doença de Parkinson, que visa aumentar o teor de 
dopamina nas fibras nigroestriatais. Tentativas para obter-se esse 
resultado através da administração de dopamina não obtiveram 
sucesso, pois essa amina só atravessa a barreira hematoencefálica 
em concentrações muito altas e tóxicas para o restante do 
@resumosdamed_ 
 
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organismo. Verificou-se, entretanto, que o isômero levógiro da 
diidroxifenilalanina (L-Dopa) atravessa a barreira, é captado pelos 
neurônios e fibras dopaminérgicas da substância negra e 
transformado em dopamina, o que causa melhora dos sintomas da 
doença de Parkinson. 
Baseado no que foi estudado sobre o circuito motor, pode-se 
compreender o que provavelmente ocorre na fisiopatologia dessa 
doença. A perda da aferência dopaminérgica para o estriado leva 
à diminuição de atividade da via direta, onde a dopamina tem 
ação excitatória, e ao aumento na via indireta, onde a dopamina 
tem ação inibitória. A diferença das ações da dopamina nos dois 
circuitos deve-se ao fato de que no circuito direto o receptor é D 1 
ativador e no circuito indireto D2 inibitório, devido às diferentes 
ações da dopamina nas duas vias. Estas alterações levam ao 
aumento na atividade do pálido medial e consequente aumento da 
inibição dos neurônios talamocorticais, ocasionando os sintomas 
hipocinéticos característicos da doença. 
Na doença de Parkinson, em relação à via indireta, ocorre excessiva 
atividade do núcleo subtalâmico, o que parece ser um fator 
importante na produção dos sintomas. Por isso, a lesão desse núcleo, 
reduzindo a excitação excessiva do pálido medial, melhora os sinais 
de parkinsonismo. Resultados similares podem ser obtidos lesando-se, 
por cirurgia estereotáxica, o pálido medial. 
PATOLOGIAS HIPERCINÉTICAS: 
COREIAS DE SYDENHAM E HUNTINGTON: 
Coreia são movimentos involuntários, irregulares, sem finalidade, não 
rítmicos, abruptos, rápidos, não mantidos, erráticos, caracterizados 
por um fluxo de movimentos de uma parte do corpo para outra, que 
se repete com intensidade e topografiavariáveis. 
Tem-se como exemplo clássico das coreias a doença de Huntington. 
Trata-se de uma enfermidade neurodegenerativa, de natureza 
genética, causada por uma mutação localizada no cromossomo 4, 
com o desenvolvimento de atrofia no nível do corpo estriado, 
particularmente da cabeça do núcleo caudado. 
Outro exemplo de coreia é a coreia de Sydenham, de origem 
autoimune, que pode ocorrer na febre reumática e pode ser o 
primeiro sintoma da coreia. Um tumor ou infarto no estriado 
(caudado ou putâmen) pode causar coreia unilateral aguda 
(hemicoreia). A coreia de Sydenham é uma coreia decorrente de 
infarto do núcleo caudado geralmente diminuem com o tempo sem 
tratamento. 
Nas coreias, ocorre a perda de função da via inibitória entre o 
putâme e o segmento lateral do globo pálido, provocando uma 
excessiva atividade inibitória dessa estrutura sobre o núcleo 
subtalâmico; a consequência é uma redução do seu tônus 
excitatório sobre o segmento medial do globo pálido e a pars 
reticulata e, finalmente, uma redução da ação inibitória do tálamo 
sobre o córtex cerebral motor, provocando, assim, a ocorrência de 
movimentos involuntários anormais excessivos definidos como 
coreia. 
ATETOSES: 
@resumosdamed_ 
 
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É um termo que descreve um tipo particular de movimento comum 
a pessoas com condições como a doença de Huntington e outras 
que afetam o sistema nervoso central. O movimento atético é lento 
e sinuoso, e afeta principalmente os braços, pernas, mãos e pés. 
BALISMOS: 
Define-se balismo como um movimento involuntário do tipo coreico, 
de grande amplitude, afetando os membros, que ocorre sobretudo 
unilateralmente. O balismo, particularmente a sua forma lateralizada 
(que ocorre em um dimídio, conhecida como hemibalismo), é 
considerado o único distúrbio do movimento hipercinético que 
apresenta uma área específica de lesão nos GB, que é o núcleo 
subtalâmico. Desse modo, perde-se a ação excitatória do núcleo 
subtalâmico sobre o segmento medial do globo pálido e apars 
reticulata, e, consequentemente, vai existir uma redução da ação 
talâmica sobre o córtex motor, facilitando a ocorrência do 
movimento involuntário anormal. 
Lesão na substância negra: Doença de Parkinson (hipocinesia). 
Lesão no núcleo subtalâmico (glopo pálido): Balismos 
(hipercinesia). 
Lesão nos núcleos da base: Coreia e Atetose. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1. MACHADO, A. Neuroanatomia funcional, 3ª.edição.Atheneu. São 
Paulo, 2013. 
2. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5ª.edição. Elsevier. São 
Paulo, 2011. 
3. MENESES, Murilo S.. Neuroanatomia aplicada. 3. ed ed. Rio de 
Janeiro: , 2016.

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