Buscar

Doenças Pulmonares Restritivas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Stephane Bispo @vidadefisio_study 
As doenças pulmonares restritivas são definidas como 
todo o tipo de doença que se caracteriza por uma 
diminuição da expansão dos pulmões e diminuição da 
sua capacidade com perda de área de trocas gasosas, 
pois o ar não consegue entrar na quantidade normal. 
As doenças restritivas podem ser classificadas, de 
acordo seu fator causal em: 
• Doenças do parênquima pulmonar – Incluem a 
fibrose pulmonar, sarcoidose, pneumonite por 
hirpersensicilidade, doença do tecido conectivo. 
• Doenças da pleura – Derrame pleural e 
Pneumotórax. 
• Doença da parede torácica – Espondilite 
anquilosante, escoliose. 
• Doenças neuromusculares – Distrofias 
musculares, Esclerose lateral amiotrófica, Guillain-
Barré. 
Parênquima Pulmonar 
• A expressão parênquima pulmonar refere-se ao 
tecido alveolar do pulmão, formado por células 
pulmonares, macrófago alveolar, fibroblasto, 
interstício. As células pulmonares são de 2 tipos. 
 
• Célula tipo I, trata-se de uma célula básica da 
estrutura da parede alveolar (estrutural), 
recobrem quase inteiramente a superfície alveolar 
e sua principal função é a sustentação mecânica. 
 
• A célula do tipo II, é uma célula metabolicamente 
ativa e responsável pela produção do líquido 
surfactante. Depois de uma lesão na parede 
alveolar as células do tipo II se multiplicam e se 
transformam e células do tipo I. Os macrófagos 
alveolares se localizam em torno do alvéolo e são 
responsáveis pela fagocitose de bactérias e 
partículas estranhas. Os fibroblastos sintetizam 
colágeno e elastina, que são os componentes da 
parede do interstício alveolar. 
 
• Após uma lesão intersticial quantidades de 
colágeno e elastinas podem ser produzidas e 
depositadas no interstício causando fibrose 
tecidual. O Interstício é o espaço entre o epitélio 
alveolar e o endotélio capilar e através do qual 
acontece a hematose. 
 
Características da Doença Pulmonar 
Restritiva 
→ Tem como principal característica mecânica, a 
baixa complacência pulmonar. 
Causas da baixa complacência: 
• Diminuição da produção de surfactante alveolar; 
• Maior tensão superficial na parede dos alvéolos, 
com uma tendência ao colabamento; 
• Aumento do trabalho elástico do sistema 
respiratório; 
• Obesidade, impedindo o trabalho do diafragma; 
• Qualquer paralisia da musculatura torácica; 
• Problema de natureza óssea, associada aos ossos 
do tórax; 
• Doenças auto-imunes que provoquem a destruição 
de receptores colinérgicos; 
• Fibrose Pulmonar. 
Funções do Surfactante 
 
Volumes Pulmonares dependem da 
complacência 
São reconhecidos 4 volumes pulmonares: 
• VRI: Volume de Reserva Inspiratória - corresponde 
ao máximo de ar que é possível inspirar ao fim de 
uma inspiração normal; 
• VC: Volume Corrente - volume de ar mobilizado 
normalmente a cada ciclo respiratório; 
• VRE: Volume de Reserva Expiratória - máximo de 
ar que pode ser exalado a partir da posição de 
repouso respiratório (fim de uma inspiração 
normal); 
• VR: Volume Residual - volume de ar que 
permanece no pulmão ao fim de uma expiração 
máxima 
Doenças Pulmonares Restritivas 
 
Stephane Bispo @vidadefisio_study 
A partir dos quatro volumes fundamentais, 
podem-se medir 4 capacidades 
respiratórias 
1. Capacidade Vital (CV) 
2. Capacidade Inspiratória (CI) 
3. Capacidade Residual Funcional (CRF) 
4. Capacidade Pulmonar Total (CPT) 
CV: É capacidade vital do pulmão completamente 
cheio de gás; portanto, é a somatória de 3 volumes: VRI 
+ VC + VRE 
CI: Capacidade Inspiratória, que é a soma de: VRI + VC 
CRF: Capacidade Residual Funcional, somatório de: 
VRE + VR 
CPT: Capacidade Pulmonar total, somatório de: VRI + 
VC + VRE + VR ou CV + VR 
Volumes e Capacidades Pulmonares 
 
Ponto de repouso elástico do sistema 
respiratório 
• Ponto de equilíbrio entre as forças contrárias 
(complacência e retração elástica) é dado o nome 
de ponto de repouso elástico do sistema 
respiratório; 
Define duas capacidades distintas: 
1. Capacidade residual funcional. 
2. Capacidade inspiratória. 
Espirometria na Doença Pulmonar 
Restritiva 
• O achado da espirometria destes indivíduos é de 
volumes e capacidades diminuídas; 
• Capacidade vital é 85% daquela esperada para um 
indivíduo saudável e com a mesma massa 
corpórea. 
Padrão Ventilatório na Doença Pulmonar 
Restritiva 
• Aumento da frequência respiratória 
• Menor volume corrente. 
 
 
 
Stephane Bispo @vidadefisio_study 
Fibrose Pulmonar 
Doença respiratória crônica e progressiva 
caracterizada pela formação de excessivo tecido 
conectivo (fibrose), “engrossand” as paredes dos 
tecidos pulmonares. 
Trata-se de uma doença intersticial crônica e 
progressiva, tem como sinônimos: Fibrose pulmonar 
idiopática, pneumonite intersticial, alveolite 
fibrosante. O achado principal da doença é um 
espessamento do espaço intersticial alveolar. 
Apresentando infiltração de linfócitos e células 
plasmáticas no início da doença. Mais tarde ocorre 
aparecimento de fibroblastos que depositam feixes 
espessos de colágeno. 
Em alguns portadores da doença, pode aparecer 
exsudatos celular no interior dos alvéolos, constituídos 
por macrófagos, formando uma descamação tecidual. 
Com a evolução da doença, a arquitetura alveolar pode 
ser destruída e no local vai aparecendo cicatrizações e 
dilatações dos brônquios terminais e respiratórios. 
Essas alterações levam a um padrão conhecido como 
pulmão em “favo de mel” ou faveolamento pulmonar 
 
 
Ocorre quando o tecido pulmonar é danificado e forma 
cicatrizes, “endurecendo” e prejudicando a 
elasticidade e troca gasosa; 
Pode ser causado por doenças pulmonares 
intersticiais, por infecções, doenças genéticas ou por 
doença autoimune.

Continue navegando