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Didática no Ensino 1 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos GESTÃO DE SUPRIMENTOS HOSPITALARES Didática no Ensino 1 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos Nogueira, Walber, 2019. Gestão de Suprimentos Hospitalares - Jupiter Press - São Paulo/SP 29 páginas. Palavras-chave: 1. Suprimentos hospitalares; 2. Logística; 3. Gestão. Didática no Ensino 2 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos s SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................3 1. HISTÓRICO DOS SISTEMAS LOGÍSTICOS ...................................................................................4 2. CUSTOS OPERACIONAIS LOGÍSTICOS: VISÃO GERAL ....................................................5 2.1. COMO AUMENTAR A LUCRATIVIDADE? ....................................................................6 2.2. COMO REDUZIR OS RISCOS? ...........................................................................................6 2.3. COMO MELHORAR A PRODUTIVIDADE? .................................................................6 2.4. COMO COLOCAR A GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS PRÁTICA ...........7 2.5. COMO DEVEMOS ESTUDAR OS CUSTOS? ..............................................................7 3. A CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN): CONCEITOS PRINCIPAIS .......9 4. ORGANIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: FUNÇÕES, COMPRAS E FORNECEDORES ......................................................................................................................................11 4.1. PROBLEMAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS..........................................................11 4.2. O OBJETIVO DA SINCRONIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .......11 4.3. MODELOS DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS ...........................................................12 4.4. CADEIA DE SUPRIMENTOS APOIADA NO USO DA TECNOLOGIA .........12 5. O PAPEL DO HOSPITAL NA CADEIA DE .....................................................................................13 SUPRIMENTOS ...............................................................................................................................................13 6. LOGÍSTICA: GESTÃO LOGÍSTICA NA SAÚDE ...........................................................................15 6.1. ENTENDENDO A CLASSIFICAÇÃO XYZ ......................................................................16 6.2. A CRITICIDADE XYZ E A ABC ..............................................................................................17 7. ARMAZENAGEM - GESTÃO DE ESTOQUE - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SUPRIMENTOS NA SAÚDE ..............................................................................................................18 7.1. ARMAZENAGEM ..........................................................................................................................18 7.2. RASTREABILIDADE E TRANSPORTE ..............................................................................19 7.3. ARMAZENAGEM DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS .........................................19 7.4. PRODUTOS PERIGOSOS .......................................................................................................20 8. GESTÃO DE MATERIAL E MEDICAMENTOS ............................................................................22 8.1. ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR .......................................................................................23 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................25 * * A navegação deste e-book por meio de botões interativos pode variar de funcionalidade dependendo de cada leitor de PDF. Didática no Ensino 3 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos INTRODUÇÃO O texto que segue é uma introdução do que nós teremos pela frente e, o mais importante, é entendermos que este material irá enriquecer a pesquisa em torno do assunto Gestão de suprimentos hospitalares. Objetiva-se que as informações contidas nele possam complementar as discussões e curiosidades sobre o assunto. Este e-book está elaborado de acordo com a sequência das unidades desenvolvidas na disciplina. Falar sobre logística em gestão de saúde, especialmente para profissionais de saúde, implica na necessidade de algumas informações conceituais iniciais, para somente então dar a profundidade necessária em relação à área da saúde. Constam tópicos relacionados ao histórico da logística, seguida do custos operacionais numa visão geral, os principais conceitos da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), além de suas principais funções como compras e fornecedores, o papel do hospital na cadeia produtiva e a aplicação do processo logístico em serviços da saúde, assim como a armazenagem de materiais e medicamentos que são imprescindíveis para o bom funcionamento da cadeia de suprimentos hospitalares. Espera-se que esse material fundamente seu conhecimento sobre logística e administração, bem como aprofunde a aplicabilidade desta ferramenta de gestão em ambientes da saúde, objetivando uma melhor estruturação dos serviços de Saúde. Didática no Ensino 4 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 1. HISTÓRICO DOS SISTEMAS LOGÍSTICOS A etimologia da palavra “logística” possui duas prováveis origens e ambas estão diretamente relacionadas às guerras, pois foi a partir delas que se observou a necessidade de uma organização de assuntos financeiros e organização de distribuição de suprimentos durante as batalhas. A primeira provável origem diz que a palavra vem do grego “logistikas”, que significa cálculo e raciocínio no sentido matemático. A Grécia Antiga é a primeira suposição do local de origem da logística. Nesta região foi onde surgiu o termo “logistikas”. “Logistikos” é o termo do qual eram chamados os militares que eram responsáveis pelas finanças e pela distribuição dos suprimentos. Nos Impérios Romano e Bizantino também era usual essa nomenclatura (Ballou, 2006). A segunda suposição da origem do vocábulo vem do verbo francês “loger”, o qual recebe o significado de acolher ou alojar e originou a palavra “logistique”. Esse termo foi utilizado, pela primeira vez, pelo teórico Barão Antoine Henri Jomini, quando ele estudou a guerra, no período em que acompanhava napoleão Bonaparte na organização de suas guerras, na execução de planejamentos estratégicos de transporte de tropas, armamentos e de distribuição de suprimentos. Em seus estudos, ele detectou a necessidade da logística e a descreveu em sua obra “Sumário da Arte da Guerra”. Jomini dividiu o processo de guerra em 5 grandes partes: estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores. A partir dessa divisão, entendeu-se por logística como “a arte de movimentar exércitos”. Didática no Ensino 5 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 2. CUSTOS OPERACIONAIS LOGÍSTICOS: VISÃO GERAL É fundamental manter a eficácia dos procedimentos, principalmente, em ambiente hospitalar. Para isso, é imprescindível que haja uma gestão hospitalar sincronizada e, mais especificamente, uma excelente gestão dos custos logísticos. Como resultado desses dois fatores, haverá a promoção de ótimos resultados, satisfação da clientela, lucratividade para a unidade, fazendo com que essa tenha ampla competitividade no mercado. Fotografia 1: comércio eletrônico Fonte: shutterstock.com Essa veracidade é bem mais evidente no setor de e-commerce que, também, pode ser chamado de comércio eletrônico, o qual é oriundo de um desempenho logístico eficiente, a fim de proporcionar o seu desenvolvimento e o alcance de objetivos. Normalmente, as empresas que utilizam o comércio eletrônico voltam- se para a terceirização da atividade de distribuição de produtos para operadores logísticos experientese profissionais. Essa ação tem o objetivo de aumentar consideravelmente o raio de alcance de entregas e torna esse processo mais competente e satisfatório. Entretanto, antes de mais nada, é importante estudar os impactos financeiros que essas operações causam. Quando se trata dos meios de transportar os materiais, os gastos com esse recurso estão diretamente relacionados com as atividades de movimentação de matéria-prima e mercadorias de um tipo ou uma área de determinada comercialização. Entre eles, pode-se frisar: Didática no Ensino 6 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos • A manutenção da frota; • O armazenamento dos produtos; • Os gastos para viabilizar o transporte; • A folha de pagamento que mostra o contrato de motoristas. Muitas empresas preferem embutir uma parte dos gastos com a entrega na compra de sua clientela e solicitam uma taxa de frete que é acrescentada ao valor final das compras. Além disso, essa é uma medida a ser tomada que exerce muita influência sobre a quantia de vendas e deve ser estudada com cautela. Os negócios do setor do comércio eletrônico têm, na maioria das vezes, a logística como o maior gasto. Dessa forma, os gestores devem conhecer todos os custos envolvidos nos processos a fim de que realizem uma boa gestão dos custos logísticos. 2.1. COMO AUMENTAR A LUCRATIVIDADE? Quando uma empresa objetiva elevar sua lucratividade, existem dois “caminhos” que podem ser percorridos. O primeiro deles é elevar o número de entrada de receitas ou diminuir os gastos financeiros. Todavia, apenas a segunda opção depende de fatores internos. Excluir despesas excessivas e buscar maneiras de economizar na operação logística representa a garantia da ascensão da lucratividade. Ademais, possibilita a revisão dos valores dos produtos a fim de torná-los mais competitivos em relação ao mercado. 2.2. COMO REDUZIR OS RISCOS? A falta de organização das finanças é um dos principais fatores que ocasionaram em riscos para o estabelecimento de um negócio. Quando é inexistente a visibilidade a respeito da entrada e saída de recursos, é improvável criar um planejamento financeiro e manter o funcionamento da empresa estável. Esse fator é ainda mais nítido na operação de transportação de mercadorias, a qual depende de um monitoramento preciso para evitar desperdícios. 2.3. COMO MELHORAR A PRODUTIVIDADE? Para haver a redução de gastos é necessário envolver fatores como a reformulação de processos de trabalho objetivando tornar mais simples os serviços e reduzir gastos. Com essa análise aperfeiçoada, pode-se identificar oportunidades de evolução expressivas. Dessa forma, é possível perceber que dá para aumentar a eficácia dos processos, melhorar o atendimento da clientela e transformar a empresa em um estabelecimento cada vez mais competitivo no mercado. Didática no Ensino 7 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 2.4. COMO COLOCAR A GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS PRÁTICA Essa gestão é muito importante para o aumento do lucro e é fundamental estudar formas de conhecer os custos de cada produto, de cada âmbito do negócio da empresa. É aí que nasce a importância de fazer planos e controle, mediante a uma gestão eficiente. 2.5. COMO DEVEMOS ESTUDAR OS CUSTOS? Primordialmente, deve-se realizar a divisão dos custos e, também, identificar a participação de cada um deles nos gastos totais da empresa em determinado período. A partir dela, é possível acompanhar a ascensão deles nas realizações das tarefas. Ela pode ser separada da seguinte maneira: 2.5.1. Suprimentos: custo de aquisição Gestão de estoque: armazenagem (operacional), estoques (imobilizado), ruptura (perda) e embalagens; • Transporte: entregas (operacional) e gestão de documentos; • Gestão da frota: aquisição de veículos e manutenção; • Custos administrativos: mão de obra e material auxiliar; • Gastos financeiros: investimentos em melhorias operacionais. • 2.5.2. Importância de utilizar a classificação ABC Essa metodologia de classificação é uma das ferramentas de gestão de custos mais utilizadas no setor industrial e, também, no varejo, podendo ser usada em lojas virtuais se existirem algumas adaptações. A função principal dessa metodologia é que, com ela, pode-se dividir os custos logísticos por produto, fornecedor e cliente. Dessa maneira, é possível avaliar a participação de cada venda no lucro final, detectando formas de fazer reduções de custo. Podemos detectar possíveis excedentes no estoque que culminou em altos gastos. Essa medida colabora para que seja feita uma gestão redutora de tarefas que não agregam valor ao produto final e que trazem desperdícios. É necessário conhecer as metodologias de custeio. A metodologia de custeio é a maneira como uma empresa determina o preço de venda dos serviços. A ideia é separar os custos fixos das variáveis e definir a participação deles na precificação final. Existem 3 métodos importantes: • Custeio por absorção: trata-se da apropriação de todos os custos (fixos e variáveis, diretos e indiretos) gerados com o uso dos recursos voltados para a prestação dos serviços. Esses gastos são distribuídos entre as demandas atendidas. • Custeio variável: o custo final do serviço é a soma dos custos variáveis, dividido pela produção (demandas atendidas), enquanto os custos fixos são considerados direta- mente no resultado do exercício. • Custeio padrão: baseia-se em um custo definido previamente. Ele indica o “custo Didática no Ensino 8 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos ideal”, que deve servir de base para controle, conhecimento das variações e análise da eficiência da produção (Logística, 2019). 2.5.2. Aluguel de galpões para a distribuição A utilização de centros de distribuição na operação logística não é novidade. Principalmente porque a proposta desse estabelecimento é facilitar, possibilitar a entrega rápida dos pedidos. Assim, o empreendedor pode aproveitar a sua boa localização para facilitar o acesso aos clientes. Assim, vê-se que a gestão de custos logísticos é fundamental para uma empresa tornar as atividades mais simples e lucrativas. Isso influencia intimamente na determinação dos preços dos produtos e serviços, o que atrai mais clientes para o negócio. Culminando no sucesso da empresa no mercado (Educapes, 2019). Didática no Ensino 9 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 3. A CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN): CONCEITOS PRINCIPAIS Deve-se ter conhecimento de que em qualquer sociedade, seja ela industrializada ou não, as mercadorias devem ser movimentadas fisicamente entre o local onde são produzidos e o local de consumo, com exceção de famílias que produzem os produtos e alimentos de consumo próprio. Muitas pessoas usam o termo Supply Chain como sinônimo para logística, porém, a definição dele é mais ampla do que o de Logística. O conceito de SCM teve seu surgimento a partir da evolução do conceito de Logística. Enquanto a Logística é a integração das atividades de uma empresa no âmbito interno, onde há o planejamento, a implementação e o controle de fluxo de bens de serviços, objetivando a satisfação do cliente, o SCM é a integração das atividades externas; é a integração dos processos de negócios do usuário final através de fornecedores (originais) de produtos, serviços e informações e que agregam valor para os consumidores. O Supply Chain Management inclui procedimentos de logística que envolvem desde os pedidos de clientes até a entrega do produto no seu destino final, melhorando a qualidade dos produtos a fim de assegurar relacionamentos a longo prazo com clientes que se baseiam na produtividade. Integrar os equipamentos e sistemas de informações para as programações de envio e recebimento dos produtos com os outros processos. Os mercados estão cada vez mais dinâmicos integralizados, os clientes estão a cada dia exigentes. Para deixá-los satisfeitos, há maior variedade de produtos, entretanto, com o tempo de utilidade bem mais curto e com a integralizaçãoda gestão de materiais, da produção e da distribuição, houve melhorias para as empresas, trouxe um melhor e mais rápido alcance de objetivos de excelência que os negócios exigiam. E, então, caracterizou-se a esse fator o nome “Logística Integrada”. O conceito de Supply Chain Management foi gerado a partir da evolução natural do conceito de Logística Integrada. Já a Logística Integrada é a união interna das atividades; o Supply Chain Management tem uma integração externa, já que intermedia a coordenação dos fluxos de materiais e de informações aos fornecedores e ao cliente final. A logística evoluiu de um tratamento mais restrito para um mais abrangente. Assim, não se limita a uma única função dentre as estudadas em Administração, como o Marketing ou as Operações, mas representa, de fato, uma área de integração. A primeira Era da logística, denominada “do campo ao mercado”, teve seu início situado na virada para o Século XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A principal preocupação, no caso, era como transportar esses Didática no Ensino 10 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos materiais agrícolas. A segunda Era foi conhecida como “funções segmentadas”, durou de 1940 ao início da década de 60, sofrendo grande influência militar. A principal preocupação era identificar os aspectos da eficiência no fluxo de materiais, principalmente sobre o armazenamento e transporte, que antes eram tratadas separadamente. A terceira Era foi denominada de “funções integradas”, vai do início da década de 60 até os primeiros anos da década de 70. Foi onde iniciou-se a visão integrada nas questões logísticas. O foco estava passando por uma transição e passou a englobar um espectro com mais funções, sob a influência da economia industrial. A quarta foi do início dos anos 70 até meados dos anos 80, conhecida como “foco no cliente”, onde os principais objetivos são a produtividade e os custos de estoques. É exatamente neste período que se irá identificar uma intensificação do interesse pelo ensino e pesquisa da Logística nas escolas de administração. Na quinta Era, que vai de meados da década de 80 até os dias de hoje, há uma ênfase estratégica, e ficou conhecida como “a logística como elemento diferenciador”. É aí que surge o conceito de Supply Chain Management, cuja base é a globalização e o avanço na tecnologia da informação. Hoje, há uma maior preocupação com as interfaces dentro das empresas, entre as diferentes funções, além de maior destaque das considerações logísticas no mais alto nível de planejamento estratégico das corporações. Outro ponto relevante, atualmente, é a responsabilidade social incluída nos sistemas logísticos, por exemplo: a preocupação em produzir produtos sustentáveis. O conceito de Supply Chain Management é a integralidade entre funções e empresas e, ao longo da cadeia, esta deveria estar sendo refletida no pensamento logístico, entretanto, é esperado que isso venha a ocorrer, cada vez mais, conforme os estudos da logística forem se desenvolvendo. Didática no Ensino 11 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 4. ORGANIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: FUNÇÕES, COMPRAS E FORNECEDORES De maneira bastante resumida, o conceito de cadeia de suprimentos é definido como a união de todos os processos que fazem parte do ciclo de vida de um determinado produto, desde a sua origem até a entrega ao destinatário final, ou seja, são todas as etapas pelas quais um produto passa dentro e fora da empresa, até que chegue ao destino final, o consumidor. E, para haver toda essa produtividade, é necessária a composição de toda uma infraestrutura. Devido a esse conceito ser amplo, a cadeia de suprimentos precisa de uma gestão estratégica, a fim de que todos os processos sejam parte de um sistema maior que, ao final, contribui para os resultados gerais da organização. Assim, a circulação dos produtos, juntamente dos serviços e a tecnologia de informação, fazem parte da cadeia de suprimentos. Sabe-se que o sucesso da gestão da cadeia de suprimentos está no alinhamento entre todas as empresas envolvidas, inclusive as terceirizadas, que tornam o processo mais complexo. O equilíbrio no fluxo de operações, então, é o que garante que todos os processos consigam acompanhar as demandas, evitando gargalos, desabastecimento e lentidão nas entregas, por exemplo. 4.1. PROBLEMAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Há alguns problemas que podem acontecer nas empresas ao ter que lidar com a cadeia de suprimentos. O primeiro deles é a necessidade dessa ferramenta ser gerenciada de maneira inteligente, a economia do país pode ser impactante devido às taxas de juros inconstantes, ao câmbio, às mudanças nas políticas econômicas e a dificuldade em se obter crédito, por exemplo. Problemas como as crises internas também podem ser prejudiciais à empresa, além disso, tem-se a concorrência, que se tornou um grande desafio da atualidade, apesar de isso ser um fator benéfico para sociedade em geral. Para um melhor atendimento e para que a concorrência não se torne um problema, é importante investir na otimização da gestão, tornando-a um diferencial competitivo. 4.2. O OBJETIVO DA SINCRONIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS De acordo com Neogrid: Para que possamos entender qual o objetivo central da sincronização da Supply Chain é preciso conhecermos antes os envolvidos nos processos, Didática no Ensino 12 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos desde a origem até a entrega do produto ao consumidor final. Os agentes envolvidos na cadeia são: Produtor, fabricante, distribuidor (que nutre os pontos de venda), varejista (o qual comercializa os produtos em poucas quantidades) e o consumidor. Sendo assim, podemos definir que a fun- ção básica da sincronização é garantir correspondência entre cada fase da supply chain (Neogrid, 2019). 4.3. MODELOS DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS Há diversos modelos e metodologias empregadas na execução das tarefas e o principal objetivo é organizar o fluxo de atividades, a fim de que sejam mais produtivas e econômicas. Entre elas está o modelo Just in time. Esse objetiva produzir a partir da encomenda do produto para que o cliente seja precisamente atendido e satisfeito. É um modelo mais bem aplicado em empresas que possuem fluxo contínuo de pedidos e que conseguem prever a demanda, já que é possível planejar a produção. 4.4. CADEIA DE SUPRIMENTOS APOIADA NO USO DA TECNOLOGIA O uso da tecnologia é importante para alcançar melhores resultados. O enfoque será no diferencial trazido pelas soluções tecnológicas den- tro dos processos ligados à logística e gestão da cadeia de suprimentos. Hoje, é graças às inovações, softwares e equipamentos que grande parte das atividades desse setor se materializam, aumentando a eficiência em processos, reduzindo custos e aumentando a inteligência nas decisões, ao fornecer uma série de dados e informações aos gestores. Isso, em grande medida, se torna um diferencial competitivo valioso no mercado, sobretudo nos moldes atuais, em que os consumidores estão mais exi- gentes e a oferta de produtos/serviços é bastante variada (Neogrid,2019). Didática no Ensino 13 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 5. O PAPEL DO HOSPITAL NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Administrar uma instituição de saúde, atualmente, é liderar uma gestão com ênfase nos recursos humanos, no capital intelectual e, principalmente, nos processos. O bom funcionamento desse sistema está ligado intimamente à parte de logística de suprimentos. De acordo com o site Saúde Business: Suprir adequadamente para garantir qualidade no ambiente hospitalar com materiais corretos para cada situação e setor. A produtividade, satis- fação dos pacientes e prestação de serviços pela equipe hospitalar é um dos principais desafios da administração de uma organização de saúde. Envolvendo desde a seleção, controle, compra, estoque, armazenamento e distribuição, o profissional gestor precisa ter atributoscomo planejamento e supervisão, além de delegação de poderes e pensamento estratégico. Um erro é delegar a responsabilidade de controlar essa área a colaboradores não qualificados para o exercício da função. Fotografia 2: suprimentos Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com Os atendimentos são personalizados nos hospitais, pois cada paciente tem um tipo de patologia diferente, ou seja, esse é um dos fatores da complexidade na administração da Cadeia de Suprimentos. De acordo com a Revista Fap, quando a cadeia de suprimentos não está sistematizada e padronizada, a prestação de serviço fica comprometida. Fatores como falta de medicação, falta de material para a cirurgia e equipamentos são alguns dos problemas encontrados no hospitais. A gestão da cadeia de suprimentos é um componente importante tão importante que tem frequência em torno de 3 a Didática no Ensino 14 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 6 mil itens frequentemente. Mais um fator que explica a complexidade da cadeia de suprimentos hospitalares. Alguns processos na cadeia de suprimentos são extremamente importantes como: definir a estratégia de compras, fracionar medicamentos, dispensar materiais hospitalares e medicamentos. A cadeia de suprimentos depende de cada estrutura hospitalar, mas o conhecimento sobre ela tem sido reconhecidamente um fator de vantagem competitiva. A Gestão Hospitalar ainda têm muitos desafios pela frente, processos burocráticos e licitatórios nas organizações públicas; e cultura organizacional, nas instituições privadas. Portanto, numa atuação estratégica e personalizada promove resultados satisfatórios na receita, além da otimização do espaço e da garantia de mais segurança para o hospital e para o próprio paciente. A manutenção de estoque atualizado e bem gerenciado requer tempo e, muitas vezes, os processos de licitações, que são bastante burocráticos, não atendem em tempo satisfatório os prazos de entrega e a reposição dos produtos, o que pode ocasionar déficit na cobertura de medicamentos e insumos e/ou a aquisição de um estoque em maior quantidade, justamente com o receio da perda de prazos, com risco de desperdício pela expiração do prazo de validade dos medicamentos. Didática no Ensino 15 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 6. LOGÍSTICA: GESTÃO LOGÍSTICA NA SAÚDE Em nosso País, na prestação de serviço de saúde pública e privada, existe uma realidade que reflete em insuficiência de competência técnica de conhecimentos e de saberes gerenciais no serviços de saúde. Com sérios problemas de abastecimento nos serviços de saúde, indicadores como estoque mínimo, estoque máximo e estoque de segurança não deixam claro a necessidade da instituição (Educapes, 2019). Na era da tecnologia, acessar e analisar grande quantidade de informações permite ao gestor tomar decisões, de forma rápida, precisa e eficaz. Atualmente, a gestão compreende o valor estratégico da implementação de sistemas de informação como instrumentos de gestão necessários para sistematizar a enorme quantidade de informações valiosas existentes nos estabelecimentos de serviços de saúde. De acordo com a Revista FAP (2019), “a Cadeia de Suprimentos é um conjunto de unidades produtivas, Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, materiais em processo, produtos acabados e informações relacionadas com essas atividades, desde seu ponto de origem até seu ponto de consumo, com o objetivo de atender às exigências dos clientes”. O repetido problema de abastecimento e desabastecimento tem sua causa na maioria das vezes na má administração de materiais. Vamos entender porque faltam materiais nas unidades de saúde: Primeiramente, as causas estruturais, falta de prioridade para o setor como baixos salários, baixo investimento, corrupção, centralização excessiva do planejamento. Causas organizacionais como falta de identificação dos objetivos e das metas. Assim, cada setor acaba sendo independente, isto é, todos os setores ficam com suas próprias lógicas, objetivos e metas. Falta de gestão profissionalizada, falta de investimento em recursos humanos, falta de planejamento, chefes improvisados e colaboradores desmotivados. Uma forma de minimizar tudo isso é a implantação da tecnologia para o abastecimento com criação de um sistema lógico. O sistema de abastecimento prevê quatro fases onde iremos discorrer a seguir: seleção e uso, controle e acompanhamento, compras e aquisição e guardas e distribuição. O momento inicial se dá da seguinte forma: início, planejamento e identificação do Subsistema de Seleção/Uso. A padronização desse subsistema pode ser obtida a partir de um instrumento racionalizado produzido por uma Didática no Ensino 16 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos comissão permanente de padronização de materiais/insumos, necessárias ao bom procedimento para o paciente, isto é, nada que é importante para o paciente pode faltar, sempre tentando otimizar o serviço com a ajuda da tecnologia. Fotografia 3: gestão logística Fonte: saudeonline.grupomidia.com Gerenciar é estabelecer metas, o gestor deve ainda dar condições de melhorar a atuação de seus profissionais, mantendo monitoramento constante. Isso visa à melhoria dos produtos e serviços e, a partir de relatórios, determinar a qualidade de todo o processo de logística de suprimentos. Levando-se em conta que o processo de produção do setor da saúde é muito complexo e o hospital precisa de multiprofissionais antenados com as tecnologias, o gestor de uma instituição de saúde precisa estar envolvido em todas as atividades e em todas as áreas de funcionamento de suas unidades de atendimento. Ao montar um plano logístico, devemos levar em consideração o menor retorno e, consequentemente, menores cuidados. Com o método de Classificação XYZ, temos várias vantagens dentro de um projeto voltado para o estoque. 6.1. ENTENDENDO A CLASSIFICAÇÃO XYZ Dentro de um plano logístico, depois de reunir os itens que fazem parte do seu estoque, você os divide, de acordo com a importância, no método X, Y, Z. Ele seria dividido da seguinte forma: • Classe X – é considerado um produto com baixa criticidade. Caso ele não esteja disponível no estoque, não haverá grandes perdas, em matéria de produção ou de lucratividade. • Classe Y – chamado de item intercambiável. Sua principal característica é ser rele- vante tanto para o estoque produtivo, quanto para a produção final que ela entrega para seus clientes. Na maioria dos casos, este tipo de produto pode ser utilizado como substituto de itens de classe X ou de classe Z. • Classe Z – são os itens vitais em seu estoque. Já foi no McDonald’s e não encontrou Didática no Ensino 17 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos hambúrguer? Pois este é o item Z no nível de criticidade deles. Semelhante a isso, a falta de um item de criticidade Z remete a prejuízos diretos no negócio. Sua falta resulta em perdas em segurança ou operacionalidade (Universidade de Estoque, 2019). 6.2. A CRITICIDADE XYZ E A ABC A grande diferença entre estes dois tipos de criticidades é que normalmente a XYZ está ligada à produção, enquanto a ABC está ligada aos valores. Um item Z pode ser mais barato que um item X, já no plano ABC esta ordem nunca acontecerá. Na curva A, B, C separa-se os itens de maior importância, normalmente os que são em menor número. Como descrito abaixo: • Classe A: Maior importância, valor ou quantidade, correspondendo à 20% do total. • Classe B: Importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo à 30% do total. • Classe C: Menor importância, valor ou quantidade, correspondendo à 50% do total. Obs.: Os números citados acima podem variar de negócio para negócio, portanto, não é uma regra fixa. Didática no Ensino 18 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 7. ARMAZENAGEM - GESTÃO DE ESTOQUE - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SUPRIMENTOS NA SAÚDE7.1. ARMAZENAGEM A armazenagem é a administração do espaço necessário para receber, movimentar e manter os estoques. O armazéns precisam de: • ● Boa localização; • ● Dimensionamento de área; • ● Arranjo físico; • ● Docas de carga e descarga; • ● Equipamentos para movimentação; • ● Tipos e sistemas de armazenagem; • ● Sistemas informatizados para localização de estoques; • ● Mão de obra disponível. Fotografia 4: armazenagem Fonte: abrilexame.files.wordpress.com Segundo Paolechi (2014), “o aproveitamento do espaço físico, menor índice de perda por avaria, melhoria dos índices de avaliação do inventário e mais facilidade na movimentação dos materiais, determinando redução dos custos do armazém e melhorando a eficiência no atendimento aos clientes”, são algumas das vantagens do armazenamento. Podemos dizer que o capital aplicado e os custos administrativos seriam as desvantagens. Paoleschi (2014) afirma: Didática no Ensino 19 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos nos sistemas logísticos das empresas, a armazenagem é uma das funções que mais agrega valor à gestão da cadeia de suprimentos, devido con- tar com um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e pro- dutos. A movimentação interna dos materiais no armazém pode ser feita manualmente por meio dos recursos humanos e alguns equipamentos manuais de movimentação de materiais. Essa movimentação, quando fei- ta por máquinas e equipamentos, normalmente é direcionada a matérias- -primas e produtos que, pelos seus volumes ou peso bruto, não podem ser feitos manualmente. Hoje temos armazéns totalmente automatizados ou semi automatizados operados por computadores. 7.2. RASTREABILIDADE E TRANSPORTE A armazenagem de produtos perecíveis deve ser climatizada e o controle rigoroso de temperatura é muito importante que, ao receber estes produtos, seja realizada uma análise de qualidade obedecendo o sistema de controle PEPS. Importante estar atento para detalhes como produtos com defeitos e deve-se guardar todos os documentos para posterior consulta, além de observar as embalagens se estão adequadas, isso irá proteger os produtos e facilitará o transporte. Veículo com autorização especial para o tráfego sem restrição de dia e hora (CHOPRA, MEINDL, 2003). Fotografia 5: má conservação Fonte: glbimg.com 7.3. ARMAZENAGEM DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS Considerando a Lei Federal nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, Instituir o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. O Sistema será operacionalizado pelas Vigilâncias Sanitárias Federal, Estaduais e Municipais sob a coordenação do Órgão de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (Brasil, 1973). Garantir eficácia, qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos exige muito esforço dentro da cadeia, pois em uma instituição hospitalar o setor farmacêutico é um dos mais importantes. Mais de 50% de produtos passam por Didática no Ensino 20 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos este setor hospitalar. Por isso, deve-se praticar as “boas práticas de Fabricação e Controle para a Indústria Farmacêutica, em vigência no País, mas isso só é possível e eficaz se abranger toda cadeia de medicamento. É necessário a adoção de diretrizes como registro no Ministério da Saúde, gestão da qualidade que permita a rastreabilidade, transporte e movimentação da carga; certeza de que os produtos certos sejam fornecidos aos destinatários certos. Os produtos farmacêuticos são direcionados ao atendimento de um público específico. A população doente depende da agilidade do distribuidor para que os remédios não faltem nos locais de entrega aos consumidores finais. 7.4. PRODUTOS PERIGOSOS Toda empresa tem armazéns, mesmos as de pequeno porte onde guardam todo tipo de produto e detalhes como boa localização, distante da área residencial, preferencialmente em zona industrial onde se tem pouca movimentação e espaço para manobras de grande porte, respeitando a distância de 10 metros entre as edificações que fazem a diferença. Com relação às embalagens, o tipo de embalagem utilizada pode tornar a armazenagem vulnerável a alguns riscos, por exemplo, de incêndios. Por isso, não devemos armazenar no mesmo edifício um comburente e um combustível. O Decreto-lei nº 9605/98, artigo 56, dispõe: Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou subs- tância tóxica, perigosa, ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou seus regula- mentos; Pena: reclusão de 1 a 4 anos, e multa. Se o crime é culposo: Pena - detenção de 6 meses a 1 anos e multa (Brasil,1998). LOCAIS DE ARMAZENAGEM ●Locais fechados e vigiados: • Classe 1: Explosivos. ●Lugares abertos: • Classe 2.1: Gases inflamáveis; • Classe 2.2: Gases não inflamáveis; • Classe 2.3: Substâncias oxidantes. Lugares abertos e secos: • Classe 4.2: Substâncias de combustão espontânea; • Classe 4.3: Substâncias que em contato com a água libertam gases inflamáveis. ● Lugares fechados, mas ventilados: • Classe 2.3: Gases venenosos; • Classe 3.3: Líquidos inflamáveis; Didática no Ensino 21 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos • Classe 4.1: Sólidos inflamáveis; • Classe 6.1: Substâncias venenosas; • Classe 8: Substâncias corrosivas. Temos também os produtos que são quimicamente perigosos e oxidantes, além dos produtos combustíveis, ou seja, em toda e qualquer situação é necessário cuidados adequados com a segurança no manuseio destes produtos, utilizando EPIS, entre outros dispositivos de segurança. Didática no Ensino 22 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos 8. GESTÃO DE MATERIAL E MEDICAMENTOS O setor de saúde, mais especificamente o setor hospitalar, necessita formular estratégias para superar o desafio da evolução na gestão a ser realizada, e uma delas diz respeito ao gerenciamento do setor da saúde. É necessário pensar muito sobre qual seria o tipo de gerente de saúde adequado para essa nova realidade e como deve se desenvolver a sua formação. Esse novo profissional deve possuir uma gama de conhecimentos e habilidades das áreas de saúde e de administração para, assim, analisar, de maneira geral, o contexto em que estão inseridas. Fotografia 6: Tecnologia Médica Fonte: machinedesign.com Administrar materiais e medicamentos em instituições de saúde exige um direcionamento voltado para o controle de duas situações, preferencialmente, que são logística e armazenagem e a dispensação. Diversos problemas são responsáveis por isto, como fraudes, complicações de armazenamento, até fatores como obsolescência e pouco controle sobre o estoque. É necessário analisar as compras e a gestão dos produtos sabendo como e quanto adquirir e quanto tempo esses suprimentos devem durar. A logística utilizada na aquisição de medicamentos deve ser bem controlada para evitar perdas. Esse ponto de medida é uma média baseada no consumo desses medicamentos e materiais em um determinado período de tempo, que estipulará o estoque de segurança, ou seja, a quantidade mínima de produtos necessários para não incorrer em faltas ou excessos. Na dispensação é necessário o auxílio da gestão, ratificando que toda dispensação é feita por meio da prescrição médica, para determinado paciente. A compra de medicamentos, quando bem-feita e organizada, otimiza o rendimento, já que aquisições emergenciais mais custosas não ocorrerão com tanta frequência. Didática no Ensino 23 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos Fotografia 7: medicamentos. Fonte: cdn.pixabay.com Barbosa (2015) afirma que “nos hospitais, a habilidade na organização da sua farmácia ou administrar os produtos de forma adequada” irá potencializar a capacidade de fornecer serviços de qualidade e baixo custo para a clientela: A gestão de medicamentos na área hospitalar envolve uma variedade de produtos diferentesque se encontram à disposição dos profissionais e, a ocorrência de stock out (fora de estoque) pode significar a morte de pa- cientes e perdas irreparáveis para a organização (BARBOSA, 2015, p.4). Hoje, devido inúmeras mudanças, os produtos estão em constantes inovações. Gerenciar fluxo de informações e produtos possibilita confiabilidade na gestão. 8.1. ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR Podemos dizer que qualidade na gestão hospitalar é fundamental para o desempenho da organização, sendo necessário que os gestores hospitalares realizam avaliações periódicas a fim de mensurar sua eficiência. Juntos, recursos humanos e financeiro são a base de sustentação no hospital. A gestão de materiais possui papel de extrema relevância para a administração hospitalar, medindo-se pelas razões de ordem econômica, social e técnica. Os serviços de saúde precisam estar sempre preparados para cuidar de suas demandas. Na ocorrência de situações críticas que a competência da empresa hospitalar prevalece, há necessidade de se adotar um sistema, com o qual se possa adquirir maiores conhecimentos sobre o comportamento dinâmico dos processos de gerenciamento e abastecimento de estoque e do relacionamento, da tecnologia da informação e comunicação no dia a dia de uma organização hospitalar. Didática no Ensino 24 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos , CONSIDERAÇÕES FINAIS A indústria de saúde é uma das indústrias que mais cresce em todo o mundo e, tomando-se por base que ainda existem muitas oportunidades de incorporar ferramentas de gestão e tecnologia da informação para administrar as organizações hospitalares, a perspectiva torna-se ainda mais promissora para este mercado, pois percebe-se que a administração de materiais não tem tido um tratamento profissional como deveria, considerando-se a importância do setor, os valores envolvidos e o estabelecimento de um sistema eficiente. É mais comum do que se imagina entregar a responsabilidade de desenvolvimento de tais funções a funcionários sem a devida qualificação, com os conhecimentos básicos que norteiam as diversas atividades do sistema de materiais, quando poderia haver um profissional qualificado atuando na área. Com o aumento da expectativa de vida da população mundial, as organizações públicas e privadas de saúde precisam disponibilizar para os indivíduos cada vez mais recursos hospitalares e de diagnósticos com tecnologias modernas. Custos elevados com sistemas e aquisição de materiais e medicamentos ainda é um entrave para a otimização. Somente com a redução destes custos obteremos sucesso na área de saúde. Didática no Ensino 25 Volte ao Sumário Navegue entre os capítulos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTIN, Alberto Luiz. Comércio eletrônico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. ALVES, Julio C. B. PAPPA, Marcia F. Logística Empresarial. (Reimpressão revista e atualizada) Maringá-Pr.: Unicesumar, 2017. ANAHP. Associação Nacional de Hospitais Privados. [Acesso em 2019 nov.] ÂNGELO, Lívia B. Custos logísticos de transferências de produtos. Grupo de Estudos Logísticos – Universidade Federal de Santa Catarina. Santa Catarina, 2005. Acesso em 27 de novembro de 2019. ARAÚJO, J.S. 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A Cadeia de suprimentos (Supply Chain): Conceitos Principais 4. Organização da cadeia de suprimentos: funções, compras e fornecedores 4.1. Problemas na cadeia de suprimentos 4.2. O objetivo da sincronização da cadeia de suprimentos 4.3. Modelos de cadeias de suprimentos 4.4. Cadeia de suprimentos apoiada no uso da tecnologia 5. O papel do hospital na cadeia de suprimentos 6. Logística: Gestão logística na saúde 6.1. Entendendo a Classificação XYZ 6.2. A Criticidade XYZ e a ABC 7. Armazenagem - Gestão de estoque - avaliação do sistema de suprimentos na saúde 7.1. Armazenagem 7.2. Rastreabilidade e transporte 7.3. Armazenagem de produtos farmacêuticos 7.4. Produtos perigosos 8. Gestão de material e medicamentos 8.1. Administração hospitalar Considerações finais Referências bibliográficas Sumário 51: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60173: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60174: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60175: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60176: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60179: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60188: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60189: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 60190: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Botão 628: Botão 629: Botão 630:
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