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Psicologia da Juventude: GRUPO DE AMIGOS Texto: O adolescente com síndrome de Down e sua rede de relacionamentos: um estudo exploratório sobre suas amizades Introdução Amizade→ Fehr (1996) → bem-estar aos pares, companheirismo, intimidade, apoio mútuo com valor significativo para os envolvidos→ base extrafamiliar de segurança Qualidade da amizade→ ajustamento psicossocial→ oportunidades para adquirir e desenvolver competências cognitivas e sociais importantes→ cooperatividade, partilha, altruísmo, lealdade, empatia, gestão de conflitos Intimidade na amizade adolescente <3 → valores de honestidade, verdade, prazer relacional→ segurança em revelar-se para outros adolescentes→ encontro de interesses, crenças, comportamentos... Síndrome de Down (SD) → variável para cada indivíduo→ influência da herança genética, nível de estimulação e educação oferecidos, meio ambiente que está inserido Família→ período crítico→ início da independência, estabelecimento de vínculos externos, identidade→ pessoa com SD→ perspectivas sociais e ocupacionais mais limitadas e normalmente insuficientes para a independência total adulta o Limitações (cognitivas, comunicativas, de personalidade) → afetam as relações interpessoais→ isolamento social Escola→ diminuição de preconceitos e discriminações, conscientização das capacidades dos alunos com SD, maior grau de interação, construção de vínculos afetivos, redução de estereótipos em relação à síndrome, aquisição de respeito e valorização das diferenças e solidariedade Escolha da amizade→ semelhança entre pares (física e cognitivamente) Relações de amizade→ desenvolvimento linguístico, social e acadêmico→ pessoas com SD aprende a definir normas sociais que garante seu acesso e permanência em diferentes contextos Método 10 adolescentes (média 15,3 anos) com SD (sexo fem.: 7; sexo masc.: 3) e suas mães→ amizades o adolescentes→ amizades independente dos contextos o mães→ distinguir as amizades de acordo com os contextos Discussão de resultados Bom relacionamento com os amigos→ normalidade de tratamento→ depende muito da intimidade e a convivência com a pessoa com SD Quebra de estereótipos com a experiência de vivência junto→ Inclusão + informação + convivência → <3 Papel importante da família como apoio É errôneo pensar que a permanência em ambiente inclusivo é garantia de inclusão→ A capacidade interativa é condicionada por diversos fatores individuais (capacidades) e ambientais! → sentimento de pertença e conforto Relação com familiares→ apenas em reuniões familiares Todos os adolescentes indicaram mais de 3 amigos, mas somente 5 mães fizeram o mesmo Escola, Apae, Centro de Vivências→ ambientes mais propícios para formação de amizade→ normalmente as atividades realizadas pelos pares acontecem exclusivamente nesses ambientes e nesses contextos Mais de 30 amigos ao todo→ maioria apresenta desenvolvimento típico o Conceito de bom amigo para SD→ “aquele que ajuda”, dá suporte Maior frequência de rejeição por seus pares→ isolamento social→ menor status social o Pessoa com desenvolvimento típico→ “parceiro para pensamento e segredos” Intimidade→ autorrevelação, crescimento e bem-estar→ construção da identidade, definição de ideais, valores, sentimentos de pertença, autoestima e autoimagem O ciclo de amigos se direciona à coesão, harmonia, estabilidade e identificação mútua entre os indivíduos o Dificuldades de inclusão nos grupos→ pensamentos discriminatórios, preconceituosos e estereotipados→ “não é possível ter uma relação ‘normal’ com pessoas com SD” O papel da amizade + inclusão e respeito→ ajuda em atividades, brincadeiras, problemas pessoais, defesa em conflitos por preconceito, organização Satisfação com a amizade→ vem acompanhada de admiração pelo amigo→ grande preditora de felicidade, emoções positivas, aumento da autoestima, maior envolvimento escolar e melhor desempenho, aumento do interesse, responsabilidade, sentimento de que são capazes de fazer o que os amigos fazem, desenvolvimento cognitivo com o contato com pessoas diferentes Conclusão Amizades com qualidades diferentes das observadas em adolescentes com desenvolvimento típico→ baseadas na ajuda no suporte