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Agente Etiológico Strogiloides Stercoralis Formas Clinicas Assintomáticos: (50%) Pulmonar: Tosse (com ou sem expectoração), febre, dispneia. Intestinal: Dor epigástrica, diarreia, náusea e vômitos, enterite catarral, enterite edematosa, enterite ulcerosa. Pulmonar: Tosse (com ou sem expectoração), febre, dispneia Lesões cutâneas: Geralmente discretas, podendo haver pequenas alergias. A pele pode apresentar manchas vermelhas, coceira e inchaço. Tratamento TIABENDAZOL: Mais utilizado . 25mg/kg/dia, 2X. 50mg/kg/dia, dose única, à noite. CAMBENDAZOL: 5 mg/kg, em dose única, via oral. ALBENDAZOL: Adultos e crianças: 400mg/dia IVERMECTINA: Dose única, 15 a 24 kg = 1/2 comprimido; 25 a 35 kg = 1 comprimido; 36 a 50 kg =1 ½ comprimidos; 51 a 65kg =2 comprimidos; 65 a 79 kg =2 1/2 comprimidos; 80 kg =200 mg/kg. Obs: Após o fim do tratamento, recomenda-se a realização de um exame parasitológico de fezes após nos 7º, 14º e 21º dias. Formas Evolutivas Fêmea paternogenética: Corpo cilíndrico com aspecto filiforme longo, extremidade anterior arredondada e posterior afilada. Aparelho digestivo com boca contendo 3 lábios; esôfago longo, intestino e ânus. A fêmea que coloca de 30 a 40 ovos por dia, é ovovivípara, pois elimina na mucosa intestinal o ovo já larvado. Fêmea de vida livre: Aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior afiada. Aparelho digestivo simples, com boca contendo três lábios; esôfago com aspecto rabditóide; o intestino é simples. Aparelho genital também anfidelfo, útero divergente, contendo até 28 ovos em diferentes graus de evolução. Apresenta receptáculo seminal. Macho de vida livre: Aspecto fusiforme, extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente. Boca com 3 lábios, esôfago tipo rabditóide , intestino,cloaca. Aparelho genital contendo testículos, vesícula seminal, canal deferente e canal ejaculador, que se abre na cloaca. Presença de 16 dois pequenos espículos, auxiliares na cópula. Ovos: São elípticos, de parede final e transparente. Os da fêmea de vida livre são maiores. Larvas Rabditóides O esôfago é do tipo rabditóide. Apresentam cutícula fina e hialina. Apresentam vestíbulo bucal curto, cuja profundidade, vestíbulo bucal é alongado e sua profundidade é igual ao diâmetro do corpo . O intestino termina em ânus. Apresentam primórdio genital. Larvas Filarióides: O esôfago é do tipo filarióide, longo, . Cutícula fina e hialina. Apresentam vestíbulo bucal curto ,intestino e ânus. A porção anterior. Essa é a forma infectante do parasito, capaz, portanto, de penetrar pela pele ou pelas mucosas; alem de serem vistos no meio ambiente, também podem evoluir no interior do hospedeiro, ocasionando os casos de auto- infecção interna. Ciclo evolutivo As larvas infectantes (filarioides), presentes no solo, penetram através da pele e chegam aos pulmões, traqueia e epiglote. Após serem deglutidas atingem o trato digestivo onde se transformam em verme adulto. A fêmea libera os ovos larvados que eclodem ainda no intestino, liberando larvas rabditoides (não infectantes), que saem pelas fezes. No meio externo, as larvas rabditoides podem evoluir para a larva filarioide (forma infectante) ou para adultos de vida livre que ao se acasalarem geram novas formas infectantes. Outra forma de infecção, é por meio da transmissão fecal-oral, com a ingestão de água ou alimentos contaminados com larvas infectantes. Além disso, é possível ter a autoinfecção externa e interna. A autoinfecção externa ocorre quando as larvas presentes em resíduos de fezes na região anal e perianal penetram no indivíduo pela mucosa retal. Já a autoinfecção interna ocorre no próprio intestino do indivíduo infectado, quando fatores intestinais propiciam a transformação das larvas e permitem a invasão direta da mucosa, e esse fator pode cronificar a doença em vários meses e anos. O período de incubação entre a penetração através do tegumento e o surgimento de larvas não infectantes nas fezes ocorre no prazo de 14 a 28 dias. Já o tempo para a manifestação dos primeiros sintomas varia de pessoa para pessoa Diagnostico Parasitológico de fezes: presença de larvas. Na maioria dos casos o número de larvas é pequeno e a eliminação delas é baixa e irregular, tornando o diagnostico limitado. Escarro ou lavado gástrico, por meio do Baermann-Moraes. Em casos graves, podem ser utilizados testes imunológicos, como Elisa, hemaglutinação indireta, imunofluorescência indireta. O estudo radiológico do intestino delgado auxilia o diagnostico. Profilaxia A estrongiloidíase não é uma parasitose de notificação compulsória. A redução da transmissão pode ser alcançada por meio do tratamento sanitário das fezes e por medidas de proteção individual como o uso de calçados.