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1 INTRODUÇÃO ® Evitar hipóxia, para diminuir a taxa de mortalidade desses pacientes. ® Sempre resolver os problemas críticos de imediato. ◊ O pneumotórax hipertensivo é um problema crítico; Pneumotórax hipertensivo ® Presença de gás dentro do espaço pleural. ◊ O espaço pleural deixa de ser um espaço virtual e passa a ser um espaço real. ® Pode ocorrer pela violação da parede torácica, do parênquima pulmonar ou ambos. ® O diagnóstico é feito pela clínica do paciente, não pode ser estabelecido por exames de imagem. ◊ O mediastino totalmente desviado para o lado contralateral é um sugestivo do diagnóstico. ® Clínica do paciente: ◊ Sinais de choque: | Ocorrem em decorrência do comprometimento dos vasos da base (principalmente as veias), pelo desvio do mediastino. | Choque do tipo obstrutivo ou restritivo: p Não apresenta perda volêmica; p Deficiência do retorno venoso; p Turgência jugular (pelo regurgitamento venoso da veia cava); ◊ Desvio da traqueia para o lado contrário a lesão; ◊ Dor torácica; ◊ Dispneia importante e desconforto respiratório; ◊ Taquicardia; ◊ Ausência unilateral do MV; ◊ Cianose como manifestação tardia; ◊ Hiper-ressonância do lado afetado; ◊ Hipotensão; ® Tratamento: drenagem pleural em selo d’água; ◊ Pode ser feita uma toracocentese de alívio, enquanto se prepara a drenagem; | Feita no 5º espaço intercostal entre a linha axilar anterior e média (mesmo local da drenagem pleural definitiva). Pneumotórax aberto ® Toda ferida traumática que tem uma abertura na caixa torácica maior que 2/3 do diâmetro da traqueia. ® Ferida por arma de fogo não gera pneumotórax aberto. ® Normalmente são causado por ferimentos causados por objetos perfuro cortantes. ® Na hora da inspiração, é criada uma pressão negativa na caixa torácica (que é hermeticamente fechada) e o ar entra pela diferença de pressão. Na expiração, a pressão no interior aumenta e expulsa o ar da caixa torácica. ◊ Quando existe um orifício > 2/3 o diâmetro da traqueia, o ar vai entrar por este orifício e não pela traqueia; ◊ Paciente vai apresentar angústia respiratória, pois não realiza hematose; ◊ Leva o paciente a óbito por asfixia; ® Tratamento imediato: curativo de três pontos. ◊ A quarta borda do ferimento fica livre para criar um mecanismo valvular; ◊ Na expiração (relaxamento da musculatura) o paciente vai expulsar o ar pelo orifício e pela traqueia; ◊ Já na inspiração, o plástico adere à ferida e não permite que o ar entre pelo orifício, resultando na entrada apenas pela traqueia; ® Tratamento definitivo: drenagem torácica em selo d’água do mesmo lado da lesão e sutura da ferida. Trauma Torácico 2 Tórax instável ® Avaliação secundária. ® Trauma contuso de alta energia na caixa torácica. ® Fratura de 2 ou mais arcos costais contíguos (seguidos, juntos) em 2 ou mais pontos de cada costela, gerando um retalho costal independente da caixa torácica. ® Na inspiração, a caixa torácica vai sugar esse retalho costal, e na expiração vai jogar para fora, assim como o ar. ◊ Respiração paradoxal. ◊ Geralmente, não leva à insuficiência respiratória aguda, por isso deve ser deixado para avaliação secundária. ◊ O que pode levar ao óbito é a contusão do tórax que pode causar hemorragia alveolar. ® Tratamento: suporte (ventilação), analgesia. ◊ Não tem indicação cirúrgica para fixação de costelas. ◊ Não indica drenagem. Hemotórax maciço ® Choque por perda volêmica. ® Colabamento jugular. ® Som maciço à percussão. ® Diferencia-se do pneumotórax hipertensivo por não apresentar desvio de traqueia e por ter um hemitórax hiperexpandido e sem movimento respiratório; ® Pacientes podem apresentar as veias do pescoço colabadas devido a grave hipovolemia ou distendidas se associado à um pneumotórax hipertensivo. ® Todo exame de imagem com líquido intracavitário no trauma é sangue até que se prove o contrário. ® Vai ser realizada a drenagem desse tórax e quantifica o sangue que foi drenado: ◊ Se drenar 1.500ml ou mais: toracotomia; ◊ < 1.500ml mas apresenta uma média de 200ml/hora por 2-4 horas: também toracotomia. ◊ Se for menos de 1.500ml e não tiver uma drenagem contínua: apenas o dreno resolve. ® Também deve ser feita as medidas de reposição do choque, cristaloide, sangue, plasma, plaqueta, de acordo com o que o paciente precisar. ® Preparar autotransfusão. Tamponamento cardíaco (traumático) ® Tríade de Beck: presente em 30% dos pacientes. ◊ Turgência jugular; ◊ Hipotensão; ◊ Abafamento de bulhas; | É o que diferencia de pneumotórax hipertensivo. ® Choque obstrutivo. ® Sinal de Kussmaul. ® Paciente em AESP é sugestivo de tamponamento. ® Tratamento: pericardiocentese de alívio seguida de uma toracotomia. ◊ Geralmente são lesões de aorta; Toracotomia na sala de emergência ® Pacientes elegíveis: ◊ Pacientes com ferimento penetrante; ◊ Ferimento na região do precórdio (área de maior chance de acometimento cardíaco); ◊ Paciente tem que ter alguma atividade elétrica; ® Pacientes em condições difíceis e rebaixamento de consciência (feito na sala de emergência sem anestesia). ® Manobras que podem ser realizadas: ◊ Evacuação de sangue contido no saco pericárdico e que causa tamponamento; ◊ Controle da hemorragia intratorácica exsanguinante; ◊ Massagem cardíaca aberta (pouco eficiente); 3 ◊ Clampeamento da aorta descendente p diminuir as perdas sanguíneas abaixo do diafragma e aumentar perfusão de coração e cérebro. ® Coloca uma sonda de Foley (vesical de demora) dentro do coração, traciona contra a parede com o balão insuflado, faz uma sutura em forma de bolsa ao redor da sonda, em seguida ele puxa a sonda enquanto aperta o nó da sutura para fechar o orifício coração. ◊ Coloca uma bolsa de sangue acoplada à sonda, fazendo reposição direto no coração ao invés de endovenosa; ® Após estabilização leva para a sala de cirurgia e realiza anestesia. Avaliação secundária ® Pneumotórax simples; ◊ Pode ser causado pelo trauma penetrante ou fechado; ◊ Ar no espaço pleural; ◊ Hipertimpanismo a percussão; ◊ MV reduzido do lado afetado; ◊ Drenagem torácica; ◊ Se tiver risco de desenvolver pneumotórax hipertensivo não deve ser submetido a anestesia geral ou ventilação com pressão positiva até a colocação do dreno. ◊ Se for realizar transporte aéreo, também drenar antes. ® Hemotórax; ◊ Geralmente não precisa de tto cirúrgico; ◊ Se infectado, pode se transformar em empiema; ® Contusão pulmonar (alta mortalidade tardia); ◊ Se tiver DPOC ou insuficiência renal associada, intubação precoce; ® Contusão cardíaca; ® Ruptura traumática de aorta; ® Lesão diafragmática; ® Ruptura esofágica; Lesão traqueobrônquica ® Era diagnosticada na avaliação secundária, mas na última edição do ATLS passou do a ser na avaliação primária; ® É uma lesão geralmente despercebida no exame inicial; ® Geralmente ocorre próximo à carina; ® Os pacientes com essas lesões normalmente morrem no local do trauma, mas os que sobrevivem apresentam alta taxa de mortalidade; ® Quando tem a suspeita de lesão brônquica deve pedir avaliação do cirurgião imediatamente; ® Manifestações: ◊ Hemoptise; ◊ Enfisema subcutâneo ou pneumotórax; ◊ Expansão pulmonar incompleta após drenagem torácica (sugere lesão traqueobrônquica); ® Normalmente é necessária a colocação de mais um dreno torácico; ® O diagnóstico é confirmado a partir da broncoscopia; ® Pode ser necessária a intubação seletiva do brônquio-fonte oposto à lesão; ® O tratamento definitivo é cirúrgico;
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