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ANATOMIA DA PELE: • Tecido complexo que reveste o organismo, maior órgão, representando 15% do peso corpóreo. • Epiderme- é proveniente da ectoderme, os melanócitos vem da neuroectoderme. • Derme- tem dois origem, da ectodérmica vem os pilossebáceos e as glândulas sudoríparas. Já da mesoderme vem as fibras colágenas e elásticas, os vasos sanguíneos e o músculo eretor do pelo. • Hipoderme- vem de origem mesodérmica o tecido adiposo e os vasos sanguíneos e de origem neuroectodérmica os nervos. • As principais funções da pele são: barreira, sensação, termorregulação, homeostasia, imunoatividade, regenerativa, protetora contra a radiação UV e produtora de vitamina D endógena. Componentes da pele Epiderme: • Camada mais superficial, epitélio escamoso estratificado queratinizado. • Espessura variável, sendo maior nas regiões palmo-plantares. • Queratinócitos- presentes na camada basal, tem função germinativa, eles originam as células suprajacentes. • Células de Merkel- tem função tátil. • Células de Langerhans (2-8%) - são macrófagos dendríticos, responsáveis pela defesa da pele, fazem o processamento primário de antígenos para apresentá-los aos linfócitos T. são responsáveis pelas reações de sensibilidade nas dermatites de contato. • Melanócitos (3%) - são células dendríticas, derivadas da crista neural e produtoras do pigmento intrínseco da pele (a melanina). São vistos predominantemente na camada basal, apresenta longos pseudópodes que DERMATOLOGIA envolvem os queratinócitos da camada basal e, assim transferem o seu pigmento (constituindo a unidade epidermomelânica). • Cor da pele: • Varia de acordo com a distribuição do pigmento (melanina). • Varia de acordo com a espessura do tecido e o sangue no interior dos vasos. • OBS- raça negra não tem mais melanócitos. • A quantidade de melanócitos não varia, mas sim a dispersão dos grânulos de melanina. • Negroides- melanossomas dispersos no interior do citoplasma dos queratinócitos. • Caucasianos- melanossomas agrupados no interior do citoplasma. Derme: • Espessura varia de 1-4 mm. • Composição- denso estroma fibroelástico (substância fundamental amorfa) com células, vasos, nervos e anexos cutâneos. • Anexos cutâneos: • Glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, folículos pilosos e unhas. • Glândulas sebáceas- ausentes na palma da mão e do pé, fazem parte do aparelho pilossebáceo, são ativadas pelos andrógenos, formam o filme/manto lipídico da pele (impede a perda de água e tem propriedades antimicrobianas). • Glândulas sudoríparas: contribuem na termorregulação. • Podem ser de 2 tipos, Écrinas (predominantes, não ligadas ao folículo pilossebáceo, desemboca diretamente na pele) e Apócrinas (menor quantidade, secretam no folículo pilossebáceo, região axilar, peri-mamilar e anogenital). • Glândulas sudoríparas Apócrinas modificadas- glândulas de meibomius (localizadas nas pálpebras), glândulas mamárias e glândulas produtoras de cerúmen. • Pelos: • Funções- estética, tátil, protetora (raios UV, frio, calor) e redução de atrito. • Pelo vellus- são finos, claros e pouco desenvolvidos. • Pelo terminal- é mais espesso e pigmentado. • Características: • Seu principal componente é a queratina. • Compõem o folículo pilossebáceo (pelo, glândula sebácea, ducto excretor da glândula sudorípara apócrina e músculo eretor do pelo). • Cabelos crescem cerca de 1 cm/mês, alongam-se quando úmidos e suportam enorme tensão. • Ciclo capilar: • Unhas: • Lâmina queratinizada, composta de aminoácidos ricos em enxofre e um pouco de cálcio. • Crescimento de 0,1 mm por dia, em 30 dias cresce 3 mm. • Função- proteção, preensão e estética. • Outros constituintes da derme: • Hipoderme: • Tecido celular subcutâneo, apresenta traves com nervos e vasos. • Tem espessura variável, seus lóbulos são divididos por traves conjuntivo- vasculares. • Funções- reserva nutricional, isolamento térmico, proteção mecânica, melhora a maleabilidade da pele . LESÕES ELEMENTARES-DERMATOPATOLOGIA: Mácula ou lesão maculosa: • É a alteração da cor, sem relevo ou depressão. Subtipo- hemáticas • Exantemas (eritema/vermelhidão disseminado, agudo e efêmero) • Exantemas- dividido em 2 grandes grupos, escarlatiniforme (eritema mais compactado e uniforme) e morbiliforme (eritema entremeado por áreas de pele sã). • Eritrodermia- eritema cutâneo generalizado e persistente (pode durar de semanas a meses). Algumas causas são psoríase, eritrodermia medicamentosa e linfoma cutâneo. • Púrpuras- extravasamento de hemácias na pele, pode ser em forma de vibrice (linear), petéquia (puntiforme) e equimose (lesão maior que 1 cm, indivíduos que tomam corticoides). • Eritema- vasodilatação, rubor (eritema facial), enantema (eritema de mucosa). • Cianose- aumento da desoxigemoglobina, a causa é a diminuição do oxigênio no sangue. Subtipo-melânicas • Máculas relacionadas a melanina. • Acromia- ausência de pigmento, ocorre em patologias como vitiligo e queimadura. • Hipocromia- pouca pigmentação, ocorre em pitiríase versicolor e queimadura superficial (hipocromia transitória). • Hipercromia- muito pigmento, ocorre no Melasma. Alterações edematosas: • Urtica ou ponfo- elevação edematosa e eritematosa e puriginosa, de mm a cm. Exemplo é a urticária. • Edema- aumento depressível da espessura ou volume da pele, sem alteração da cor, por extravasamento de plasma na derme e/ou hipoderme. • Angioedema- edema circunscrito de derme profunda e subcutâneo, geralmente nos olhos e lábios. Exemplo: urticária e angiodema. Formações sólidas: • Pápula- lesão sólida elevada, menor que 1 cm. • Nódulo- lesão sólida e circunscrita, de 1-3 cm, elevada ou não, pode ser apenas palpável. Exemplo: gânglio infartado. • Tumor- lesão sólida e circunscrita, maior que 3 cm, não significa câncer. • Goma- nódulo que necrosa no centro, úlcera e elimina material necrótico. Exemplo: esporotricose e sífilis terciária. • Lesão verrucosa/verrucosidade- formação sobrelevada queratótica, aplanada, dura, áspera e rugosa. Exemplo: HPV. • Lesão vegetante/vegetação- formação queratótica amolecida de aspecto fluorescente, em couve-flor. Exemplo: carcinoma epidermoide. Coleções líquidas: • Vesícula- poucos mm, conteúdo seroso ou hemorrágico. • Pústula- vesícula que contém pus. • Bolha- vesícula que contém pus em maior quantidade. • Abcesso- coleção de pus circunscrita, elevada ou não, de tamanho variável com sinais inflamatórios. • Hematoma- coleção circunscrita de sangue. Alterações de espessura: • Atrofia- afinamento da pele, por exemplo, estrias. • Infiltração- aumento da consistência e volume da pele a custa de infiltrado celular na derme. Exemplo: hanseníase wirchowiana ou dimorfa. • Queratose- espessamento rígido da pele, de superfície áspera, à custa do espessamento apenas da camada córnea. Exemplo: calo. • Liquenificação- espessamento de toda a epiderme com acentuação dos sulcos cutâneos (superfície não tão áspera), geralmente secundária a outro processo. Perdas e reparações da pele: • Furfurácea- como farinha, exemplo é a pitiríase versicolor. • Micácea- como mica ou raspa de vela de parafina. Exemplo é a Psoríase. • Foliácea- lâminas de pele, feito folhas, que se desprenderam. • Erosão ou exulceração- perda superficial da epiderme. Exemplo: herpes simples com muitas erosões deve-se pensar em AIDS concomitante. • Escoriação- erosão traumática, geralmente pelo ato de coçar. • Ulceração- mais profunda que a erosão, vai além da epiderme, no mínimo até a derme, podendo chegar à hipoderme e tecidos subjacentes. • Fissura- em áreas de pregas ou dobras em torno de orifíciosnaturais. • Crosta- lâmina dessecada de serosidade, pus, sangue ou restos epiteliais. • Escara- necrose tecidual por compressão prolongada. Em relação a cicatriz: • Atrófica- quando há o afinamento da pele. • Hipertrófica- espessamento da pele. • Queloide- proliferação de tecido cicatricial. Outras alterações de pele: • Afta- pequena ulceração de mucosa. • Alopecia- áreas com ausência de pelos. • Calo- espessamento queratótico da pele, pela irritação ou trauma mecânico repetido. • Esclerose- consistência muito endurecida da pele, tornando difícil ou impossível o pregueamento. Exemplo é a esclerodermia-colagenase. • Comedão- acúmulo de conócitos mortos e queratina no infundíbulo folicular. • Mílio- pequeno cisto de queratina, branco-amarelado, superficial na pele. • Corno- excrescência cutânea, formada de queratina. • Fístula- canal com pertuito na pele que drena foco de supuração ou necrose. Nomenclatura das lesões de pele (macroscópicas): • Escoriação- lesão traumática, caracterizada por rompimento da epiderme, produzindo uma área linear em carne viva (arranhão profundo), frequentemente por autolesão. • Liquenificação- pele áspera, espessa, semelhante a um líquen, geralmente resultante de atrito repetido. • Mácula/mancha- lesão plana circunscrita, distinguida da pele circundante pela cor. • Onicólise- separação entre a placa e o leito ungueal. • Pápula, nódulo- lesão elevada em forma de redoma ou com topo achatado, as pápulas tem 5 mm ou menos de diâmetro, enquanto os nódulos tem mais do que 5 mm de tamanho. • Pápula- lesão elevada, transitória e pruriginosa com palidez e eritema variável devido a presença de edema na derme. Mais associado a processos alérgicos. • Placa- lesão elevada com a parte superior achatada, geralmente com a largura maior que 5 mm, pode ser causada por pápulas coalescentes. • Pústula- lesão discreta e elevada, contendo pus. • Escama- seca, córnea, em forma de placa, comumente como resultado de cornificação imperfeita. • Vesícula, bolha- lesão elevada, preenchida por liquido com 5 mm ou menos de diâmetro (vesículas) ou com mais de 5 mm no maior eixo (bolhas). Nomenclatura das lesões de pele (microscópicas): • Acantose- hiperplasia difusa na derme. • Disceratose- queratinização prematura e anormal das células abaixo da camada granulosa. • Erosão- descontinuidade da pele, apresentando perda incompleta da epiderme. • Exocitose- infiltração da epiderme por células inflamatórias. • Tumefação- edema intracelular dos queratinócitos, frequentemente observado nas infecções virais. • Hipergranulose- hiperplasia da camada granulosa, frequentemente devido a atrito intenso. • Hiperceratose- espessamento da camada córnea, muitas vezes associado a anormalidade qualitativa da queratina. • Lentigo- padrão linear de proliferação dos melanócitos na camada basal. • Papilomatose- elevação da superfície causada por hiperplasia e aumento das papilas dérmicas contiguas. • Paraceratose- queratinização com retenção dos núcleos na camada córnea, nas membranas mucosas é normal. • Espongiose- edema intracelular da epiderme. • Ulceração- descontinuidade da pele, perda completa da epiderme, expondo a derme e tecido subcutâneo. • Vacuolização- formação de vacúolos dentro ou subjacentes as células, frequentemente se refere a área das células basais ou membrana basal. Anamnese e exame físico dermatológico: • Dermatologia é a especialidade clínico-cirúrgica que trata as doenças de pele, fâneros e mucosas externas. • Abrange- doenças inflamatórias, infeciosas, neoplasias e condições estéticas. • É importante por ajudar no diagnóstico de várias doenças sistêmicas. • Além da entrevista com o paciente (anamnese) com o doente, deve-se fazer inspeção da pele e das mucosas externas e palpar as lesões. Prurido: A presença ou ausência descarta ou reforça suspeitas. • Ausente- sífilis, hanseníase, leishmaniose e lúpus eritematoso. • Presente- urticária, eczemas, estrófulo, tinias. • Noturno- escabiose. • Correlações- farmacodermias (ingestão de alimentos), urticárias (ingesta de alimento) e fotodermatoses. • Sensibilidade: a diabetes causa parestesia (amortecimento), hanseníase (hipoestesia), úlceras hipertensivas (hiperestesia), outras ardência, calor e febre. Identificação do fototipo (1-6): • Inspeção- da pele e mucosas externas com lupa, tentando reconhecer as alterações existentes (lesões elementares). AULA 2: ACNE: • Epidemiologia- faixa etária de 12-25 anos, 80% dos adolescentes, 12% das mulheres adultas, em 2/3 é autolimitada, formas mais precoces no sexo feminino, formas mais graves no sexo masculino, hereditariedade. Fisiopatologia: • Fechamento do infundíbulo da glândula sebácea. • Hiperqueratose folicular- descamação folicular alterada- comedão (cravo, produtor de descamação celular) - bloqueio da eliminação de sebo do folículo. • Aumento da produção sebácea- na puberdade ocorre o aumento de andrógenos que estimulam a produção de sebo pela glândula sebácea. • Eventos secundários- colonização bacteriana e inflamação. • O sebo é um agente inflamatório. • Propionibacterium acnes- também chamado de cutibacterium acnes, transforma os triglicerídeos em ácidos graxos livres, gera a liberação de enzimas extracelulares. Formas clínicas: • Não inflamatória- exclusivamente comedoniana. • Inflamatória- pápulo-pustosa, nódulo-cística e conglobata (todos os nódulos se juntam num grande globo). • Alimentação: sabe-se que leite e seus derivados são alimentos acnegênicos, pois aumentam a liberação de insulina e IGF-1, como consequência ocorre o aumento da liberação de testosterona e SBHG (globulina ligadora de hormônios sexuais). Tratamento: • Formas leves- apenas tratamento tópico. • Formas moderadas- tratamento combinado (tópico+ sistêmico). • Formas graves- tratamento combinado ou monoterapia sistêmica com isotretinoína oral (casos muito graves). • OBS- nas mulheres pode-se associar anticoncepcionais antiandrogênicos ou espironolactona (pode causar mal formação fetal) em conjunto ou separado. Medicamentos tópicos: • Peróxido de benzoíla, ácido azeláico. • Retinoides- siotretinoína, adapaleno, tretinoína (não se usa mais na forma tópica). • Antibióticos- clindamicina, eritromicina (pouco usada). • Associações- peróxido de benzoila+ clindamicina ou adapaleno junto de tretinoina + clindamicina. Antibióticos: • Ciclinas (1° escolha) - tetraciclinas, limeciclina, minociclina, doxiciclina (mais utilizado na rosácea). • Macrolídeos- eritromicina e azitromicina (deve ser reservada para outras infecções, pode aumentar a resistência). • Sulfonamidas- sulfametoxazol + trimetoprima. Isotretinoína oral: impede a descamação excessiva, inibe a formação do sebo, normaliza a queratinização, ação anti-inflamatória e diminuição da P.acnes. O uso da isotretinoína oral está indicado quando já foi realizado o uso de corticoides sistêmicos e a resposta foi insatisfatória ou reincidiva do tratamento. Anticoncepcionais e espironolactona: a espironolactona tem efeito antiandrogênicos predominante. Anticoncepcionais contendo acetato de ciproterona são os mais eficazes no caso de acnes. Tratamento das cicatrizes de acne: laser e peelings. • OBS- todos as acnes citadas acima são chamadas de acne vulgar, entretanto existem outras, como- ligadas a SOP (síndrome do ovário policístico), mulher adulta, medicamentosa e Cushing.ROSÁCEA: • É a doença inflamatória da unidade pilossebácea associada a alteração vascular superficial. • Acometimento facial com alteração vascular. • Pode ser sinônimo de acne rosácea, mas o termo não é utilizado rotineiramente pois o indivíduo pode não ter lesões de acne na rosácea. • Epidemiologia- 10% da população teve ou tem rosácea, 3 mulheres:1 homem, idade de 30-50 anos (pode ter início precoce aos 20 anos), várias formas clínicas conforme o predomínio de lesões. Patogenia: • Pele hiper-reativa pode ser indicativo de rosácea no futuro. • Predisposição genética, resposta vascular anormal que causa eritema e rubor. • Respostas inflamatórias a- espécies reativas de oxigênio, demodex foliculorum, hiper proliferação bacteriana no intestino delgado. Desencadeantes: • Drogas e agentes tópicos- álcool, tabaco, cosméticos, Retinoides, corticosteroides tópicos e sabonetes. • Fatores ambientais- frio, calor, sol, vento. • Alimentos- pimenta, chocolate, cafeína e alimentos quentes. • Fatores emocionais. • Exercícios e alterações hormonais. Formas clínicos da rosácea: • Eritêmato-telangectásica. • Pápulo-pustosa. • Fimas- aumento do volume de áreas da face (orelhas e nariz). • Rinofima- aspecto inchado, bulboso e grosseiro do nariz. Manifestação clínica: Multilesional- eritema, telangiectasias, pápulas, pústulas, placas eritematosas, crises de rubor facial (eritema temporário com queimação ou ardência), fimas (aumento do nariz). Polissintomática (leve a severa) - prurido, queimação e sensibilidade da pele. OBS- muito confundível com eczema de contato. MILIÁRIA: • Obstrução da glândula sudorípara, conhecido popularmente por brotoeja. • 15% dos neonatos. • Patologia- obstrução do ducto sudoríparo, retenção de suor e ruptura do ducto dentro da pele. • Manifestações clínicas- vesículas superficiais não inflamadas e assintomáticas, pápulas eritematosas pruriginosas e pústulas. Formas clínicas: • Vesículas superficiais não inflamadas e assintomáticas. • Pápulas eritematosas pruriginosas. • Pústulas. Fatores desencadeantes: Sudorese aumentada ou intensa, ambientes quentes e úmidos, agasalhamento excessivo, febre, banhos prolongados, exercícios físicos (adultos). • Tratamento- pasta da água (óxido de zinco, glicerina e água de cal) é muito bom e barato. Muito eventualmente se usa corticoides tópicos de baixa potência. AULA 3: ECZEMAS: • É a mesma coisa que dermatite, significa pele em ebulição. • Grupo de dermatoses inflamatórias- clínica e histopatologia comuns, fisiopatogenias diferentes. • Manifestações clínicas- eritema, edema, vesículas e crostas (descamação e quase sempre prurido, de intensidade variável). Fases do eczema: • Fase aguda- edema, vesiculação e exsudação (fase úmida). • Fase subaguda- idem anterior, em menor grau e formação de crostas. • Fase crônica- Liquenificação, espessamento da pele (fase seca). Classificação do eczema: • Eczema de contato por irritante primário- alérgico. • Eczema por fotossensibilidade- fototóxico ou fotoalérgico. • Eczema atópico. • Eczema seborreico. • Eczema numular. • Eczema disidrótico. Eczema de contato: • Uma das dermatoses mais frequente, substância exógena atravessa a barreira cutânea, causando uma reação inflamatória. • Tipos- eczema de contato por irritante primário e eczema de contato alérgico. Fisiopatologias semelhantes, com diferenças no tempo de resposta e na participação ou não do sistema imune (alérgico- ativa o sistema imune). Eczema de contato por irritante primário: • Causado no geral por substâncias leve/moderadas alcalinas ou ácidas, que não causam queimadura, nem necrose (apenas irritação cutânea). • Qualquer pessoa pode ser afetada, dependendo da concentração do irritante e da duração do contato. • Não necessita sensibilização prévia (independe do sistema imune). • Não induz a produção de anticorpos. Condicionantes • Tamanho das moléculas (quanto menor mais fácil de atravessar). • Veículo e solubilidade dos compostos- quanto mais solúvel mais irritante. • Tempo de exposição e periodicidade. • Oclusão da pele com luvas, tecidos após a exposição das substâncias. • Condições ambientais (frio, baixa umidade, ventos). Noções gerais • Frequente o caráter ocupacional- pedreiros, pintores donas de casa. • Agentes- sabões, xampus, detergentes, desinfetantes, limpadores industriais solventes, ácidos, agentes oxidantes, pesticidas, plantas, secreção de animais. • Urina e fezes (dermatite das fraldas- assadura). Fisiopatogenia • Substâncias irritantes contato com os queratinócitos (células da epiderme) liberação de citocinas inflamação em 12 a 24 horas. • Exceção- irritantes absolutos tem reação imediata. Eczema de contato alérgico: • Ocorre sensibilização- participação do sistema imune. • Pode haver sensibilização a múltiplos agentes. • Pode ter lesões distantes por autossensibilização. Sensibilização • Antígeno incompleto (hapteno) entra em contato com a camada córnea da pele. • Hapteno se liga as proteínas da pele e se torna um antígeno completo. • Ocorre ligação as membranas das células de Langherans. • Células de Langherans englobam e processam o antígeno. • Vai pros vasos linfáticos que levam aos linfonodos regionais. • Apresentação aos linfócitos T. • Multiplicação dos linfócitos T. • Novo contato- o antígeno se liga as células de Langherans, interação com os linfócitos da pele e dos linfonodos, produção de linfocinas/citocinas e inflamação. Manifestações clínicas • Prurido sempre. • Áreas mais expostas: mãos > face > pescoço > pés > tronco. Formas clínicas • Forma aguda- eritematosa, eritêmato-vesiculosa, eritêmato-vesico-secretante. • Forma subaguda- crotosa (crostas). • Forma crônica- eritêmato-liquenificada. Prognóstico do eczema de contato • Tende a cessar com a interrupção do contato. • Nos casos muito crônicos, mesmo retirando o agente, o quadro pode manter-se ou mesmo agravar-se. • Excepcionalmente, com a exposição contínua, desenvolve-se tolerância ao contactante. • Complicações- infecção secundária. Diagnóstico de eczema de contato • História clínica- início e frequência dos surtos, histórico de outras alergias de contato, ocupação (trabalho e lazer). • Quadro clínico- presença e localização de eczema. • Histopatologia- eczema agudo, subagudo ou crônico. • Testes de contato. Eczema por fotossensibilidade: • Subtipo de eczema por irritante primário. Eczema fototóxico: • Não requer contato prévio com o agente causador. • Em qualquer indivíduo, desde que exposto- tópico ou sistematicamente- a quantidade suficiente da substância e de luz. • Exemplos- fitofotodermatose pelo limão (furocomarinas, são substâncias fotossensibilizantes). Tetraciclina oral. • Manifestações clínicas- podem surgir de minutos a horas após a exposição solar, ocorrem lesões eritêmato-edematosas, com ou sem bolhas, seguidas de pigmentação. • Cronologia- de 2 a 6 horas após o contato (sensação de queimadura, prurido, eritema e edema), de 12 a 24 horas (bolhas) e após alguns dias (pigmentação). Eczema fotoalérgico: • Necessita de sensibilização prévia, por luz solar e/ou visível. • Modificações químicas na substância que se torna fotossensibilizante. • Mesmo mecanismo da dermatite de contato alérgica (hipersensibilidade do tipo 4). Sensibilizantes tópicos • Anti-histamínicos de uso tópico (prometazina)- reação foto-alérgica. • Pomadas com sulfas. • Plantas, perfumes. Sensibilizantes sistêmicos • AINES- piroxicam.• Diuréticos- furosemida, hidroclorotiazida. • Hipoglicemiantes orais. • Possibilidade de reação cruzada. Tratamento de eczema por fotossensibilidade • Evitar o contato dos agentes irritantes ou alergênicos. • Compressas com água boricada ou permanganato (eczema agudo). Lesão úmida cura com umidade-- • Corticosteroides tópicos ou sistêmicos (formas graves). • Imunomoduladores tópicos (tacrolimo, pimecrolimo) - são inibidores seletivos de citocinas inflamatórias. • Imunossupressores sistêmicos nos casos mais rebeldes- metotrexato (mais usado) e ciclosporina. • Fototerapia- formas severas. Eczema atópico: • Doença genética, de herança poligênica. • Curso crônico- períodos de crise e acalmia. • Em 30% dos casos- asma ou rinite intercaladas. • Em 15% dos casos- urticária. Etiopatogenia • Predisposição genética- 70% dos casos com antecedentes familiares de atopia. • Fatores fisiológicos- alterações do manto lipídico (redução da secreção sebácea), xerose (ressecamento da pele) é suficiente pra produzir o prurido. • Fatores celulares- aumento de eosinófilos, da liberação de histamina pelo mastócito, redução da quimiotaxia de macrófagos e colonização por estafilococos. • Fatores imunológicos- exacerbação da imunidade humoral (linfócito B), o que causa maior suscetibilidade a reações anafiláticas. Redução da imunidade celular (linfócito T), o que favorece a colonização pelo S.aureus. • Influência de fatores ambientais e emocionais. • Recidivas frequentes- tendência a cronicidade, xerose (ressecamento da pele), prurido constante, Liquenificação (espessamento da pele- principalmente em adultos), pitiríase alba (face, ombros, pescoço e dorso), tendência a infecções cutâneas- devido a redução da imunidade celular. Tratamento • Cuidados pessoais e ambientais. • Roupas folgadas e de algodão (evitar fibras sintéticas e lã). • Evitar banhos quentes e prolongados, não friccionar a pele, sabonetes suaves (de coco). • Mantes as unhas curtas e as escovar. • Ambiente livre de ácaros, pelos, mofo e penas. • Temperatura estável entre 25° e 27° (evitar aquecimento). • No quarto- poucos móveis, poucos bichos de pelúcia, colchas de algodão, cortina de fácil limpeza, sem carpetes e tapetes. • Evitar estresse emocional. • Normalmente NÃO se realiza nenhuma restrição alimentar. Tratamento medicamentoso • Hidratação (hidratante comercial piora) - restaura a barreira cutânea. • Corticosteroides tópicos (potência conforme o quadro e a idade)- clobetasol (mais potente) > ácido salicílico > diflucortolona e betametasona > mometasona e desonida > hidrocortisona (menos potente). • Imunomoduladores tópicos- não causam atrofia ou telangiectasia, bons pra manutenção, o mais usado é o tacrolimo. • Corticoides tópicos- evitar, apenas nas formas muito graves e por pouco tempo. • Anti-histamínicos- pouca ação no prurido da dermatite atópica. Melhor usar os sedantes/calmantes (hidroxizina, clorferinamina, cetotifeno). • Lesões infectadas e/ou exsudativas- compressas com permanganato de potássio. • Formas localizadas em mãos e pés- alcatrões (coaltar ou LCD). • Formas graves- fototerapia UVA, UVB, PUVA, indicado para crianças acima de 12 anos devido ao potencial carcinogênico. Imunossupressores (ciclosporina e metotrexato) e tratamento psicoterápico. Eczema seborreico: • Predisposição familiar e predominância no sexo masculino. • Exemplo- caspa (tipo de eczema seborreico do couro cabeludo). • Ocorre a aceleração do ciclo de divisão celular da epiderme. • Em áreas seborreicas e intertriginosas/dobras (eventualmente). • Afecção frequente, crônica e recorrente. • Malassezia furfur- pode ser um agente agravante, não é o causador. • Predomina dos 18 aos 40 anos, piora com- calor, umidade, frio, tensão emocional, alcoolismo, deficiência de zinco e diabetes. • De forma isolada ou associada a doenças neurológicas- Parkinson, siringomielia e lesões do nervo trigêmeo. • Quadro extenso, persistente e resistente ao tratamento- pode ser um marcador de SIDA/AIDS. • Lesões eritêmato-escamosas. Escamas gordurosas e aderentes, sobre a base eritematosa, prurido discreto e curso crônico. • No couro cabeludo- forma descamativa mínima (pitiríase capitis/caspa comum), não tem cura, com escamas aderentes e espessas (difícil de destacar). • Podem surgir quadros eritrodérmicos- acometimento de toda a pele, quadros extensos. Tratamento • Couro cabeludo: • Xampus diversos (piroctone olamina, piritionato de zinco, sulfeto de selênio, cetoconazol e ácido salicílico). • Solução de corticoide. • Xampus de coaltar (nas formas mais graves). • Cremes salicilados (crostas espessas) por algumas horas. • Corticoide tópico- leve na face (hidrocortisona, desonida e mometasona). • Outros tópicos: • Cetoconazol, tacrolimo, pomadas oftálmicas com hidrocortisona e calcitriol. • Fototerapia UVB em formas resistentes e UVA em formas eritrodérmicas. • Tetraciclina ou isotretinoína orais em casos resistentes- tetraciclina tem ação anti-inflamatória na pele (raramente usada), isotretinoína oral é mais utilizada. Eczema numular: • Causa desconhecida (provavelmente multifatorial). • Provável componente de infecção bacteriana. • Frequente em adultos e em idosos. • Piora no inverno e melhora no verão. • Associado a- xerose (ressecamento da pele), banhos quentes e demorados e uso excessivo de sabonetes. Manifestações clínicas • Placas ovais ou redondas, eritêmato-escamo-crostosas, de 1 a vários centímetros, com centro claro (diferencial com dermatofitose). • Surtos duradouros e recorrentes. • Pernas, antebraços, dorso de mãos e pés. • Infecção secundária é comum. • Dessecamento e formação de crostas melicéricas. Tratamento • Evitar sabões comuns, banhos quentes e prolongados, lã e tecidos sintéticos, não usar antissépticos e detergentes. • Cremes de corticoide ou imunomoduladores e antibiótico (se infecção associada). • Hidratantes (após a melhora), de maneira profilática. Eczema disidrótico (Disidrose); • Caráter recorrente (em média, surtos a cada 3 semanas). • Etiologia- relação com atopia. Contactantes (numerosas substâncias), endoctantes (níquel dos alimentos em pessoas sensibilizadas e drogas (penicilina e outros antibióticos), mícides (reação ectópica a distância de um foco fúngico). Fatores emocionais associados a hiperidrose (Sampaio). Manifestações clínicas • Vesículas em palmas e plantas, isoladas ou confluentes, ausência de eritema na fase aguda. • Às vezes, purulentas, com eritema (necessário diferenciar de psoríase pustulosa). Tratamento • Compressas de permanganato, umidade seca lesões úmidas. • Corticoides tópicos. • Nos casos mais severos- corticoide sistêmico. • Eventualmente, antibióticos sistêmicos. Líquen simples crônico/nerodermite: • Causa não identificada. Provável base atópica (prurido) e emocional (ansiedade) que levam a coceira e Liquenificação num círculo vicioso. • Pode iniciar por uma picada de inseto ou um eczema por irritante. • Rara em crianças. • Clinicamente se apresenta com placa liquenificada, muito pruriginosa, de evolução crônica. • Diferenciar das dermatoses liquenificadas, dermatite atópica liquenificada. Tratamento • Corticoide (pomada forma oclusão que faz com que o principio ativo penetre melhor na pele). Eventualmente em infiltração. • Anti-histamínicos sedativos- como a hidroxizina. • Eventualmente ansiolíticos. Psoríase: • Dermatose eritêmato-descamativa crônica. • Ocorre o aumento do turn-over da camada basal da epiderme. • Alta associação com doenças sistêmicas. Psoríase grave pode levar a inflamação de diversos órgãos, não somente da pele. • Desregulação inflamatória que leva a aceleração do ciclo germinativoepidérmico, ocorre em 8-10 dias, enquanto o ciclo normal deveria durar de 26- 28 dias. Epidemiologia • Início mais frequente dos 20 aos 40 anos. • 75% antes dos 45 anos. • Proporção igual entre os sexos. • Hereditariedade- 4% se não há casos na família, 28% se um dos pais, 65% em ambos os pais. Fatores de risco • Abuso de álcool, sobrepeso/obesidade, tabagismo, dermatose ou infecção no ano anterior, AIDS fora do controle, alguns medicamentos (betabloqueadores, indometacina, tetraciclina e cloroquina). Condições associadas • Artrite psoriásica (psoríase artropática) - forma de psoríase articular, pode acontecer antes das lesões da pele, em cerca de 25% dos pacientes, sobretudo nas articulações de mãos e pés. • Miopatia • Alterações mentais- depressão (prevalência pode chegar a 60%), ideação suicida, ansiedade, baixa autoestima e disfunção sexual. Condições sistêmicas associadas • Pode ocorrem em psoríase mais grave. • Síndrome metabólica (aumento do colesterol, triglicerídeos e glicemia). • Infarto do miocárdio. • AVC. • Diabetes. • Doença renal crônica, doença de Crohn, colite ulcerativa e linfoma (casos graves). Patogenia • Mediada por mecanismos imunológicos. • Antígenos indeterminados são processados por células apresentadoras de antígeno (células de Langherans), o que ativa os linfócitos T. • Produção de linfocinas/citocinas (TNF-alfa e IL-2). • Proliferação e retardo da maturação de queratinócitos. Tratamento da psoríase • Importante esclarecer para o paciente a natureza não contagiosa da doença. • Curso crônico, de evolução até certo ponto, mas imprevisível- sobretudo em pacientes tabagistas, sobrepeso, diabéticos e estressados. • Comprometimento sistêmico nos casos graves. • Tratamento possibilita o controle da doença. • Estimular- exposição ao sol, praias- a luz UV-B tem papel importante no controle da doença. Fototerapia é padrão ouro, por bloquear as células de Langherans e assim diminuir a inflamação. • Corticosteroides tópicos- taquifilaxia (tolerância), é necessário mudar a medicação de tempos em tempos. Pode causar atrofia e telangiectasia, além da exacerbação e expansão da psoríase. • Coaltar- pomadas de 2-5%. • Antralina- causa irritação, evitar áreas mais sensíveis, orientar o paciente a lavar a pele após o uso. Tem como efeito colateral- pigmentação amarronzada, porém não definitiva. • Análogos da vitamina D (Calcitriol e Calcipotriol) - fotossensibilidade, não podem ser usados em áreas expostas. Irritação da pele, efeito semelhante aos corticoides tópicos. • Fototerapia- padrão ouro, porém pouco disponível. Se faz 2 a 3 vezes na semana, bom efeito a partir de 20 sessões. • Metotrexato- mais utilizado pelo doutor, antagonista do ácido fólico, casos extensos e resistentes. Psoríase eritrodérmica, artropática e pustulosa generalizada. Até 15 mg/semana em 3 tomadas semanais (hepatóxica). • Ciclosporina A- altamente eficaz para psoríase, difícil manejo. Melhor opção para psoríase eritrodérmica (inibição dos linfócitos T). nefrotóxica, causa hipertensão arterial, favorece infecções e neoplasias. • Tratamento com biológicos (muito caro) - Anti-TNF alfa e Anti-interleucina. Se usa mais em pacientes com problema renal ou hepático. Drogas – infliximabe, adalimumabe, eternacept e ustequinumabe. Favorecem TB, linfomas, doença desmielinizante e ICC. Pitiríase rósea: • Causa desconhecida, tem uma lesão inicial que se espalha. • Epidemiologia- doença frequente, não contagiosa (se suspeita de causa viral), igual em ambos os sexos, de 20 a 30 anos, recidiva é rara. • Manifestações clínicas- medalhão inicial, lesão inicial ovalada, eritêmato- escamosa, com bordas ligeiramente elevadas e centro descamativo. • Em 1 a 2 semanas- novas lesões menores. • Localização- tronco, raiz de membros e pescoço. • Prurido ausente ou discreto. • Até 45 dias de duração, com regressão total (autolimitada). • Diagnóstico- clinico (história + lesão). • Diagnóstico diferencial- dermatofitose (micose) e sífilis secundária (roséola sifilítica). • Tratamento- creme de corticoide, anti-histamínicos, aciclovir, fototerapia e antibióticos (eritro, azitro e claritro). DOENÇA DOS PELOS: • Alopecias – as mais comuns são as não cicatriciais, chamadas de eflúvio anágeno, eflúvio telógeno, alopecia androgenética e alopecia areata. Eflúvio anágeno • Eflúvio quer dizer queda/desprendimento do fio de cabelo. • Anágeno é o cabelo em fase de crescimento, até 90% dos fios. • Causas – quimioterapia, intoxicação por metais pesados, colchicina (usada na gota), desnutrição proteica grave, doenças infecciosas agudas febris, cirurgias prolongadas e sífilis secundária (alopecia em clareira). Eflúvio telógeno • Telógeno é a fase final do pelo, quando ele se desprende da papila, até 15% dos pelos. • Ocorre a passagem mais rápida para a fase telógena, o fio fica pouco tempo na fase de crescimento (anágena). • Ocorre em qualquer idade, a fisiopatogenia se baseia na aceleração do ciclo capilar. • Causas – nutricionais (deficiência calórica), dietas restritivas (deficiência de proteínas e de ácidos graxos), ingestão insuficiente de zinco, ferro e biotina. Drogas, como os anticoagulantes, betabloqueadores, contraceptivos orais, Retinoides (isotretinoína), ácido valproico. Estresse (vasoconstrição + radicais livres), causas endócrinas (hipo ou hipertireoidismo) e pós-parto (progesterona alta). Diagnóstico do eflúvio • História clínica, prova de tração leve (mais de 5 fios é sugestível de efluxo) e tricograma (não se faz, é o exame microscópico que avalia quantos fios são anágenos, telógenos e catágenos). Tratamento do eflúvio geral • Dieta rica em proteínas, sais minerais (ferro e zinco) e vitaminas. • Controle do estresse. • Tratamento de cofatores, como dermatite seborreica (pele fica inflamada). • Minoxidil- tópico 2-5%. • Rubefacientes diversos (faz vasodilatação da pele) – tinturas de jaborandi, cantárida. • Alfa-estradiol – inibição da 5 alfa redutase. Alopecia androgenética (calvície): • Mais frequente das alopecias, geneticamente determinada. • Padrão e grau dependem da distribuição dos receptores androgênicos e concentração da enzima 5 alfa redutase 1. • Queda de cabelo não tem a ver com excesso de testosterona e, sim com o aumento da conversão em DHT. • Patogênese – aumento da conversão em DHT, DHT se liga aos receptores androgênicos dos pelos e produz – redução do volume da matriz celular do folículo, encurtamento da duração da fase anágena e aumento do tempo da fase telógena, afinamento progressivo e queda de cabelo. • Tratamento – Minoxidil tópico 2-5%, finasterida oral (somente no homem, na mulher é off label) e transplante capilar. Alopecia areata: • Frequência igual em homens e mulheres. • Etiologia – fatores genéticos (frequentemente associado com doenças genéticas congênitas e síndrome de Down), fatores imunes (tireoidites e vitiligo) e fatores emocionais (desencadeantes ou agravantes). • Atinge 2% da população, couro cabeludo (mais comum) e barba. • Uma ou mais placas sem pelos, geralmente arredondadas, sem sinais inflamatórios. • Início abrupto, em qualquer idade, ocorre mais de 15-29 anos. • Áreas isoladas, confluentes ou generalizadas. • Tratamento – infiltração com corticoide (padrão ouro), antralina (ação irritativa). Em alopecia total ou universal pode-se usar corticoide sistêmico ou imunossupressores (sulfassalazina e metotrexato). • Prognóstico – quanto mais precoce e intenso pior. • Diagnóstico (aumento da quantidade de pelos) – dosagem de hormônios androgênicos, FSH, LH, testosterona total e livre, progesterona, prolactina.• Tratamento – medicamentos antiandrogênicos, anticoncepcional com acetato de ciproterona 2 mg, ciproterona em doses maiores (100 mg/dia), espironolactona. DOENÇAS DAS UNHAS: • Doenças de unhas hereditárias, adquiridas (da própria unha, de doenças cutâneas e sistêmicas), tumores da unha, traumas de unha e infecções. Doenças adquiridas da própria unha • Melanoníquia – pigmentação acastanhada. • Síndrome das 20 unhas – estriações longitudinais, opacas, rugosas, podem começar na infância, de causa idiopática ou secundária a psoríase, líquen plano, eczema atópico e ictiose vulgar. Doenças de unhas adquiridas por doenças cutâneas • Psoríase – com ou sem lesões cutâneas. • Onicorrexe – unha fragmentada, com fissuras longitudinais. • Onicólise – descolamento parcial da unha. • Líquen plano – onicorrexe. • Alopecia areata – onicorrexe e depressões puntiformes e superfície rugosa. • Doença de Darier – onicorrexe. • Eczema – onicorrexe. Doenças de unhas adquiridas por doenças sistêmicas: • Unhas de Beau – depressão linear transversal, causada pela interrupção temporária do crescimento. • Macroníquia – na acromegalia. • Unhas frágeis e crescimento lento – hipotireoidismo. • Unhas escuras – doença de Cushing e Addison. • Nas colagenases (lúpus e dermatomiosite) – eritema peri-ungueal e hemorragias subungueais. • Na insuficiência respiratória – coloníquia (em colher), síndrome das unhas amarelas (também ocorre na AIDS) e hipocratismo digital. • Nas insuficiências renais, hepática e cardíaca – unhas de Muehrcke/leuconiquia estriada (faixas brancas transversais), unha meio a meio (insuficiência renal), leuconiquia (insuficiência renal e hepática), unhas de Terry (branca no centro, em cirrose hepática e insuficiência cardíaca crônica). Tumores de unha: • Tumor glômico – tumor benigno e doloroso. • Cisto mixóide – conteúdo viscoso. • Carcinoma epidermóide – câncer de pele com expressão na unha. • Melanoma – sinal de Hutchinson (pigmentação invadindo a cutícula). • Fibroma subungueal – tumor benigno. • Exostose subungueal – parece um osso nascendo em baixo. • Nevo melanocítico – causando Melanoníquia. Traumas de unha: • Hematoma, onicocriptose (unha encravada) e onicofagia (hábito de roer as unhas). Infecções de unha: • Paroníquia – infecção bacteriana ou mista, por bactérias e fungos. • Verrugas peri-ungueais – no HPV. • Onicomicose – infecções por fungos dermatófitos e leveduras ou mistos. Atinge 15%-20% da população adulta, sendo mais comum em mulheres, em pododáctilos (dedos dos pés) e rara em crianças. Tem como clínica a opacificação, o espessamento, hiperqueratose subungueal e descolamento parcial ou total da unha. Tratamento das onicoses (todas as doenças de unha): • Paroníquias – antibióticos sistêmicos. • Onicomicoses – antifúngicos sistêmicos e tópicos. • Líquen plano e psoríase – lixamento, infiltração com corticoide. • Distrofias – avulsão química ou cirúrgica. • Onicocriptose – cantoplastia (retira só uma faixa da unha). Discromias: • São os distúrbios da pigmentação cutânea. • Melanócitos – células da camada basal da epiderme, células dendríticas que contém os melanossomas (onde ocorre a síntese de melanina). Projetam seus dendritos entre os queratinócitos, transferindo-lhes seus melanossomas. • Os melanócitos são responsáveis pela pigmentação da pele e dos pelos, além de conferirem proteção direta contra os raios UV. • Cor da pele – o principal pigmento da pele é a melanina, pigmentos exógenos amarelados (carotenoides), vermelho (oxiemoglobina) e azul (hemoglobina reduzida). • Diferenças – grau de atividade dos melanócitos e característica dos melanossomas na raça negra (mais dispersos e com degradação retardada). Hipercromias • Melasma – hiperatividade melanocítica focal na face (incomum em outras regiões), induzida pelo UV e luz visível, coloração acastanhada na face, grande maioria em mulheres (influências hormonais, gestação e uso de contraceptivos). Tratamento, hidroquinona (melhor clareador), ácido azeláico. • Hemocromatose – distúrbio no metabolismo do ferro, que acumula nos tecidos (pele, fígado, coração, pâncreas e articulações). Pode ser hereditário ou secundário (diabetes mellitus do tipo 1 e hepatite C). • Doença de Addison – hiperpigmentação em áreas fotoexpostas, ocorre por aumento do ACTH devido a insuficiência adrenal. Pode ter causa autoimune, traumática, neoplásica ou infecciosa. Clínica, astenia, náuseas e perda de peso. • Hipertireoidismo – em 10% dos casos ocorre aumento da pigmentação. • Gravidez – escurecimento dos mamilos, linha nigra e mucosa genital. • Por medicamentos – antimaláricos, quimioterápicos, tetraciclina, fenitoína. • Tumores – secretantes de MSH (hormônio melano-estimulante) ou ACTH. Hipocromias: VITILIGO • Dermatose autoimune, frequente e desfigurante. • Caracterizada por ausência de pigmentação, acromia por destruição ou inativação do melanócito com perda de melanina. • Mais comum na infância e em adultos jovens. • Mais comum em negroides. • Predisposição genética. • Etiologia – alteração genética gera melanócitos com defeitos ultra-estruturais, anticorpos anti-melanócitos, ação de mediadores neuroquímicos. • Fisiopatogenia - melanócitos defeituosos, que são incapazes de depurar os radicais livres. A ação de fatores ambientais (radiação UV, compostos fenólicos) gera estresse oxidativo, produzindo espécies reativas de oxigênio (ROS). Esses ROS estimulam a agressão por autoanticorpos (antimelanócitos), isso faz o recrutamento de linfócitos T citotóxicos (células NK) que liberam altos níveis de citocinas e destroem os melanócitos. • Diagnóstico – exame de luz de Wood, na histologia tem ausência ou redução expressiva de melanócitos. • Tratamento – corticosteroides tópicos (sistêmicos apenas para estabilizar uma rápida progressão), fototerapia é padrão ouro (imunossupressão e estimula a diferenciação e proliferação de stem cells/células germinativas). PRURIDOS: • Principal sintoma das dermatoses, é uma sensação desagradável que leva o paciente a se coçar. • Estímulo das terminações nervosas da junção dermoepidérmica. • Pode ser manifestação de doença sistêmica – linfoma. • Pode acometer qualquer área cutânea, mas por vezes é somente em locais específicos. • Fatores que reduzem o liminar – calor, exercícios, inatividade, alteração brusca da temperatura, transpiração e fricção. Prurido localizado: • Otite externa do meato acústico – frequente, a principal causa é a dermatite seborreica. • Couro cabeludo – dermatite seborreica (caspa não necessariamente coça), psoríase e neuropatia diabética. • Anogenital – área rica em terminações nervosas, a causa principal é eczema de contato, também pode ser por infecções (candidíase, enterobíose, escabiose pubiana). Prurido regional: • Prurido baquirradial – tem como possível causa a compressão neural dos nervos espinhais pela musculatura. Tratamento é feito com capsaicina tópica ou talidomida oral. • Notalgia parestésica – região interescapular e eventualmente dorso e ombros, as vezes, com parestesia. Tem como causa a compressãoneural e se trata com capsaicina oral (presente na pimenta, age fazendo esgotamento da substância P, que é liberada pelo SN e faz coçar). • Astetótico – por diminuição do manto lipídico cutâneo, é uma das principais causas do prurido senil. Prurido hiemal, só na estação fria, pelo ressecamento da pele e banhos quentes. Prurido difuso: • Endócrino – diabetes mal controlada, tireotoxicose e hipotireoidismo. • Icterícia – aumento dos ácidos biliares. • Doença renal – uremia (excesso de ureia). • Prurido aquagênico – ocorre ao entrar na água. • Gravidez – no último trimestre, intensidade variável, persistente, desaparece após o parto. • Infecção pelo HIV – pelo acometimento visceral (hepático e renal), com pápulas foliculares (prurigo) ou lesões urticadas. • Prurido de anorexia nervosa – excluir outras causas de emagrecimento. • Neoplasias – linfomas (sintoma frequente). Investigação básica de pruridos: • Hemograma, glicemia, bilirrubinas, ureia, anticorpo anti-tireoide, TSH, T4 livre. • Se suspeita de neoplasia ou prurido persistente – exame físico minucioso, incluindo palpação de vísceras e linfonodos. • Raio-x de tórax e US de abdômen total. • Sorologia HIV. Tratamento do prurido: • Anti-histamínicos, corticoides, tranquilizantes. • Banhos de amido ou aveia antipruriginosas. • Colestiramina – absorve os ácidos biliares no intestino. • Antagonistas de receptores opioides – nalaxona e naltrexona. • Fototerapia com UVB. URTICÁRIA: • Dermatose frequente, extremamente pruriginosa. • Tem causa multifatorial. • Manifestações clínicas – placas eritematosas e edematosas (urticas ou ponfos). • Pode estar associado ou não ao angioedema. Classificação: • Urticária aguda – até 6 semanas de duração. • Urticária crônica – mais de 6 semanas. • Urticária espontânea – causa ou fator desencadeante conhecida ou desconhecida/idiopática. • Urticária crônica induzida – causa ou fator desencadeante bem determinado. Tem um elemento físico indutor, pode ser chamada de urticária física. Fisiopatogenia: • Aumento da capacidade de liberação por mastócitos, por degranulação de substâncias inflamatórias. • Ativação de receptores de IgE em mastócitos cutâneos e basófilos sanguíneos. • Presença de autoanticorpos IgG ou IgE. • Não ocorre o aumento de mastócitos na pele e sim um aumento na reatividade. • Degranulação de mastócitos – por efeito físico direto (frio, calor, pressão, vibração e luz) ou secundário (medicamentos, infecções, crises emocionais e manifestação de doenças sistêmicas). Urticárias espontâneas (85% dos casos): • Início súbito, placas eritematosas e edematosas, número variável. • Esmaecimento central e lesões policíclicas (mm a cm de diâmetro). • Em algumas regiões ou generalizadas. • Prurido sempre presente, de grau moderado a insuportável. • Associado (50%) ou não (40%) ao angioedema. • Intermitente ou contínua – podem ocorrer ondas de lesão. • Lesões efêmeras (não duram muito) – até 24 horas na urticária comum, mais de 24 horas na urticaria vasculite. O angioedema pode durar até 72 horas. • Sinas sistêmicos (2/3 dos adultos) – dor ou edema articular, cefaleia, fadiga, rubor, chiado, dispneia, queixas gastrointestinais ou palpitações. Etiologia: • Frequentemente não há causa conhecida. • É mais fácil estabelecer uma causa nas urticárias agudas do que nas crônicas, na aguda o paciente lembra ou associa a algo. • Alimentos liberadores de histamina – morango, camarão, queijo, tomate, lagosta, espinafre, beringela e látex símile. Urticárias induzidas (15% dos casos): Diagnóstico: • Aspecto característico das lesões (urtica), presença do prurido, fugacidade (desaparecimento das lesões). • 60% das urticárias graves tem um fator autoimune associado. • 80% são idiopáticas, sobretudo as crônicas. • Fatores agravantes – álcool, calor, febre, exercícios, estresse e fatores hormonais. Tratamento: • Evitar alimentos e medicamentos com potencial urticariogênico. • 1° linha de tto – anti-H1 de 2° geração. • 2° linha de tto – aumentar as doses do anti-H1 e manter por 1 a 2 semanas. • 3° linha de tto- anti-IgE. • 4° linha de tto – ciclosporina. Prognóstico: • Cura (mesmo que a causa permaneça desconhecida) de 6 meses a 5 anos. • Casos de urticária com angioedema podem persistir por mais de 20 anos. LÍQUEN PLANO: • É uma erupção papulosa, pruriginosa, crônica. • Eventualmente compromete as mucosas. • Geralmente entre 30-60 anos. • Etiologia desconhecida, talvez imunológica. Pode ser ocasionado por drogas. • Fator emocional como predisponente ou desencadeante. • Manifestações clínicas – pápula poligonal achatada, e 05 a 2 mm, de superfície lisa, brilhante e arroxeada. É simétrica nos punhos (ventral), pernas e abdômen. • Prurido de discreto a muito intenso. • Fenômeno de Koebner – devido a um trauma pode surgir uma doença como o líquen plano, a psoríase e o vitiligo. • Curso do LP – crônico, duração de meses a anos, pode evoluir em surtos e frequentemente tem involução espontânea. Tratamento: • Corticoides em doses regressivas – ataque por 4 a 6 semanas e manutenção por 3 a 6 semanas. • AH – para o prurido. • Acitretina. • Corticoides tópicos potentes – clobetasol, fluocinolina. • Lesões crônicas e secas necessitam de pomadas. DOENÇAS INFECIOSAS COMUNS DE PELE: • Microbiota humana – forma o biofilme cutâneo que coloniza o estrato córneo. • Os biofilmes interagem com a pele, podem produzir inflamação e prurido. Dermatoviroses: • Herpes vírus humano – HSV1 e HSV2 (mais genital). • Papiloma vírus humano – verrugas virais. • Contágio – ocorre pelo contato de partículas virais com a mucosa ou com solução de continuidade da pele. • Expressão da infecção – primo-infecção e infecções recorrentes. Herpes simples/não genital/labial: • Lábio – mais frequente, mas pode ser perioral, mucosa nasal. • Tem prurido, queimação e ardor por horas a dias. • Vesículas agrupadas sobre a base eritematosa – pústulas e erosão. • Resolução em 5 a 10 dias. Herpes genital: • Quadro idêntico ao não genital. • Lesões glúteas em mulheres. • Resolução em 1 semana. Formas graves: • Herpes simples congênito – infecção intrauterina pelo HSV-2, causa abortamento e caso nasça tem defeitos congênitos. • Herpes simples neonatal – contaminação no momento do parto, geralmente quando há lesões genitais ativas na parturiente, é uma indicação formal de cesariana (risco de encefalite, infecção generalizada e mortalidade). • Eczema herpético – infecção herpética sobre dermatose pré-existente, isso causa disseminação. Erupção súbita de vesículas e pústulas e depois crostas com febre, toxemia e adenopatia. Herpes zoster: • Agente etiológico – varicela zoster, vírus causador da varicela. • Varicela – afeta até 90% das crianças com menos de 10 anos não vacinadas. • Prevenção vacinal. Evolução: • Resolução em 2-4 semanas. • Em crianças e pacientes jovens hígidos, evolui sem sequelas. • Nos demais, riscos de complicação – neuralgia pós-herpética, infecção secundária e cicatrizes, meningoencefalite. • No HIV é frequente e pode haver disseminação. Papilomavírus: • Vírus de DNA, é o mais comum dos vírus humanos, 100 genótipos diferentes. • Infecções benignas da pele e mucosa – genital,oral, laringe e esôfago. • Mais comum – verruga vulgar e plantar. • Oncogenicidade – participação no desenvolvimento de tumores cutâneo- mucosos. • Infecção depende de falha na imunidade celular. • Incubação de 3 a 8 semanas. • É autolimitada, regressão espontânea na maioria dos casos – cura. LUPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO: • É um protótipo de uma colagenose, é uma doença autoimune de tecido conjuntivo. • LEC agudo – é aquele caracterizado pela asa de borboleta na face, geralmente é localizado, mas pode ser generalizado. Acomete mais as mulheres e tem lesões maculosas e papulosas eritematosas. • LEC subagudo – tem máculas de forma simétrica e erupção, tem maculas infiltradas e endurecidas, que com o tempo formam escamas. É mais comum em jovens, tanto feminino quanto masculino e em idade mais avançada se torna mais comum em mulheres. • LEC crônico – tem o lúpus discoide, a paniculite lúpica, o lúpus túmido e o lúpus pérnio. O mais comum é o discoide. Lúpus discoide: • Pode ser a manifestação inicial do LES, pode começar já com uma forma crônica. • Pode resultar em perda significativa e definitiva dos cabelos – alopecia cicatricial. • Forma pápulas ou placas infiltradas eritêmato-purpurica. • Acomete principalmente os pavilhões auriculares, pode ser localizado ou generalizado. Patogenia: • O UV é indutor do lúpus, porém a indução não é espontânea, ela ocorre em torno de 2 a 3 semanas após a exposição. • Daí começa a produção de citocinas, a ativação de linfócitos T e plasmócitos e, a grande citocina envolvida é o interferon-alfa , que faz a atração de leucócitos para a sede da lesão. • Lembrando que a pessoa tem que ter uma predisposição para o lúpus, alguns tem predisposição genética, outros por drogas ou induzido por UV. A imagem acima retrata o lúpus pérnio, caracterizada por pápulas e placas violetas, desencadeadas e exacerbadas pelo frio e umidade.
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