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REBAIXAMENTO NÍVEL CONSCIÊNCIA- NEUROINTENSIVISMO ESTADO CONFUSIONAL AGUDO/DELIRIUM: não possui fisiopatologia única. Urgência, reversível. Epidemiologia: idosos, procedimentos cirúrgicos Etiologias: medicamentos, drogas e intoxicações, vasculopatia aguda, doença terminal, endocrinopatia grave, distúrbio hidroeletrolítico, infecção sistêmica, meningite, cirurgias, TCE, hipoglicemia, hiperglicemia Clínica: abrupto RNC/agitação, desorientação, desa- tenção, pensamento desorganizado ou tangencial, alucinações, prejuízo julgamento. Tendência flutua- ção durante dia. CAM (A e B + C e/ou D)- diagnóstico clínico A- Início agudo e evolução flutuante (familiares, enfermagem) B- Déficit atenção/concentração C- Pensamento e discurso desorganizado D- Nível consciência alterado Conduta: investigar causas HC, eletrólitos, glicemia jejum, EAS e urinocultura, CDRL e anti-HIV, gasometria, vit B12, TSH, ECG, TC crânio; PL se febre e outras exames não diagnósticos Tratamento: conforme causa Antipsicóticos- Haloperidol 0,5-1mg SN (até 5mg/dia) VO/IM Evitar BZD (piora confusão e sedação) Se dor morfina 5mg IM COMA (ECG 3 a <=8-s/ pupila): desacordado e in- capaz interagir com ambiente mesmo após estí- mulos vigorosos. Emergência médica que pode levar lesão irreversível. Etiologia: - Isquemia ou anóxia global - Doença cerebrovascular: AVCi (maciço) ou h (tronco cerebral), hemorragia subaracnóide, trom- bose seio dural ou v. cerebral - Trauma: Lesão axonal difusa, edema cerebral, HIC. Hematoma epidural e subdural, contusão hemorrá- gica com efeito massa, embolia gordurosa - Infecção: meningite bacteriana aguda, encefalite viral aguda, abscesso cerebral, empiema cerebral - Tumor: grandes com efeito massa e edema, tronco, cerebelar com efeito massa, infiltrativos - Hidrocefalia aguda - Crises epilépticas prolongadas - Toxinas - Endócrino e metabólico: hiponatremia/hipercale- mia, acidose, IR e uremia, IH, mixedema, Insf adrenal - Hipotermia - Inflamatório: Encefalite autoimune, vasculite Abordagem diagnóstica e terapêutica simultânea, vi- sando identificar causa e se é reversível - 1º medida: SV, ABCD- avaliação tônus (resposta à dor-preferível leito ungueal), IOT se ECG<=8 - avaliar glicemia capilar (afastar hipoglicemia- 25 a 50g glicose EV) e suspeita etilismo/desnutrição/falta informações (Wernicke- Tiamina 100mg EV/IM após coleta de laboratório) - manter PAM e PPC - Início e se foi testemunhado, precedentes - Sintomas neurológicos associados - Comorbidades e tratamento - Uso de medicamentos ou drogas recreativas - Exame neurológico: limitado, não fornece direta- mente diagnóstico da causa, mas guia as condutas. Grau responsividade (ECG + pupila)- teste estímulo a dor pressionar leito ungueal/fricção esterno, se intu- bado, colocar 1 na resposta verbal Reflexos tronco (pupilar, corneopalpebral, vestíbulo- ocular) Metabólica não causa anisocoria ou não reativas, enquanto que anisocoria comprometer hemisférios Mióticas fotorreagentes (diencéfalo, metabólica) Anisocoria fotorreagente (Claude-Bernard-Horner- tronco) Isocóricas mediofixas (mesencéfalo) Isocóricas, puntiformes fotorreagentes (ponte) Anisocórica paralítica (herniação uncus) Midríase paralítica (morte encefálica, medicamen- tos) Reflexo vestíbulo-ocular: para todas direções olhar (direita, esquerda, cima e baixo), deve ter descartado lesão cervical (se apresenta suspeita deve ser feita com teste calórico) Olhos movem-se para direção oposta (Tronco in- tato, encefalopatia metabólica) Olhos desviam em direção à hemiparesia, que é à esquerda (Paralisia olhar- lesão pontinha à direita) Limitação abdução de um olho (paralisia NC VI) Limitação de outros movimentos que não abdução (paralisia NC III) Olhos mantém sem movimentação/olhos de bo- neca (morte encefálica) Ritmo respiratório - Cheyne Stokes (diencéfalo, ICC) Biot (bulbo) Hiperventilação (mesencéfalo, acidose, tireotó- xicos, sepse) Apneia pós-hiperventilação (telencéfalo difuso) Resposta motora: déficit e posturas anormais - Postura em flexão membro (acima mesencéfalo- hemisférica e subcortical) - Postura em extensão membro (mesencéfalo- to- tal extensão; pontinha inferior e medular- certo grau de flexão) FOUR-mais útil que ECG Resposta ocular 4-Pálpebras abertas, rastreamento ou pisca ao co- mando 3-Pálpebras aberta mas não pisca ao comando 2-Pálpebras fechadas mas abre ao comando 1-Pálpebras fechadas mas abre estímulo dor 0-Palpebras fechadas mesmo com estímulo dor Resposta motora 4-Polegar para cima 3-Localiza dor 2-Flexão em resposta dor 1-Extensão em resposta a dor 0-Não responde dor ou status mioclônico genera- lizado Reflexo tronco 4-Reflexos pupilares e da córnea presentes 3-Uma midríase e outra fixa 2-Reflexo pupila ou córnea ausente 1-Ambos reflexos ausentes 0-ausência reflexo pupilar, córnea e tosse Respiração 4-Não intubado, padrões respiratórios regulares 3-Não intubado, padrão respiratório Cheyne-Sto- kes 2-Não intubado, padrões respiratórios irregulares 1-Respiração acima da taxa ventilação 0-Respiração na taxa de ventilação ou apneia Sinais herniação central Precoces- FR irregular, reflexo fotomotor res- posta, hipertonia, reflexos exaltados Intermediário- postura decorticada/flexão, respi- ração Cheyne-Stokes Tardio- midríase e postura descerebrada/extensão * Sinais clínicos de mau prognostico: hipotermia al- tera parâmetros, logo deve considerar ter tido trata- mento antes de avaliar critérios Estado epiléptico mioclônico nas 24ºh Reflexo pupilar e corneopalpebral ausentes Postura de extensão nas 72ºh após PCR Conduta: - TC crânio se história TCE, déficits focais ou sinais localizatórios, resposta motora assimétrica, suspeita meningite (antes colher PL) - Lab: HC, FR, FH, eletrólitos, glicemia, gasometria. Suspeita infecção hemoculturas - ECG - Tratamentos empíricos: possível infecção (ceftri- axona e vancomicina, aciclovir), intoxicação exógena (naloxona, flumazenil, lavagem gástrica), possível PIC (manitol), status não convulsivo (diazepam, fenitoína) CRITÉRIOS MORTE ENCEFÁLICA - Início protocolo: parâmetros clínicos Coma não perceptivo (aresponsivo-s/ interação com meio) Ausência reatividade supraespinhal (s/ reflexo) Apneia persistente Lesão encefálica causa conhecida e irreversível Ausência fatores tratáveis que possam confundir diagnostico de morte encefálica Temperatura corporal >35C, sat >94% e PAS >=100 mmHg em adultos Tempo observação mín 6h (se causa encefalopatia hipoxico-isquemica mín 24h) - Procedimentos: avaliação clínica 2 médicos diferentes, capacitados para confirmar coma não perceptivo e ausência função tronco – 1 ano experiência em atendimento coma, especialista (medicina intensiva ou neurologista adulto/pedia- trico, neurocirurgia ou medicina de emergência), ne- nhum deve fazer parte equipe de transplante Intervalo mín 1h entre avaliações >2 anos (7dias a 2 meses incompletos é 24h, 2 meses a 24 meses 12h) Necessita apenas 1 teste apneia e 1 exame com- plementar (comprove ausência atividade encefálica- deve comprovar ausência perfusão, ou atividade me- tabólica ou atividade elétrica encefálica- angiografia, eletroencefalograma, doppler transcraniano, cintilo- grafia)
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