Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P3 - propedêutica Exame geral de abdome • Inspeção – olhar, observar o que é normal e o que está alterado. Já escrever o que está alterado • Palpação • Percussão • Ausculta • Melhor localização dos órgãos, zonas dolorosas e formação anômalas • Linhas transversais, linhas verticais, os rebordos costais e a arcada inguinal • Linhas horizontais: altura do apêndice xifoide, extremidade da 10ª costela, altura das cristas ilíacas anteriores e superiores • Linhas verticais: ligeiramente oblíquas de cima para baixo e de fora para dentro, partindo da extremidade da 10ª costela em direção do ramo horizontal do púbis (extremidade direita e esquerda) • Divisão posterior: região lombar esquerda e região lombar direita • No início do exame o paciente está em decúbito dorsal horizontal (DDH) • A cabeça e a parte superior do tronco sobre um travesseiro de pequena elevação ou altura • Membros em posição anatômica, se possível • Membros inferiores em extensão, se possível • Membros superiores ao longo das partes laterais do tronco • Após a inspeção em DDH, paciente passa para a posição em pé, observando-se o abdome face anterior, lateral, em perfil e face posterior • Paciente em respiração tranquila e em esforço expiratório com a finalidade de verificar motilidade da musculatura do abdome anterior e região lombar. Pode- se realizar a manobra de Valsalva (paciente assopra a própria palma da mão, forçando a expiração) • Direção dos pés do paciente quando estiver em DDH e à frente da face anterior, lateral e posterior • Médico sempre à direita do paciente • Distância de 1 a 2 metros • Observar o abdome geral e depois focalizar as alterações anormais • Preferência a luz natural (principalmente para avaliar paciente com icterícia) • Todas as regiões devem estar uniformemente iluminadas • Observar a forma do abdome → Abdome retraido: pacientes caquéticos → Abdome globoso: distensão uniforme e regular (ascite de grande volume, tumores de grande volume, pacientes obesos) → Abdome batráquio: dilatação exagerada dos flancos com paciente em decúbito dorsal, aumento do diâmetro lateral de maneira simétrica (paciente com ascite com diminuição da tonicidade da musculatura da parede abdominal) → Abdome avental: queda do hipogastrio sobre a sínfise púbica (quando paciente tem ascite, o líquido cai para o hipogastrio, paciente obeso também pode ter) • Pele e suas alterações → Cicatrizes → Fístulas → Pilificação (distribuição conforme sexo, idade, raça) → Melanodermia (evidente na linha mediana em gestantes) → Edema de parede (sinal de godê ou cassifo) → Presença de circulação colateral (turgescência aumentada na esquistossomose) Globoso Retraído Obus Batráquio → Equimose na região umbilical – Sinal de Halstead-Cullen, observado na pancreatite aguda → Mancha esverdeada na região umbilical – Sinal de Grey Turner, observado na gravidez tubária • Inspeção de cicatrizes → Cicatriz epigástrica mediana → Cicatriz de Kocher: subcostal direita, geralmente resultante de uma colecistectomia → Cicatriz de McBurney: geralmente devido a uma apendicectomia → Cicatriz de Plannestiel: em geral um corte cesariano → Hipogástrica mediana/linha média: em geral por histerectomia → Inguinal esquerda: típica de reparo de hérnia → Paramediana esquerda: sigmoide, colo esquerdo, ovário, reto, etc → Cicatriz de flanco esquerdo: geralmente resultante de cirurgia renal • Inspeção da cicatriz umbilical → Avaliar a situação, forma e alteração (paciente pode apresentar uma protrusão em casos de ascite) • Observar o movimento respiratório • Observar o movimento expiratório • Observar movimentos espontâneos do abdome • Observar movimentos peristálticos → Visível em abdome magro, pacientes idosos ou abdome flácido → No mesogastrio ou fossa ilíaca direita → Sem ser as condições acima, os movimentos peristálticos indicam obstrução → Abdome rígido + peristaltismo visível = quadro de ondas de Kussmaul (abdome em tábua) • Depressão epigástrica: é sempre normal, se está protunde ocorre aumento da pressão intra-abdominal, significa que o paciente está em quadro de ascite ou aumento de vísceras que se projetem para o epigástrio • Linha mediana: epigástrio ao hipogastrio, ligeiramente deprimida no abdome magro e menos evidente na região infra-umbilical • Cicatriz umbilical: sempre mediana, no meio da distância xifopubiana, possui formas variadas e se protudente ou desviada, paciente em quadro de ascite devido ao aumento da pressão intra-abdominal • Músculo reto-abdominal: paramedianos, simétricos, largura igual, evidente em atletas e pacientes musculosos e é melhor identificado na região supra- umbilical → linhas laterais do relevo do músculo reto, origem na extremidade anterior da 9ª costela e vai até o púbis, descrevendo um sulco ligeiramente curvilíneo com a convexidade para dentro. Em pacientes obesos não se observa essas linhas • Paredes laterais: normalmente planas ou retraidas, podem ser salientes devido à gordura ou aumento da pressão intra abdominal, pode ser unilateral em casos de tumores, hérnias e retração cirurgica • Retrações subcostais: depressão simétrica debaixo dos arcos costais (normal), pode não existir nos obesos. Se houver abaulamento bilateral simétrico paciente se encontra com aumento da pressão intra abdominal. Se houver abaulamento unilateral assimétrico paciente se encontra com tumor do órgão da região correspondente • Movimentos respiratórios e pulsação na linha mediana: são simétrico (normal) ou assimétricos em casos de aumento da pressão intra abdominal, tumor, pneumopatia, derrame pleural, paralisia do nervo frênico. A pulsação na linha mediana observa-se em pacientes magros (linha mediana supra-umbilical), aumento da amplitude na expiração forçada e diminui na inspiração profunda. A pulsação é transmitida da aorta • Recomenda-se executar a ausculta antes da palpação para evitar aumento involuntário do peristaltismo • Pode-se estimular o movimento das alças, mas isso é MUITO sutil, por isso pode prejudicar a ausculta • Encontra-se → Ruídos hidroaéreos: devido ao movimento da alça intestinal, condição normal → RHA ausentes no íleo paralítico (obstrução, oclusão, suboclusão) → RHA no aumento de peristaltismo → Peristaltismo da luta: alças tentando vencer a obstrução, ouve-se ruídos metálicos → O pós-operatório espera-se auscultar os movimentos normais, devido ao retorno dos movimentos Síndrome hemorrágica → Ausculta das massas, pode ocorrer devido a aneurismas arterias, ausculta-se um sopro (patológico) • Método digito-digital: apoia-se o indicador esquerdo sobre a parede do abdome e com o dedo médio da mão direita faz-se a percussão (normalmente 1,2,3 repete- se 1,2,3) • Som normal: timpanismo • Percussão do fígado: som maciço • Hipertimpanismo: aerofagia com meteorismo (normalmente ocorre em paciente ansioso) → presente na loja hepática (começa-se na região do 5º espaço intercostal que se encontra com a linha hemiclavicular), caracteriza-se pneumoperitônio (som submaciço) → Toda a região do fígado tem som maciço → espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaço intercostal, tendo como limites o gradeado costal, baço (não é percutível), pâncreas, cólon, rim e estômago. Normalmente quando percutido apresenta timpanismo → presente no abscesso hepático, intensamente dolorosa, localizada e circunscrita • Importante método na propedêutica física do abdome • Reconhecimento da sensibilidade • Tônus • Posição e caracteres propedêuticos das vísceras abdominais superfície cutânea da parede e no máximo 1 a 2 cm de profundidade para percepção da parede muscular ✓ Delicada e em todo abdome ✓ Se forte, pacientepode contrair involuntariamente e prejudicar na anamnese ✓ Mão direita espalmada e com extremidades das polpas digitais ✓ Movimentos rotatórios e rápidos ✓ Verificar se há dor e tonicidade ✓ Hipertonicidade regional: paciente pode ter cócegas, medo da dor e processo inflamatório ✓ Hipertonicidade total: peritônio já se encontra comprometido, é uma forma de defesa muscular ✓ Hiperestesia cutânea e hipertonicidade regional presente é obrigatório pesquisar o (compressão em profundidade mínima suficiente que provoque a dor e a dor se segue à descompressão brusca, na retirada rápida dos dedos e nesse momento a dor é mais intensa. Significa processo inflamatório do peritônio) determinar a posição e caracteres de cada órgão, diferenciar o normal e uma forma anômala do órgão ou estrutura ✓ Identifica estômago (grande curvatura e antro pilórico), íleo terminal, ceco, cólons ascendente e descendente, transverso e sigmoide posição mediana, aorta abdominal ✓ Apalpa-se o apêndice xifoide, normalmente apalpa-se a grande curvatura gástrica e o transverso ✓ Avaliar forma do órgão, consistência e mobilidade (respiratória, postura e manual) ✓ Posição: paciente em decúbito dorsal horizontal (DDH) e posição cômoda, médico à direita ou esquerda do paciente dependendo da estrutura que vai apalpar. Mãos estirada e oblíquas ou sobrepostas ou espalmadas paralelas e com os dedos em garra ✓ Técnica: mãos na posição escolhida segue-se ao enrugamento o maior possível da pele do abdome para cima, com a finalidade de poder realizar a penetração e depois o deslizamento com a pele (e não sobre a pele). Feito o deslizamento, repete-se o enrugamento, fixando uma das mãos na região que acabou de ser explorada. Penetração é realizada durante expiração, quando a tensão da parede abdominal é menor. Sentido é variável conforme o seguimento a ser explorado → Palpação profunda: explorar vísceras intra- abdominais e alterações patológicas com profundidade de 5 a 10 cm ✓ Palpação dos órgãos abdominais: estômago, porção terminal do íleo, ceco, cólons, sigmoide, fígado, vesícula biliar, baço, rins • Mais acessível em pacientes longilíneos • Depende do estado de repleção das vísceras vizinhas • Mais comumente palpável é a grande curvatura • Direção da 12ª vértebra dorsal • Pequena curvatura é raramente palpada → Inicia o deslizamento na parte mais alta do epigástrio e dirige-se para baixo até perder o contato com a coluna vertebral → Grande curvatura situada acima da cicatriz umbilical e não é fixa → Caracteriza-se por degrau percebido sobre a coluna vertebral e desloca-se com movimentos respiratórios, ascendente na expiração → Quando comprimida a grande curvatura, nota- se um ruído de gargarejo na fase expiratória (ruído de bolhas grossas) • Cólon transverso: → Estômago é um degrau e o cólon um cilindro → Quando palpado dois cilindros, o de cima é o estômago → Cordão único à esquerda da linha mediana é sempre o transverso • Pâncreas: → Pâncreas nunca apresenta gargarejo se for palpado. Normalmente não se palpa o pâncreas, apenas quando ele se encontra comprometido • Duodeno: → Duodeno tem forma tubular, fornece ruídos de gargarejo fino e é sempre mole • Mãos deslizam para dentro e obliquamente em ângulo de menor grau, quase paralelas à linha mediana • Consistência firme ou flácida (é difícil palpar essa região) • Formato de fita ou cilindro • Mobilidade igual à do ceco • Pode apresentar gargarejo • Nível da cicatriz umbilical até alcançar o psoas • Deslizar sobre o psoas obliquamente de cima para baixo e de dentro para fora até atingir a arcada inguinal • Consistência elástica • Forma em pera com a porção mais volumosa para baixo • Apresenta gargarejo • Diagnóstico propedêutico diferencial: → Parte ascendente do íleo às vezes é difícil diferenciar → Rim ptosado ou ectópico não tem ruídos, a consistência é firme, diâmetro maior e forma diferente → Cólon transverso → Músculo grande oblíquo mais firme, resistente, superior e ausência de ruídos • Palpação nos flancos direito e esquerdo • Cólon ascendente: mão direita e médico à direita • Cólon descendente: mão esquerda e médico à esquerda • Aorta abdominal: fazer a dobra de pele, deslizar até a força ilíaca direita apalpando a parte mediana do sigmoide, assim irá dar para apalpar a aorta abdominal • Médico coloca a palma de uma de suas mãos na região lombar externa aproximando da parede anterior do abdome • Palpação mono manual, com os dedos em garra com a borda cubital da mão • Aprofundar a mão até o plano resistente e duração expiração, próximo a cicatriz umbilical • Deslizar a mão de dentro para fora e transversalmente • Cordões cilíndricos, consistência variada com ruídos ou não • Mais fácil em pacientes magros e abdome flácido • Fígado ocupa a loja sub-frênica direita, parte esquerda do epigástrio e hipocôndrio direito • Penetra profundamente no tórax sob os últimos arcos costais direitos, tornando-se acessível à palpação a borda anterior e pequena porção da face superior nos casos normais • Em condições normais não há abaulamentos • Mobilidade respiratória, abaixando-se na inspiração e elevando-se na expiração • Palpação é o método mais informativo para exploração propedêutica do fígado • Métodos: → ✓ Paciente em decúbito dorsal horizontal ✓ Médico à direita do paciente voltado o dorso para a cabeça do paciente ✓ Mãos paralelas, dedos em garra ✓ Inicia-se a pesquisa desde a fossa ilíaca direita, subindo em direção ao hipocôndrio direito ✓ Palpa-se a borda do fígado durante inspiração → ✓ Paciente em decúbito dorsal horizontal ✓ Médico à direita do paciente, dorso voltado para os pés ✓ Mão esquerda no ângulo lombo-costal fazendo pressão para elevar a borda do fígado e de fora para dentro ✓ Mão direita espalmada sobre a parede anterior do abdome de modo que a borda radial da 3ª falange do indicador e do dedo médio se contraponham ao movimento inspiratório do fígado ✓ Iniciar pesquisa na fossa ilíaca direita e ir subindo → ✓ Paciente em decúbito dorsal horizontal ✓ Médico à direita do paciente ✓ Mão esquerda em garra comprime o hipocôndrio direito para diminuir sua cavidade ✓ Mão direita espalmada sobre a parede anterior do abdome ✓ Falanges distais dos dedos vão se contrapor ao movimento inspiratório do fígado ✓ Palpação no fim da inspiração profunda ✓ Iniciar na fossa ilíaca direita → ✓ Paciente em decúbito dorsal horizontal ✓ Médico à direita do paciente ✓ Mãos justapostas, pesquisa com as extremidades digitais ✓ Inicia-se na fossa ilíaca direita e vai subindo → ✓ Paciente em DDH ✓ Médico à direita do paciente com o dorso voltado para os pés do paciente ✓ Mão direita com dedos reunidos aplicará pequenos choques na parede anterior do abdome ✓ Objetivo é impulsionar o fígado para região profunda e ao voltar sentiremos nas pontas dos dedos o seu choque ✓ Manobra positiva na presença de ascite → ✓ Exploração limitada: extensão da borda anterior e face inferior do fígado ✓ Posição do médico e paciente = método de Lemos-Torres ✓ Palpação em quatro tempos ✓ 1º tempo: colocar os quatro últimos dedos da mão esquerda espalmada e justaposta no ângulo lombo-costal direito, fazendo pressão de trás para diante a fim de aproximar o fígado da parede anterior do abdome durante a descida inspiratória ✓ Caracteres propedêuticos do fígado normal: → Borda anterior fina, lisa e móvel → Chanfradura hepática na projeção da vesícula biliar normalmente não se palpa → Superfície da face superior é lisa (se granulosa pensar em cirrose, se nódulos grandes e irregulares pensar em neoplasia) → Indolor → Desce durante inspiração → Não tem flexibilidade expiratória → Pacientes longilíneos borda anterior fica abaixo do rebordo costal um e dois dedos → Pacientes brevilíneos: debaixo do rebordo costal ✓ Percussãodo fígado: → Determina a face superior → Maciez relativa a nível do 5º espaço intercostal direito → Quando macicez hepática desaparece na região externa da linha hemiclavicular direita = interposição de uma posição do cólon transverso entre fígado e gradeado costal → Quando a macicez hepática desaparece gradualmente de baixo para cima, deixando uma pequena faixa de sub-macicez entre timpanismo ascendente e a sonoridade pulmonar com alteração com a postura do paciente indica meteorismo → Dor à percussão em toda área do fígado = distensão da Cápsula de Glisson (processos inflamatórios, neoplásicos, ICC direita) → Sinal de Jobert – indica pneumoperitônio (substituição da macicez hepática pelo som de timpanismo) → Sinal de Torres-Homem – indica abscesso hepático (dor à percussão) ✓ Ausculta do fígado: → Método propedêutico pobre para o fígado → Atrito área hepática sobre o gradeado costal e epigástrio indica inflamação da Cápsula de Glisson e peritônio (processos inflamatórios, neoplásicos ou peritonite generalizada) • Esplenomegalia: pode ser crônico por conta da hipertensão da veia porta ou esplênica ou por processos infecciosos e inflamatórios e neoplásicos crônicos – baço medialmente aumentado de 3 a 5 cm do rebordo costal, borda dura, indolor e romba • Grandes esplenomegalias: ocorre devido a leucemia mieloide crônica, linfomas e reticulossarcoma do baço – borda romba dura e indolor e superfície irregular • Esplenomegalia infecciosa aguda: baço não é grandamente aumentado, borda mole, dolorosa e cortante → ✓ Baço se localiza no hipocôndrio esquerdo ✓ Paciente na posição de Shuster (quase em decúbito lateral direito, aproximadamente a 45º do leito) ✓ Médico a esquerda do paciente e de costas com a mão em “garra” ✓ Aprofunda a mão na expiração e espera o paciente inspirar para sentir o órgão ✓ Inicia-se a palpação na fossa ilíaca direita e sobe em direção ao rebordo costal esquerdo → ✓ Paciente em DDH ou posição intermediária de Shuster ✓ Médico a direita do paciente ✓ Mão esquerda espalmada no gradeado costal esquerdo fazendo pressão de fora para dentro ✓ Mão direita sobre o abdome palpando com a borda radial do 2º e 3º dedos da mão direita ✓ Inicia-se na fossa ilíaca direita e sobe em direção ao rebordo costal esquerdo • Situados na parte superior e posterior da cavidade abdominal de cada lado da coluna vertebral – dorsolombar • Polo superior corresponde à linha transversal da 12ª vértebra dorsal, polo inferior à linha do corpo da 3ª vértebra lombar e a distância de 6 cm lateralmente da face externa dos corpos vertebrais da coluna lombar • Rim esquerdo é cerca de 2 a 3 cm mais alto que o rim direito → ✓ Percussão na região lombar com a borda ulnar da mão (direita ou esquerda) espalmada para pesquisa de dor ✓ Pesquisa em linha vertical ✓ Dor circunscrita indica sinal de Giordano positivo ✓ Significa processo inflamatório do rim → ✓ Percussão na região lombar com a mão fechada ✓ Pesquisa de dor ✓ Processo inflamatório do rim • Coleção líquida na cavidade peritoneal • Causas hemodinâmicas: hipertensão porta, ICC, pericardite constritiva, Sd. Budd-Chiari (trombose da veia hepática) • Causas metabólicas: Sd. Nefrótica, má-nutrição, outras patologias que cursem com hipoproteinemia • Causas inflamatórias: peritonites, febre familiar do mediterrâneo (serosite) e outras • Causas neoplásicas: carcinomatose peritoneal, mesotelioma primário de peritônio • Outras causas: Sd. Meigs (tumor benigno de ovário associado a ascite) → Inspeção: ✓ Abdome: globoso ou pendular ou batráqueo ✓ Pele distendida ✓ Cicatriz umbilical plana ou com protrusão → Palpação: ✓ Tensão da parede abdominal aumentada conforme o volume ascético ✓ Pode fazer o sinal do Rechaço Hepático ✓ Pode fazer o – sensação do choque que se palpa na parede lateral de um dos lados do abdome quando do outro lado é executada uma percussão. Mão esquerda espalmada no flanco esquerdo, sente-se uma onda percussória nítida transmitida pela ascite quando se dá um choque com a mão direita no flanco direito, na direção diametralmente oposta. Solicita-se a outra pessoa ou ao paciente para colocar a mão na linha mediana do abdome com o objetivo de eliminar as vibrações transmitidas e próprias da parede abdominal → Percussão: ✓ Submaciço e macicez móvel dos flancos ✓ (>5000 ml) – paciente em DDH, percussão se inicia no epigástrio e segue radialmente em diferentes direções, ouve-se um som timpânico (epigástrio) depois submaciço (aonde começa o líquido) e depois maciço. União dos pontos limitantes forma um semicírculo com o mesmo som → Ausculta: ✓ Método precário ✓ Semiotécnica semelhante ao piparote, substituindo-se a mão que sentirá a vibração pelo estetoscópio, o qual receberá o duplo tom: choque da onda + afastamento da onda → Toque retal: ✓ Outra manobra no exame físico da ascite ✓ Abaulamento na porção anterior do reto devido ao aumento da pressão no fundo do saco de Douglas Volume Método <300 ml Ultrassom 300 ml a 1000 ml Toque retal 1000 ml a 5000 ml Sub macicez e macicez a móvel dos flancos >5000 ml Semi círculo de Skoda e Sinal de Piparote Semiologia do abdome • Abdome normal • Abdome globoso, ocorre em gravidez avançada, ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitônio, obstrução intestinal, grandes tumores • Abdome escavado • Abdome em batráquio • Abdome em avental • Observar pele, tecido celular subcutâneo – coloração, manchas hemorrágicas, estrias, cicatrizes, distribuição de pelos, soluções de continuidade, diástase dos músculos retos anteriores e hérnias • Observar se tem circulação venosa • Observar a cicatriz umbilical, se plana ou levemente retraída, se há protrusão (faz-se a manobra de Valsalva) • Observar os movimentos respiratórios (desaparecem nos processos inflamatórios do peritônio devido à rigidez abdominal; e afecções dolorosas) • Observar a pulsação da aorta e peristálticos visíveis (pessoas magras ou quadros obstrutivos) • Ruído hidroaéreo – aumentado em quadros de diarreia ou oclusão intestinal e redução em casos de íleo paralítico • Auscultar a cicatriz umbilical, deve-se estar sem sopro • Artéria renal também não pode auscultar sopro • Auscultar a aorta abdominal e as artérias renais • Observar a sensibilidade e a tonicidade da parede • Sensibilidade: observar os pontos dolorosos • Palpação profunda: observar o primeiro degrau (grande curvatura do estômago), o segundo degrau (cólon transverso), o cólon ascendente e descendente, ceco, sigmoide e aorta • Vesícula biliar: técnica Chiray Pavel, normalmente não é apalpável, apenas palpável quando distendida (em casos de hidropsia vesicular, colecistite e neoplasia) – paciente em DDH ou lateral, médico à direita, mão direita em concha e palpar abaixo do rebordo costal. Regra de Courvoisier-Terrier abaulamento da vesícula biliar em condições patológicas, ainda não é dolorosa à palpação • A percussão limita apenas a borda superior do fígado • 5º espaço intercostal no adulto e 4º espaço intercostal na criança • A borda inferior é delimitada apenas na palpação • Sinal de Rovsing: dor em fossa ilíaca direita ao comprimir a fosse ilíaca esquerda
Compartilhar