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Diagnóstico e Tratamento Fonoaudiológico da Fala 2

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Diagnóstico e Tratamento Fonoaudiológico da Fala
Disartria
Sistema nervoso: conjunto complexo de células (neurônios e neuroglias) que determina o funcionamento e comportamento do ser humano.
Lesão neurológica: cortical, sistema extrapiramidal, cerebelo, tronco cerebral, SNC difusa, nervo periférico, junção neuromuscular e miopatias.
Córtex cerebral: maior estrutura para o processamento de fala e linguagem
· Linguagem: ato cognitivo – linguístico (pensar, desejar, intenção comunicativa e organizar em símbolos verbais)
· Fala: ato motor (programação dos movimentos articulatórios e execução neuromuscular)
Alterações do controle muscular do mecanismo da fala (fonação, respiração, ressonância, articulação e prosódia)
Alteração da comunicação oral (paralisia, fraqueza ou incoordenação da musculatura relacionada à fala
Fatores etiológicos: são vastos (maioria são mistas) → o tipo não define a terapia, mas sim as manifestações.
· Traumatismo craniano encefálico e Acidente Vascular Encefálico
· Tumores no cérebro, cerebelo ou tronco cerebral
· Enfermidades infecciosas, metabólicas, tóxicas ou degenerativas do sistema nervoso ou do muscular
· Local: SNC e/ou SNP
· Severidade: discreta, moderada, intensa ou extrema
	
Tipos de Disartria
	
Local de Lesão
	
Manifestação na comunicação
	
Doenças possíveis
	
Anotações extras
	
Flácida
	Neurônio motor inferior: (XII (língua), VII (expressão facial), X (laringe) e V (mandíbula))
	Hipernasalidade, consoantes imprecisas, voz soprosa, emissão nasal, inspiração audível, rouquidão, frases curtas
	Traumatismo cranioencefálico, AVC em tronco encefálico, ELA, esclerose múltipla e Síndrome de Guillain-Barré
	
Incoordenação pneumofonoarticulatória, astenia, disdiadococinesia, flacidez, hipotonia, atrofia
	
Espástica
	Neurônio motor superior bilateral (vias piramidais e extrapiramidais)
	Voz áspera com esforço, voz tensa-estrangulada, hipernasalidade, vogais distorcidas
	ELA, AVC, TCE, esclerose múltipla
	Lentidão de movimentos, fraqueza, aumento do tônus, vogais distorcidas, tonicidade excessiva, tremor intencional
	
Hipocinética
	Sistema extrapiramidal (gânglios da base ou suas conexões)
	Intensidade reduzida, voz monótona, rouquidão e soprosidade, redução na tessitura vocal, ressonância hipernasal
	Parkinson
	Monoaltura, diminuição da prosódia, consoantes imprecisas, períodos de pausas inapropriadas, alteração na velocidade de fala, lentidão e limitação dos movimentos, dificuldade de iniciar, tremor de repouso
	
Hipercinética
	Sistema extrapiramidal (gânglios da base ou suas conexões)
	Voz áspera, distorção na articulação das vogais e consoantes imprecisas, interrupção articulatória com imprecisão e alteração prosódica
	Distúrbios de movimentos (coréia, distonia, atetose, tiques)
	Distorção na articulação das vogais, imprecisão articulatória, movimentos involuntários (rápidos, tensos e travados), incoordenação respiratória
	
Atáxica
	Lesões cerebelares bilaterais ou generalizadas
	Articulação imprecisa, consoantes imprecisas, distorção vocálica, voz monótona, arritmada, lenta
	Doenças degenerativas, exposições tóxicas, esclerose múltipla, anomalias congênitas, doenças vasculares, tumores
	Dificuldade na coordenação dos movimentos, perda do equilíbrio, movimentos lentos e impróprios, nistagmo, tremor intencional
	
Mista
	Múltiplas áreas do SNC/SNP
	Depende do tipo de disartria (hipernasalidade, vogais distorcidas, consoantes imprecisas)
	AVC, doenças degenerativas (ELA – flácida e espástica), (Esclerose múltipla – espástica e atáxica) e (Wilson – espástoca, atáxica e hipocinética)
	Depende do tipo de disartria (lentidão, espasticidade, disfagia...)
	Neurônio motor superior unilateral
	Neurônio motor superior unilateral
	Distorção moderada dos fonemas bilabiais e consonantais linguais
	AVC, tumores e traumatismo craniano
	Consoantes imprecisas, voz rouca, hipernasalidade e quebras articulatórias leves
Coréia: Movimentos rápidos, tensos e travados, consoantes imprecisas, monointensidade, pausas inapropriadas, voz áspera, distorção das vogais, quebras articulatórias irregulares, qualidade vocal tensa estrangulada, incoordenação respiratória evidente
Distonia: Contrações musculares lentas e imprecisas, envolve tronco, pescoço e face levando a alterações da articulação, fonação e prosódia, hiperadução das pregas vocais: voz áspera, qualidade vocal tensa estrangulada, monointensidade, pausas inapropriadas, excesso de variação de intensidade, distorção na articulação das vogais, consoantes imprecisas, interrupção articulatória irregular e alterações prosódicas, irregularidades respiratórias
Atetose: Movimentos arrítmicos, lentos, contorcidos, pescoço e língua: contrações faciais, dificuldade para falar e engolir, ciclo respiratório irregular, rápido e superficial, falta de controle da língua, lábios e mandíbula, dificuldade na produção de qualquer som, com amplidão de movimento dos maxilares.
Tiques: Movimentos breves, não sustentados, recorrentes e compulsivos podendo afetar face, pescoço e membros. 
· Síndrome de Gilles de la Tourette: vocalizações involuntárias, grunhidos, tosses, silvos, roncos, coprolalia, repetições, ecolalia
Avaliação
Queixa → Fala enrolada, não entendem o que eu falo, tenho engasgado com frequência
História pregressa da queixa: alterações na comunicação, alimentação, audição, disfunções laríngeas, histórico de doenças neuromusculares, escolaridade, profissão, atividades de vida diária/lazer
Histórico: desde quando há manifestação, sintomas (alterações, persistência)
· Tremor repouso/ ato motor, desequilibro na marcha, dificuldade em iniciar movimento e realizar movimento, bradicinesia, dificuldade na fala, alterações vocais, dificuldade para ouvir, alterações na leitura e escrita, dificuldades para engolir, alterações na mastigação, refluxo gastroesofágico, dificuldade para compreender, confusão mental, dificuldades para respirar, alterações de memória
· Tratamento médico realizado, profissionais envolvidos, uso de medicamentos, impressão dos familiares e amigos frente à fala do paciente
Avaliação: articulação, fonação, prosódia, ressonância, respiração, deglutição
Ao final: Compreender as manifestações do ponto de vista fonoaudiológico, compreender as manifestações do ponto de vista neurológico, associar as manifestações fonoaudiológicas e neurológicas
Reabilitação
Focada nos sinais e sintomas neurológicos que se manifestam de modo diferenciado nos comportamentos funcionais
Baseado no que está afetando a inteligibilidade de fala, risco de aspiração e atividades diárias
Fatores que podem interferem no planejamento terapêutico: Gravidade da disfunção/ lesão neurológica, estado geral do paciente e métodos e ferramentas disponíveis
Tendência a substituição da abordagem tradicional (terapias prolongadas) por terapias breves e intensivas
Tendência a substituição da terapia generalista por terapias direcionadas, centradas no componente funcional que mais impacta a comunicação
Importância da motivação, avaliações objetivas e sistemáticas, diversas formas de feedback
Os sinais e sintomas devem ser ordenados hierarquicamente
	
	Avaliação
	Reabilitação
	
Respiração
	Capacidade vital, tipo respiratório, velocidade (número de ciclos por minuto)
	
Aumentar, manter e controlar a pressão aérea subglótica
	
Fonação
	Qualidade vocal, frequência e intensidade, ataque vocal, estabilidade da emissão, TMF, número de palavras por expiração, coordenação pneumofonoarticulatória
	
Aumentar a intensidade vocal, melhorar a qualidade vocal e aumentar a adução das pregas vocais
	
Articulação
	Movimentos isolados e alternados, força, amplitude, velocidade, simetria, movimentos associados, deterioração progressiva da performance, tremor ou fasciculações, inteligibilidade
	
Maximizar os movimentos existentes e facilitar os movimentos mínimos ou inexistentes
	
Ressonância
	Movimento velar, emissão sucessiva do /a/, espelho nasal milimetrado, avaliação instrumental da nasalidade
	
Corrigir/equilibrar o foco de ressonância
	
Prosódia
	Capacidadede modular sua fala, falhas na prosódia (pausas inadequadas para respiração, monotonia acentuada, decréscimo da entonação, excessiva entonação, inflexão monótona, velocidade anormal)
	
Proporcionar melhoras quanto à inteligibilidade (ritmo)
	
Deglutição
	Alimentos, água e saliva, presença de tosses, engasgos, soluços, alterações ocais, acúmulo de saliva, presença de resíduos alimentares, movimentação da cabeça
	
Orientações quanto aos cuidados para minimizar a disfagia
Comunicação alternativa
Pode compensar e facilitar, temporária ou permanentemente, os prejuízos e incapacidades dos indivíduos com severos distúrbios da comunicação expressiva e/ou distúrbios da compreensão e podem ser usados como auxiliares primários ou suplementares para indivíduos com dificuldade de comunicação.
Objetivo: Tornar o indivíduo com distúrbios de comunicação o mais independente e competente possível em suas situações comunicativas, podendo assim ampliar suas oportunidades de interação com outras pessoas, na escola e na comunidade em geral.
Beneficiados: Pessoas com desordens que comprometem a aquisição e/ou desenvolvimento da linguagem, fala e escrita quer seja temporária ou permanentemente e familiares e profissionais com quem se relacionam em seu cotidiano.
MANUAL:São sistemas que não requerem ajudas externas, permitindo maior independência ao usuário, tais como: gestos de uso comum e LIBRAS
GRÁFICO:Fazem parte desses símbolos as fotos, desenhos de alta iconicidade, contorno dos objetos. Os sistemas gráficos mais conhecidos são: Picture Communication Symbols (PCS), Pictogram Ideogram Communication Symbols (PIC)
	NOME
	O QUE É
	EXEMPLO
	
PIC
	
Sistema gráfico visual composto de desenhos que mantêm uma estreita relação de forma bidimensional com seu correspondente referente
	
	
PCS
	Desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento e adequados para usuários de qualquer idade para criação de recursos de comunicação individualizados
	
Resíduo visual: uso funcional da visão
Resíduo auditivo: uso funcional da audição
Atenção tátil, habilidades cognitivas, problemas motores e/ou musculares, necessidades e preferências do aluno/família/escola, habilidade do profissional nos vários modos de comunicação
Distúrbio Articulatório
Processamento cognitivo-linguístico: pensamentos, desejos e sentimentos geram intenções comunicativas que devem ser organizadas em símbolos verbais, de acordo com as normas da linguagem
Processamento motor: primeiramente ocorre a programação dos movimentos articulatórios e em seguida deve ocorrer a execução neuromuscular, ou seja, os elementos do SNC e SNP devem executar os programas motores da fala
 
 
Desvio fonológico
A criança apresenta variedade de movimentos articulatórios, contudo, usa os sons de forma inadequada em certos contextos e posições da fala 
Criança é capaz de produzir o som isoladamente, mas os utiliza de forma inadequada 
Ausência de alterações detectáveis como deficiências auditivas e anormalidades
Desvio fonético
	
	Alterações
	O que causa
	Alterações oclusais
	Língua baixa, anteriorizada e hipercontraída
	Ceceio anterior, lateral e imprecisão articulatória
	Dentes
	Ausência de elementos dentários
	Inclinação lingualizada (fonemas sibilantes)
Inclinação vestibularizada (fonemas linguodentais)
	Prótese dentária mal adaptada
	Perda de estabilidade
	Imprecisão articulatória (travado)
	Frênulo Lingual curto
	Abertura de boca durante a fala limitada
	Fonema /r/ distorcido
Frênulo Lingual
É uma pequena prega de membrana mucosa que conecta a língua ao assoalho da boca
Condição congêtinica onde o frênulo lingual se encontra anormalmente espesso e curto, diminuindo a mobilidade da língua
Diagnóstico
1. Espessura do frênulo
2. Forma de coração da ponta da língua ao ser protruída
3. A fixação na língua
Implicações
1. Dificuldade na amamentação
2. Alterações na mastigação e deglutição
3. Alterações na fala
4. Restrição dos movimentos da língua
Conduta
Frenotomia: pequena intervenção cirúrgica realizada com tesoura, com ou sem anestesia tópica
Frenectomia: excisão do frênulo, realizada com anestesia geral ou local
Exame clínico
Avaliação anatomofuncional: observar aspectos gerais do frênulo, da língua, dos lábios e do assoalho da boca
Avaliação da sucção: nutritiva e não nutritiva
Estratégias terapêuticas
A colocação do fonema ou aprimoramento da produção dos sons ocorrerá após ou concomitantemente à preparação da musculatura orofacial
A colocação do fonema ou aprimoramento da produção dos sons ocorrerá após condições esqueléticas (dentes e ossos) favoráveis
Considerar: aquisição normal do sistema fonêmico, os fonemas que prejudicam mais a inteligibilidade de fala, ocorrências assistemáticas, fonema que o paciente demonstre maior facilidade para iniciar
· COLOCAÇÃO DOS FONEMAS 
· FIXAÇÃO EM SÍLABAS 
· FIXAÇÃO EM PALAVRAS 
· FIXAÇÃO EM FRASES 
· AUTOMATIZAÇÃO
/p/ e /b/ : Mandíbula abaixada, oclusão dos lábios e plosão. /p//b/ - passagem nasal ocluída
/m/ : Mandíbula abaixada, oclusão dos lábios e plosão. Parte do ar flui pela passagem nasal
/t/ e /d/ : Ponta da língua na papila alveolar. 
/n/ : Ponta da língua na papila incisal. Mandíbula abaixada e lábios separados. Passagem de ar nasal
/k/ e /g/ : Dorso da língua no palato. 
/f/ e /v/ : Dentes incisivos superiores tocam lábio inferior
/s/ e /z/ : O ar se desloca pelo sulco longitudinal na língua e é pressionado na região anterior. Fluxo de ar fica restrito a uma faixa plana e larga entre as arcadas
/x/ e /j/ : O ar se desloca para frente e a língua fica mais alargada em relação ao /s/ e /z/ – turbilhão. Os lábios são “arredondados”.
/r/ : Bloqueio da corrente aérea pelo contato da ponta da língua com a região da papila alveolar e vibração (rompimento do bloqueio e reinício).
/R/ : Ponta da língua tocando a região interna dos incisivos inferiores. Região dorsal em leve contato com a região velar
Dislalia
Desvio fonológico
Dispraxia
Desvio fonético neurogênico / dispraxia
Disglossia
Desvio fonético / dist. articulatório
Disartria
Desvio fonético neurogênico/ disartria

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