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Intervenção e falhas de governo

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Intervenção e falhas de governo
Recapitulando:
O primeiro teorema do bem-estar diz que todo equilíbrio competitivo, ou seja, toda economia caracterizada por uma concorrência perfeita é eficiente, ótimo no sentido de Pareto.
O segundo diz que todo equilíbrio competitivo pode ser alcançado através da redistribuição, ou seja, a redistribuição de recursos e eficiência podem ser simultâneos.
Com essa entrada do governo fazendo redistribuição os gastos do governo aumentam consideravelmente devido a ação das políticas redistributivas, combate a poder de mercado, presença de externalidade.... leva ao aumento do tamanho do governo devido a necessidade de uma burocracia. E o governo vai se financiar através dos impostos.
Analise do impacto da intervenção do governo
1. Em razão do financiamento do governo: A burocracia estatal aumenta e isso tem que ser financiado através de tributos, e esse financiamento gera problemas.
2. Através da regulação das atividades econômicas: Como controle de entradas em setores da economia, controle de preços... E essa intervenção pode ser capturada por grupos da sociedade com interesses próprios, a chamada captura regulatória.
Falhas de governo: Situação em que a intervenção governamental na economia com o objetivo de corrigir falhas de mercado acaba gerando ineficiências e má alocação de recursos escassos da sociedade.
Exemplos:
· Subsídios que protegem setores ineficientes da concorrência e geram barreiras a entrada e problema de risco moral. Pois, incentiva a mudança de comportamento por parte dos agentes econômicos, como os setores protegidos não terão incentivos para serem eficientes;
· Tributos que distorcem os preços relativos e interferem no nível de esforço dos agentes. Com isso, os preços passam a ser artificiais e não mostram mais escassez, podendo também cair no problema de risco moral;
· Fixação de preços mínimo/máximos que provoca escassez/excesso de oferta/demanda. No caso do mercado de trabalho o estabelecimento de um salário mínimo acima do equilíbrio pode levar uma escassez de demanda por trabalho e um excesso de demanda por oferta de trabalho;
· Falhas de informação que surgem do fato de que o governo, como qualquer outro agente, não tem conhecimento suficiente para decidir sobre a melhor maneira de alocar recursos escasso. Assim, o governo não tem conhecimento suficiente sobre qual é a melhor forma de alocar os recursos escassos da sociedade;
· Burocracia excessiva que decorre da tentativa de resolver um problema do tipo principal-agente. Significa dizer que há uma má alocação de recursos, você precisaria de menos gente para realizar as atividades, essa burocracia também se comporta de uma maneira diferente de quem trabalha fora do governo e com isso não há preços de mercado que leva ao problema de principal-agente, onde nas firmas “o principal” são os diretores, acionistas... e “os agentes” os trabalhadores que trabalham pra gerar o que o principal quer, já na burocracia o principal deveria ser o bem-estar da sociedade e a burocracia seriam os agentes, mas os interesses da sociedade e da burocracia podem estar não alinhados e quanto mais forte e ampla for a burocracia mais tende a ocorrer este problema;
· Risco moral e seleção adversa decorrente da distribuição dos benefícios. É a burocracia quem distribui os benefícios como alíquota dos impostos, nível de subsidio, taxa de juros... Com isso, essa burocracia através de conluios ou corporativismo pode fazer o que seja bom para ela mesma ou para os grupos aliados e não para a sociedade como um todo;
Tributação e perdas de eficiência 
Tributação lump-sum (não geram modificação no comportamento dos agentes econômicos), em geral, não é factível devido a:
· Problemas de informação porque o imposto deveria ser cobrado pela possível produtiva dos indivíduos;
· Alto custo social/político, o custo de implementar um imposto per capita pode gerar problemas institucionais por estar discriminando certos grupos.
Assim, resta o governo utilizar outras informações para aplicar o tributo como renda e consumo, baseado assim em proxies que refletem a capacidade de pagamento.
Porém, quando se utiliza renda e consumo os agentes econômicos mudam o seu comportamento para modificar e reduzir o montante do imposto pago. O sistema tributável é distorcido, ou seja, ele gera distorções que geram ineficiência.
Assim surge o chamado “peso morto” com redução da quantidade de equilíbrio inicial que representa perda de bem-estar da sociedade. Mesmo que o governo gaste tudo que é arrecado com bens públicos pra sociedade, mesmo assim a ineficiência está gerada.
Sistema de preços políticos
Burocratas:
Autoridade discricionária, para alocar/distribuir recursos (que possuem valor econômico), onde esses sistemas de preço dependem de decisões politicas que podem gerar trocas pecuniariamente benéficas entre os agentes envolvidos através de lobby, gerando troca de benefício monetário ou não entre a burocracia e determinados grupos sociais em detrimento do restante da sociedade
Isso ocorre devido a autoridade estatal gerar valor econômico pra quem tem a autoridade (burocracia), porque o governo é o único agente econômico autorizado legalmente a coagir os outros.
Entretanto, não é uma questão apenas de suborno maléfico, mas é simplesmente o fato de que esse sistema de preços existe e foi legalmente estabelecido por parte do governo. Mas, o sistema governamental trabalha com incentivos diferentes em que os agentes privados enfrentam em seu dia-a-dia com outros agentes privados.
A burocracia tem o poder de discriminar através de outros valores que não são o custo benefício e assim geram, portanto, ineficiência.
Criando assim escassez artificial, a burocracia pode conceder benefícios que levam a competição pelos benefícios restante pelo resto da sociedade que geram essa escassez devido ao rent seeking.

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