RESUMO - PSICOPATOLOGIA- borderline

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RESUMO - PSICOPATOLOGIA
Atenção o resumo a seguir não tem caráter diagnóstico e nem deve ser compartilhado
sem autorização do autor. Caso tenha alguma dúvida a respeito do assunto retratado no
mesmo, entre em contato com o autor ou procure um profissional especializado para
orientação qualificada.
Muito obrigada.
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Transtorno de personalidade borderline (TPB).
O que é?:
Transtorno de personalidade limítrofe - mais conhecimento por: Transtorno de
personalidade borderline (TPB). Transtorno mental caracterizado por humor,
comportamentos e relacionamentos interpessoais instáveis, bem como mudanças
extremas de humor e impulsividade, auto imagem e afetos (entre outros).
Critérios de identificação:
Segundo DSM-V surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,
identificação é feito através de 5 ou mais itens segundo Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais, exemplo: esforços frenéticos para evitar um
abandono real ou imaginado, um padrão de relacionamentos interpessoais
instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e
desvalorização, sentimentos crônicos de vazio entre outros.
Algumas características do TPB
● Padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e
de afetos e de impulsividade acentuada;
● Tendem a evitar abandono real ou imaginado;
● São muito sensíveis às circunstâncias ambientais;
● Apresentam medos intensos de abandono e experimentam raiva inadequada
frente à separação de curto prazo realística ou mudanças repentinas;
● Apresentam relacionamentos instáveis e intensos;
● Podem empatizar e cuidar de outros pensando na troca que pode haver para
atender às suas próprias necessidades;
● Mudança do ponto de vista em relação a outras pessoas de forma abrupta e
dramática;
● Manifestam raiva e sarcasmo (ou derivados) que se direcionam ao cuidador
ou amante, logo após esse comportamento tendem a se sentirem com
vergonha e culpa.
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● Alterações de humor duram (em geral) apenas algumas horas e dificilmente
muitos dias;
● Podem apresentar instabilidade afetiva, bem como, apresentar sentimentos
crônicos de vazio e tédio buscando constantemente algo para se fazer.
Características de apoio sobre o TPB
➢ Padrão de autossabotagem;
➢ Podem haver indivíduos que apresentam casos de alucinações e distorções
da imagem em momentos de estresse (exemplo);
➢ Alguns têm mais confiança e segurança com animais e ou objetos do que
com pessoas (relacionamentos);
➢ São comuns desligamento frequente dos trabalhos, interrupção da educação
e rompimentos de relações afetivas;
➢ Negligência, perda parental e situações de violação física e derivadas na
infância são comuns em pessoas com este quadro psicológico;
➢ Este quadro também ocorre frequentemente junto a outros transtornos de
personalidade. (Exemplo: Depressão, Transtornos de ansiedade - como
síndrome do pânico) Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT),
Transtornos alimentares, Transtornos por uso de substâncias.)
Prevalência do TPB
O DSM-V estima a prevalência (porcentagens ou número de casos) para casos de
transtorno da personalidade borderline na população é de 1,6% podendo chegar a
5,9% ocorrendo mais em mulheres (cerca de 75%) do que em homens. A
prevalência do transtorno pode diminuir nas faixas etárias mais altas.
Desenvolvimento e Fatores do TPB
É muito comum a presença de instabilidade crônica no início da vida adulta,
desenvolvendo episódios de descontrole afetivo (grave) e impulsivo. Este transtorno
tem prejuízo consequente e risco de suicidio maior entre adolescente e adultos, mas
desaparecem gradativamente ao longo do avanço da idade. Embora seja
característico emoções intensas e impulsivas manter-se ao longo da vida toda,
pessoas que seguem intervenções terapêuticas frequentemente, apresentam
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melhoras no primeiro ano. Estabilidade neste quadro é apresentada entre 30 aos 50
anos. Segundo DSM-V (2014) “O transtorno da personalidade borderline é cerca de
cinco vezes mais comum em parentes biológicos de primeiro grau de pessoas com
o transtorno do que na população em geral. Também há aumento do risco familiar
para transtornos por uso de substância,transtorno da personalidade antissocial e
transtorno depressivo ou bipolar.”
A quem confunda outros transtornos com transtorno da personalidade borderline
devido aos aspectos em comum. Portanto é de extrema importância a diferenciação
com base nos diferentes aspectos o TPB distingue-se por autodestrutividade,
ataques de raiva nos relacionamentos íntimos e sentimentos crônicos de vazio
profundo e solidão, também apresentando idéias ou ilusões paranóides sendo mais
transitórios no borderline. Outro diferencial é que indivíduos com borderline reagem
ao abandono com sentimentos de vazio emocional, fúria e exigências, bem como,
também são diferenciados dos diagnósticos associados a uso de substâncias
(persistentes) ou de mudança de personalidade decorrente de outras condições
médicas no sistema nervoso central.
Outras observações sobre transtorno de personalidade borderline:
As pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline apresentam, de maneira
recorrente, comportamento, gestos ou ameaças autodestrutivas ou comportamento
automutilante. As ameaças contra sua vida em media, ocorrem (completado) em 8
a 10% desses indivíduos, e os atos de automutilação (por ex., cortes ou
queimaduras), ameaças e tentativas de suicídio são muito comuns. Tentativas
recorrentes autodestrutivas são, frequentemente, a razão pela qual estes indivíduos
buscam auxílio.
Curiosidades e dicas.
Ser borderline não é a mesma coisa do que ser bipolar.
Ter qualquer tipo de relacionamento pode se tornar difícil. Respeite seu processo.
Utilize um diário, anote seus sentimentos e notas sobre seu dia pode ajudar
bastante.
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Além do tratamento psicoterápico e farmacológico, hábitos saudáveis como boa
alimentação e atividade física podem ajudar no alívio dos sintomas, hobbies
também são um ponto forte de auxílio.
Referência:
A.P.A. MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS -
5º. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. p. 1-992.
GENEBRA, O. M. D. S. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento
da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. 1. ed. São Paulo: Artmed,
1993. p. 1-554.
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