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CISTO PILONIDAL. Caso clínico: · Paciente feminina, 25 anos, procura atendimento em posto de saúde devido a dor e inchaço local em região sacrococcígea, de início há 4 dias. Apresenta dor para sentar e caminhar, além de mal estar, náuseas devido a dor e febre não aferida. Recebe AINE e antibiótico cefalexina 14 dias e é liberada. · Após dois dias, procurou atendimento no PA, devido a piora da dor. Ao exame físico, presença de endurecimento em cóccix, hiperemia e edema local, além de dor a palpação. A principal suspeita foi de cisto pilonidal. Optou-se por abrir um pouquinho com o bisturi para drenar a secreção e manter aberto, para cicatrização por segunda intenção, além de manter o uso de cefalexina. · Após uma semana, a paciente retorna para consulta ambulatorial, referindo melhora do quadro clínico, não apresentando mais dor ou edema. Ao exame físico, discreta hiperemia. · É explicado a paciente sobre a opção de realizar cirurgia. Pode ser feita a cirurgia, para evitar recorrências. No entanto, é retirado todo o cisto e fica um buraco na pele, o qual fica aberto para fechamento por segunda intenção. Não é necessário fazer a cirurgia caso o paciente não queira, pois o cisto pode demorar a inflamar e infeccionar novamente. O objetivo da cirurgia é evitar recorrências. O que é o cisto pilonidal: · A fisiopatologia não é muito clara, mas acredita-se que se trata de um pelo nas camadas subcutâneas que gera uma inflamação local e formação do cisto. · O cisto pilonidal pode fazer um trajeto para a pele para drenar sua secreção. Isso é chamado de fistula. · Esses cistos podem infectar, geralmente com S. aureus, gerando maiores sintomas. · Fatores de risco: há associação com obesidade, presença de muitos pelos na região, trabalhar muito tempo sentado, como secretarias, sedentarismo, roupas apertadas. Sinais e sintomas: · Quando não está infectado, o cisto pode ser assintomático ou ter saída de pouca quantidade de secreção através de um orifício na pele, gerando mau odor. · Quando está infectado, há hiperemia, edema, calor e dor no local, além de drenagem de secreção geralmente mais purulenta. Pode ter sintomas sistêmicos, como febre, prostração e náuseas. Diagnóstico: · Anamnese e exame físico. · Colocar o paciente na posição de Sims e examinar o cisto. Tratamento: · O tratamento do cisto pilonidal inflamado e infectado na emergência é iniciar antibióticos e realizar drenagem. · O antibiótico pode ser cefalexina, que tem cobertura para bactérias da pele. · A drenagem é realizada fazendo um pequeno corte com o bisturi, por onde a secreção deve sair. Não dar pontos, deixar aberto para ir drenando e fechando. · O tratamento definitivo é a cirurgia, porém não precisa ser realizada em todos os casos.
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