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Exame da Cabeça e Pescoço

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1 Semiologia- Exame da Cabeça e Pescoço Daniel Duarte MED79 
Cabeça 
Ao examinarmos a cabeça de um paciente, 
devemos observar uma série de características, as 
quais serão exemplificadas a seguir. 
 Tamanho e forma do crânio 
Essa característica é muito importante no 
exame realizado em crianças e recém-nascido, uma vez 
que pode externar algum problema. É importante 
termos a noção que o perímetro cefálico é maior que o 
do tórax, entretanto com o crescimento nos primeiros 
messes, a diferença vai diminuindo e depois o tórax 
passar a ser maior. 
Quanto ao tamanho, temos a seguinte 
variação: 
 Macrocefalia: É o aumento anormal do 
crânio, cujo a causa mais frequente é 
Hidrocefalia, outras causas raras são 
acromegalia e raquitismo. 
 
Figura 1- Criança com Hidrocefalia 
 Microcefalia: É a diminuição anormal 
do crânio, ou seja, um crânio pequena. 
Pode ser resultado de problemas 
congênitos (Zika), hereditários ou ser 
decorrentes de uma doença cerebral 
(toxoplasmose congênita, encefalite 
viral). 
 
Figura 2- Criança com Microcefalia (zika virus) 
Quanto à forma do crânio, temos as seguintes 
alterações, as quais estão relacionadas com o 
fechamento prematuro de algumas suturas cranianas 
(Cranioestenose): 
 Acrocefalia ou Crânio em torre: A 
cabeça se alonga para cima e adquire 
um aspecto pontudo. 
 Trigonocefalia: Levantamento da 
parte mediana do crânio, aspecto de 
casco de navio invertido. 
 
Figura 3- Trigonocefalia 
 Dolicocefalia (Escafocefalia): Aumento 
do diâmetro ântero-posterior do 
crânio, o qual fica maior que o 
transverso. 
 
Figura 4- Dolicocefalia 
 Braquicefalia: Aumento do diâmetro 
transverso do crânio, o qual torna-se 
maior que o Anteroposterior. 
 
Figura 5-Braquicefalia 
 Plagiocefalia: Crânio com deformidade 
conferindo um aspecto assimétrico. 
Pode está relacionado com aposição 
de dormir. 
 
2 Semiologia- Exame da Cabeça e Pescoço Daniel Duarte MED79 
 
 
 Posição e Movimentos 
Uma das alterações mais frequentes da 
posição da cabeça é o torcicolo, o qual promove a 
inclinação para a lateral. 
Além disso, há movimento da cabeça, os quais 
podem está relacionados a movimentos anômalos, o 
qual o mais comum são os tiques. Tiques são 
contrações repetidas e involuntárias de um grupo 
muscular, eles vão desde discretos (piscar os olhos) até 
tiques complexos. 
Um movimento da cabeça muito importante é 
o sinal de Musset, o qual são movimento 
sincronizados (Oscilações) da cabeça com a pulsação 
na insuficiência aórtica. 
 
 Superfície e Couro cabeludo 
Ao inspecionar e ao palpar a superfície da 
cabeça, pode observar algumas alterações, como 
protuberâncias (Tumores, Hematomas, Bossas), 
depressões (Afundamentos) e pontos dolorosos. 
Além disso, em determinadas enfermidades 
(Raquitismo, osteomalacia e sífilis), durante o teste da 
tábua óssea, podemos notar uma diminuição da 
resistência (Afundamento) do crânio a partir da 
digitopressão da região acima do pavilhão auricular. 
Em recém-nascidos, também há a inspeção das 
fontanelas, as quais podem nós fornecer as seguintes 
informações : 
 Fontanelas Hipertensa e Saliente  
Sinal de aumento da pressão 
intracraniana, o que acontece na 
hidrocefalia e na meningite. 
 Fontanelas Hipotensas e deprimida  
Sinal de diminuição da pressão 
intracraniana, o que acontece em 
casos de desidratação. 
 Exame Geral da Face 
No exame da face devemos estar bem atentos 
a 4 pontos: 
 À Simetria; 
 À Mímica facial; 
 Aos Pelos; 
 À Pele. 
Pode existir assimetria facial, devido a 
alterações congênitas (Malformações), a depressões 
na face (Abcessos dentários, tumores) ou tumefações. 
Quanto a mímica facial, ela pode está alterada 
e umas das causas mais comuns são as paralisias 
faciais, tanto central como periférica. Para a 
investigação da mímica, podemos pedir para o 
paciente sorrir, abrir a boca, levantar a sobrancelha e 
fazer algumas caricaturas. Em casos de paralisia facial, 
ao realizar esses movimento, o paciente vai evidenciar 
ainda mais a paralisia. 
Exame dos Olhos 
Antes de falarmos a respeito dos olhos, vamos 
estudar um pouco sobre as estruturas que estão ao 
reder dele, supercilio, sobrancelha e pálpebras. 
As sobrancelhas tem como alterações 
semiológica a diminuição da quantidade de pelos ou a 
ausência por completa (Madarose), a qual apresenta 
as seguintes causas: 
 Semilidade 
 Esclerodermite; 
 Hanseníase; 
 Quimioterapia; 
 Mixedema; 
 Desnitrição acentuada. 
Já as pálpebras apresentam um pouco mais de 
alterações semiológicas, são elas: 
 Ptose Palpebral (queda da pálpebra): 
é a queda da pálpebra, ou seja, a uma 
diminuição do campo visual, devido a 
um problema do músculo superior da 
pálpebra, o qual não consegue 
levanta-la. 
 Edema; 
 Xantelasma: São placas amareladas na 
pálpebras, devido ao depósito de 
lipídeos. É um sinal de 
hipercolesterolemia e um sinal grave. 
 
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 Equimose; 
 Ectrópio: É quando as pálpebras 
dobram-se para fora, assim, não há o 
incômodo do globo ocular. 
 Entrópio: É uma doença, na qual a 
pálpebra se dobra para dentro 
(Invertidas), o que acaba irritando o 
globo ocular 
 Epicanto; 
Obs: Há alguns sinais semiológicos importantes e 
característicos de determinadas doenças, como a Ptose 
palpebral uni ou bilateral, em virtude da paralisia do 
VII nervo (facial) na Síndrome de Horner e na miastenia 
Gravis. Além desse, a o sinal de BELL, o qual é 
caracterizado por o não fechamento de uma das 
pálpebras concomitantemente ao movimento do globo 
ocular para cima. 
Globo Ocular: 
 Exoftalmia: A protrusão do globo 
ocular, ou seja, o olho se encontra mais 
para fora. 
o Unilateral: Tumores oculares 
ou reto-oculares. 
o Bilateral: Hipertelorismo. 
 Enoftalmia: Quando a retração do 
globo ocular, ocorre na síndrome de 
horner e em desidratação. 
 Desvios: são os casos de estrabismos, 
os quais podem ser: 
o Divergente: os olhos ficam 
direcionados para a lateral, é 
decorrente do dano ao 
músculo reto medial (Paralisia 
do III nervo) 
o Convergente: Quando os olhos 
ficam voltados para a região 
media, é divido a um 
comprometimento dos retos 
lateral (paralisia do VI Nervo). 
 Movimentos Involuntários: O mais 
característico é o Nistagmo. Esses 
movimentos podem ser congênitos ou 
adquiridos, os quais são decorrentes 
de doenças cerebelares, do tronco, do 
labirinto ou de intoxicações alcóolicas. 
Conjuntivas: 
 
 
Pupilas: 
Ao examinarmos a pupila, devemos observar 
os seguintes pontos: 
 Forma: Devem ser redondas ou 
ovaladas. 
 Tamanho: Devem ser do mesmo 
tamanho. Pupilas anisocorias são 
popilas de tamanhos diferentes. 
Midríase é a dilatação da pupila e 
Miose é a contração. 
 Localização: Devem ser centrais 
 Reflexos: São os movimentos da pupila 
a partir de estímulos. São eles: 
o Fotomotor: É a contração da 
pupila após um estímulo 
luminoso. 
o Consensual: é a contração de 
uma pupila a partir do 
estímulo luminoso na outra. 
o Acomodação-convergência: É 
a acomodação da pupila e a 
convergência do globo a partir 
da aproximação do foco visual 
ao nariz. 
Exame do Nariz:

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