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Lesões elementares

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Isadora Albuquerque 
LESÕES ELEMENTARES 
 
CONCEITO 
 
 Trata-se de uma apresentação morfológica “diferente da pele normal, induzida por 
causas físicas, químicas, animadas ou psíquicas, como: 
1. Processos inflamatórios; 
2. Degenerativos; 
3. Circulatórios; 
4. Neoplásicos; 
5. Transtornos do metabolismo; 
6. Defeitos de formação. 
 
EXAME FÍSICO 
 
 Inspeção: 
 Localização e distribuição; 
 Padrão e forma; 
 Tipo 
 Palpação; 
 Digitopressão ou vtropressão (para algumas lesões espefícicas) 
 Compressão. 
 
ANAMNESE 
 
 Surgimento (há quanto tempo?) 
 Evolução (como começou e como está hoje?) 
 Sinais e sintomas associados (dói? Tem prurido?) 
 
 Comorbidades (doenças sistêmicas?) 
 Tratamentos realizados (o que já usou para essa lesão?) 
 
 Na dermatologia, normalmente inicia-se pelo exame físico, depois segue para a 
anamnese. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Modificação da Cor; 
 Formações Sólidas; 
 Lesão de Conteúdo Líquido; 
 Alteração da Espessura; 
 Solução de continuidade da pele; 
 Lesões Caducas; 
 Sequelas. 
 
ALTERAÇÕES DE COR 
 
 São chamadas de máculas ou manchas; 
 Para diferenciar as lesões predominantemente vasculares das predominantemente 
hemorrágicas, utilizamos a digitopressão, pois, na vascular a lesão some, já na 
hemorrágica não. 
 Representam uma alteração circunscrita da cor da pele, sem modificação da 
textura ou relevo. 
 Podem ser subdivididas em: 
Isadora Albuquerque 
1. Manchas Pigmentares (discrômicas): relacionada à melanina: melanodérmica 
(hipercromia) ou leucodérmica (hipocromia e acromia). 
 
Manchas hipocrômicas fazem diagnóstico diferencial com hanseníase, 
ptiríase versicolor e dermatite atópica. 
 
Manchas acrômicas – vitiligo; 
Mancha hipercrômica em face é melasma. 
 
2. Manchas Vasculossanguíneas 
 
Eritema: divide-se em transitório e permanente. 
 TRANSITÓRIO 
− Rubor; 
− Cianose (hgb red > 5 g%); 
− Figurado: são os eritemas desenhados. Podem ter aspectos 
característicos como no eritema crônico migratório da doença de Lyme. 
Eritema giratum repens, paraneoplasia associada à neoplasia pulmonar. 
Eritema marginatum, observado na febre reumática; 
− Enantema: eritema com acometimento da mucosa; 
− Exantema: aparecimento súbito e com tendência à generalização. Há dois 
tipos principais. 
Morbiliforme ou rubeoliforme (eritema entremeado com áreas de pele sã, 
característico da rubéola e forma frequente de farmacodermia) e 
Escarlatiniforme (difuso e uniforme, próprio da escarlatina). 
− Mancha anêmica: aumento local da sensibilidade às catecolaminas, levando 
à diminuiçãodo aporte sanguíneo para a região. 
 
Permanente 
− Mancha angiomatosa: aumento do número de capilares. Com o 
acometimento da região de inervação do nervo trigêmeo (ramo oftálmico), 
devemos lembrar a associação com a síndrome de Sturge-Weber. 
− Telangiectasia: dilatação permanente do calibre de pequenos vasos. Pode 
ser manifestação da insuficiência hepática na forma adquirida. Quando 
acomete mucosa labial e as extremidades, possível quadro de telangiectasia 
hemorrágica hereditária (doença de Rendu-Osler-Weber), se complica com 
hipertensão pulmonar e sangramento do trato gastrointestinal. 
 
 Púrpura: nestes casos há extravasamento de hemácias e não desaparece a 
vitropressão. 
1. Petéquia: lesões puntiformes. Quando ganham volume (púrpuras palpáveis), 
podem ser encontradas nas vasculites; 
2. Víbice: petéquias lineares; 
3. Equimose; 
4. Hematoma; 
 
 A diferença de uma petéquia para uma equimose é o tamanho, sendo a segunda 
maior; 
 A diferença de uma equimose para um hematoma é que no hematoma não há 
relevo, apenas a mancha, já no hematoma existe relevo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isadora Albuquerque 
FORMAÇÕES SÓLIDAS 
 Pápula: elevação circunscrita palpável até 1 cm (exemplos: acne, sarampo, varicela, 
escabiose) 
 
 
 Pápula: lesão acastanhada no tronco anterior. 
 Exemplo: ceratose seborreica. 
 
 Placa: lesão em forma de disco, por extensão ou coalescência de pápulas ou 
nódulos. Superfície em platô; 
 
 
 Placa: lesão eritematoescamosa. Exemplo: psoríase invertida. 
 
 Tubérculo: lesão de consistência dura, elevada com mais de 1 cm que deixa cicatriz 
ao involuir. Pode ser manifestação de doença granulomatosa como a sarcoidose e a 
hanseníase 
 
Tubérculo: lesão eritematoamarelada da hanseníase tuberculoide. 
 
 
 Nódulo: lesão mais palpável que visível, maior que 3 cm (exemplos: carcinoma 
basocelular, sinais, lesões hérnicas – dermatofibroma, o fibroma em si, a 
neurofibromatose-); 
 
 O nódulo nevo é séssil (base larga) e o fibroma é pendurado, essa é a principal 
diferença. 
 
 
Nódulo: lesão mais palpável do que visível. 
Exemplo: eritema nodoso 
 
Isadora Albuquerque 
 Tumoração: lesão maior que 3 cm. Pode estar relacionada com doença de depósito 
como no tofo gotoso; 
 
Tumoração no dorso de uma paciente jovem. 
Exemplo: lipoma. 
 
 Goma: nódulo que sofre evolução em quatro fases: 
Endurecimento (infiltração celular da hipoderme); 
Amolecimento (necrose central); 
Esvaziamento (fistulização-úlcera); 
Reparação (fibrose com cicatriz). 
 
 
Lesão gomosa da esporotricose. 
 
 Vegetação: crescimento exofítico pela hipertrofia das papilas dérmicas. Podem ser 
de dois tipos: verrucosa e condilomatosa. 
 
Para fixar as doenças ulcerovegetantes, usa-se o acrônimo PLECCT 
PARACOCCIDIODOMICOSE 
LEISHMANIOSE 
ESPOROTRICOSE 
CROMOMICOSE 
CARCINOMA ESPINOCELULAR 
TUBERCULOSE 
 
 
Placa, com DD de psoríase, dermatite e líquen plano. 
Líquen plano é uma doença autoimune que forma placas congruentes. O tratamento é igual ao da 
psoríase. 
 
 
Lesão verrucosa, com diagnóstico de verruga. Trata-se 
de uma lesão sólida com superfície papilomatosa (com 
pequenas papilas, que deixa a superfície áspera). Aqui a lesão é séssil. 
Isadora Albuquerque 
 
 
A lesão vegetante é uma lesão sólida, com superfície papilomatosa e tem uma base mais 
pedunculado. Diagnóstico de condiloma acuminado. Além disso, esse paciente apresença uma úlcera 
(devemos saber se é dolorosa ou não), por ser lisa, parece ser sífilis. Ou seja, essa pessoa tem sífilis e 
HPV. 
 
 A diferença entre a verruga e a vegetação se dá muito mais pela 
localização do que pelo pedúnculo. 
 
 
LESÕES COM CONTEÚDO LÍQUIDO 
 Vesícula: conteúdo claro com menos de 0,5 cm (alguns autores consideram < 1cm) 
e intra-epidérmica. Múltiplas vesículas agrupadas em base eritematosa, 
características da infecção herpética; 
 
 Bolha: em abóbada e com mais de 0,5 cm; 
 
 Pústula: lesão de conteúdo purulento até 1 cm. Podem ser sépticas ou assépticas 
como na psoríase pustulosa. Foliculares (foliculite) ou interfoliculares (impetigo); 
 
 
Acúmulo de conteúdo liquido purulento na acne. 
 
 
 Abscesso: coleção purulenta, proeminente e circunscrita, tamanho variável, 
flutuante, dermo-hipodérmica ou subcutânea, com rubor, dor e calor (quente) ou 
não (frio). 
 
 
Vesícula simples com conteúdo seroso, pois tem menos do que 1 cm. 
 
Isadora Albuquerque 
 
Bolha, pois tem mais que 1cm, com conteúdo seroso 
. 
DIFERENÇA ENTRE HERPES ZOSTER E HÉRPES SIMPLES 
 HZ: caminho do dermátomo; 
 HS: mais comum em boca (tipo 1) e genitália (tipo 2) 
 
 
 
Coleção líquida com mais de 1 cm: abscesso. 
 
CAUSAS DE ABSCESSO 
 Furuncuose – ocorre em regiões onde tem uma lesão primária prévia, aí 
tem um trauma e gera uma infecção. 
 Cisto sebáceo, etc. 
 
 
HEMATOMA. Entra na classificação de coleção líquida subcutânea que gera relevo. OBS: Não 
fazer cacifo no hematoma, porque dói. 
 
 
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA 
 Ceratose: espessamento da epiderme por aumento da camada córnea. (Exemplo: 
hiperceratose, ceratose seborreica, algumas infecções fúngicas etc) 
Isadora Albuquerque 
 
Ceratose plantar e fissura. 
Pode ser observada em pacientes com hipotiroidismo e no climatério. 
 
 
 Liquenificação: aumento da espessura com formaçãode sulcos e saliências por 
atrito. (Causas: dermatite atópica crônica, que dura anos e nenhum tratamento 
resolve). 
 
Local frequente da liquenificação pelo ato da coçadura. 
 
 Infiltração: espessamento difuso por infiltrado inflamatório, tumoral, infeccioso ou 
por doenças de depósito. Relevante a infiltração de áreas frias como pavilhão 
auricular na hanseníase; 
 
 Esclerose: endurecimento da pele por proliferação do tecido colágeno ou do 
subcutâneo, tornando o pregueamento difícil 
 
 Atrofia: diminuição da espessura (a pele fica mais fina). Pode ser superficial 
(apergaminhada) ou profunda (uma das causas é uso crônico de corticoides tópicos 
no rosto). 
 
 
Isadora Albuquerque 
 
A esclerodermia tem enrijecimento e diminuição da 
elasticidade da pele. A não é o local mais fácil de percebermos essa doença. 
 
 
LESÕES EDEMATOSAS 
 Nós temos duas principais 
 Lesão urticariforme ou urtica: parece uma placa, no entanto, forma cacifo à 
compressão. É comum nas dermatites de contato, reações anafiláticas e reações 
alérgicas. 
 
 Angioedema: também está associado à reações alérgicas. O nome se dá porque 
envolve mais do que o tecido subcutâneo, ela envolve interstício e alguns vasos O 
angioedema é mais grave porque pode ter edema de glote e levar a uma para 
cardiorrespiratória. 
 
 
 
SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE DA PELE 
 Escoriações: lesões superficiais lineares traumáticas que podem chegar até a 
derme. 
 
 Fissura: é uma lesão de continuidade de trajeto linear e estreita, acomete APENAS 
a epiderme. (Exemplo: fissura anal). 
 
 Exulceração até derme papilar; 
 
 Ulceração ou úlcera: acomete toda derme e/ou hipoderme ou seja, é mais 
profunda. Geralmente quando tem úlcera, ela compromete tanto a derme, que 
chega ao subcutâneo. (Causas: carcinoma espino celular, leishmaniose cutânea 
tegumentar, etc.); 
 
 Fístula: trajeto linear sinuoso e profundo com eliminação de substâncias; 
 
 
PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS: (SEQUELAS) 
 Processo de cicatrização de algumas lesões. As lesões não iniciam assim, mas 
terminam. 
 
 Crosta: ressecamento de exsudato. Pode ser 
1. Serosa; 
2. Purulenta/melicérica: cor de mel. Aspecto do impetigo; 
3. Hemática. 
 
Isadora Albuquerque 
 
 
 Difere-se da placa por ser removível/descama, uma vez que é tecido morto. 
Além disso, a crosta é normalmente mais esbranquiçada do que a placa (mais 
avermelhada). Então, a crosta vai se formar sobre a placa (sobre a lesão 
primária); 
As crostas se formam sobre outras lesões também, como nódulos, etc. 
. 
 Escama: lâminas epidérmicas secas pelo exagero de ceratina normal ou defeituosa. 
Podem ser: furfuráceas (ou pitiriásicas) ou laminares; 
 
 Úlcera de decúbito: úlcera secundária à necrose; 
 
 Necrose ou escara: formação do tecido morto; 
 
 
SEQUELAS 
 Cicatriz: reparação conjuntiva e epitelial da pele traumatizada. Pode ser: 
1. Cicatriz atrófica; 
 
Estria é um tipo de cicatriz atrófica. 
 
2. Cicatriz hipertrófica: acompanha a margem do insulto traumático. Há 
aumento do volume. 
 
3. Queloide: a lesão prolonga-se além da margem do trauma. O queloide é 
originado da cicatriz hipertrófica, mas ele é diagnóstico. 
 
 
Queloide após perfuração da orelha para uso de brinco. 
 
 
Isadora Albuquerque 
ATENÇÃO 
 Para auxiliar no raciocínio diagnóstico, podemos organizar as lesões cutâneas em 
primárias (lesão cutânea inicial) e secundárias (decorrentes de manipulação ou infecção 
de uma lesão primária), sendo as últimas representadas pelas sequelas, lesões caducas, 
solução de continuidade da pele e alterações da espessura. Além do tipo de lesão, 
outros aspectos podem ser observados, como número (única ou múltipla); configuração 
(anular, arciforme, circinadas, discoides, linear), organização (localizada, generalizada) e 
distribuição corporal (face, tronco, extremidades) 
 
 
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