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Cópia de Direito do Consumidor - Prof. Manoel Souza - 1ª Webconferência - Mód. C (1) (1)

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WEBCONFERÊNCIA I
Prof. M.e Manoel Nascimento de Souza
BOAS-VINDAS!
 
Sejam todas muito bem-vindas e todos muito bem-vindos à Disciplina de Direito do Consumidor e à primeira Webconferência!
3
Unidades I e II 
4
 Pressupostos Fundamentais.
A relação jurídica de consumo.
Princípios da Lei n. 8078/90 e direitos básicos do consumidor.
Práticas Abusivas.
Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços.
Responsabilidade Civil.
Temas
Vamos lá!
 Direito
É o conjunto de regras e princípios que tem como finalidade promover a paz e a harmonia social.
Direito Público: normas e princípios que regem a atividade do Estado (os interesses estatais e sociais), a relação deste com os particulares, enquanto guardião do interesse coletivo, do interesse da sociedade. Exemplo: Direito Constitucional.
Direito Privado: normas e princípios que regem as relações entre particulares, os interesses privados. Exemplo: Direito Civil e Direito do Consumidor.
Direito do Consumidor: ramo do Direito formado por um conjunto de regras e princípios jurídicos que tratam das relações de consumo.
Pressupostos Fundamentais
 Código de Defesa do Consumidor - CDC
A Revolução Industrial mudou os modos de produção e os padrões de consumo.
Na década de 1980, a necessidade de uma lei específica de defesa do consumidor era reconhecida ante a incapacidade do Código Civil de 1916 e as demais normas do regime privatista.
Assembleia Geral na resolução 39/248, de 16 de abril de 1985, foram ampliadas pelo Conselho Econômico e Social na resolução E/1999/INF/2/Add, de 02 de julho de 1999, e revisadas pela Assembleia Geral na resolução 70/186, de 22 de dezembro de 2015.
O Código de Defesa do Consumidor, sancionado pela Lei 8078/90, o Código busca compatibilizar as necessidades dos consumidores e do respeito à dignidade, saúde e segurança com o desenvolvimento econômico e tecnológico.
Pressupostos Fundamentais
 Pressupostos Fundamentais
O Código de Defesa do Consumidor não define a relação jurídica de consumo, sendo esta relação jurídica, em sentido amplo, consistente no vínculo entre pessoas, em razão da qual uma pode pretender um bem que a outra parte é obrigada. Só há relação jurídica se o vínculo entre as pessoas estiver regulado por norma jurídica com o objetivo de proteção.
Quando adaptados esses conceitos à relação jurídica de consumo, se verifica a existência de uma relação entre um sujeito ativo, titular do direito, e um sujeito passivo, que tem um dever jurídico e se coaduna com os elementos subjetivos que concebem o fornecedor de produtos e/ou prestador de serviços de um lado e o consumidor do outro.
Elementos objetivos que formam a prestação na relação de consumo, nos termos do art. 3 do Código de Defesa do Consumidor, eles são definidos como o produto e o serviço.
Pressupostos Fundamentais
 A Relação Jurídica de Consumo
O caput do art. 2° da Lei 8078/90 estabelece que “consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
O conceito de fornecedor está descrito no art. 3° da Lei 8078/90, fornecedor é qualquer um que ofereça produtos ou serviços no mercado de consumo e atenda às necessidades dos consumidores, sem se indagar a que título.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (CDC)
A Relação Jurídica de Consumo
 A Relação Jurídica de Consumo
Produto e Serviço
Produto é definido pela Lei 8078/90 como bem móvel ou imóvel, material ou imaterial, de modo que é aplicável o Código de Defesa do Consumidor a contratos imobiliários e a eles conexos – financiamento ou empréstimos para a aquisição de imóveis.
Serviço é “qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração” Código de Defesa do Consumidor, se aplicando aos serviços públicos em que há a presença do consumidor e do agente de uma relação de aquisição remunerada do serviço, individualmente e de modo mensurável.
Art. 3°
 § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (CDC)
A Relação Jurídica de Consumo
 Dignidade
A dignidade humana é valor supremo da ordem jurídica, é possível a substituição de uma coisa por outra, mas a dignidade não admite equivalentes. 
Proteção à vida, saúde e segurança
Os consumidores têm o direito de não serem expostos a perigos representados por práticas condenáveis no fornecimento de serviços e produtos que ameacem sua incolumidade física.
Princípios da Lei n. 8078/90 e direitos básicos do consumidor
 Vulnerabilidade 
O Código de Defesa do Consumidor reconhece o desequilíbrio nas relações entre o consumidor e o fornecedor. A vunerabilidade é uma qualidade intrínseca, ingênita, peculiar, imanente e indissolúvel de todos aqueles que se colocam na posição de consumidor.
A vulnerabilidade jurídica, em contrapartida, resulta da falta de informação do consumidor a respeito de seus direitos, da falta de assistência jurídica, da dificuldade de acesso à Justiça, da impossibilidade de aguardar o desfecho judicial de uma demanda, ou mesmo da deturpação de princípios processuais legítimos.
 Vulnerabilidade política ou legislativa decorrente da fraqueza política do consumidor no cenário brasileiro.
A vulnerabilidade fática ou socioeconômica, posto que o fornecedor está em posição de supremacia e é o detentor do poder econômico.
Hipossuficiência é conceito fático e não jurídico fundado em disparidade ou discrepância atrelada ao caso concreto. Pode ser técnica pelo desconhecimento do produto ou serviço, mas fática à luz da situação socioeconômica do consumidor frente ao fornecedor.
Princípios da Lei n. 8078/90 e direitos básicos do consumidor
 Liberdade de Contratar e Dever Governamental
A liberdade de contratar é a possibilidade de um indivíduo realizar ou não determinado contrato e os contratos de consumo, são classificados como de adesão, os quais devem ser analisados com maior moderação tendo em vista que suas cláusulas são estabelecidas unilateralmente, podendo conter inúmeras previsões consideradas como cláusulas abusivas pelo Código de Defesa do Consumidor. 
O dever governamental se expressa na necessidade de atuação do Estado na proteção ao consumidor, dentre os princípios da ordem econômica, estão a defesa do consumidor, princípio constitucional impositivo com a função de assegurar a todos uma existência digna.
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:
        I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;
        II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
        III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;
        IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;
        V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. (CDC)
Princípios da Lei n. 8078/90 e direitos básicos do consumidor
 Boa-fé e Acesso à Justiça
A boa-fé se expressa no comportamento a ser seguido, adequado a padrões de lealdade, ética, honestidade e colaboração exigidos em quaisquer relações de consumo.
O acesso à Justiçao Estado deve assegurar o acesso à justiça por uma estrutura de órgãos estatais destinados a esse fim e observar os demais deveres a ele impostos pela norma.
Princípios da Lei n. 8078/90 e direitos básicos do consumidor
 Práticas Abusivas
As práticas abusivas são interpretadas de maneira genérica para que nada escape, englobando as condutas que afrontem a principiologia e a finalidade do sistema protetivo do Código de Defesa do Consumidor, bem como aquelas que se enquadrem na figura do abuso de direito. São uma desconformidade com os padrões de boa conduta em relação ao consumidor.
O Código de Defesa do Consumidor de forma ilustrativa descreve, nos artigos 39, 40 e 41, algumas dessas práticas abusivas que podem ter natureza contratual ou extracontratual, antes, durante o processo de formação, na execução do contrato ou mesmo após o seu término.
 Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: 
        I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
        II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; (CDC)
As práticas abusivas são objetos de sanções administrativas, de acordo com o disposto no Decreto 2181/97, que organiza o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e estabelece as normas gerais para aplicação dessas sanções de natureza administrativa. (Exemplo: multa, cassação do registro do produto junto ao órgão competente, proibição de fabricação do produto etc.)
Práticas Abusivas
 Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços
O Código de Defesa do Consumidor impõe qualidade aos produtos e serviços colocados no mercado pelos fornecedores: qualidade-segurança (arts. 8º a 17) e qualidade-adequação (arts. 18 a 25).
O código disciplina os critérios que indicam a nocividade ou a periculosidade de produtos e serviços colocados no mercado, ao mesmo tempo em que cria os deveres de informação para os fornecedores nos casos concretos. Dando ao consumidor uma garantia implícita de segurança e de adequação conforme a confiança despertada.
Entretanto, há a periculosidade inerente, correspondente aos riscos qualificados como normais e previsíveis e que devem ser tolerados pelos consumidores, desde que as informações estejam claras e precisas a esse respeito.
Os produtos e serviços que, apesar de potencialmente nocivos ou perigosos, podem ser colocados no mercado. Os fabricantes são obrigados a informar, de forma ostensiva e clara, sobre os riscos inerentes ao consumo, a exemplo de cigarros, bebidas alcoólicas, materiais radioativos etc.
Tendo os fornecedores o dever de informar e o de retirar o produto ou serviço do mercado.
Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços
 Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços – o RECALL
O art. 10 do CDC se relaciona ao dever de vigilância, o dever de informar ao consumidor sobre a periculosidade de produto ou serviço que o fornecedor tenha colocado no mercado.
O fornecedor informa aos consumidores e/ou eventualmente os convocas para sanar os defeitos encontrados em produtos vendidos ou serviços prestados. 
A fiscalização e controle dos produtos e serviços colocados no mercado de consumo são de responsabilidade cargo da União, dos estados e municípios, de acordo com suas áreas de atuação territorial conforme o 1º do artigo 55 da Lei nº 8.078/1990. Os quais podem atuar em conjunto e realizarem desde a apreensão do produto, cassação do alvará de licença, interdição e suspensão da atividade do fornecedor sempre que o produto ou serviço possuir um alto grau de periculosidade.
Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços
 Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços – o RECALL
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
        § 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.
        § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.
        § 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. (CDC)
Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços
 Comunicação do fato às autoridades competentes e introdução no mercado de divulgação publicitária
A informação publicitária ocorre às expensas do fornecedor.
O objetivo do recall é a proteção da coletividade de riscos à saúde e à segurança resultantes de defeitos; para alcançar tal objetivo, faz-se necessário que uma ampla e correta divulgação na mídia seja capaz de garantir ao consumidor o direito à informação
Conforme a portaria nº 487, de 15 de março de 2012 cabe ao fornecedor de produtos e serviços, após a introdução destes no mercado de consumo, ao ter conhecimento de determinada periculosidade ou nocividade, comunicar o fato imediatamente ao Departamento de Defesa do Consumidor, aos órgãos estaduais e do Distrito Federal e aos órgãos municipais de proteção ao consumidor, bem como ao órgão normativo ou regulador competente. 
Tal comunicação deve conter a identificação do fornecedor do produto ou serviço, a razão social, o nome fantasia, as atividades econômicas principal e secundárias, o número de inscrição do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), endereço, telefone, nome dos administradores e sua qualificação.
Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços
 Comunicação do fato às autoridades competentes e introdução no mercado de divulgação publicitária
A comunicação precisa ter marca, modelo, lote, série, chassi, data inicial e final da fabricação, foto, descrição pormenorizada do defeito, a descrição dos riscos e suas implicações, distribuição geográfica dos produtos e serviços, a indicação das medidas já adotadas pelo fornecedor, a descrição dos acidentes ocorridos, os planos de mídia e de atendimento ao consumidor.
Qualidade e Segurança dos Produtos e Serviços
 Responsabilidade Civil no CDC – Vício e defeito 
A regra da responsabilidade na norma de proteção ao consumidor é a responsabilidade objetiva e solidária dos fornecedores de produtos e serviços aos consumidores, exceto para os profissionais liberais que prestam serviço, posto que respondem somente pela culpa, conforme prevê o artigo 14, §4º da Lei nº 8.078/1990.
Vício e Fato/Defeito
Quando o dano permanece nos limites do produto ou do serviço tem-se um vício. Quando o dano ultrapassa tais limites, tem-se o fato ou defeito, em que há a ocorrência de acidente de consumo.
Para ocorrer o defeito, é necessário primeiro o vício, assim, não existem defeitos sem vícios, ainda que existam vícios sem defeitos.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade Civil no CDC – Vício e defeito 
No Código de Defesa do Consumidor, quatro são as hipóteses de responsabilidade civil: 
A responsabilidade pelo vício do produto; 
A responsabilidade pelo fato do produto ou defeito; 
A responsabilidade pelo vício do serviço; e 
A responsabilidade pelo fato do serviço ou defeito.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade Civil no CDC – Vício e defeito 
A responsabilidade pelo vício do produto - O vício do produto ocorre quando um problema oculto ou aparente no bem o torna impróprio ao uso a que se destina ou diminua seu valor – assim chamado vício de inadequação, como s produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; ou os produtos deteriorados, alterados, adulterados,avariados, falsificados, corrompidos; aqueles queles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação etc.
O fornecedor pode acionar o sistema de garantia do produto e realizar o reparo em 30 dias, para produtos que permitem a dissociação de seus componentes, exemplo: eletrodomésticos, computadores etc.
Não se tratando de produtos com essa dissociação ou mesmo que se trate mas o vício não for sanado dentro de 30 dias, o consumidor tem direito às alternativas constantes do §1º do art. 18 do CDC:
 Art.18, § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
        I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
        II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
        III - o abatimento proporcional do preço.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade Civil no CDC – Vício e defeito 
A responsabilidade pelo vício do serviço – os vícios dos serviços se concentram no efeito do contrato, na obrigação de fazer algo, seja de meio (dever de desempenho, compromisso de agir com zelo e empregar a melhor técnica), seja de resultado (obrigação de alcançar o resultado), devendo ser adequado aos fins que (razoavelmente) são esperados. Tendo-se também o vício de qualidade no serviço que não atenda às normas regulamentares de prestabilidade. Assim quando o resultado não é adequado ou não “possui sua prestabilidade regular”, o serviço é viciado.
Nos vícios dos serviços tem-se os vícios de informação, que se caracterizam pela diferença entre as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária e o serviço prestado. Cabendo ao consumidor requerer a reexecução, o abatimento do preço ou ainda a rescisão do contrato.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade Civil no CDC – Vício e defeito 
A responsabilidade pelo fato do produto ou defeito – se caracteriza no acontecimento externo que causa dano material ou moral, ou mesmo ambos, para o consumidor, decorrente de um defeito que pode ser de concepção, de produção, de comercialização etc.; caracterizando-se os acidentes de consumo ao atingirem a incolumidade física ou ainda psíquica do consumidor e seu patrimônio.
É suficiente o nexo causal entre o defeito do produto e o acidente de consumo para se configurar a responsabilidade.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade Civil no CDC – Vício e defeito 
A responsabilidade pelo fato do serviço ou defeito – Serviços defeituosos se referem àqueles que são mal apresentados para o consumidor, quando sua fruição é capaz de suscitar riscos acima do nível esperado.
Os serviços aos quais se refere a norma de proteção ao consumidor são quaisquer atividades, bem como quaisquer atividades de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.
É preciso que esse serviço seja remunerado, exceto os serviços gratuitos, como a amostra grátis.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
        § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
        I - o modo de seu fornecimento;
        II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
        III - a época em que foi fornecido.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Excludentes de Responsabilidade 
Art. 12,§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:
        I - que não colocou o produto no mercado;
        II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
        III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Art. 14,§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
        I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
        II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade Solidária
O CDC prevê a solidariedade entre os causadores de danos ao consumidor.
 Responsabilidade pelo fato do produto: fabricante, o produtor, o construtor e o importador e subsidiariamente o comerciante (art. 13, CDC)
Responsabilidade pelo fato do serviço, o art. 14 do CDC menciona-se apenas fornecedor, o que inclui todos aqueles que participam da cadeia produtiva. 
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade dos Profissionais Liberais - Culpa
O CDC prevê:
  Art. 14,§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Tal disposição se aplica se aplica aos casos de defeitos nos serviços.
Se aplica aos profissionais liberais compreendidos como aqueles que exercem uma profissão livremente com autonomia e sem subordinação, exemplos: engenheiros, advogados, costureiras, fotográfos etc.
Nos casos das obrigações de meio, a culpa deverá ser provada, e, nas obrigações de resultado, a regra será a da responsabilidade subjetiva com culpa presumida.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 Responsabilidade dos Profissionais Liberais - Culpa
O CDC prevê:
  Art. 14,§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Tal disposição se aplica se aplica aos casos de defeitos nos serviços.
Se aplica aos profissionais liberais compreendidos como aqueles que exercem uma profissão livremente com autonomia e sem subordinação, exemplos: engenheiros, advogados, costureiras, fotográfos etc.
Nos casos das obrigações de meio, a culpa deverá ser provada, e, nas obrigações de resultado, a regra será a da responsabilidade subjetiva com culpa presumida.
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO E OS PRAZOS PARA RECLAMAR E PARA PROPOR AÇÃO JUDICIAL
A decadência compreendida como perda efetiva de um direito que não foi não requerido no prazo legal, no CDC é de 30 dias para serviços e produtos não duráveis (produto não durável é aquele que se extingue com o uso e serviço não durável é aquele que se extingue uma vez prestado) e de 90 dias para produtos duráveis (aquele que não se extingue com o uso, ao passo que o serviço durável é aquele que apresenta uma continuidade no tempo e deixa um resultado). A contagem do prazo para a caducidade quanto aos vícios dos produtos e serviços inicia-se com a entrega do produto ou a prestação do serviço.
A prescrição é a extinção da pretensão. O artigo 189 do Código Civil de 2002 dispõe que, violado o direito, nasce para seu titular a pretensão que se extingue com a prescrição e O artigo 27 da Lei nº 8.078/1990 prevê um prazo prescricional de cinco anos, contado a partir do conhecimento do dano e da autoria.
  
Responsabilidade Civil no Código de Defesa do Consumidor
MOURA, MAVILI DE CASIA DA SILVA. Direito do Consumidor: Unidades 1 e 2. Recife: Grupo Ser Educacional, 2019.
REFERÊNCIAS
OBRIGADO.
Prof. M.e Manoel Nascimento de Souza
E-mail: manoel.souza@sereducacional.com
Professor Executor

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