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CCJ0007-WL-RA-04-Direito Penal I-Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço (13-08-2012)

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Direito Penal I
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	Plano de Aula: 4 - Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço.
DIREITO PENAL I
Título
4 - Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
4 
Tema
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
-Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
-Demonstrar a aplicabilidade das Normas jurídico-penais no tempo e no espaço e suas limitações constitucionais.
-Reconhecer as situações fáticas ensejadoras dos conflitos de leis penais no tempo: Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora e Novatio Legis in Pejus.
-Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no tempo com base nos princípios da irretroatividade da lei penal e retroatividade da lei penal mais benéfica.
-Compreender a necessidade de criação de normas penais excepcionais e temporárias e sua aplicabilidade.
-Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no espaço com base nos princípios da territorialidade e extraterritorialidade.
-Compreender a relevância do estudo prévio dos temas da aula por meio da resolução dos casos concretos propostos.
Estrutura do Conteúdo
1. A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade – Atividade e Extratividade da Lei Penal.
2. Conflito de leis Penais no Tempo:
2.1. Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora, Novatio Legis in Pejus.
3. Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo:
3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa.
3.2. Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna.
4. Leis Excepcionais e Leis Temporárias.
4.1. Conceito.
4.2. Distinção.
5. Tempo do Crime:
5.1. Teorias: atividade, resultado e mista.
5.2. Teoria adotada pelo Código Penal.
5.3. Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo Tribunal Federal.
- Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo.
6. A Lei Penal no Espaço:
6.1. Validade da Lei Penal.
6.2. Lugar do Crime.
- Teorias: atividade, resultado, intenção, efeito mais próximo, ubiquidade e longa mão.
6.3. Conceito de Território Nacional e sua Extensão.
6.4. Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço:
-Territorialidade.
- Extraterritorialidade: Incondicionada e Condicionada.
- Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva e representação.
6.5. Pena Cumprida no Estrangeiro.
Indicação Bibliográfica
- Leia os artigos 2° a 12, do Código Penal.
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.
Código Penal (CP/1940)
PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Anterioridade da Lei
Art. 1º. - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei Penal no Tempo
Art. 2º. - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei Excepcional ou Temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 3º. - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Tempo do Crime
Art. 4º. - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Territorialidade
Art. 5º. - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Lugar do Crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 6º. - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 7º. - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluídopela Lei nº 7.209, de 1984)
 não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Pena Cumprida no Estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 8º. - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Eficácia de Sentença Estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 9º. - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Contagem de Prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 10. - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Frações Não Computáveis da Pena (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 11. - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legislação Especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12. - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
- Leia o verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal.
Supremo Tribunal Federal
Súmula 711
A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA.
Fonte de Publicação
DJ de 9/10/2003, p. 6; DJ de 10/10/2003, p. 6; DJ de 13/10/2003, p. 6.
- Leia o art. 5°, incisos XXXIX e XL, da Constituição da República de 1988.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (CRFB/1988)
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Aplicação Prática Teórica
1) Para comemorar seu casamento, André realizou sua despedida de solteiro em um bar com alguns amigos. Finda a farra, André, conduzindo seu veículo, atropelou e lesionou Paulo sendo sua conduta tipificada como incursa no delito de lesões corporais culposas na direção de veículo automotor (art. 303, da Lei n. 9503/1997). No curso da ação penal, restou demonstrado pelos exames periciais que André encontrava-se embriagado no momento do acidente, razão pela qual a pena imposta à sua conduta foi majorada de acordo com expressa previsão legal. Dois meses após sua condenação, entra em vigor a Lei n.11705, de 19 de junho de 2008, que revogou expressamente a causa de aumento prevista no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o conflito de leis penais no tempo, a alteração legislativa terá relevância para a sanção imposta à conduta de André? Responda de forma justificada.
Lei n. 9503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB/1997)
CAPÍTULO XIX - DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Seção II - Dos Crimes em Espécie
Art. 302. - Praticar homicídio culposo na direção de veiculo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
V - (Inciso acrescido pela Lei nº 11.275, de 7/2/2006 e revogado pela Lei nº 11.705, de 19/6/2008).
Art. 303. - Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.
Resposta: Sim. Uma vez que se aplicam os seguintes princípios, já consagrados na lei Penal brasileira:
1º Principio da Irretroatividade da Lei Maléfica. (não pode retroagir para prejudicar).
2º Principio da Ultratividade da Lei Benéfica. (lei posterior mais branda atinge o réu).
3º Principio da Retroatividade da Lei Benéfica.
4º Principio da Não-Utratividade da Lei Maléfica.
Ultratividade da Lei - No Direito Penal, quando uma lei posterior pune mais gravemente ou severamente um fato criminoso (lex gravior ou lex severior), revogando de forma tácita ou implícita a lei anterior que o punia mais brandamente (lex mitior), prevalecerá a lei mais benéfica.
2) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
Peruana é presa com cocaína escondida em sandália em MT
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/ acesso em 21 de abril de 2009.
Polícia Rodoviária Federal deteve uma peruana com 1 kg de pasta base de cocaína escondido na sandália em Rondonópolis (MT), no km 212 da BR-364, na segunda-feira. Ela estava em um ônibus que seguia de Porto Velho (RO) para São Paulo. Durante fiscalização, os policiais perceberam que a passageira Rosemery Tilsa Evaristo Pio, 37 anos, estava muito nervosa. Foi verificada toda a bagagem da peruana, mas nada foi encontrado. Ao informá-la de que ela passaria por uma revista pessoal, os policiais solicitaram que ela retirasse a sandália que calçava. Quando o policial pegou a sandália, desconfiou de seu peso e resolveu abrir o calçado, quando encontrou a droga. Rosemery disse que pegou a cocaína na Bolívia e que a levaria para a cidade de Campinas (SP), recebendo U$S 800. Ela foi conduzida para a delegacia da Polícia Federal.
Ante o exposto, sendo Rosemary Tilsa peruana, poderá a lei brasileira ser aplicada à sua conduta? Responda, justificadamente, com base nos estudos realizados sobre o tema lei penal no espaço.
Resposta: Sim. De acordo com o artigo 4º do Código Penal brasileiro, aplica-se a lei vigente no momento da atividade, ou seja, da conduta criminosa, em detrimento dos Princípios do Resultado e da Ubiquidade (Lei Penal no Tempo), e de acordo com a Lei Penal no Espaço. A aplicação da Lei Penal Brasileira rege-se pela Ubiquidade;assim, qualquer ato tipificado que toque de alguma forma o território brasileiro poderá ser alcançado pela Lei Brasileira. O Princípio da Territorialidade determina a aplicação da Lei Brasileira em toda parte do território do Estado Brasileiro, seja em seu solo, águas internas e territoriais, ou coluna de ar sobre ambos.
3) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão,ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura- Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/ Vunesp 2006).
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei.
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade.
c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência.
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda.
4) Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro adotou, respectivamente, as teorias da(do) (Defensor/RN/2006).
a) ubiquidade e resultado.
b) ubiquidade e ambiguidade.
c) resultado e ubiquidade.
d) atividade e ubiquidade.
==XXX==
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	4ª AULA – Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei
	
	LEI PENAL NO TEMPO
1-TEORIAS
-Da atividade => (Tempo Regit Actum) considera-se praticado o crime no momento da conduta (ação ou omissão), mesmo que outro seja o momento do resultado.
-Do resultado => considera-se praticado o crime no momento do resultado.
-Mista => Considera-se crime tanto no momento do resultado ou no momento do crime.
Atenção: Com relação à Lei Penal no Tempo o Brasil adota a Teoria da Atividade (Art. 4° do CP/1940).
Tempo do Crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
2-IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
-Imputabilidade do Agente
-Circunstâncias da Vítima
-Sucessão das Leis:
Fato Atípico ( Fato Típico
Fato Típico ( Aumenta Pena
Fato Típico ( Diminui Pena
Fato Típico ( Suprime Crime
Obs.: Abolitio Criminis X Coisa Julgada (art. 5°, XXXVI)
Obs.: Abolitio Criminis: Efeitos Penais X Efeitos Civis
Obs.: Abolitio Criminis X Vacatio Legis
Conflitos das Leis Penais no Tempo
Fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_penal) Wikipédia.
"A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu".
Abolitio Criminis: Deixa de incriminar a conduta. Ex: Art. 240 Adultério - Deixou de ser crime.
Novatio Legis in Mellius: Melhora de algum modo a situação do réu. Portanto retroage.
Novatio Legis in Pejus: Piora de algum modo a situação do ré. Não retroage.
Novatio Legis Incriminadora: Incrimina a conduta que não era crime. Não retroage.
Obs.: Possível combinação de Leis? Sim já vem no próximo CP.
Obs.: Norma Penal em Branco X Abolitio Criminis
-Complemento é Lei. => Sempre será possível a Retroatividade.
-Complemento é Portaria => 1) se descriminar sempre vai retroagir. 2) Se a portaria é de atualização, não retroagi.
3-ULTRATIVIDADE DA LEI
-Leis Temporárias
Lei A => Lei B => Lei A =>
-Leis Excepcionais
Lei A => Lei B =>
Conflitos das Leis Penais no Tempo
Fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_penal) Wikipédia.
Lei Temporária: Tem prazo de vigência estabelecido na lei.
Lei Excepcional: Possui vigência em situações excepcionais.
Características:
-Autorrevogáveis: Não precisa de outra lei, quando acaba o período de vigência.
-Ultrativas: Apesar de ter sido revogada, continua sendo aplicada aos fatos cometidos em sua vigência.
De acordo com o artigo 4º do Código Penal Brasileiro, aplica-se a lei vigente no momento da atividade, ou seja, da conduta criminosa, em detrimento dos princípios do resultado e da ubiquidade.
	P/P/Aula
	Ler: Lei Penal no Espaço e Validade da Lei Penal
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	4ª AULA – VER:
	
	Direito Penal I
Professora Daniela Duque Estrada
Aula 04
==XXX==
	Curso Direito Penal I – Aula-04
Âmbito de Eficácia da Lei Penal – Parte II
(Paulo Eduardo Sabio)
	
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP

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