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RESPOSTA A ACUSAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE 
CIDADE-UF 
 
 
 
 
MARIA DA PENHA SANTOS FERREIRA, portadora da Carteira de Identidade/RG 
de nº 36.042.621-9 – SSP-SP inscrita no CPF/MF de nº *****, residente na RUA 
NESTOR PEREIRA, Q2, L18, prox a Entrada de Hermano Regis, Bairro B. Olinto, 
Patos-PB, por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato 
anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
com fulcro no art. 396 do Código de Processo Penal, pelos motivos que passa a expor: 
 
1. DOS FATOS 
 
A Requerente foi denunciada pela suposta prática dos delitos de dano ao 
patrimônio do município – art. 163, paragrafo único, inciso III do Código Penal. 
Segundo consta da Denúncia, o Requerente teria CHUTADO A PORTA 
DO NUMOL DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB, DETERIORANDO O PATRIMÔNIO DO 
REFERIDO MUNIÍPIO, pelo falo de que seu filho estava dentro do NUMOL para 
realização da necropsia, já que seu filho foi vitíma de um acidente de trânsito. 
Apesar de se pautar exclusivamente nas alegações do MOTORISTA DO 
NUMOL e da AUXILIAR DE SERVIÇOS DO NUMOL e na documentação fornecida 
 
 
 
pelo Perito, a denúncia foi recebida na data de 05 de abril de 2021, e a Requerente 
foi citada como Réu para oferecer resposta à acusação. 
Nesta data, o Réu alega que estaria alienação mental e sob efeito de 
remédios tranquilizantes em razão do óbito do seu filho, mas que recorda que a porta 
do NUMOL já estava desgatada, sem qualquer proteção, que não empurrou e sequer 
chutou a referida porta. 
Dito isto, não há a possibilidade de o Réu ter realizado tal ato denunciado. 
 
2. DOS ARGUMENTOS DE DEFESA 
 
Como mencionado acima, a réu estava sob efeito de fortes medicamentos, 
deixando a mesma em estado de alienação mental. 
Seu quadro, diante da situação vergonhosa do NUMOL em não realizar a 
necropsia após mais de um dia do acidente, é desgastante, tornando a réu sem forças 
suficiêntes para se manter de pé. 
Além disso, a perícia constatou que o local não possui qualquer segurança, 
não possui grade de contenção na porta e que a porta por ser de madeira não 
resistente, já estava em estado de decomposição. 
Diante disso, há que ser rejeitada a denuncia com base no artigo 395, III 
do Código de Processo Penal, a saber: 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
(...) 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
 
Vejamos alguns precedentes do STJ: 
PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. 
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. INOCORRÊNCIA. 
REEXAME PROBATÓRIO. 
IMPOSSIBILIDADE. SUSPEIÇÃO. SERVIDORA DA JUSTIÇA. INEXISTÊNCIA DE 
NULIDADE. 
 
 
 
1. O trancamento de inquérito ou de ação penal só se justifica em face de prova cabal 
que torne evidente faltar-lhe justa causa, quer pela total ausência de provas sobre a 
autoria e materialidade, quer pela atipicidade da conduta, ou pela ocorrência de uma 
causa de extinção da punibilidade. Precedentes do STF e desta Corte. 
2. Na espécie, constata-se que a denúncia imputa ao ora paciente, de forma clara e 
individualizada, condutas que, em tese, podem caracterizar o crime de que é acusado 
(apropriação indébita), permitindo o perfeito exercício do direito de defesa. A exordial 
descreve de forma lógica e coerente a conduta imputada ao paciente, especificando 
os fatos que deram ensejo à ação penal. Inexistência, portanto, de ofensa ao art. 41 
do CPP, a justificar o trancamento da ação penal. 
3. Registre-se que, segundo entendimento jurisprudencial consagrado por esta Corte 
Superior de Justiça, a pretensão de trancar ação penal, por inexistência de indícios 
de participação do réu no delito pelo qual foi denunciado, não pode ser apreciada na 
via do habeas corpus, pois demandaria, necessariamente, o reexame do conjunto 
fático-probatório dos autos. 
4. Por outro lado, no que tange à alegada nulidade processual decorrente de 
suspeição da servidora da 2ª Vara Criminal, por ser ela esposa da vítima, igualmente, 
não possui razão o impetrante, conforme lúcida fundamentação constante do voto 
condutor do acórdão proferido pelo Tribunal de origem: [...] No caso em questão, a 
magistrada titular que então atuava no feito deu-se por suspeita para o julgamento da 
ação penal, por ter sido cientificada que Antônio Gemballa, que figura como vítima, é 
cônjuge da servidora da 2a Vara Criminal, Araci Bonfanti Gemballa. Por essa razão, 
remeteu os autos ao seu substituto legal (...), o qual recebeu a resposta à acusação, 
manteve hígido o recebimento da denúncia e não acolheu o pedido de absolvição 
sumária formulado em favor do acusado (...). 
Assim, não havendo relação de subordinação entre a referida servidora e o 
magistrado substituto, não há falar em suspeição da serventuária da justiça, até 
porque não foi comprovado pelo impetrante/paciente qualquer irregularidade no 
trâmite processual que possa ser a ela atribuído. [...] 5. Recurso em habeas corpus 
não provido. 
(RHC 44.535/SC, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA 
TURMA, julgado em 19/11/2015, DJe 25/11/2015) 
 
 
 
3. DOS PEDIDOS 
 
 
Por todo o exposto, requer: 
 
 
a. seja reconsiderado o recebimento da Denúncia, para rejeitar 
liminarmente a inicial com base no inciso III do art. 395, do Código de Processo Penal; 
b. no caso do recebimento da denúncia seja o réu absolvido, haja vista a 
impossibilidade de ter praticado o crime à época dos fatos a ele atribuídos, na forma 
no inciso I do artigo 386 do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
Pede deferimento 
Cidade-UF, xxxxxx 
 
 
Advogado 
OAB/UF

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