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@fisioits @fisioits Sumário Saudações........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 3 Displasia Congênita do Quadril ........................................................................................................................................................................................................................................................ 4 Osteogênese Imperfeita............................................................................................................................................................................................................................................................................................ 9 Doença de Legg-Calvé-Perthes ............................................................................................................................................................................................................................................ 13 Artrogripose Múltipla Congênita ........................................................................................................................................................................................................................................... 15 Questões ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................20 @fisioits Saudações Oi, meu nome é Isadora e sou a criadora do @fisioits. Espero que este material te auxilie na hora dos estudos. O material foi elaborado por mim, sem passar por revisão. Se você não sabe, no link disponível na minha bio, tem um outro material gratuito que é sobre a área de neuro. Diferente do material passado, este trata-se de algumas disfunções que encontramos na área da pediatria do qual eu foquei mais na parte de etiologia, classificação, diagnóstico e em alguns tem o tratamento. “Ah, mas porque você não deu exemplos de tratamentos fisioterapêuticos?” Bom, não coloquei, pois, fisioterapia não é receita de bolo! Você precisa entender aquela patologia, os acometimentos da mesma para que VOCÊ elabore o plano de tratamento que melhor se encaixa para seu paciente. Além disso, não sou formada e correria o risco de talvez falar que tal coisa é boa e não ser ou não ser mais utilizada (por mais que todo o material tenha sido feito com base em livros e aulas que eu já tive). Enfim, eu espero de verdade que esse material ajude muito e espero disponibilizar mais! Me deem feedbacks positivos ou negativos, estou aqui para ajuda-los. Por fim, peço que não compartilhe este material! Se você quer que seu amigo o tenha, peça para ele seguir as regrinhas que enviarei a ele! É PROIBIDA O COMPARTILHAMENTO E A VENDA DESTE MATERIAL SEM CONSULTA COM SUA AUTORA. Um abraço, Isadora. - Qualquer problema que encontrarem, ou dúvidas que tiverem podem me contatar por email: itsneurofun@gmail.com @fisioits Displasia Congênita do Quadril Conhecida como luxação congênita do quadril, cujo desenvolvimento engloba período embrionário, fetal e infantil. A displasia acetabular é caracterizada pelo acetábulo imaturo, com a cavidade rasa que pode acarretar a subluxação (1/3 da cabeça do fêmur para fora do acetábulo) ou a luxação da cabeça femoral (mais da metade da cabeça do fêmur para fora do acetábulo). É uma normalidade no desenvolvimento de um ou mais elementos que formam a articulação do quadril: cabeça do fêmur, acetábulo, cápsula articular e tecidos moles. Fatores de risco - Sexo feminino; - Raça branca; - Primiparidade (primeiro filho); - Mãe jovem; - Apresentação pélvica ao nascimento (primeiro sai o bumbum do que a cabeça no parto); - História familiar; - Oligohidrâmnio (diminuição do líquido amniótico em comparação ao normal); - Recém-nascido com maior peso e altura e com deformidades nos pés (pé torto congênito) ou na coluna vertebral (espinha bífida oculta). Etiologia - Multifatoriais - Fator genético associado - Posição do feto no útero - Doença associada com malformação congênita: artrogripose múltipla e pé @fisioits torto congênito - Mielomeningocele Classificação: Típica: sem outros comprometimentos Teratológica: mielodisplasias e artrogriposes Diagnóstico Clínico Deve ser feito mais precocemente possível, antes do 3º mês de vida, tem mais êxito o tratamento, reduzindo o risco de problemas futuros. Exame Físico Observa-se: - Assimetria das pregas cutâneas – sinal de Peter Bade. - Assimetria do comprimento do membro – Galeazzi ( flexão dos joelhos com os maléolos unidos; o joelho mais baixo é o lado acometido). - Limitação na abdução (passiva que observa uma resistência): Sinal de Hart. - Manobra de Ortolani - Manobra de Barlow Barlow: objetivo é verificar, de forma ativa, a estabilidade da articulação do quadril do RN. O bebê em decúbito dorsal com articulação quadril fletida a 90°, e joelhos totalmente fletidos O examinador segura ambos joelhos e mantém numa média abdução. @fisioits Realizará o teste separadamente em cada um dos quadris. No lado testado: colocará seu polegar no trocânter menor, indicador e médio no maior. Com a outra mão, prende firmemente a bacia, apoiando o polegar sobre o púbis e os demais dedos fixam o sacro. No primeiro movimento, pressiona-se o trocânter maior no sentido anterior. Se a cabeça estiver luxada ela voltará para o interior do acetábulo, provocando o mesmo ressalto sentido no teste de Ortolani. Se o quadril estiver reduzido, faz-se o segundo movimento que é pressionar o trocânter menor no sentido posterior, se houver frouxidão cápsulo-ligamentar, a cabeça será deslocada posteriormente havendo sensação tátil percebida. Cessada a pressão do polegar a cabeça tenderia a retornar espontaneamente para o acetábulo. Ortolani: A criança em decúbito dorsal com os quadris e os joelhos em posição de flexão de 90°, com as coxas em adução. Examinador segura as extremidades inf. do RN, apoiando seus dedos médios sobre os trocânteres maiores. Efetuar abdução lenta, simultânea dos quadris, se houver deslocamento posterior da cabeça, ela entrará no acetábulo após alguns graus de abdução. Nesse momento há sensação de um “ressalto” sentido em seus dedos na articulação patológica (sensação tátil). - Sinal Ortolani positivo somente quando há luxação de fato. Prognóstico Recém-nascido: variável Maior 6 meses: - Diminuição do potencial de remodelação acetabular - Alteração na marcha - Diminuição na ADM abdução e força muscular (diminuição do tamanho em crescimento ósseo) – pode levar a escoliose também - Lesão unilateral pior que bilateral @fisioits Tratamento - Levar em consideração a idade do paciente - Diagnosticar mais precocemente para melhor tratamento - Redução da articulação ou não - Estabilização do quadril (ortopédico) Objetivo: (para recém-nascido até 3 meses) Redução da cabeça femoral na cavidade acetabular e a sua manutenção até a certeza da estabilidade articular, coaptação mantida (quadril levemente fletido com uma leve abdução – postura ideal para redução) Tipo de tratamento: Posicionamento do quadril reduzido em flexão e em leve abdução- Pode ser feita através de um fraldão ou 2 fraldas o máximo de tempo possível; a órtese mais comumente usada é o Suspensório de Pavlik – traciona mais mantendo o membro levemente fletido e abduzido. Forma apropriada para uso: ação está baseada no princípio de redução em flexão e abdução forçada, evitando uma posição de abdução forçada da articulação. Indicam o uso desde o início até os 9 meses; se nos primeiros meses não surgirem efeitos, então provavelmente o suspensório não fará efeito optando-se por uma nova conduta. - Falha no suspensório @fisioits Indica redução incruenta (fechada – sob anestesia) e a imobilização em aparelho gessado (precedida ou não por um período de tração) para esta faixa etária – pelve podálico. Após o período de imobilização no aparelho gessado (dois a três meses) passa a utilizar uma órtese de abdução (dois a três meses). Se nada adiantar: redução aberta cruenta. No ato operatório poderá ser necessária a tenotomia percutânea dos músculos adutores do quadril - Após a idade da marcha A abordagem e os tipos de tratamento nas crianças com idades superiores a um ano e meio ou dois anos, são motivo de controvérsia (várias linhas que podem seguir dependendo do tipo de caso): • Redução fechada (incruenta) – até 4/5 anos • Redução aberta (cruenta) • Osteotomias tipos Salter - Complicações pós operatórias • Recidiva (luxa novamente); • Alterações do teto acetabular, da cabeça e colo femoral (pode ter problemas no crescimento do osso) • Necrose asséptica da porção proximal do fêmur por excesso de pressão na cartilagem hialina da cabeça femoral e alterações vasculares @fisioits Osteogênese Imperfeita Grupo de distúrbios do tecido conjuntivo, causadas por alterações na síntese de colágeno tipo I. Caracteriza-se por fragilidade óssea e acomete estruturas anatômicas ricas em colágeno (articulação, olhos, ouvidos, pele e dentes). A função cognitiva nesses casos é normal e sua incidência é rara. Patogênese: Causada por uma mutação em um ou dois genes (cromossomo 7 ou 17) que codificam e controlam a síntese das cadeias que compõe o colágeno tipo I. Os osteoblastos (células que dão origem ao osso) tem atividade normal ou aumentada, mas falham em produzir e organizar o colágeno As mutações são herdadas como características autossômicas dominantes (pai e a mãe com gene acometido). As anormalidades mais leves causam mutações pontuais com produção de colágeno qualitativamente normal, mas sintetizado em menores quantidades. Já nas anormalidades graves ou letais ocorre produção de moléculas anormais de colágeno. Em alguns casos as mutações não são detectáveis. Essa síndrome então compreende síndromes distintas e grande variabilidade de manifestações. Variações desde a forma gravíssima, com morte intrauterina, até formas mais leves, que vão se manifestar tardiamente, com uma pequena diminuição da resistência óssea. Diagnóstico: @fisioits É feito em pré-natal apenas em casos mais graves como tipo II ou tipo III. Esse diagnóstico é baseado principalmente nos sinais e sintomas que o bebê possui, possui uma dificuldade quando não há um histórico familiar ou quando a fragilidade óssea não está associada a manifestações extra esqueléticas como dentes. Não existem critério mínimos que estabeleçam o diagnóstico clínico da doença. Sinais clínicos: - Fragilidade óssea - Frouxidão ligamentar e articular - Fraqueza muscular - Osteoporose difusa podendo levar a fraturas múltiplas - Traumas mínimos levam a fraturas recorrentes - Membros são curtos e encurvados, sendo os MMII os mais atingidos - Cifose ou escoliose = osteoporose associado a fraturas por compressão - Baixa estatura, podendo até observar nanismo = alterações no crescimento ósseo ou deformidades - Perda auditiva secundária à fratura dos ossos do ouvido - Dentinogênese deficiente (formação dos dentes) - Esclera azulada (branco do olho azulado) - Pele mais fina suscetível a hematomas - Mais suscetível a fraturas * Muitas vezes essas fraturas levam a outras, devido ao fato de que ao fraturar coloca-se uma imobilização que vai gerar uma osteoporose por desuso que aumenta o risco de ocorrer novas fraturas. Isso ocorre porque o calo ósseo formado é pobre de qualidade. Em ossos longos para conseguir consolidação, na maioria dos casos, precisa-se colocar hastes intramedulares para ajudar nesse processo. @fisioits Classificação quanto a características clínicas: 1: tipo mais comum – osteopenia com fraturas após o nascimento (mais evidente na primeira infância), ausência de deformidades ósseas importantes, fraturas vertebrais que podem levar a escoliose de grau leve, esclera azulada e 50% com perda auditiva no adulto; IA: dentes normais IB: dentinogênese imperfeita 2: geralmente letal no período perinatal (insuficiência respiratória por múltiplas fraturas de costelas/crânio), mais grave 3: osteopenia severa, levando a fraturas múltiplas ao nascer, deformidades progressivas dos ossos longos e da coluna vertebral, e diminuição severa da estatura (nanismo com deformidades importantes) - grave 4: mais rara; caracterizada por osteopenia levando a fratura. Esclera normal e função auditiva normal. Estatura reduzida e deformidade dos ossos longos e da coluna tendem a ser mais comuns do que no tipo I – mais raro IVA: dentes normais IV B: dentinogênese imperfeita Amplitude articular, FM, mobilidade diferem entre os tipos: Tipo I: Tipo III e IV: Hipermobilidade Amplitude articular diminuída Hipermobilidade FM reduzida FM normal (exceto quadril) Tratamento: Essa doença não existe cura ainda. O tratamento pode ser clínico ou fisioterapêutico, cujo foco é minimizar as fraturas e maximizar a função. @fisioits Tratamento farmacológico afim de melhorar a qualidade de vida e inibir a atividade osteclástica, reduzindo a taxa de reabsorção óssea. A fisioterapia deve ser iniciada de forma precoce. Objetivos: Estimular o desenvolvimento motor (crianças menores); Manutenção da força muscular (movimentos ativos, livres e sem carga); Condicionamento cardiorrespiratório (pode ser na piscina); Maximização da função; Prevenção de deformidades e incapacidades; Adaptação ambiental; Educação dos cuidadores. @fisioits Doença de Legg-Calvé-Perthes Afeta o quadril da criança durante a infância. Definida como uma necrose avascular sem causa conhecida (idiopática) da cabeça femoral e da epífise em crescimento. De alguma forma, a vascularização desses ossos fica por um período sofrendo múltiplos infartos gerando uma necrose idiopática. Ocorre em média por volta dos 6 anos de idade, entre 2 e 13 anos com 80% dos casos ocorrendo entre 4 e 9 anos, atingindo 4x mais o sexo masculino. Cerca de 10% desses casos irão ocorrer de forma bilateral. É uma doença rara em negros, nativos australianos e índios americanos, porém, tem incidência elevada em japoneses, mongóis, esquimós e europeus. A etiologia se dá pela avascularização da cabeça e da epífise femoral. São necessários múltiplos episódios de infarto, sendo seu grau e extensão variável. Possíveis causas: - Pressão hidrostática intra-articular elevada com interrupção do suprimento sanguíneo por tamponamento dos vasos retinaculares (trauma, sinovite transitória). - Aumento da viscosidade sanguínea levando a necrose da cabeça. - Aumento da pressão venosa intraóssea - Sequela de uma osteotomia Divisão em estágios: Estágio 1 (estágio inicial): há necrose óssea e medular, com acúmulo de tecido necrosado entre as trabéculas e não háregeneração nesta fase da doença. A porção cartilaginosa, nutrida pelo líquido sinovial, continua a crescer e torna-se espessa. @fisioits Estágio 2 (fase de reabsorção ou fragmentação): há revitalização do núcleo de ossificação. Os brotos vasculares invadem o tecido necrosado e levam os osteoclastos ativos para reabsorvê-los com substituição por osso imaturo (não tem consistência ideal) deixando a epífise vulnerável as deformações. Estágio 3 (reparação por osso normal): necrose avascular da epífise femoral proximal poderá estender-se a placa de crescimento, causando fusão prematura da mesma. Quadro clínico: - Dor insidiosa de média intensidade na face antero-medial da coxa e do joelho, associada a estresse; - Claudicação antálgica; - História de trauma Exame Físico: - Limitação da abdução e da rotação interna; - Encurtamento do membro afetado; - Marcha e sinal de Trendelemburg (glúteo médio fraco); - Thomas positivo (encurtamento de iliopsoas). Prognóstico Ligado a vários fatores clínicos e radiográficos, dependendo do grau de necrose e dos sinais de risco para cabeça femoral (aumento de peso etc). Sinais clínicos de risco para cabeça: obesidade; precocidade do diagnóstico; idade do paciente no diagnóstico (quanto mais novo mais capacidade para remodelar o acetábulo); perda persistente de ADM. Tratamento Muitos vão evoluir muito bem sem precisar de tratamentos agressivos. Os pacientes que evoluirão para sequelas inaceitáveis deverão ser submetidos a tratamentos cirúrgicos para tentar conte-las. @fisioits Artrogripose Múltipla Congênita Pode ser chamada como um quadro clínico. Por que muitas vezes vemos essas articulações com deformidades congênitas em várias síndromes que até pode chegar com o diagnóstico de artrogripose, mas não é a doença em si. É uma síndrome neuromuscular, pode afetar o sistema nervoso principalmente na medula com redução no número de neurônios motores no corno posterior da medula, assim como também pode trazer problemas na formação dos músculos. Não é progressiva que inclui um grupo heterogêneo de malformações congênitas raras, caracterizada por 2 ou mais contraturas articulares presente ao nascimento, geralmente em diferentes partes do corpo. Apesar de ter caráter não progressivo, se não tratar, a criança pode crescer com sequelas limitantes. Na grande maioria ela vai ter uma inteligência normal, mas pode ocorrer casos com a cognição alterada. Amioplasia: não formação de determinados músculos, ausência do músculo. Naquela região você pode ter formação de tecido fibroso, gorduroso, mas não muscular. Hipoplasia: de um músculo ou de grupo musculares Ausência de movimentos fetais por falta de ação muscular, podem levar às contraturas musculares. Associados a artrogripose tem desordens neurológicas e miopáticas, na qual a fraqueza imobiliza as articulações fetais, levando à contratura. @fisioits Muitas desordens cursam com esse quadro clínico de artrogripose: Síndromes neuromusculares/ alterações congênitas/ anormalidades cromossômicas/ amioplasia/ artrogripose distal (mãos e pés). Classificação de Hall - única que tem de artrogripose Tipo I: criança que tem amioplasias e artrogripose distal - envolve principalmente membros - Melhor para tratar Tipo II: acometimento de membros + alguma outra parte do corpo Tipo III: acometimento de membros + SNC (casos mais graves, com 50% dos casos levados à morte no período fetal). Variações mais comuns: 1- Amioplasia clássica: Quadris fletidos, ambos subluxados, joelhos hiperestendidos, os pés equinovaros, ombros rodados internamente, cotovelos e punhos fletidos e presença de desvio ulnar. QUADRO MAIS CLÁSSICO Quadris abduzidos e rodados externamente, joelhos fletidos, pés tortos, ombro com rotação interna, cotovelo hiperestendidos, punhos fletidos com desvio ulnar. 2- Artrogripose distal: acometimento de mãos e pés, com grandes articulações proximais sem alterações ou com leve deformidade em flexão. Mãos: punho em flexão e desvio ulnar e flexão de dedos (padrão clássico) Pés: equinovaro, calcaneovalgo, metatarsos abduzidos (padrão clássico) @fisioits Etiologia A causa pode ser multifatorial, mas não tem uma causa específica para essas malformações. Pode ter uma anormalidade neuropática: perda de neurônios motores no corno anterior (apoptose anormal, fazendo com que tenha uma perda excessiva) Pode ter anormalidade da estrutura e função muscular ou do tecido conectivo: Embriologicamente, músculos formados normalmente, mas substituídos por tecido fibroso e gorduroso durante o desenvolvimento fetal. Onde esse tecido não tem função de contração, fazendo com que a articulação fique contraturada nas posturas Redução de massa e força muscular Fatores genéticos: mais de 150 doenças genéticas que são associadas a artrogripose: mutações em um gene, alterações cromossômicas, defeitos mitocondriais Fatores ambientais durante o primeiro trimestre da gestação: hipertermia do feto; casos infecciosos pré-natais; comprometimento vascular entre mãe e feto; septos ou tumores fibroides no útero; exposição materna a drogas. Diagnóstico: É clínico; realização de biópsia muscular (do qual vê no lugar do músculo, tecido fibroso e gorduroso). Importante uma equipe multidisciplinar nesses casos. Manifestações clínicas: Imensa variabilidade dessas manifestações. Mas sabe-se que a artrogripose é @fisioits marcada pelas contraturas articulares em 2 ou mais articulações e 2 áreas do corpo, geralmente simétricos. Os membros afetados geralmente se encontram em formato cilíndrico, sem pregas cutâneas e com pouco tecido subcutâneo. De forma visível, vemos limitação da mobilidade articular e rigidez de origem extra articular devido ao espessamento das estruturas peri-articulares, além do encurtamento desses músculos, com desequilíbrio muscular. As contraturas são mais graves na região distal, sendo a gravidade aumentada quanto mais distal. Acometimento maior respectivamente do maior pro menor em: pés, quadris, punho, joelho, cotovelo e ombro. Luxação de quadril e pode também ter em joelhos. Instabilidade e deformidade da coluna vertebral dependendo do grau da fraqueza muscular e os anos que ela ficou mal posicionada. Presença de escoliose ou hiperlordose. Sem alterações sensitivas (sensibilidade profunda e superficial intacta). Quanto mais distais as contraturas, mais intensas elas serão. Avaliação: verificar o que consegue movimentar ativamente; avaliar função muscular; verificar alterações posturais e se as deformidades estão instaladas (se não dá pra mexer ou se dá pra movimentar); verificar o desenvolvimento motor de acordo com a idade da criança: reflexos; reações e habilidades motoras (controle motor supino, prono etc.) Abordagem Fisioterapêutica: • Orientar e educar a família com ênfase sobre posicionamento, alongamento e movimentação passiva das articulações. @fisioits • Manter/melhorar a amplitude de movimento articular • Maximizar a força muscular • Facilitar a aquisição de novas etapas do desenvolvimento motor • Promover funcionalidade e independência nas AVD’S @fisioits QUESTÕES 1) As condições ortopédicas mais frequentes no período neonatal relacionam-se com afecções de etiologia congênita, traumatismos obstétricos e infecções. Dentre elas, a Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), em seu grau mais intenso, é chamada de luxação congênita do quadril. Qual teste é realizado para confirmar esse diagnóstico? a) Sinal de Beevor b) Teste de Mobilização Pélvica. c) Teste de Ortolani. d) Teste de Ober. 2) Em relação à displasia congênita do quadril, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativaCORRETA. I. Meninos sem risco para luxação congênita do quadril ou com história familiar de subluxação do quadril têm o menor risco de ter displasia evolutiva do quadril. II. Meninas sem risco para luxação congênita do quadril e meninos nascidos de apresentação pélvica têm risco intermediário de ter displasia evolutiva do quadril. III. Meninas com história familiar de subluxação do quadril e nascidas de apresentação pélvica têm o mais alto risco para displasia do quadril. IV. Para o rastreamento da displasia congênita do quadril, deve-se proceder às manobras de Ortolani (provocativa do deslocamento) e Barlow (sua redução) nas primeiras consultas (15 dias, 30 dias e 2 meses), testando os dois membros de uma vez. Estão corretas as afirmativas: a) IV, apenas b) I e IV, apenas c) II e III apenas d) I, II e III, apenas e) I, II, III e IV 3) A displasia do desenvolvimento do quadril, nova denominação para a antiga luxação congênita de quadril, tem como melhor diagnóstico em recém-nascido o estudo de imagem: a) Radiografia de quadril em posição de rã. b) Tomografia de quadril c) Cintilografia de quadril d) Ultrassonografia de quadril @fisioits 4) Quanto à osteogênese imperfeita, é correto afirmar que I. o envolvimento musculoesquelético é difuso com arqueamento dos ossos longos. II. esclera azulada, disacusia e deficiência de crescimento são sintomas comuns a todos as formas de osteogênese. III. o tipo II está frequentemente associada ao bom prognóstico com melhora dos sintomas nos primeiros anos de vida. IV. exercícios ativos assistidos e exercícios resistidos não devem ser incorporados à medida que a criança fica mais velha. V. as crianças devem usar órteses de posicionamento em membros inferiores quando desenvolvem a habilidade de sentar independente. Estão corretas as afirmativas a) I, II e IV b) I, III e IV c) I, II e V d) I, III e V 5) Quanto a osteogênese imperfeita, e correto afirmar que I. o envolvimento musculoesquelético e difuso com arqueamento dos ossos longos. II. esclera azulada, disacusia e deficiência de crescimento são sintomas comuns a todos as formas de osteogênese. III. o tipo II está frequentemente associada ao bom prognostico com melhora dos sintomas nos primeiros anos de vida. IV. exercícios ativos assistidos e exercícios resistidos não devem ser incorporados à medida que a criança fica mais velha. V. as crianças devem usar órteses de posicionamento em membros inferiores quando desenvolvem a habilidade de sentar independente. Estão corretas as afirmativas a) I, II e IV. b) I, III e IV. c) I, II e V. d) I, III e V 6) Luiza, 4 anos, foi diagnosticada com doença de Perthes ou Legg-Calvé-Perthes e encaminhada à fisioterapia. Essa doença limita a mobilidade de: a) abdução, flexão e rotação interna de quadril; dor e marcha claudicante b) flexão e rotação lateral de quadril; dor e marcha claudicante. c) abdução e adução do quadril; dor e sem alterações na marcha. @fisioits d) extensão e rotação interna do quadril; dor e sem alterações na marcha. e) todos os movimentos do quadril; dor e sem alterações na marcha. 7) O tratamento da criança com artrogripose múltipla congênita é multidisciplinar e a fisioterapia têm como objetivo a) ganhar amplitude de movimento, diminuir o tônus muscular, evitar complicações respiratórias e orientar o uso de entalamentos progressivos e órteses. b) ganhar amplitude de movimento, evitar complicações respiratórias e orientar o uso de entalamentos progressivos e órteses. c) ganhar amplitude de movimento, incentivar movimentos ativos de tronco e membros, adquirir habilidade na realização de atos funcionais e orientar o uso de entalamentos progressivos e órteses. d) diminuir o tônus muscular, incentivar movimentos ativos de tronco e membros, adquirir habilidade na realização de atos funcionais e orientar o uso de entalamentos progressivos e órteses. e) ganhar amplitude de movimento, evitar complicações respiratórias e orientar o uso de entalamentos progressivos e próteses. 8) A Artrogripose múltipla congênita é uma expressão utilizada para designar diversas entidades clínicas com evolução e história de limitação do arco de movimento articular ao nascimento. A Artrogripose clássica é denominada Amioplasia cujo quadro característico é descrito, corretamente, na seguinte alternativa: a) Contratura dos membros inferiores e superiores e limitação articular da coluna. b) Contratura e limitação articular dos membros superiores, inferiores e coluna vertebral. c) Contratura, apenas, dos membros superiores e limitação articular dos membros inferiores. d) Contratura da coluna vertebral e limitação articular dos membros superiores e inferiores. e) Contratura das extremidades superiores e inferiores mais deformidades da coluna vertebral. 9) No tratamento de crianças com artrogripose múltipla congênita, para facilitar a aquisição de tarefas do desenvolvimento, além de outras condutas, são indicados a mobilização articular e o alongamento passivo. Com relação à afirmação acima, marque a opção correta. a) O alongamento inicia-se ao nascimento e deve ser realizado, forçando-se a articulação além do limite articular encontrado. b) O alongamento inicia-se logo após o nascimento e deve sempre respeitar o limite final da amplitude de movimento. @fisioits c) O alongamento só poderá ser realizado após o período de aproximadamente 6 meses de utilização de aparelho gessado. d) O alongamento deve ser iniciado somente após os procedimentos cirúrgicos necessários para não lesar a articulação. 10) A sequela mais frequente da doença de Legg-Calvé-Perthes é: a) luxação completa do quadril b) reabsorção do ísquio. c) alongamento do colo femoral. d) aumento do diâmetro da cabeça femoral. e) diminuição do diâmetro do colo femoral. GABARITO 01- C 02- D 03- D 04- C 05- C 06- A 07- C 08- B 09- B 10- D Saudações Oi, meu nome é Isadora e sou a criadora do @fisioits. Espero que este material te auxilie na hora dos estudos. O material foi elaborado por mim, sem passar por revisão. Se você não sabe, no link disponível na minha bio, tem um outro material gratuito que é sobre a área de neuro. Diferente do material pas... Enfim, eu espero de verdade que esse material ajude muito e espero disponibilizar mais! Me deem feedbacks positivos ou negativos, estou aqui para ajuda-los. Por fim, peço que não compartilhe este material! Se você quer que seu amigo o tenha, peça para... É PROIBIDA O COMPARTILHAMENTO E A VENDA DESTE MATERIAL SEM CONSULTA COM SUA AUTORA. Displasia Congênita do Quadril Osteogênese Imperfeita Doença de Legg-Calvé-Perthes Artrogripose Múltipla Congênita QUESTÕES
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