Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Neoplasia� maligna� d� Esôfag� Processo patológico básico: neoplasia Processo patológico específico: maligno Neoplasia maligna do esôfago pode ser: - adenocarcinoma - carcinoma espinocelulares (CEC): carcinoma de células escamosas ou carcinoma escamóide ↪ Carcinoma de Células Escamosas (CEC) Patogenia: consumo de álcool, tabaco deficiências nutricionais, infecção pelo HPV Local: Proximal do esôfago à disfagia/ dificuldade para deglutir ( ocorre no terço médio do esôfago) Lesão precursora: displasia epitelial do epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado -> Origina pequenos pólipos, epitélio desnudo e placas até que gera a displasia Morfologia : O CEC começa como uma lesão in situ na forma de displasia escamosa (começa com uma lesão que se diferencia até chegar a uma displasia escamosa) Quando atinge fígado, pulmões e osso -> metástase Invade aorta, pericárdio e árvore respiratória Crescem de meses a anos como massas tumorais que podem ser poliplóides e se projetam para o interior do lúmen obstruindo-o Muito agressivo, possui grande disseminação linfática (mesmo em fase precoce) e hematogênica (mais tardia) Disseminação: linfonodos mediastinais, paratraqueais e traqueobrônquicos Aspecto histológico: bem ou moderadamente diferenciado Tumores sintomáticos geralmente já invadiram a parede do esôfago Infiltra-se na: - lâmina própria (carcinoma intramucoso) - mucosa - submucosa O CEC começa com uma lesão que se diferencia até chegar a uma displasia escamosa Cresce da membrana basal até a mucosa, e depois invade a membrana basal Carcinoma de células escamosas do esôfago. (A) O carcinoma de células escamosas é encontrado com mais frequência na parte média do esôfago, onde comumente provoca constrições. (B) Carcinoma de células escamosas composto por ninhos de células malignas que recapitulam parcialmente a organização estratificada do epitélio escamoso Aspectos do carcinoma avançado → ulcerado, formado por lesão de bordas elevadas, irregulares e endurecidas, com escavação central anfractuosa (sinuoso, tortuoso, cheio de saliências e depressões) → anular, com crescimento infiltrativo e em anel ao longo da circunferência do órgão, provocando disfagia progressiva → vegetante - cresce para a luz do órgão → infiltrativo difuso - crescimento infiltrativo na parede do órgão Carcinoma adenoescamoso: grande quantidade de glândulas atípicas A. Displasia do epitélio escamoso do esôfago apresentando evidente alteração da diferenciação escamosa B. Carcinoma de células escamosas infiltrante e ulcerado no terço inferior do esôfago C. Aspecto histológico do tumor mostrado em B, que é formado por massas de células escamosas com ceratinização. Características Clínicas - disfagia ((dificuldade para engolir) - odinofagia (dor à deglutição - obstrução ↪ Adenocarcinoma Neoplasia maligna que apresenta diferenciação glandular Patogenia: progressão do Esôfago de Barrett (EB) Progressão do EB para adenocarcinoma ocorre por um longo tempo por causa da aquisição gradual de alterações genéticas e epigenéticas -> clones epiteliais na metaplasia de Barrett não displásica persistem e acumulam mutações durante a progressão para displasia e carcinoma invasivo Mutação de TP53 ↳ Acúmulo de clones celulares no barrett sem displasia causa mutações que progridem para displasia de alto grau e para carcinoma invasivo - Anormalidades cromossômicas, mutação do TP53 e a regulação negativa do inibidor de cinase dependente da ciclina CDKN2A, também conhecido como p16/INK4a, são detectadas nos estágios iniciais. No caso do CDKN2A, tanto a perda alélica quanto o silenciamento epigenético induzido por hipermetilação têm sido descritos Sequência: epitélio de Barrett -> displasia -> adenocarcinoma Localização: terço distal do esôfago Aspectos morfológicos: → ulcerado e infiltrativo → lesão com tamanho variado (invade todas as camadas do órgão) → originado do EB: multicêntrico com nódulos múltiplos Adenocarcinoma do esôfago. (A) O adenocarcinoma geralmente ocorre distalmente e, como neste caso, frequentemente envolve a cárdia gástrica. (B) Adenocarcinoma esofágico em crescimento como glândulas agrupadas intimamente Adenocarcinoma esofágico constituído por glândulas encostadas umas às outras (back to back). *As células tumorais produzem excessiva quantidade de muco, e fica retida na célula, deixando-a bojuda e deslocando o núcleo para a periferia. A isto se dá o nome de células 'em anel de sinete Pode atingir: traqueia, brônquios principais, parênquima pulmonar e mediastino Metástase para os linfonodos do mediastino e abdominais Fatores de risco: - obesidade - tabagismo Características clínicas: (geralmente já invadiu os vasos linfáticos e submucosos) - dor - dificuldade de deglutição - perda de peso - dor torácica - vômitos A. Mucosa glandular de tipo gástrico com epitélio colunar e núcleos amontonados e levemente hipercromáticos, indicativos de displasia ao nível (HE, X20). B. Glândulas com epitélio gástrico de tipo colunar com núcleos agrandados, hipercromáticos, com algumas figuras de mitoses, correspondentes a displasia moderada (HE, X20). C. Glándulas com intensa atipia citológica –núcleos muito grandes e hipercromáticos, anaplásicos, com frequentes mitoses – diagnósticos de displasia severa-adenocarcinoma in situ (HE, X20). D. Glândulas de tipo gástrico atípicas, irregulares, intensa anaplasia e mitose, e um padrão claramente infiltrativo, correspondientes a adenocarcinoma
Compartilhar