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Direito Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCURSOS POLICIAIS
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Fonte primária: Leis (lei 8.666-licitações, 8.987- de serviços, decretos, entre outras). O direito administrativo é não codificado, pois é composto de leis esparsas. OBS: sumulas vinculantes também são primárias.
Fonte secundária: jurisprudências (decisões no mesmo sentido), doutrinas (livros), costumes
O Brasil adota o sistema Inglês de jurisdição una. Tanto o direito quanto o poder judiciário são unos e indivisíveis/ indecomponíveis. Isto significa que só o poder judiciário que pode resolver definitivamente (fazer coisa julgada) os litígios administrativos. (Expresso no artigo 5 da CF). Existem algumas exceções em que as decisões legislativas serão definitivas (não importando a do judiciário) como o caso de impeachment de presidente, decisões politicas como sanções e vetos de leis...
Sistema francês (contencioso administrativo) – Dualidade de jurisdição (jurisdição comum e administrativa- uma não interfere na outra. Uma decisão administrativa só pode ser revista pelo próprio poder administrativo (jamais pelo judiciário) assim como uma decisão comum, apenas pelo judiciário. 
Atividade administrativa é desenvolvida no âmbito dos 3 poderes (Legislativo, executivo e judiciário que são poderes harmônicos e independentes entre sí), seja de forma típica ou atípica. (sistema de freios e contrapesos) MP e TC(u/e) são órgãos fiscalizatórios independentes dos 3 poderes.
A administração pública pode se submeter ao regime de direito público( quando há supremacia da administração perante o particular) ou ao regime de direito privado (quando há igualdade entre administração pública e o particular).
DIFERENÇA: ESTADO-GOVERNO-ADMINISTRAÇÃO
Estado, governo e administração pública não são a mesma coisa.
Estado- É a pessoa jurídica de direito público interno, sujeito de direitos e obrigações, que pode ser chamado a responsabilidade. Formado por povo, território e governo soberano.
Governo- É a cúpula diretiva, é quem comanda o estado e exerce o poder supremo e absoluto emanado pelo povo. E muda constantemente. (Conjunto de órgãos e poderes)
Administração Pública: tem dois sentidos 1- formal/orgânico/ subjetivo (FOS)- referente a OAB- órgãos, agentes e bens que compõem a administração pública. É a estrutura, o maquinário da administração. O outro sentido, 2-material/ funcional/objetivo(MFO) é referente ao que é implementado pela administração, que são: S.P( serviços públicos)- transporte, água, energia, segurança, educação..., P.A( polícia administrativa)- referente ao poder de polícia de limitar a liberdade e a propriedade em nome do interesse público; FOM( fomentação) é o auxílio à administração por meio de órgãos como SESI, SESC,SENAI e a intervenção- atividades econômicas de natureza privada sendo exercida por empresas estatais (EP, S.E.M). (S.P-P.A-FOM-I)
PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
Não há supremacia entre os princípios, todos tem o mesmo valor. Um não se subordina ao outro. E serão aplicados tanto na administração pública direta como na indireta. Independente da natureza pública ou privada.
OBS.: o STF permite a relativização na aplicação de princípios quando o acordo for benéfico para a coletividade.
IMPLÍCITOS: Supremacia do interesse público sobre o privado( é a própria razão da administração pública existir, fazer prevalecer o interesse público. Ex.: presunção de veracidade, aplicação do poder de polícia, clausulas exorbitantes, que permitem alteração ou rescisão unilateral do contrato pela administração pública; indisponibilidade do interesse público (o interesse coletivo é indisponível, nada pode atrapalhar); razoabilidade e proporcionalidade (deve haver coerência ex: infração leve, punição leve); continuidade; autotutela (proteção própria e possibilidade de rever seus atos); motivação (motivar seus atos); especialidade (vincula os entes da administração pública indireta as suas finalidades). Segurança jurídica ou confiança legitima ( não se altera coisa julgada, direito adquirido e ato perfeito, visando a estabilidade das relações jurídicas e a proteção à confiança), contraditório e ampla defesa( no processo administrativo a falta de defesa técnica não ofende a constituição); finalidade (decorrente do principio da impessoalidade, busca a finalidade da administração que é o bem comum coletivo).
EXPLÍCITOS:
Legalidade (ou estrita legalidade)- O administrador só poderá fazer algo que a lei efetivamente autorize (atos discricionários) ou determine (atos vinculados). Qualquer ato da administração pública só terá validade se respaldado em lei. É um limite para a atuação do estado, visando uma proteção do administrado em relação ao abuso de poder. É diferente para o particular que pode fazer tudo que a lei não proíba. Ou seja, o administrador só pode atuar em conformidade com a lei (sucundum legem), o administrado pode atuar sucundum legem ou praeter legem (além da lei), mas nunca contra legem.
Haverá casos em que o principio da legalidade poderá ser afastado/mitigado, que poderá ser na edição de medidas provisórias ou decretação de estado de defesa ou de sítio.
Impessoalidade- Este princípio está diretamente ligado com a finalidade pública, que é o bem comum coletivo. Isto significa que a Administração Pública deve ser neutra, não poderá atuar discriminando, beneficiando ou prejudicando determinada pessoa, a não ser que esteja presente o interesse público. Não pode favorecer nem desfavorecer alguém para satisfazer interesse privado. Assim, é vedado o uso de símbolos, nomes, imagens que caracterizem a promoção pessoal. A expedição de precatório, a licitação, o concurso público, são exemplos de impessoalidade.
Moralidade- É agir com boa fé, ética e probidade, lealdade. A falta disto, implica em uma ilegalidade (imoralidade). Entre outros, como até mesmo a ineficiência é imoral.
- Ação Popular: É instrumento para desconstituir atos lesivos à moralidade administrativa, devendo ser subscrita por um cidadão, mediante prova da cidadania, com título de eleitor e comprovante de votação.
Sanções aos agentes que cometerem atos lesivos à moralidade (improbidade), são quatro (PISO):
- perda da função pública;
- suspensão dos direitos políticos;
- indisponibilidade dos bens;
- obrigação de ressarcir ao erário.
*OBS: um ocupante de cargo público pode ser vedado de atividades lícitas: ex: uma professora pública, para complementar sua renda familiar, resolve se prostituir nas horas vagas.( o ato de se prostituir é legal, no entanto é imoral razão do seu cargo e portanto é vedado)
Publicidade - É o dever atribuído à Administração de dar total transparência a todos os atos que praticar, além de fornecer todas as informações solicitadas pelos particulares, sejam públicas, de interesse pessoal ou mesmo personalíssimas, que constem de bancos de dados públicos, pois, como regra geral, nenhum ato administrativo pode ser sigiloso. (Por meio de habeas data e mandado de segurança). Dar ciência, conhecimento e eficácia. Não é necessário justificar, apenas publicar.
EXCEÇÃO: informações que coloquem em risco a segurança do estado e da sociedade e aqueles resguardados pelo direito à intimidade e quando necessário sigilo profissional.
Eficiência (E.C 19/1998)- visando aperfeiçoar os serviços e as atividades prestados, buscando otimizar os resultados e atender o interesse público com maiores índices de adequação, eficácia e satisfação.
É: rapidez, produtividade, evitar desperdícios, economicidade. Este princípio só surgiu em 1998, pois antes era adotado o sistema burocrático de administração que se preocupava mais com o meio, com o procedimento. Então a partir de 1998, surgiu a administração gerencial, que era mais preocupada com o fim, com o resultado, dotado de eficiência.
LIMP são princípios originários da CF, já o E- surgiu com a emenda constitucional 19/1998. Mas todos estão implícitos na Constituição.
PODERES ADMINISTRATIVOS:
ADM COLETIVO (SOBREPÕE O INTERESSE PARTICULAR)
SUPREMACIA PARTICULARPRERROGATIVA
 A administração, dotada de supremacia, tem prerrogativas (poder) para que se atinja seu objetivo final de satisfazer o interesse coletivo (dever). O poder não existe por si só, já que depende de um dever a ser cumprido e por decorrer de um dever, o poder é irrenunciável. E o poder é limitado, podendo haver responsabilização pelo abuso do poder (tanto da ação como da omissão).
	Ex: Poder disciplinar- Demitir o servidor (está praticando ato administrativo).
	Ex: Poder de polícia- Na avenida X a velocidade máxima de 60km/h. ultrapassando limite de velocidade, vai ser multado. Desrespeitada a ordem, implica multa de trânsito (que é ato administrativo). 
Ato administrativo é quando o agente administrativo utiliza seu poder para por a lei em prática.
ABUSO DE PODER:
 Abuso de poder é agir fora dos limites da lei. E se caracteriza de duas formas. Uma é pelo excesso de poder, o outro pelo desvio deste poder.
Excesso de poder: quando o administrador vai além da sua prerrogativa. Quando não tem competência, ou ultrapassa o limite da sua competência. Não é totalmente nulo, apenas no que excede. Ex: praticou uma infração leve e o guarda de trânsito aplicou uma multa grave.
Desvio de poder: quando há desvio de finalidade. A pessoa tem competência para tal ato, mas não atinge a finalidade. Finalidade diversa. É ilegal e nulo. Ex: Juiz desapropria um imóvel alegando utilidade pública, mas na verdade ele queria comprar o imóvel. A vontade do agente, na verdade era a satisfação de interesse pessoal.
O Problema é que desvio de finalidade, na prática, é difícil de provar
CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES :
Quanto à liberdade da administração para praticar os atos:
	PODER VINCULADO (fiel cumprimento da lei, não da margem de liberdade)
É a manifestação do administrador na sua competência, sem liberdade, preenchidos os requisitos legais, o administrador é obrigado a realizar o ato. O agente é mero executor, devido a obrigatoriedade)
Ex: aposentadoria compulsória, licença paternidade, licença para construir... E todas as outras situações em que cumprido os requisitos legais, o administrador tem o DEVER de exercer, conforme a lei manda.
Este poder sofre controle externo do judiciário apenas quanto a legalidade. Que julga se o ato é legal ou ilegal.
	PODER DISCRICIONÁRIO (dá margem de liberdade, mas com limitações)
O administrador tem liberdade no limite da lei, tem juízo de valor, e pratica o ato de acordo com a conveniência e oportunidade. E pode sofrer controle do poder judiciário quanto a legalidade (legal ou ilegal) e interno quanto ao mérito (boa ou má escolha) e legalidade.
Quando está fora dos limites da lei, o poder discricionário é ilegal, a conduta é arbitrária.
Controle interno: quanto a legalidade e o mérito e controle externo: apenas quanto a legalidade.
Controle externo do judiciário- Só quanto a legalidade, seja nos atos vinculados ou discricionário.
Quanto ao ordenamento da administração:
PODER HIERÁRQUICO
Poder hierárquico é a prerrogativa / instrumento que tem o Estado para constituir hierarquia, para escalonar, estruturar, organizar e coordenar atividades da administração. É um poder interno: não se aplica aos particulares; permanente: até durar o exercício da função e verticalizado: hierarquia.
Presente a hierarquia, como resultado tenho:
	Possibilidade de dar ordens
Controle e fiscalização 
Revisão dos atos praticados pelos subordinados
Delegação e avocação. Não são regra. Acontecem em caráter excepcional e justificadamente. NÃO É POSSÍVEL, POR EXEMPLO: delegar edição de atos normativos, a decisão de recursos administrativos, ou matérias exclusivas do órgão
Avocação (vertical) = é chamar para si responsabilidade.
Delegação (horizontal e vertical) = transferir responsabilidade.
	Possibilidade aplicar sanção 
Quanto a punição dos que estão subordinados à administração:
PODER DISCIPLINAR 
É um poder interno: não atinge o particular, e não permanente.
Poder disciplinar é a faculdade que tem o Estado de punir internamente infrações cometidas pelos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da administração. Atinge quem está no exercício da função pública, quem está na intimidade da administração (inclusive o particular vinculado com a administração).
*Empregado terceirizado não se submetem ao poder disciplinar pois não são subordinados da administração, mas sim da empresa tomadora de serviço.
AS PENAS SÃO DE 6 ESPÉCIES: advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão e de função comissionada.
Poder disciplinar é, em regra, discricionário (tem liberdade). Entretanto pode ser vinculado.
Ex de vinculação: Prática de infração punível com demissão é obrigatória a instauração do PAD (ato vinculado). 
Ex de discricionariedade: INEFICIÊNCIA de um servidor que despachou só um processo pequeno na semana inteira.
Quanto à sua finalidade normativa:
PODER REGULAMENTAR (NORMATIVO) poder do chefe do executivo (presidente, governador, prefeito) para executar decreto. O decreto é ato geral e abstrato. Ou seja, cria normas para regulamentar a lei e permitir sua fiel execução.
decreto regulamentar ou de execução (indelegável) - apenas complementa/regulamenta uma lei, não inovando a ordem jurídica. MAS NUNCA COM A FINALIDADE DE MUDAR OU COMPLEMENTAR UMA LEI, portanto, não restringe preceitos da lei a ser regulamentada. (Não visa sanar lacuna) 
decreto autônomo ou presidencial- independe de lei, apenas para extinção de cargo público vago ou organização da adm. federal quando não implicar em aumento de despesa, criação ou extinção de cargo. (Pode ser delegado aos ministros de estado, PGR ou AGU)
Quanto aos seus objetivos de contenção dos exercícios dos direitos individuais:
PODER DE POLICIA- A administração é dotada de tal prerrogativa para frenar os direitos individuais de liberdade e propriedade do particular, para conter os abusos do direito individual, a fim de compatibilizar os interesses coletivos e particulares. É um instrumento para busca do bem-estar social. Exercido por meio de atos normativos de caráter geral ou abstrato.
Para Helly Lopes é instrumento para frenar, limitar a atuação do particular em nome do interesse público. O Poder de polícia limita basicamente dois direitos: liberdade e propriedade. 
Em sentido amplo, abrange atos do poder executivo e legislativo, em sentido estrito, apenas ato do poder executivo (regulamentos, autorizações e licenças).
Exemplo: comprei um terreno e resolvi construir um edifício. A administração pode limitar o número de andares por várias razões que envolvem o interesse público. (Poder de polícia no direito à propriedade) 
A pretensão punitiva do poder de polícia prescreve em 5 anos, contado da prática do ato. E em infrações permanentes, quando cessar o ato.
O poder de polícia pode ser:
Preventivo (estabelece regras)
Fiscalizador (confere o cumprimento das regras)
Repressivo (aplica sanção)
Indelegável PARA O PARTICULAR (Não é possível transferir poder de polícia ao particular. O STF entende que compromete a segurança jurídica.) Salvo para Pessoas ADMINISTRATIVAS de direito PRIVADO (SEM, EP) na modalidade fiscalizatória, desde que atenda 3 requisitos: seja ente da administração pública, delegação conferida por lei, apenas para atos de consentimento e fiscalização.
 Atributos do poder de polícia
	Em regra, discricionário. Mas não será sempre (poderá ser vinculado). 
	Autoexecutoriedade Que é a atuação da administração independente do poder judiciário, regra geral. Ex: fecha estabelecimento, apreende e destrói mercadorias. Entretanto o judiciário pode interferir, caso queira.
*exceção: contestação de multa pelo particular e desapropriação.
	Coercibilidade Ato é obrigatório, imperativo. Ainda que haja insatisfação e decida-se utilizar o poder judiciário para uma nova decisão, deverá ser cumprida até que ocorra esta nova decisão.
Polícia administrativa X polícia judiciária 
Polícia administrativa diz respeito à busca do bem-estarsocial, à atuação do poder de polícia.
Polícia judiciária está ligada à aplicação da lei penal. Segurança, contenção de crime. 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:
Órgão público
Órgãos públicos são centros especializados de competência, instituído para o desempenho de funções estatais, tanto na administração direta como na indireta. Não são dotados de personalidade jurídica nem tem patrimônio próprio. Logo, não são titulares de direito nem de obrigação. De tal forma, não pode celebrar contrato administrativo. São meros instrumentos de ação que pertencem ou a um ente político (ministério da educação - união) ou administrativo (superintendência INSS - autarquia INSS).
Órgão pode licitar.
Órgão tem CNPJ, mas não tem personalidade jurídica A Receita Federal, preocupada com a fiscalização e cobrança do IR (imposto de renda), apesar de órgão não ter personalidade jurídica, vai ter CNPJ para averiguar o fluxo do dinheiro.
Apesar de não ter personalidade jurídica, excepcionalmente o órgão público (independente e autônomo) pode ir a juízo como sujeito ativo, impetrar MS, quando for em busca de prerrogativas funcionais. Serve apenas para os órgãos de natureza constitucional, os chamados independentes (presidência da república, STF, STJ, senado, MPU... além de seus similares nos demais entes da federação ex.: assembleia legislativa, prefeitura, câmara municipal). Outra situação decorre do CDC que permite que órgãos da administração direta e indireta podem ir a juízo para promover a liquidação e execução de indenização.
Os órgãos públicos atuam por meio de seus agentes (pessoas físicas) responsáveis pela manifestação da vontade do órgão. Decorrente disto, existem 3 teorias a saber.
Teoria do mandato o agente público é mandatário, que atua pelo órgão, por meio de uma procuração. Esta teoria foi criticada e não é adotada no Brasil. Pois entende que o estado é um ente abstrato, portanto, sem vontade própria, claro.
Teoria da representaçãoo agente público como tutor ou curador que representa os incapazes (similaridade), portanto sendo o agente o representante legal do estado. Por óbvio, também não é a teoria adotada no Brasil.
Teoria do órgão A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio do órgão, de modo que quando os agentes que o compõem manifestem sua vontade, é como se o estado o fizesse. Esta é a teoria adotada no Brasil. (teoria da imputação volitiva)
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃO PÚBLICO:
A) – De acordo com a posição estatal ( I.A.S.S)
Órgão independente: é aquele que está no topo de cada um dos poderes (L.E.J) em âmbito federal, estadual ou municipal. Não há subordinação entre eles, há controle. Ex.: presidência da república, prefeituras municipais, senado federal, Assembleias Legislativas, Tribunais... Formados por agentes políticos.
Órgãos autônomos: São órgãos com função de planejamento, supervisão, coordenação e controle da sua área de competência. São dotados de autonomia técnica, administrativa e financeira. (TAF), mas está subordinado aos órgãos independentes. Ex: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias Municipais...
Órgãos superiores: Detêm poder de direção, controle, decisão, mas estão subordinados aos controles hierárquicos de uma chefia. Só possuem autonomia técnica. Ex: Policia rodoviária federal, receita federal, gabinetes, departamentos, coordenadorias, inspetorias...
Órgão subalterno: órgão de execução. Não decide nada, não manda nada, só executa. Não tem poder decisório. Ex: delegacias, escolas, RH...
B) – De acordo com a estrutura
Órgão simples: existe só e não tem divisão interna. Não ramifica. Não se subdividindo em outros. Concentração. Ex: gabinete. 
Órgão composto: há ramificações, há subdivisões, há órgão agregado. Desconcentração. Ex: delegacia de ensino e escolas vinculadas a essa delegacia. Ex: hospital e posto de saúde, ministérios, secretarias...
C) – De acordo com a atuação funcional (agentes que formam o órgão) 
Órgão singular: só tem um agente, tomada de decisão é unipessoal. Ex: Presidência da Republica, juízo monocrático. 
Órgão colegiado: tomada de decisão é feita de forma coletiva. Ex: casas legislativas, tribunais. Vários agentes e uma decisão. 
 Agentes públicos: 
Pessoas físicas, incumbidas do exercício de alguma função estatal. Agente público é toda pessoa que presta um serviço público, sendo funcionário público ou não, sendo remunerado ou não, sendo o serviço temporário ou não. É todo aquele que exerce ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vinculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
Como exemplo podemos citar os agentes de saúde, membros de associação dos moradores, jurado do tribunal do júri, mesário eleitoral...
CLASSIFICAÇÃO DE AGENTE PÚBLICO:
A) políticos -exercem funções públicas da estrutura constitucional do Estado e desempenham atividades fundamentais e estratégicas na estrutura dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e recebem por meio de subsídio. No poder executivo – são os chefes do executivo (presidente, governador, prefeito) e seus auxiliares diretos (ministros e secretários estaduais). No Legislativo (senadores; deputados federais, estaduais e distritais; e vereadores). No Judiciário (os ministros de tribunais superiores, desembargadores, juízes titulares e substituto. *Detalhe- membros do tribunal de contas é agente administrativo
B)administrativos- são os servidores públicos efetivos e comissionados. (legalmente investida em cargo público). Os empregados públicos (celetistas das EP e SEM) e os temporários (ocupam funções).
C)honoríficos- são cidadãos convocados ou nomeados para prestar serviço público de forma transitória em razão da sua civilidade e geralmente não remunerados e não possuem vinculo empregatício ou estatutário . Ex: mesários eleitorais, membros do conselho tutelar e jurados do tribunal do júri.
 D)delegados - são agentes particulares que exercem função pública por delegação, em seu nome e por conta própria, sendo remunerado pelo estado. É o caso dos concessionários e permissionários de serviços públicos (Telemar, ampla, tabelião de cartórios, leiloeiro...)
C)credenciados - são os que recebem poderes para representação do poder público em atos determinados mediante remuneração. Ou seja, são agentes subordinados, embora ostentem de poder de direito de autoridade pública. (ex.: clinicas credenciadas para exames do detran, clinicas credenciadas do sus, pessoas que representem o Brasil internacionalmente: cientista em congresso internacional, advogados contratados pela prefeitura).
AGENTE DE FATO São agentes que mesmo sem ter uma investidura normal e regular (nomeação, concurso público...) eles agem, executam função pública em nome no Estado, decorrente de uma situação excepcional, sem prévio enquadramento legal. Existem duas categorias, os agentes necessários e os agentes putativos.
	Necessários- atuam em situações excepcionais, como por exemplo, calamidade pública ou situação emergencial, colaborando com o poder público como se fosse um agente de direito. Ex.: uma pessoa designada pelo poder público para coordenar um abrigo durante uma grave enchente. Executando atos e exercendo atividades como se fosse agente público.
	Putativo- desempenham funções públicas na presunção de legitimidade, porém a investidura não ocorreu dentro do procedimento exigido. É o exemplo de agente nomeado que pratica inúmeros atos de administração, porém sem ter sido previamente aprovado em concurso público.
Em regra, os atos praticados pelos agentes de fato são considerados válidos. No caso dos agentes necessários, os atos são confirmados pelo Poder Público em decorrência da excepcionalidade da situação e do interesse público que justificou a supressão dos requisitos legais. No caso agentes putativos, por outro lado, podem ser questionados alguns atos praticados no âmbito interno, mas devem ser respeitados os atos de efeitos externos, para evitar prejuízo aos terceiros de boa-fé sejam prejudicados pela investidura ilegítima.Aplica-se ao caso a chamada teoria da aparência, uma vez que os administrados sempre presumem que o agente público encontra-se investido legalmente em sua função.
Ademais, é importante mencionar que o agente, mesmo que investido de forma irregular, possui direito à percepção de remuneração, não se podendo exigir a devolução dos valores, sob pena de gerar o enriquecimento ilícito da Administração.
FORMAS DE PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA:
As atividades administrativas são realizadas através de órgãos, entidades e seus agentes.
Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, diferentemente dos órgãos, que não tem personalidade jurídica. As entidades podem ser políticas e administrativas.
Entidades políticas- São os entes federados , ou entidades primárias (União, Estado, DF e Município), instituídos pela própria constituição. Trata-se da Administração direta. São dotados de autonomia plena, que significa capacidade de autogoverno (organizar seus poderes), autoadministração (executar serviços) e auto-organização ou auto legislação (capacidade de legislar). Ou seja, podem legislar e administrar por meio dos seus órgãos. Somente os entes políticos recebem competência direta da constituição (genérica). Quando a descentralização (de uma pessoa jurídica para outra) ocorre entre entes políticos, trata-se de descentralização política. (ex.: União-Estado / Estado- município).
 
Entidades administrativas- São entes da administração indireta, possuem PJ própria. Via de regra, não podem legislar, mas podem administrar. Ou seja, só possuem capacidade de autoadministração. São entidades criadas pelas entidades políticas para uma atividade específica. Quando os entes políticos descentralizam e criam entidades administrativas, ocorre a descentralização administrativa. (entre ente politico e ente administrativo Ex.: união- autarquia (INSS), Estado- Fundação...)
	Detalhe importante: Enquanto os entes políticos recebem sua competência direta da constituição para legislar e administrar (a própria CF dá poderes). Os entes administrativos recebem sua competência de lei (lei define suas competências).
ESTADO = É administração pública direta (ente político) e indireta (ente administrativo). Então entes estatais são: união, estado, DF, Municípios, Autarquias, Fundações, Empresas estatais (E.P, S.E.M) e consórcios. TODOS têm personalidade jurídica própria, seja pública ou privada.
PARAESTATAIS (ao lado do estado) = serviços sociais autônomos, Org. Social, OSCIP, entidade de apoio (São entes privados) também chamado terceiro setor.
Entre Entidades só há vinculação. Subordinação APENAS entre entidades- órgãos, órgãos-órgãos.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA:
Prestação centralizada: quando o próprio ente presta o serviço, por meio de seus órgãos. Ex.: UNIÃO (ente) ADMINISTRA SAÚDE POR MEIO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (órgão).
Apenas os entes políticos recebem competência diretamente da constituição para realizar serviços públicos. Assim quando o estado realiza os serviços públicos por meio de seus órgãos e agentes da administração direta, está atualizando de forma centralizada. Quando ele transfere a competência de determinada atividade para outra pessoa jurídica ou física, teremos a descentralização. 
Prestação descentralizada: quando a Administração transfere a prestação de serviço a outras pessoas.
Com o passar dos anos, responsabilidades do Estado foram aumentando. Percebeu que não ia conseguir prestar todas as atividades de forma eficiente. Era melhor transferir para outras pessoas. Para a busca da eficiência, aperfeiçoamento da atividade.
Desconcentração distribuição ou deslocamento da atividade administrativa dentro da própria pessoa jurídica.
Ex: Presidente da República (representando a união) cria Ministério B para desafogar o Ministério A. É o deslocamento de atividade administrativa dentro da mesma pessoa.
Desconcentração acontece na mesma pessoa. Alguém manda e os outros obedecem. Isso acontece com base na hierarquia. Logo, sua base é na hierarquia. Há subordinação!
A desconcentração pode ocorrer em a) razão da matéria: ministério da saúde, ministério da educação, ministério da previdência... b) em razão da hierarquia (grau): ministério, superintendência, secretaria, subsecretaria... c) em razão territorial ou geográfica: secretaria de saúde da região norte, secretaria de saúde da região nordeste...
DESCONCENTRAÇÃO acontece na mesma pessoa e com base na hierarquia. Criação de órgãos. A extinção de órgãos para concentração das atividades, é justamente o fenômeno da concentração. Ambos só podem ocorrer por LEI (ou MP, pois tem força de lei).
X
DESCENTRALIZAÇÃO (não há hierarquia !!!) Cria-se nova pessoa jurídica para executar tal atividade devido a especialização, com controle e fiscalização. Pode ocorrer por meio de LEI, DECRETO,CONTRATO... (não existe hierarquia, apenas vinculação e controle ministerial ou finalístico, ou ainda, tutela administrativa.)
Descentralização Há uma nova pessoa jurídica para execução das atividades. A descentralização pode ser feita de duas maneiras: outorga ou delegação. 
Descentralização por outorga (técnica, funcional, serviço) = transferência da titularidade + execução do serviço. (dá origem a administração indireta) 
Titular significa ser o dono. Está transferindo o domínio, a titularidade do serviço. 
Ele manda e executa o serviço. Só pode ser conferida por lei. 
A titularidade dos serviços não pode sair das mãos do poder público. 
Logo, quem pode receber a titularidade e a execução do serviço é a administração indireta. 
OBS: 
Segundo a doutrina majoritária hoje, a outorga de serviço só pode acontecer na administração indireta de direito público, devido a presunção de definitividade. Ex: autarquias e fundações públicas de direito público. 
Descentralização por delegação (colaboração) = retém a titularidade e transfere apenas a execução do serviço. 
Uma entidade politica ou administrativa transfere por meio de ato (unilateral)-autorização ou contrato (bilateral)-concessão ou permissão, a execução do serviço a uma pessoa jurídica de direito privado que já existe (mas permanece com a titularidade do serviço).
Delegação legal =é feita por lei às pessoas da administração indireta de direito privado. Ex: empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública de direito privado. 
	Delegação contratual = delegação para o particular é feita via contrato administrativo.
Concessão e permissão de serviço público. Ex: transporte coletivo, telefonia, conservação de rodovias. (A delegação de serviço também pode ser feita por ato administrativo. Ex.: táxi).
Existe ainda a descentralização territorial ou geográfica que é a possibilidade de criação de territórios (autarquia territorial) federais (não existe território federal no Brasil, mas pode ser criado). É uma modalidade de descentralização em que a o ente político UNIÃO, cria uma pessoa jurídica com capacidade administrativa genérica.
Atentar-se que centralização/descentralização e concentração/desconcentração não são conceitos excludentes. Pode haver um serviço prestado de forma centralizada mediante desconcentração. Ex.: secretaria estadual de PE(órgão do ente político estado de PE) cria uma subsecretaria. Ou ainda um serviço descentralizado de forma desconcentrada (autarquia do INSS cria uma superintendência regional do INSS).
 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: é composta por entidades administrativas que foram criadas com personalidade jurídica própria por entidades políticas para realizar atividades de Governo que necessitam ser desenvolvidas de forma descentralizada, sendo elas as Autarquias, Fundações públicas, Empresas e Sociedades de Economia Mista. (Em âmbito da união, estado, DF e municípios).
Características que servem para todos da administração indireta:
	Personalidade jurídica própria- São responsáveis pelos seus atos. Tem personalidade própria.
 
	Receita e patrimônio próprios. São dotados de autonomia para administrarem seu patrimônio, sua atividade.
	Autonomia técnica, autonomia administrativa,autonomia financeira (TAF). 
	Vinculação com os órgãos da administração direta para que sejam por estes fiscalizados. Não há hierarquia, mas sim, vinculação.
AUTARQUIA: São pessoas jurídicas de direito público interno (ou seja, são titulares de direitos e obrigações). Só pode ser CRIADA e EXTINTA por lei específica para realização de atividades tipicamente públicas. Tem receita e patrimônio próprio. Tem capacidade específica (atividades para as quais foi instituída), Como exceção a esta regra temos as autarquias territoriais (os territórios), que são dotadas de capacidade genérica. 
Criação e extinção submetida a reserva legal: Só é criada e extinta por lei específica, mas sua organização pode ser por decreto. (a criação e extinção cabe aos chefes do executivo em cada esfera)
Patrimônio: bens públicos (dominicais). Portanto, tem proteção especial (inalienável, impenhorável e não pode ser usucapido), mas em algumas situações é possível aliená-los. 
Quem trabalha na pessoa jurídica de direito público, é servidor público. E está sujeito ao regime jurídico único. (lei 8.112/90)
Exemplo de autarquia: INSS, IBAMA, Incra, universidades federais
Os conselhos profissionais são considerados autarquias profissionais ou corporativas. ( oab, crea, crf, cfbio, crm ...)
Controle autárquico: É o controle ministerial (ministério vinculado) e finalístico (órgão da administração direta). Realizado pelo ministério ao qual a autarquia é vinculada. Realizada na tríplice linha políticaadministrativa financeira. (PAF)
Mas este controle não é pleno nem ilimitado. É restrito aos atos da administração superior e limitado aos termos da lei que o estabelece.
Autarquia e Privilégios
A autarquia é pessoa jurídica de direito público, então ela tem tratamento de Fazenda Pública. Prazo dobrado
Imunidade tributária
Prescrição quinquenal de suas dívidas. (5 anos)
 NÃO SE SUJEITAM À FALENCIA (além de bens impenhoráveis e imprescritíveis)
A responsabilidade civil das autarquias é objetiva, assegurado o direito de regresso, em caso de dolo ou culpa do agente.
Agências reguladoras São autarquias de regime especial, que tem objetivo de regulamentar, controlar e fiscalizar a execução de serviços públicos transferidos ao setor privado. São dotadas de poder normativo (para complementar leis), poder fiscalizador, autonomia T.A.F.). E seus dirigentes tem estabilidade. (ainda que não sejam concursados).
Ex: BACEN, ANVISA, ANEEL, ANATEL, ANS, ANP, CENEN-Comissão Nacional de Energia Nuclear...
EMPRESAS PUBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
A exploração da atividade econômica deve ser realizada, em regra geral, pelo setor privado, mas, excepcionalmente, tal atividade pode ser realizada diretamente pelo setor público, pelas denominadas empresa estatal (empresa pública ou de sociedade de economia mista).
EMPRESAS ESTATAIS= EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA.
Sua criação depende de lei especifica AUTORIZADORA e de registro na junta comercial. Para extingui-las precisa-se de uma autorização legislativa.
EMPRESA PÚBLICA
 Este nome diz respeito ao capital. 
Empresa pública é pessoa jurídica de direito privado, sendo que seu capital é exclusivamente público. 
O capital tem de ser público, agora o capital não precisa ser de um único ente, portanto podem ter sócios, desde que todos sejam entidades estatais. Ex: um município e uma autarquia. 
Finalidades: (Regime hibrido)
	Prestadora de serviço público (PÚBLICO)
	Exploradora da atividade econômica (PRIVADO)
 
A empresa pública pode ser criada sob qualquer modalidade empresarial. Pode ser inclusive S.A(sociedade anônima), mas desde que seja de capital fechado. 
As EMPRESAS PÚBLICAS admitem a criação de empresas subsidiárias, exigindo-se para tal, apenas a autorização legislativa. ( Não necessita ser lei específica)
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
O nome diz respeito ao capital.
Sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, tendo capital misto (parte pública e parte privado). 
Atenção: obrigatoriamente, a maioria do capital votante tem de estar nas mãos do poder público. Poder público tem de ter comando, a direção da empresa. 
O estado pode adquirir -50% de uma empresa privada, desde que autorizado em lei e interesse público. S.E.M não pode ser unipessoal pois há pelo menos 1 público e 1 privado.
Finalidades: ( Regime híbrido)
	prestação de serviço público (PÚBLICO)
exploração de atividade econômica (PRIVADO)
Atenção: a sociedade de economia mista só pode ser constituída sob a forma de sociedade anônima. (S.A)
Empresa Pública
Sociedade de Economia Mista
Capital público (caixa econômica, correios...)
Capital misto (banco do Brasil)
Pode ser qualquer pessoa jurídica
Só pode ser S/A
Competência (art. 109 CF)
-empresa pública federal -> Justiça Federal
-empresa pública estadual e municipal -> Justiça Comum Estadual
Competência: SEMPRE Justiça Comum Estadual.
ATENÇÃO: se a União for interessada nesta ação, a mesma irá para a Justiça Federal.
A responsabilidade civil das empresas estatais é objetiva (sempre será responsabilizada independente de dolo ou culpa), assegurado o direito de regresso, em caso de dolo ou culpa do agente (direito de regresso contra o agente, só se esse agiu dolosamente ou culposamente), apenas nos casos das prestadoras de serviço público. Nas exploradoras de atividade econômica, seus empregados responderão de acordo com o código civil (subjetiva).
Regime pessoal –É o celetista (CLT). Mas o ingresso no cargo se dá por concursos públicos salvo nos casos de cargos de confiança. 
Controle -As empresas estatais (sociedade de economia mista e empresas públicas) tem autonomia administrativa e financeira. Sendo apenas supervisionadas pelo ministério (controle ministerial) a que estiverem vinculadas (não são subordinadas, não há hierarquia).
Dirigente - Os dirigentes das empresas estatais são investidos em seus cargos na forma que a lei ou seus estatutos estabelecerem e em regra geral são cargos de comissão (nomeação). Ficam sujeitos a mandado de segurança quando exerçam funções delegadas do poder público, à ação popular por lesão ao patrimônio público, à ação de improbidade administrativa e a ação penal por crimes praticados contra a administração públicas.
Patrimônio –O patrimônio dessas empresas (publica e SEM) tem patrimônio próprio, portanto podem ser penhorados. Salvo aqueles que atendam às necessidades da prestação de um serviço público, devido a continuidade.
E.P e S.E.M não se sujeitam a falência e recuperação judicial.
FUNDAÇÃO 
É a atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio, que a vontade humana destina a uma finalidade social. Trata-se de um patrimônio com personalidade.
 As fundações são pessoas jurídicas de direito público ou privado, formadas a partir da dotação patrimonial de bens livres, efetuada por seu instituidor, por escritura pública ou testamento. As fundações desempenham atividades atribuídas ao Estado no âmbito social. Sujeitam-se ao controle finalístico (pela administração direta). Sua criação, quando de direito público, são criadas efetivamente por lei, quando de direito privado, depende de autorização legal por uma lei especifica e de uma lei complementar para definir a área social de atuação, ou seja, a finalidade. 
Ex: IBGE, FUNAI, FIOCRUZ, FUNDAC. Instituída e mantida pelo poder público.
Área social pode ser na saúde, educação, cultura, meio ambiente, assistência social...
	Dotada de capacidade de auto-administração sob o controle estatal (autonomia administrativa). Não possuem autonomia política.
Imunidade tributária (de patrimônio, renda e serviços a fim)
Prazos processuais dobrados e prescrição quinquenal de dividas
	Deve utilizar instrumentos de contratação como licitação e concurso público, sendo que o pessoal pode sujeitar-se ao regime estatuário ou celetista
	É julgada pela Justiça Federal (assim como nas autarquias)
Controle ministerial e finalístico- A fundação é vinculada ao ministério responsável.
	A responsabilidade civil das fundações é objetiva, assegurado o direito de regresso,em caso de dolo ou culpa do agente.
 CONSÓRCIOS PÚBLICOS (também é entidade adm)
São entidades administrativas instituídas pela reunião de vários entes políticos para desempenhar atividades de interesses comuns. O consórcio tem personalidade juridica própria (direito público e privado), que não se confunde com a de seus entes formadores. Estão previstos expressamente na CF.
Quanto for de natureza pública, tem as mesmas prerrogativas do estado, quando natureza privada, natureza híbrida.
Ex.: união se junta com estado e união. Ou consórcio entre Recife, Olinda, Jaboatão.
A natureza do consórcio é contratual, pois se forma por meio de contrato firmado entre os entes consorciados. No entanto depende de lei específica autorizativa de cada ente envolvido.
obs.: o consórcio público de direito público é denominado associação pública e integra a administração indireta de todos os entes consorciados.
SERVIÇOS PÚBLICOS 
É uma utilidade material destinada a satisfação de necessidade coletiva. Que é dever do estado, no entanto, não significa dizer que por ser dever do estado, a ele cabe a prestação do serviço, podendo ser delegado. Ou seja, pode ser realizado de forma direta (pela administração direta) ou indireta (pela administração indireta e por terceiros fora da administração) e é de regime jurídico público, podendo ser total ou parcial.
MODALIDADE DE DESCENTRALIZAÇÃO
a) outorga – quando ocorre a transferência para terceiros (administração indireta) da titularidade e da execução do serviço público
b) delegação – quando transfere para terceiros (concessionárias e permissionárias) só a execução. Pode ser legal (para administração indireta) e contratual (terceiros).
 PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ADEQUADO ( CO.M.COR.SE.R.E.G.A)
	continuidade - de maneira contínua, ininterrupta (eficiência/supremacia do interesse púb.) Não descaracteriza descontinuidade do serviço quando há interrupção devido a situação de emergência ou após aviso prévio nos casos de: falta de pagamento, manutenção da rede.
INADIMPLENCIA PODE LEVAR O CORTE DE LUZ E AGUA, SALVO OS CASOS DE DIREITO À VIDA.
b) modicidade - As tarifas devem ser módicas, acessíveis. 
c) cortesia - Prestado com educação, boa-fé, boa vontade, de forma cortês.
d) segurança - Não pode colocar em risco a vida e seus desdobramentos
e) eficiência - O máximo de eficiência. Menos gastos, menos burocracia mais eficácia.
f) regularidade – Prestado igualitariamente a todos.
g) generalidade - O serviço público deve ser prestado de forma coletiva. ERGA OMNES atinge a todos naquela mesma situação.
h) atualidade - técnicas atualizadas, modernas .
MODALIDADE
a) próprios do estado (propriamente ditos)– são os serviços públicos inerentes à soberania do Estado, como a defesa nacional, saúde pública ou a polícia judiciária. Indelegáveis e intransferíveis
b) utilidade pública – são os considerados úteis ou convenientes, mas não essenciais, como o transporte coletivo, telefone.... Prestados pela própria administração ou delegados aos concessionários e permissionários que o realizem mediante remuneração dos usuários, mas obedecendo as condições do poder delegante.
c) gerais – uti universi – são os prestados à sociedade em geral, como a defesa do território. Não tem um destinatário específico, não pode ser mensurado e é mantido por impostos. (INDIVISÍVEL- TAXA) COMPULSÓRIO. O não pagamento do serviço não autoriza a supressão do mesmo, sendo somente autorizada a cobrança executiva.
d) específicos – uti singuli – São mensuráveis e individualizáveis (divisíveis). Tem usuário certo e, portanto, é cobrado por tarifa. Só paga quem usa. Ex.: transporte, água, energia. (DIVISÍVEL-TARIFA). FACULTATIVO. O não pagamento permite a suspensão do fornecimento.
Obs.: tarifa pode ser diferenciada a depender do usuário. Ex.: carro e caminhão no pedágio.
CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
CONCESSÃO - é a delegação da prestação (serviço) feita pelo poder concedente mediante licitação na modalidade concorrência à pessoa que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. 
 Poder concedente – é a União, o Estado, o DF ou Município, em cuja competência se encontre o serviço público (a titularidade continua sendo sua, só transfere a execução).
• Admite-se subconcessão desde que autorizada. (concessionário contratando outros). Este contrato de concessionárias com terceiros não envolve o poder concedente.
• O poder concedente pode fiscalizar os serviços, bem como intervir na concessão se necessário
- Concessão precedida da execução de obra – deve o concessionário primeiro construir, conservar, reformar, ampliar ou melhorar determinada obra pública, por sua própria conta e risco. Em seguida passa a explorar o serviço por prazo determinado, suficientemente longo, para que obtenha a remuneração a amortização de seu investimento.
- FORMAS DE EXTINÇÃO DA CONCESSÃO:
a) advento do termo contratual (reversão) – quando termina o prazo.
b) encampação – término do contrato antes do prazo, feito pelo poder público, de forma unilateral, por razões de interesse público. O concessionário faz jus a indenização por eventual prejuízo por ele comprovado. Depende de lei específica autorizativa.
c) caducidade – forma de extinção do contrato antes do prazo, pelo poder público, de forma unilateral, por descumprimento de cláusula contratual.
d) rescisão – forma de extinção do contrato, antes de encerrado o prazo, feita pelo concessionário por força do descumprimento de cláusulas contratuais pelo poder concedente. Deve ser por medida judicial e, enquanto não transitar em julgado a sentença, o serviço deverá continuar sendo prestado.
e) anulação – extinção do contrato antes do término do prazo, por razões de ilegalidade.
f) falência ou extinção do concessionário.
PARCERIA PÚBLICO PRIVADA-  é uma espécie de concessão
Concessão patrocinada- ocorre quando o usuário utiliza o serviço e a remuneração da concessionária é repartida entre o usuário e o Estado; por exemplo, um pedágio numa rodovia de pouco movimento; 
Obs.: Concessões patrocinadas em que + 70% da remuneração for paga pela Administração Pública, dependerão de autorização legislativa específica. 
concessão administrativa-  o Estado é o usuário do serviço e como tal remunera a concessionária como; por exemplo, as penitenciárias privadas.
Enquanto na concessão normal, a empresa presta o serviço e é remunerada pelo estado, PPP- o estado participa da remuneração ou ele mesmo paga.
É vedada a PPP: valor inferior a 20 milhões, período menor 5 anos ( mínimo 5 e máximo 35 anos, incluindo prorrogação) ,objeto único: fornecimento de mão-de-obra ou só execução de obra pública.
Deve haver nos contratos de PPP: prazo de vigência, as penalidades aplicáveis em caso de descumprimento, repartição de risco entre as partes, a forma de remuneração, o que caracteriza inadimplência, os critérios para avaliar desempenho, garantias de execução,...
PERMISSÃO - é a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços públicos feita pelo poder concedente, a pessoa que demonstre capacidade de desempenho por sua conta e risco.
CONCESSÃO
PERMISSÃO
caráter mais estável
Exige autorização Legislativa
Licitação só por concorrência
Prazo determinado
Só pessoa jurídica
caráter mais precário
Não exige autorização Legislativa
Licitação qualquer modalidade
Pode Prazo indeterminado
Pessoa Jurídica ou física
AUTORIZAÇÃO – Na autorização existem três modalidades:
a) autorização de uso – em que um particular é autorizado a utilizar bem público de forma especial, como na autorização de uso de uma rua para realização de uma quermesse.
b) autorização de atos privados controlados – em que o particular não pode exercer certas atividades sem autorização do poder público, são atividades exercidas por particulares mas consideradas de interesse público.
• autorização é diferente de licença, termos semelhantes. A autorização é ato discricionário, enquanto a licença é vinculada. Na licença o interessado tem direitode obtê-la, e pode exigi-la, desde que preencha certos requisitos, ex. licença para dirigir veículo.
c) autorização de serviços públicos – coloca-se ao lado da concessão e da permissão de serviços públicos, destina-se a serviços muito simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergência.
• É exceção, e não regra, na delegação de serviços públicos.
• A licitação pode ser dispensável ou inexigível 
• É formalizada por decreto ou portaria, por se tratar de ato unilateral e precário.
ATOS ADMINISTRATIVOS parei aqui
 É toda manifestação unilateral da Administração Pública (com supremacia) que, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. Ou seja, tem finalidade pública. Os atos administrativos produzem efeitos jurídicos e estão sujeitos ao controle de legalidade pelo judiciário.
Silencio do Estado em regra não é ato (mas sim FATO), pois o estado é silente. Mas se a lei determinar expressamente que o silencio do Estado implicará em anuência tácita, então constitui ato administrativo.
o silencio administrativo prolongado, ele configura abuso de poder por desvio de poder.
ELEMENTOS ESSENCIAIS do ATO ADMINISTRATIVO (COMFIFORMOB)
Os requisitos de validade para que o ato seja administrativo são COMFIFOR MOB, caso contrário, serão considerados nulos. Vinculados ou discricionários, eles devem guardar estrita conformação com a lei. (VINC- COM.FI.FOR/ DISC- M.OB)
COMpetência- Poder do agente para desempenhar suas funções. O excesso do limite da competência gera excesso de poder. A competência não é presumida, pois ela nasce da lei. É Irrenunciável e imprescritível, mas pode ser delegada e avocada (permitido a revogação).
	Vício de competência pode ser sanado desde que a competência não seja exclusiva. (Convalidação)
 FInalidade- (efeito mediato). A finalidade de todo ato é agir buscando o interesse público, independente do ato ser vinculado ou discricionário. Finalidade do ato público deve estar de acordo com o interesse público. A alteração de finalidade gera abuso de poder. Vício de finalidade é insanável.
 FORma- É a forma como o ato é exteriorizado. Enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-se livremente, a da Administração exige forma legal pré-estabelecida. A forma normal é a escrita, mas pode ser verbal ou sinais convencionais (trânsito). Se a forma vier estabelecida em lei e não for observada, o ato é nulo. Vicio de forma pode ser sanado desde que forma não essencial. (convalidação).
 Motivo- é a causa, a situação de fato ou de direito (não se trata de critério subjetivo ou psicológico do agente) que autoriza a realização de determinado ato (é o porquê, a razão). Deve existir motivo adequado para fundamentar o ato administrativo. NÃO CONFUNDIR COM MOTIVAÇÃO- é a exposição do motivo. O ato sem motivo é nulo (todo ato deve ser motivado), sem motivação só quando esta se fizer necessária. Vício no motivo é insanável.
OBjetivo - É o conteúdo do ato. O efeito jurídico imediato que o ato produz. Seja a criação, modificação, extinção de alguma situação. Exemplo: No ato de demissão do servidor o objeto é a quebra da relação funcional do servidor com a Administração. Vício de objeto é insanável.
Existem ainda os chamados elementos acidentais ou acessórios (podem ou não estarem presentes nos atos) que são: Termo, Condição e Modo ou encargo (TeCoM) que são aqueles que ampliam ou restringem os efeitos jurídicos.
ATRIBUTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE ou VERACIDADE: presume-se que todo ato administrativo surge em conformidade com a lei, com a observância de normas legais. É o que dá a condição de veracidade dos atos, até que se prove o contrário. A presunção é relativa pois cabe prova em contrário (cabendo ao particular demonstrar a irregularidade).
Então ainda que o ato seja um absurdo, ele continuará produzindo seus efeitos, até que se prove irregularidade, pois ele nasce com a presunção de legitimidade.
IMPERATIVIDADE ou COERCIBILIDADE (PODER EXTROVERSO DO ESTADO): Possibilidade de a administração impor obrigação de forma unilateral a terceiros, ainda que contrarie seus interesses. Visando atender a supremacia do interesse público sobre o privado. Nem todos os atos são dotados de imperatividade (ex.: enunciativos e nos que conferem direito aos administrados: licença, autorização...)
AUTOEXECUTORIEDADE: Possibilidade de a administração praticar seu ato sem a necessidade de intervenção do poder judiciário, de modo a garantir a eficiência do interesse público, sem ser necessário submeter-se ao crivo do judiciário. (exceções: cobrança de multa, desapropriação... outros atos que envolvam o patrimônio do particular). Só é permitida a autoexecutoriedade quando permitida em lei ou para atender situações urgentes. Podendo inclusive, o administrado que se sentir lesado, ingressar em juízo contra a administração pública.
EXIGIBILIDADE: É a possibilidade da administração, coercitivamente, exigir o cumprimento da obrigação imposta ao administrado, utilizando-se de meios indiretos como a multa por exemplo, para induzir ao acatamento de seus atos. Pode ou não a interferência do judiciário.
TIPICIDADE (legalidade): Todo ato administrativo unilateral deve corresponder a figuras definidas previamente por lei como aptas a produzir determinado resultado. Para cada finalidade que a administração pretende alcançar, tem um ato definido em lei. Vedando assim, que a administração pratique atos inominados e sem previsão legal.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção Natural: o ato administrativo se desfaz naturalmente. Exemplo: o Estado autoriza um show em um determinado lugar. Assim que o show acaba, se desfaz o ato administrativo. 
Extinção Subjetiva: o ato administrativo se desfaz pelo desaparecimento de seu beneficiário. Exemplo: morte do titular de uma carteira de motorista. 
Extinção Objetiva: o ato administrativo se desfaz pelo desaparecimento do próprio objeto. Exemplo: destruição de um restaurante que necessitou de autorização para funcionar.
 Extinção por Renúncia: o ato administrativo se desfaz quando o próprio beneficiário do ato renuncia os seus efeitos. 
Extinção por Caducidade: ocorre quando lei posterior torna o ato ilegal; o ato perde o seu fundamento jurídico. 
Extinção por Contraposição: ocorre quando um ato posterior for praticado com efeitos opostos a um ato anterior. Exemplo: nomeação e exoneração de um mesmo cargo em comissão. 
Extinção por Cassação: ocorre quando o beneficiário do ato descumpre com os requisitos necessários a manutenção do ato. Exemplo: restaurante que não tem permissão para funcionar após a meia-noite e com música ao vivo e mesmo assim o faz.
OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO: ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO.
ANULAÇÃO- invalidação de um ato ilegítimo e ilegal, realizada pela Administração pela autotutela ou pelo Judiciário no controle de legalidade. Gera efeito EX TUNC- Retroage
REVOGAÇÃO - é supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz realizada pela administração - e somente por ela - por não mais lhe convir sua existência (ou seja, apenas atos discricionários). Gera efeito EX NUNC- não retroage
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, salvo os direitos adquiridos, atos vinculados, aqueles atos meramente administrativos (votos, certidões...), os que exaurirem seus efeitos.
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários prescreve em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (princípio da segurança jurídica)
Quando importem anulação, revogação ou convalidação de ato administrativo os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos 
Conclusão: A administração controla seus próprios atos em toda plenitude, isto é, sob aspectos de legalidade, e de mérito (oportunidadee conveniência), ou seja, exerce a autotutela.
O controle judicial sobre o ato administrativos se restringe ao exame dos aspectos de legalidade.
CONVALIDAÇÃO - A convalidação é o refazimento de modo válido ou saneamento e com efeitos ex tunc (retroativos) do que fora produzido de modo inválido.
Os atos que apresentem vícios sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
Competência não EXCLUSIVA e forma não ESSENCIAL.
ATOS DE DIREITO PRIVADO PRATICADOS PELA ADMINISTRAÇÃO
A Administração Pública pode praticar certos atos ou celebrar contratos em regime de Direito Privado (Direito Civil ou Direito Comercial). Ao praticar tais atos a Administração Pública ela se nivela ao particular, e não com supremacia de poder. È o que ocorre, por exemplo, quando a Administração emite um cheque ou assina uma escritura de compra e venda ou de doação, sujeitando-se em tudo às normas do Direito Privado. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
	Quanto a liberdade de ação:
ATOS VINCULADOS - são aqueles nos quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. As imposições legais absorvem quase por completo a liberdade do administrador, pois a ação, para ser válida, fica restrita aos pressupostos estabelecidos pela norma legal. 
Competência, forma e finalidade são sempre VINCULADOS
ATOS DISCRICIONÁRIOS - são aqueles que a administração pode praticar com a liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua oportunidade e do modo de sua realização.
Motivo e Objetivo são discricionários, pois há juízo de valor, o mérito do ato administrativo. (Mas podem ser vinculados)
Gerais - Para todos numa mesma situação Ex.: edital de concurso público.
Individuais- Destinatário específico. Ex: nomeação de servidor
Interno- Dentro da administração. Dispensa publicação
Externo- Atinge aos que estão fora da administração. Necessita de publicação
De império- Imposição coativa aos administrados devido as prerrogativas da administ.
De gestão- Atos de gerência, sem prerrogativa ou autoridade. O poder público se coloca em condição de igualdade ao particular. Ex.: contrato de aluguel
De expediente- Destinados a conferir andamento de processos e papeis nas repartições, sem qualquer conteúdo decisório.
Constitutivos- criam direitos e obrigações para o administrado
Enunciativos- atestam, declaram ou certificam um fato. Ex.: certidão, parecer, atestado... NÃO POSSUI IMPERATIVIDADE.
Simples- Decisões de um único órgão. Ex: desapropriação de bem imóvel, nomeação e exoneração
Complexos-Decisão de 2 ou mais órgãos, Ex.: nomeação de ministro do STF indicação e nomeação pelo presidente, sabatina do senado.
Compostos- Atos de um único órgão, mas que dependem da manifestação prévia ou posterior, de outro órgão. Ex: Concessão de aposentadoria por invalidez, mas depende de laudo técnico. Dependem de homologação ou autorização.
Negociais- São aqueles em que o interesse do particular coincide com a manifestação da vontade da Administração, não há imperatividade. O particular pede algo e a administração concede por ser de seu interesse, sem adentrar na esfera contratual. Ex: licença, autorização e permissão
Ordinatórios- Atos que emanam do poder hierárquico, para dar ordens aos próprios servidores e aos particulares vinculados ao estado. 
ATENÇÃO!! (Ato perfeito, válido e eficaz).
É possível um ato ser perfeito (completou todas as etapas) e inválido (desconformidade com a lei). 
É possível um ato ser perfeito, válido e ineficaz (pendente). 
Ato eficaz é diferente de ato eficiente. Eficiência diz respeito à busca dos melhores resultados possível, enquanto Eficaz significa estar apto a produzir efeitos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (+ importantes)
Admissão – É o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta a alguém a inclusão em estabelecimento governamental para o gozo de um serviço público. Ex: ingresso de estudante em estabelecimento oficial de ensino
Licença - É o ato unilateral e vinculado (via de regra não pode ser revogado, mas existe julgado permitindo a revogação por conveniência e oportunidade) pelo qual a Administração consente ao particular o exercício de uma atividade, desde que, preenchido os requisitos legais. Exemplo: licença para construir que depende do alvará; licença para dirigir. 
Aprovação – é o ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração faculta a prática de ato jurídico (aprovação prévia) ou manifesta sua concordância com ato jurídico já praticado (aprovação a posteriori).
Autorização - e o ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração, com conveniência e oportunidade, faculta ao particular o exercício de atividade de caráter material (interesse particular). Exemplos: autorização de porte de arma, autorização para explorar serviço de taxi. A permissão só difere por ser interesse público. Ex.: permissão para serviços públicos como fornecimento de água.
Homologação (validação) – é o ato unilateral e vinculado de controle pelo qual a Administração concorda/valida com um ato jurídico, ou série de atos (procedimento), já praticados.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO ou AQUILIANA
A responsabilidade civil do estado é o dever de indenização civil da administração a terceiro que foi lesado em decorrência de ato praticado pelos seus agentes, no exercício de suas atribuições. Não se fala em responsabilidade penal. Engloba tanto administração (U-E-DF-M) direta quanto indireta (autarquias, fundações e empresas estatais prestadora de serviço público). 
* O estado pode reconhecer e indenizar espontaneamente, pagar administrativamente pelos danos causados pelos seus agentes, sem necessidade de processo. Não o fazendo, cabe ação civil de indenização. Esta é a responsabilidade civil do estado (que é objetiva)
Em relação as empresas estatais exploradoras de atividade econômica, a responsabilidade será regida pelas normas do direito civil e comercial, não será responsabilidade objetiva do estado.
Responsabilidade objetiva (respon. SEM culpa)- É objetiva pois independe de dolo ou culpa do agente público. Basta que haja nexo de causalidade entre a conduta(fato ocorrido) e o dano ocorrido(consequência). 
Ex.: morte do preso em penitenciária, colisão de veículos devido a perseguição policial.
 A responsabilidade objetiva se divide em:
I) risco integral – o Estado responde sempre (integralmente), não se admite a invocação das causas excludentes da responsabilidade pelo Estado.
II) risco administrativo (BRASIL) – o Estado não responde sempre por danos ocasionados a terceiros, podem ser invocados excludentes da responsabilidade em defesa do Estado: caso fortuito ou força maior e culpa exclusiva da vitima ou de terceiro.
*NEM SEMPRE FOI ADOTADA A RESP. OBJETIVA. ATÉ 1946 ERA ADOTADA A RESP. SUBJETIVA que dependia da conduta do agente ser dolosa ou culposa para que gerasse a obrigação de reparação do dano causado a terceiros.
Com a adoção da responsabilidade objetiva do estado, quem responde é a pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado que preste serviço público pelos danos que seus agentes causarem a terceiros desde que exista nexo causal entre o fato ocorrido e o dano gerado. O prejudicado deve acionar a pessoa jurídica e não a pessoa física. E CABE AO ESTADO AÇÃO DE REGRESSO CONTRA O AGENTE (DESDE QUE HAJA DOLO OU CULPA EM SUA CONDUTA)se estendendo ainda aos seus sucessores. No entanto, não cabe denunciação à lide na primeira relação e nem se pode acionar diretamente o agente, já que o estado é o responsável pelos atos dos seus agentes. ATENÇÃO, A RESPONSABILIDADE DA ADM É OBJETIVA, A RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR É SUBJETIVA (DEPENDE DE DOLO E CULPA).
*DETALHE: A conduta do agente, para que se gere a responsabilidade civil objetiva deve ser dotada de oficialidade, ou seja, deve ser uma conduta realizada em razão do cargo que ocupa: agir no exercício da função pública ou valendo-se dela. As condutas de âmbito pessoal, não podem ser de responsabilidadedo estado. 
 Hoje, adotamos a responsabilidade objetiva na modalidade do risco administrativo, pois se admite excludentes de responsabilidade que são:
a) caso fortuito e força maior
b) culpa exclusiva da vítima ou de terceiros
Ônus da prova é da administração pública
Se a culpa é concorrente da vítima e da administração pública atenua a culpa e o estado só paga no limite do prejuízo que foi causado pelo seu agente.
Um ato administrativo, ainda que lícito, mas que gere ônus excessivo/exorbitante a um particular, poderá resultar em responsabilidade civil do estado.
Prescreve em 5 anos a responsabilidade do estado, inclusive para as estatais prestadoras de serviço. Portanto, o particular tem 5 anos do acontecimento do fato para gozar do seu direito, sob pena de prescrição (perda do direito por inércia). SALVO os casos decorrentes de atos de tortura durante o regime militar de exceção, que são imprescritíveis.
* Danos nucleares, terrorismo, atos de guerra e danos ambientais – A responsabilidade civil será integral, independe da existência de culpa.
Nem sempre a responsabilidade do estado será objetiva. Quando se tratando de CONDUTA OMISSIVA (faute du servisse ou culpa administrativa), o estado deixou de agir quando tinha obrigação, ela será subjetiva, caracterizada mediante demonstração de culpa/dolo, dano e nexo de causalidade.
Ex.: a responsabilidade do Estado em decorrência de fenômenos da natureza é sempre do tipo subjetiva, uma vez que caberá ao particular comprovar a omissão culposa do Estado.
A responsabilidade civil do estado contra atos legislativos e judiciário: Via de regra, teoria da irresponsabilidade (ou seja, não responde). Mas poderá se responsabilizar no ato LEGISLATIVO: no caso de Leis abstratas que não recaem sobre toda a sociedade de forma equivalente, leis declaradas inconstitucionais e leis de efeito concreto (possui um destinatário determinado), grave omissão legislativa. JUDICIÁRIO: condenação penal por erro judiciário, preso além do tempo fixado, dolo ou fraude do juiz. (não se aplica a prisões cautelares a menos que haja erro judicial, apenas a prisão pena)
Além da esfera civil, o servidor pode responder cumulativamente ou independentemente nas esferas administrativa, penal e de improbidade.
Na penal, quando houver negativa de autoria e materialidade, vincula as demais esferas.
CONTROLE ADMINISTRATIVO.
É o poder/dever conferido ao estado para controlar seus próprios atos. É um controle que pode ser interno (dentro do mesmo poder), externo (um poder sobre outro).
Os poderes legislativo, executivo e judiciário cumprem funções típicas e funções atípicas, um exercendo fiscalização sobre o outro de modo a evitar irregularidades, é o que se chama de sistema de freios e contrapesos (check and balances).
Via de regra, o titular do controle externo, por excelência, é o poder legislativo, que tem função precípua de legislar e fiscalizar. (Controle é realizado pelo CN com auxílio do tribunal de contas).
Nos casos do controle interno, sempre que houver irregularidade, deve ser comunicado ao TCU independente das providências cabíveis.
obs.: O TCU não julga as contas do Presidente da República. Essa competência é do Congresso Nacional. Porém, apesar de não julgar, o TCU elabora um parecer prévio e o remete ao Congresso Nacional.
Obs.: O TCU pode sustar atos administrativos, mas não pode sustar contratos. Somente o Congresso Nacional possui o poder de sustar contratos.
Além do controle interno e controle externo, existem os controles: prévio, concomitante, posterior, popular (feito pela sociedade, ex.: ação popular, denúncia ao TCU.), controle de legalidade (conformidade com a lei), controle de legitimidade (tipicidade), controle de mérito: Verifica a oportunidade e a conveniência; (apenas nos atos discricionários, realizado apenas pela própria adm.), controle hierárquico ( interno, mesmo poder, desconcentração), controle finalístico ( administração direta sobre indireta), controle jurisdicional (legalidade), controle legislativo (CN com auxílio do TCU), controle administrativo ( autotutela da administração).
LICITAÇÃO
Licitação é o procedimento administrativo em que a Administração Pública (direta e indireta) convoca empresas interessadas em apresentar propostas para oferecimento de bens e serviços, desde que estejam em conformidade com as condições estabelecidas no INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO (carta convite ou edital). Objetivando selecionar a proposta mais vantajosa para a administração, seja na aquisição de bens ou serviços.
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO  L.I.M.P.E + probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos, economicidade.
TIPOS DE LICITAÇÃO:
1-melhor preço
2-melhor técnica ADQUIRIR ALGO (ou adquire o mais barato, o melhor ou custo benefício)
3-preço e técnica
	Quando for algo intelectual- melhor técnica ou melhor preço e técnica(INFORMÁTICA). Quando for produtos de escritório.... - melhor preço.
4-maior lance/oferta Para alienar os bens.
É permitido que uma empresa estrangeira entre na licitação. No entanto isto será contado para critério de desempate, pois leva-se em conta: empresas nacionais, empresas sustentáveis ecologicamente... Caso haja empate em todos os aspectos, será feito um sorteio.
CRITÉRIO DE DESEMPATE (NESTA ORDEM) produzidos no país produzidos por empresas brasileiras produzidos por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia do país. Empresas que invistam em acessibilidade.
O PRAZO DE LANÇAMENTO DO EDITAL: CONTADOS DA PUBLICAÇÃO DO ATO.
5 DIAS convite
8 DIAS pregão
15 DIAStomada de preço (regra geral) e leilão
30 DIAS concorrência (regra geral) e tomada de preço (melhor técnica ou preço e técnica)
45 DIAS concurso e concorrência (empreitada integral ou tipo: técnica ou preço e técnica)
DEVERÁ CONTER NO EDITAL: - Além das especificações como: tipo, modalidade, número, órgão licitante, setor, local e hora dos atos... Deve conter a menção a Lei 8.666/93 ou Lei 10.520/02; o critério de aceitabilidade de preços, unitário e global; o objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; condições de pagamento; sanções em caso de inadimplemento.
De acordo com a Lei 8.666/93, a celebração de contratos com terceiros na Administração Pública deve ser necessariamente precedida na licitação (LICITAÇÃO É REGRA), ressalvadas as hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação. Excepcionalmente, contratação direta.
DISPENSA (ROL TAXATIVO) E INEXIGIBILIDADE (ROL EXEMPLIFICATIVO): Na dispensa, a licitação é possível mas não é razoável, na inexigibilidade é impossível.
DECORAR INEXIGIBILIDADE (pois só são 3): rol EXEMPLIFICATIVO e licitação IMPOSSÍVEL
QUANDO O PRODUTOR/FORNECEDOR FOR EXCLUSIVO (SÓ TEM TU, VAI TU MESMO) – Vedada a preferência por marca. 
 SERVIÇO DE NATUREZA SINGULAR FEITO POR UM PROFISSIONAL DE NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO (Ex.: obra de Romero Brito...) – é vedada para serviços de publicidade e divulgação, portanto, a licitação neste caso, deve ocorrer.
 CONTRATAÇÃO DO SETOR ARTÍSTICO (show de Alceu Valença, O Rappa...)- desde que consagrado pela crítica ou pela opinião pública.
DISPENSA: rol TAXATIVO e licitação POSSÍVEL , mas não RAZOÁVEL. Emergência, calamidade pública, guerra, licitação de baixo valor, para obras e serviços de engenharia de valor até 10% de 150mil (15 mil) ou serviços e compras 10% de 80mil (8mil), licitação que acarrete prejuízo ... (são 33 hipóteses)
Serão consideradas obras e serviços de grande vulto : acima de 37.500,000 (trinta e sete milhões e quinhentos mil reais).
Qualquer cidadão pode impugnar edital de licitação 5 dias antes da ABERTURA DOS ENVELOPES.
Ocorrendo ilegalidade durante o processo licitatório, se acarretar em prejuízo ao interesse publico ou a terceiro, será nulo. Não acarretando, não é necessário anular o contrato. 
Em regra, licitações internacionais são pela concorrência, mas podem ser também pela tomada de preço (quando o órgão licitante tiver cadastro internacional de fornecedores e respeitandoo valor limite). E por convite (quando não houver fornecedor no país)
MODALIDADES DE LICITAÇÃO:
CONCORRÊNCIA- Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na fase de HABILITAÇÃO PRELIMINAR comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital (instrumento convocatório) publicado no D.O, para execução do objeto da licitação. Serve tanto para comprar como para vender bens da administração. (obras, a partir de 1,5 milhão/ bens a partir de 650 mil).
TOMADA DE PREÇOS -Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. (obras entre 150mil e 1,5 milhão/ bens entre 80mil e 650 mil)
Aqui, só é necessário entregar 1 envelope que é o da proposta, pois o cadastramento é prévio.
CONVITE - É a modalidade mais simples de licitação. A administração escolhe (no mínimo 3 válidas, a menos que seja impossível) quem quer convidar entre os possíveis interessados no objeto da licitação, cadastrados ou não. (obras até 150 mil/ bens até 80 mil)
Caso não consiga alcançar 3 propostas válidas, a administração deve repetir o convite.
A divulgação/publicidade deve ser feita mediante afixação de cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgação.
 No convite é possível a participação de interessados que não tenham sido formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que cadastrados no órgão ou entidade licitadora ou no Sistema de Cadastramento. Esses interessados devem solicitar o convite com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas. 
CONCURSO- É a modalidade entre quaisquer interessados, para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme edital publicado na imprensa oficial, com antecedência mínima de 45 dias. CULTURA.
LEILÃO- É a modalidade de licitação para a venda de bens a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor de avaliação. É utilizado, para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados. 
O leilão abrange, também a alienação de bens imóveis cuja aquisição haja derivado de procedimento judicial ou de dação em pagamento. É a modalidade licitação em que disputa pelo fornecimento de bens e serviços comuns é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas propostas de preço por escrito e por lances verbais, independentemente do valor estimado da contratação.
A CONCORRÊNCIA é regra para VENDER os bens da administração pública.
FATO DO PRINCIPE Possibilidade da administração rever contrato em razão de determinação/lei que torne o contrato demasiadamente oneroso ou impossível.
	Para saber qual será a modalidade adequada, dependerá do preço. Mas é uma ordem preferencial em que o valor mínimo (150mil ou 1,5 milhão/ 80mil e 650mil define de onde começar). Sempre pode andar para frente na tabela.
PARA OBRAS (ENGENHARIA)
 150 mil 1,5 milhão
Convite tomada de preço concorrência
PARA OUTRAS COISAS (BENS)- o raciocínio é o mesmo, só muda os valores (80mil e 650 mil).
A concorrência e a tomada de preço podem ser utilizadas ainda que o valor seja menor do que o previsto. Ou seja, quando couber convite, pode usar tomada de preço. Já a concorrência poderá ser utilizada em qualquer situação. 
FASES DE LICITAÇÃO
A licitação Inicia-se com a publicação do edital ou com a entrega do convite (fase interna ou preparatória) e termina com a contratação do fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço. (Fase externa ou executória)
1-INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO
2-HABILITAÇÃO- Após habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
3-JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO
4- HOMOLOGAÇÃO (concorda e verifica a legalidade)
5-ADJUDICAÇÃO ( dá o direito a ordem de preferência)
	Será desclassificado quando: desconformidade com o edital, o preço acima do estipulado no edital ou preço muito abaixo (preço inexequível) 70% mais barato.
	Ainda que todos sejam inabilitados ou desclassificados e só reste 1. A licitação irá prosseguir. Mas a licitação pode fracassar (LICITAÇÃO FRACASSADA) se nenhum dos licitantes passarem. E então PODE abrir um prazo de 8 dias para os inabilitados se ajustarem os documentos e os desclassificados, a sua proposta. Ainda há a possibilidade de LICITAÇÃO DESERTA- Que é quando se abre o edital, mas não aparece licitante interessado. Neste caso a licitação pode ser dispensável quando comprovar que nova licitação acarrete em prejuízo, mas devem ser observadas todas as condições estabelecidas no edital.
COMISSÃO DE LICITAÇÃO É criada com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos ao cadastramento de licitantes. Deverá ser formada por no MÍNIMO três pessoas (ou seja, a comissão poderá ser maior), sendo pelo menos dois servidores pertencentes aos quadros permanentes do órgão responsável pela licitação. (Investidura de 1 ano).
PREGÃO – O pregão apesar de ser considerado como modalidade de licitação, não pode ser assim considerada, efetivamente, pois não é instituído pela lei de licitações 8.666/93 e sim em uma lei própria, a lei 10.520, de 2002. Pode ser utilizado para QUALQUER VALOR ESTIMADO de contratação. 
O pregão é utilizado para a aquisição de bens e serviços COMUNS (vedado para OBRAS e permitido para serviços COMUNS de engenharia) e sempre no critério do MENOR PREÇO. A grande diferença do pregão é a inversão das fases de habilitação e análise das propostas, pois no pregão, primeiro se escolhe a melhor proposta e apenas posteriormente, é analisada a documentação
MELHOR PROPOSTA ANÁLISE DOCUMENTAÇÃO = MAIOR CELERIDADE
Apesar do pregão ser popularmente conhecido como leilão reverso, leilão às avessas... Não pode ser confundido com leilão (que é outra modalidade de licitação).
FASES DO PREGÃO: 
	CREDENCIAMENTO interessados devem comparecer em local e hora determinados
	ENTREGA DOS ENVELOPES 1 da proposta + 1 da documentação. Deverão ocorrer pelo menos oito dias após a publicação do aviso de licitação. 
	ABERTURA DOS ENVELOPES E CLASSIFICAÇÃO classificando, sempre, dentro do menor preço. E permitindo após a análise dos lances escritos, que os licitantes apresentem propostas verbais.
	 LANCES VERBAIS Só poderão participar dos lances verbais, as propostas que sejam entre o menor valor apresentado e + 10% deste valor. Ex.: uma licitação para compra de livros, a proposta de menor valor foi de R$ 30,00, então todas as propostas até R$ 33,00 (acréscimo de 10% do valor). Ou seja, entre R$ 30,00 e R$ 33,00 poderão fazer lances VERBAIS e sucessivos até que seja proclamado o vencedor. Se não houver pelo menos 3 propostas dentro deste intervalo, o pregoeiro classificará as 3 melhores propostas independentes do valor. 
	DETALHE: a banca pode tentar induzir com lances IGUAIS e sucessivos, no entanto, não serão aceitos dois ou mais lances iguais, dando prioridade ao primeiro registrado.
	JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO FINAL Escolhendo a proposta mais vantajosa (sempre menor preço) e verificando a compatibilidade do preço estimado pela administração, no edital. Ainda é possível uma negociação entre o pregoeiro e o licitante, visando reduzir o valor. A administração pública não está obrigada a contratar, se o valor estiver acima da estimativa prevista no edital, nem se a qualidade for ruim.
	HABILITAÇÃO Verificação da documentação: jurídica, técnica, econômica e financeira, e regularidade fiscal, além da conformidade com as disposições constitucionais sobre o trabalho do menor de idade.
	INDICAÇÃO DO VENCEDOR Aquele que tiver apresentado a

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