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PATOLOGIA E CLINICA DE SUINOS

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Patologia e Clinica de Suinos 
Introdução 
- Várias patologias interferem 
diminuindo os índices de produtividade 
e rentabilidade em um sistema de 
produção. 
- Essas patologias podem ser 
identificadas e quantificadas quanto a 
prevalência e a severidade das lesões, 
através de exames periódicos dos lotes. 
- As monitorias sanitárias são 
ferramentas importantes, já que através 
delas é que conseguimos identificar os 
níveis sanitários do plantel, 
biosseguridade, monitorias de 
programas de vacinação e medicação. 
Cuidados Gerais na Coleta de Materiais 
e Remessa ao Laboratório 
- Um diagnóstico definitivo requer 
exames de bacteriologia, 
histopatológico, sorologia, hematologia 
e bioquímica. 
- Cada amostra deve ser embalada 
individualmente em sacos plásticos de 
forma que não haja penetração de água. 
Amostragem 
- A amostragem de suínos para necropsia 
deve ser feita baseada nos sinais clínicos. 
- Selecionar de 3 a 4 suínos na fase aguda 
da doença para eutanásia. 
- Não sacrificar animais na forma crônica 
da doença. 
- Quando se tratar de diarreias, 
selecionar animais no início da 
enfermidade. 
Seleção dos Suínos 
- Seja para testes sorológicos ou para 
necropsia é um dos itens mais 
importantes para a obtenção de um 
diagnóstico seguro. 
- Avaliar os animais clinicamente, 
através de termometria e histórico 
completo antes de colher amostras ou 
sacrificar animais é essencial. 
Eutanásia 
- O sacrifício dos animais selecionados 
deve ser feito, com choque, seguido de 
sangria imediata. 
- Evitar dar pancadas na cabeça ou 
sangrar com faca, pois pode contaminar 
a área a ser colhida para exames 
laboratoriais. 
Técnica de Necrópsia 
- Exame Externo: observar o estado de 
nutrição, pele, mucosas visíveis, tecido 
subcutâneo, articulações, massas 
musculares, peso, pele e pelo, olhos, 
boca, narinas (secreção), cascos, 
genitálias, umbigo. Abrir pelo menos 
cinco articulações e avaliar conteúdo e 
coloração. 
- Exame Interno: avaliar tecido 
subcutâneo, muscular. Expor a cavidade 
torácica e abdominal (presença de 
hemorragias, líquidos e coloração). 
Avaliar os linfonodos (tamanho e 
coloração). 
- Conservação e Remessa de Material 
para Exames de Bacteriologia, 
Virologia, Moleculares e 
Parasitológicos: deve ser remetido ao 
laboratório sob refrigeração e em frascos 
estéreis de plástico ou sacos plásticos 
individuais, acondicionados em caixa de 
isopor devidamente vedada. 
- Exames Histopatológicos: no preparo 
dos tecidos deve ser colhido pequenos 
fragmentos de tecidos (0,5 a 2 cm). O 
tamanho pequeno resulta em rápida e 
completa penetração do fixador. Os 
tecidos selecionados devem ser cortados 
com bisturi e enxaguados levemente com 
Salina a 0,85%, para remoção de sangue, 
que retarda a fixação. Nunca utilizar 
tecidos previamente congelados. 
Colheita de Sangue 
- Colher 5 a 10 ml de sangue e deixar 
dessorar pelo menos 2 horas em 
temperatura ambiente e depois no 
mínimo 1 hora em geladeira. 
 
 
 
Identificação, Conservação e Transporte 
de Amostras 
 
 
 
 
 
Rinite Atrófica 
- A Rinite Atrófica (RA) é uma doença 
infectocontagiosa, de evolução 
progressiva e crônica, caracterizada por 
hipotrofia ou atrofia dos cornetos nasais, 
desvio do septo nasal e deformidade do 
focinho. 
- Mantém-se no rebanho de maneira 
insidiosa (enganadora, falsa), sem 
mortalidade, com grande impacto 
econômico, ou seja, redução do ganho de 
peso, piora na CA que pode acometer até 
17% nos suínos com lesões graves. 
- Etiologia: é considerada uma doença 
multifatorial existem dois agentes 
comumente encontrados: Bordetella 
bronchiseptica e Pasteurella multocida, 
tipo D e raramente a tipo A. São 
produtoras de toxinas dermonecróticas 
como agentes primários. 
*Autores são da opinião que a Bordetella 
causa a RA não progressiva com 
hipotrofia transitória dos cornetos nasais. 
Já a Pasteurella provoca a RA 
progressiva com lesões severas e 
deformação do focinho como ocorre nos 
surtos de RA de campo. 
 
- Portanto não existem dúvidas da 
existência de sinergismo entre as 
bactérias. Como fatores predisponentes 
que agravam a RA, podemos citar: 
utilização do sistema contínuo de 
produção, excesso dos gases Amônia 
(>10ppm) e carbônico (>1000ppm), 
ventilação inadequada, amplitude 
térmica diária maior que 8°C, UR < 65% 
ou > 73%, excesso de moscas nas 
instalações, superlotação > que 
1m²/animal, mistura entre as diferentes 
fases de produção, presença de altos 
níveis de poeira, volume de ar menor que 
3 m³/animal. 
- Epidemiologia: transmissão primária 
ocorre por aerossóis, porcas 
cronicamente infectadas transmite a 
doença a leitegada por contato nasal, 
durante aleitamento, outros possíveis 
transmissores da RA são gatos, ratos e 
coelhos. 
- Patogenia: a capacidade da B. 
bronchiseptica de induzir RA está 
associada a amostras e quantidades de 
toxina dermonecróticas produzida e a 
capacidade de colonizar a cavidade. A P 
multocida também produz toxina 
dermonecróticas, que é considerada 
mitogênica que ainda libera IL-6, que é 
um potencializador da reabsorção 
osteoclássica, proporcionando atrofia 
dos cornetos. 
*Recentemente descobriu-se que a 
parede das bactérias apresenta 
componentes de heparina, sugerindo um 
mecanismo cooperativo. 
Portanto essas toxinas atuam sobre os 
osteoblastos, prejudicando a síntese da 
matriz osteoíde. Além dos efeitos sobre 
os ossos, as toxinas podem ser 
absorvidas e produzir lesões no fígado e 
rins, explicando em parte os problemas 
de desenvolvimento dos animais. 
 
- Sintomas: leitões lactantes: espirros, 
corrimento nasal mucoso, placas escuras 
nos ângulos interno dos olhos (canal 
lacrimal), desvio de focinho ou 
encurtamento com formação de pregas 
na pele. Em casos mais graves epistaxe 
intermitentes associados aos espirros, 
normalmente observada em fim de recria 
ou terminação, podem aparecer casos de 
braquignatia. (genética alguns casos 
Large White) e retardo no crescimento 
podendo variar de 5 a 10%. 
- Lesões Microscópicas: descamação 
epitelial associada a infiltração celular na 
submucosa, hiperplasia das glândulas 
túbulo-alveolares, hiperplasia de 
osteoblastos e redução na matriz óssea 
dos cornetos. 
- Diagnóstico: realizado em 
consideração aos sinais clínicos, quando 
5% dos animais apresentarem lesão 
grave ou quando a média ponderada for 
superior a 0,5, exames bacteriológicos 
para testes de sensibilidade e 
antimicrobianos, ou para comprovar ou 
não presença dos agentes, swabes nasais 
para isolamento do B. bronchiseptica, 
biopsia de amígdalas para isolamento da 
P.multocida, em leitões na creche e não 
tenham sido medicados, exames 
sorológicos Elisa para pesquisa da toxina 
dermonecróticas, hibridação de DNA e 
PCR. 
- Controle: erradicação da enfermidade, 
determinar a gravidade (quantificar), 
identificar e corrigir fatores 
predisponentes e identificar os agentes 
etiológicos, e sensibilidade dos 
antibióticos. 
- Tratamento: sulfas, tetraciclinas, 
quinolonas, tiamulina, sulfametazina 
(100 a 400ppm), tetraciclina (300 a 
600ppm/ração/15 – 20 dias/todos). 
- Tratamento Preventivo: sete dias antes 
do parto e 15 após parto, leitões com 35 
dias. Vacinações: Marrãs – 60 e 90 dias 
de gestação, porcas – 100 dias de 
gestação e leitegada – 7 dias e 28 dias.

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