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Aula ARH - Relação de Trabalho

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ASSISTENTE DE RECURSOS 
HUMANOS
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
RELAÇÃO DE TRABALHO
A relação de trabalho é 
gênero, sendo a relação 
de emprego uma de suas 
espécies.
AUTÔNOMO
 O trabalho autônomo é aquele que se
desenvolve por conta própria, sem
subordinação, ou seja, o trabalhador autônomo
exerce suas atividades com independência, não
se subordinando às ordens e ao controle do
tomador dos serviços, o que o diferencia do
empregado.
AUTÔNOMO
 O trabalho é executado de forma habitual, para
destinatários (tomadores de serviço) distintos.
A habitualidade na prestação de serviços
diferencia o trabalhador autônomo do
trabalhador eventual, que também exerce
atividade sem subordinação, sendo o trabalho
prestado, porém, de maneira esporádica ou
fortuita.
AUTÔNOMO
 Trabalhador autônomo é a pessoa física que
exerce, habitualmente e por conta própria,
atividade profissional remunerada.
 A independência e a habitualidade são,
portanto, as notas características deste tipo de
trabalho.
AUTÔNOMO
 Considera-se autônomo o prestador de serviços que
desenvolve sua atividade sem estar subordinado a
horário, livre de fiscalização do destinatário dos
serviços e, eventualmente, com auxílio de terceiros.
 O autônomo tem ampla liberdade quanto à forma e o
modo de execução dos serviços, estabelece o preço
dos serviços e, como decorrência da ausência de
subordinação, assume os riscos da própria atividade,
diferentemente do empregado, que transfere os riscos
ao empregador (art. 2º, CLT).
AUTÔNOMO
 Os trabalhadores autônomos mais típicos são os
profissionais liberais (médicos, dentistas, advogados,
engenheiros etc.). No entanto, também profissionais
técnicos (desenhistas, contadores, tradutores e
intérpretes etc.) e trabalhadores que, mesmo sem
possuir diploma de nível superior ou técnico, exercem
seu trabalho com autonomia (pedreiros, marceneiros,
mecânicos etc.) podem ser trabalhadores autônomos.
 Em qualquer caso, porém, é essencial a inexistência
de subordinação na prestação dos serviços para que
seja caracterizado o trabalho autônomo.
EVENTUAL
 O trabalhador eventual é aquele que exerce
suas atividades de forma esporádica,
descontínua, fortuita.
 O trabalhador eventual presta serviços de
curta duração para vários tomadores de
serviço, sem habitualidade ou continuidade.
AVULSO
 Trabalhador avulso é aquele que presta serviços
esporádicos, de curta duração e a diversos
tomadores, sem se fixar a qualquer um deles,
realizando, por tal razão, uma espécie de trabalho
eventual.
 No entanto, o trabalho avulso é prestado por
intermediação de entidade específica, o que faz
com que a relação seja necessariamente
triangular, envolvendo o fornecedor de mão de
obra (entidade intermediária), o trabalhador
avulso e o tomador do serviço.
AVULSO
 Nesta modalidade de trabalho, é vedada a
contratação direta do trabalhador pelo tomador
dos serviços. Inexiste vínculo de emprego
entre o trabalhador avulso e o fornecedor de
mão de obra, e também entre o trabalhador
avulso e o tomador dos serviços.
TEMPORÁRIO
 O trabalho temporário é disciplinado pela Lei
n. 6.019, de 03.01.1974, e corresponde a uma
relação composta por três pessoas (relação
triangular), que gera, entre elas, vínculos
jurídicos distintos e independentes,
inconfundíveis entre si.
TEMPORÁRIO
 Desta forma, a relação de trabalho temporário
é desenvolvida entre uma empresa tomadora
de serviços, uma empresa de trabalho
temporário e o trabalhador temporário. Há,
portanto, uma intermediação de mão de obra
que rompe com a tradicional simetria da
relação mantida entre empregado e
empregador.
TEMPORÁRIO
 A empresa de trabalho temporário, que a Lei
exige que seja registrada como tal no
Ministério do Trabalho (arts. 5º e 6º), é
contratada pela tomadora de serviços para
colocar à disposição desta trabalhadores
qualificados sempre que houver acréscimo
extraordinário de serviço ou quando seja
necessária a substituição temporária do pessoal
regular e permanente.
TEMPORÁRIO
 Portanto, a Lei n. 6.019/74 restringe a possibilidade
de contratação de trabalho temporário a duas
hipóteses excepcionais:
 Substituição temporária e episódica de empregado
regular da tomadora, sempre que houver algum
motivo justificador, como, por exemplo, situações de
afastamento por férias, auxílio-doença, licença-
maternidade etc.
Acréscimo extraordinário de serviços, ou seja,
quando haja serviços em volume além do normal (os
chamados “picos de produção” da empresa).
VOLUNTÁRIO
 Trabalho voluntário, regulamentado pela Lei n.
9.608, de 18.02.1998, é aquele prestado com
ânimo e causa benevolentes.
 O trabalho prestado de forma gratuita ou
voluntária caracteriza uma relação de trabalho,
mas não uma relação de emprego.
VOLUNTÁRIO
 São elementos essenciais do trabalho voluntário:
 Elemento subjetivo: caracterizado pela intenção do
trabalhador. O trabalhador voluntário presta serviços com
intenção ou ânimo de caridade, de benemerência, e não
espera uma retribuição pecuniária pelo trabalho. O
trabalhador tem intenção, ânimo de trabalhar, de forma
graciosa, fundado em motivos de convicção pessoal,
inexistindo qualquer expectativa por parte dele em receber
um salário pelo trabalho executado. Inexiste neste tipo de
relação o caráter oneroso típico da relação de emprego;
 Elemento objetivo: caracterizado pela causa ou finalidade
da prestação de serviços.
ESTAGIÁRIO
 O estágio, regulado pela Lei n. 11.788, de
25.09.2008, é definido como o “ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o
ensino regular em instituições de educação superior,
de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação
de jovens e adultos” (art. 1º).
ESTAGIÁRIO
 São objetivos do estágio:
Ao fazer parte do projeto pedagógico do curso,
integrar o itinerário formativo do educando (§ 1º, art.
1º).
Ao visar o aprendizado de competências próprias da
atividade profissional e a contextualização curricular,
desenvolver o educando para a vida cidadã e para o
trabalho (§ 2º, art. 1º).
ESTAGIÁRIO
 O estágio classifica-se em:
Estágio obrigatório: aquele definido como tal no
projeto do curso, cuja carga horária é requisito
para aprovação e obtenção do diploma (§ 1º, art.
2º).
Estágio não obrigatório: aquele desenvolvido
como atividade opcional, acrescida à carga
horária regular e obrigatória (§ 2º, art. 2º).
ESTAGIÁRIO
 A figura do estagiário ocupa uma posição singular
no universo das relações de trabalho, tendo em
vista que sua prestação de serviço pode reunir
todas as características da relação de emprego
(pessoalidade, não eventualidade, subordinação e
remuneração, esta última se o estágio for
remunerado), mas, mesmo assim, a relação
jurídica existente entre ele e a parte concedente
não é de emprego, tendo em vista os objetivos
educacionais que revestem a contratação.
ESTAGIÁRIO
 O objetivo do estágio é, essencialmente, a
complementação do ensino teórico recebido
nas escolas, com a experiência prática obtida
do concedente do estágio.
PEQUENO EMPREITEIRO
 Pequeno empreiteiro é a pessoa física que,
como profissional autônomo, executa, só e
pessoalmente (ou, no máximo, com algum
auxiliar), a empreitada, de valor econômico
não elevado.
PEQUENO EMPREITEIRO
 A pequena empreitada é relação de natureza
civil. Trata-se de típico contrato de empreitada,
mas no qual o serviço prestado é de pequena
monta, o valor da retribuição pelos serviços é
pequeno e o trabalhador é mais humilde. O
contrato de empreitada, embora se trate de
pequena empreitada, não gera vínculo de
emprego entre o trabalhador e o tomador do
serviço.
COOPERATIVAS DE TRABALHO
 As cooperativas, que são formadas pela
reuniãode pessoas que se unem a partir de um
vínculo de solidariedade e de ajuda mútua, têm
inegável função econômica.
COOPERATIVAS DE TRABALHO
 No entanto, a despeito desta função
econômica, o cooperativismo se funda, entre
outras coisas, na ideia de ausência de lucro.
Neste sentido, a Lei n. 5.764/71 prevê que
“celebram contrato de sociedade cooperativa
as pessoas que reciprocamente se obrigam a
contribuir com bens ou serviços para o
exercício de uma atividade econômica, de
proveito comum, sem objetivo de lucro” (art.
3º).
COOPERATIVAS DE TRABALHO
 Conforme expressamente previsto no art. 4º,
da Lei n. 5.764/71, as cooperativas:
 São sociedades de pessoas;
 Com forma e natureza jurídica próprias;
 De natureza civil;
 Não sujeitas a falência;
 Constituídas para prestar serviços aos
associados.
COOPERATIVAS DE TRABALHO
 As cooperativas distinguem-se das demais sociedades
em razão das seguintes características e princípios:
 Adesão voluntária;
 Número limitado de associados;
 Variabilidade do capital social representado por
quotas-partes;
 Limitação do número de quotas-partes do capital
para cada associado;
 Inacessibilidade das quotas-partes do capital a
terceiros estranhos à sociedade;
 Singularidade de voto.
COOPERATIVAS DE TRABALHO
 De acordo com o disposto no parágrafo único
do art. 442 da CLT, “qualquer que seja o ramo
de atividade da sociedade cooperativa, não
existe vínculo empregatício entre ela e seus
associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela”.
 As cooperativas podem ser classificadas em:
cooperativa de consumo, cooperativa de
crédito e cooperativa de trabalho.
TERCEIRIZAÇÃO
 Terceirização é a contratação de trabalhadores
por interposta pessoa, ou seja, o serviço é
prestado por meio de uma relação triangular da
qual fazem parte o trabalhador, a empresa
terceirizante (prestadora de serviços) e a
tomadora dos serviços.
TERCEIRIZAÇÃO
 O trabalhador presta serviços para a tomadora,
mas sempre por intermédio da empresa
terceirizante, não havendo contratação direta
neste caso.
 Trata-se, portanto, de uma subcontratação de
mão de obra. O trabalho não é prestado por
meio de uma relação bilateral, como
tradicionalmente ocorre na relação de
emprego.
TERCEIRIZAÇÃO
 A Súmula 331 do TST definiu como critério
para a definição da licitude ou ilicitude da
terceirização a distinção entre atividades-fim e
atividades-meio do tomador de serviço.
 No entanto, diante da diversidade de atividades
que hoje são terceirizadas, nem sempre é tarefa
fácil conceituar atividades-fim e atividades-
meio.
TERCEIRIZAÇÃO
 Apesar do inegável esforço da doutrina em
apresentar definições com o intuito de
delimitar a abrangência de cada um desses
termos, o fato é que a jurisprudência ainda não
foi capaz de sedimentar um entendimento
sobre o que, em uma empresa, pode ser
considerado como atividade-fim e como
atividade-meio, tudo dependendo de cada caso
concreto.
TERCEIRIZAÇÃO
 Atividade-fim: aquela que se encaixa como
essencial na finalidade para a qual a empresa
foi constituída, coincidindo com seu objetivo
social. São, portanto, as atividades principais,
nucleares, desenvolvidas pelo prestador de
serviços.
TERCEIRIZAÇÃO
 Atividade-meio: é toda aquela que dá suporte à
execução da atividade-fim. Não é essencial na
constituição da própria empresa e nem definidora de
sua manutenção ou continuidade, mas contribuem
para o funcionamento do empreendimento.
 Como exemplos de atividades-meio, podem ser
citados os serviços de conservação e limpeza, de
vigilância patrimonial, de fornecimento de refeições,
de manutenção de máquinas e equipamentos, de
transporte de empregados, de processamento de
dados, de distribuição, entre outros.
TERCEIRIZAÇÃO
 A terceirização é ilícita quando:
Realizada nas atividades-fim da empresa, salvo nas
hipóteses de contratação de trabalho temporário (inc.
I). O trabalho temporário, como visto anteriormente,
é típica hipótese de contratação de trabalhadores por
interposta pessoa, podendo ser utilizado nas
atividades-fim da empresa, mas somente em casos de
acréscimo extraordinário de serviços ou de
necessidade de substituição temporária do pessoal
regular e permanente.
TERCEIRIZAÇÃO
 A terceirização é ilícita quando:
Realizada nas atividades-meio da empresa,
quando haja pessoalidade e subordinação do
trabalhador em relação ao tomador dos
serviços (inc. III, parte final).
CONTRATO DE TRABALHO POR EQUIPE
 O contrato de trabalho por equipe “requer o
concurso de um grupo de trabalhadores
organizados espontaneamente para realizar um
trabalho comum”.
 O contrato por equipe pode ser utilizado tanto
no caso de prestação de serviços autônomos
quanto no caso de empreitada ou de relação de
emprego (neste caso, é chamado de contrato de
trabalho por equipe).
CONTRATO DE TRABALHO POR EQUIPE
 Embora seja comum a existência de um líder do
grupo, não há hierarquia ou relação de
subordinação entre os integrantes da equipe ou
grupo, mas, sim, de todos eles em relação ao
empregador. A remuneração é paga ao grupo
(mesmo que quem receba seja o líder) e
distribuída entre seus integrantes na forma de
rateio.
 Exemplo típico de contrato de trabalho por equipe
é aquele celebrado com músicos (orquestra,
banda, conjuntos musicais).
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho
Esquematizado. Coordenador Pedro Lenza. 2 ed. rev.
e atual. São Paulo: Saraiva, 2014.
“A dúvida é o principio da sabedoria.” 
Aristóteles

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