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Brecher 
 
Percepção, elite, discurso, sistema internacional, blocos e comunidades regionais, organizacionais, 
ambiente psicológico+ambiente operacional -> decision making. 
 
 O comportamento do Estado reação a estímulos externos e pressões 
 2 estudos: “single country” studies e teoria dos sistemas gerais. 
 
Aproximações Teóricas 
 
 As TEORIAS DE políticas externas não distinguem, as variáveis cruciais dos processos de 
política externa, nem estabelecem relações entre eles. São mais descritivos do que analíticos. 
 
 3 escolas teóricas: Poder / Decision-making / Análise input-output 
 
Teóricos do poder: 
 
 Morgenthau transformou a realidade empírica em teoria normativa. 
 A teoria do poder foi aplicada diretamente à política externa por Kenneth Thompson e Roy 
Macridis. 
 
decision-making: 
 
 inputs (requests) Decisões  Output = resultado= políticas são autorizadas . 
 Estado principal unidade de decision-making 
 ambiente operacional Xambiente psicológico pré-requisito p formação d teoria na política 
externa. 
 Snyder, Bruck e Sapin, o Estado: a unidade de ação mais significante por tempo indefinido. 
“Action”=“decision making”. 
 O ambiente operacional não pode influenciar na escolha diretamente 
 percepção que os decision-makers do ambiente e da situação afetam decisões. 
input-output 
 Gabriel Almond: 3 categorias 
 Conhecimento histórico 
 Processo político 
 Substância política 
 George Modelski: 4 variáveis 
 Power input 
 Power output 
 Interesses 
 Objetivos 
Design da pesquisa 
 Conceito de sistema válido 
 PE 3 categorias: 
 inputs 
 process 
 outputs 
 
Ambiente Operacional 
 fatores relevantes e condições que podem afetar o comportamento externo do Estado. 
 relação ambientes :operacional e psicológico mede o sucesso das decisões. 
 gaps do ambiente psicológico = fracasso da decisão: 
1. percepção Imprecisa do ambiente feita pela elite. 
2. Inclusão de um novo fator no ambiente operacional. 
 A pesquisa de design - inputs após decisão = (feedback) e antes da implementação. inputs 
mudam o ambiente operacional afetando a decisão. 
 
Sistema Subordinado (sistema internacional) 
 nível de interação intermediário entre o sistema global (globo inteiro) e dois Estados. 
 4 categorias: 
Geográfico : mrmbros VIZINHOS e Ñ-VIZINHOS; 
Organizacional: membros VIZINHOS e Ñ-VIZINHOS. 
 
 6 condições : 
 
1. priorização de região geográfica. 
2. 3 atores. 
3. Reconhecimento dessa comunidade por outros atores 
4. “Self-Identification” 
5. Unidades de poder X sistema dominante(comunidade) (++++PODER) 
6. Melhores resultados no sistema subordinado se vc atua dentro de 1 do sistema 
(comunidade – vc participando de uma comunidade vc tem mais chances d conseguir o 
q quer do que se estivesse sozinho) 
- Exemplos: Americano, Leste Europeu, Oriente Médio, Sudeste Asiático, Africa Sub-
sariana e Oeste Europeu. 
 Sistema Bilateral : interações entre dois Estados, exceto superpotências ou potências 
preeminentes. 
 
 
 Estrutura política = instituições e matrizes constitucionais 
 Grupos de interesses X Elites competitivas 
 grupo de decision-making = chefe de Estado e ministros. 
 Imagem da elite = input, pois percepções atos . A imagem e a realidade : coincidir ou 
divergir (decisão política n terá sucesso) 
 Analista de política externa: construir percepções da elite através de palavras e ações. 
 Percepções - definem interesses dos Estados 
 Decisão: Estratégica ou Tática. 
 
Metodologia e Aplicações Empíricas 
 Técnica primária: descrição do conteúdo das informações de forma objetiva, sistemática e 
quantitativa. 
 Materiais de pesquisa : imagens articuladas das elites estatais = discursos, entrevistas dos 
responsáveis pelo decision-making da elite. 
 
 
 
ALLISON: 
Conceptual Models and the Cuban Missile Crisis 
 
 3 modelos teóricos sobre tomada de decisão: 
 Modelo de Política Racional 
 Modelo de Processo Organizacional 
 Modelo Burocrático 
 
 Modelo de Política Racional: 
 Unidade de Análise: Política como escolha nacional 
 ações escolhidas pela nação ou pelo governo nacional. 
 O Estado monolítico, decisão de pequeno grupo do executivo ou líder de governo 
 Ação: maximizar objetivos estratégicos. A escolha racional que maximize bens do ator ( visão 
realista e econômica) 
 calculo custo-benefício a partir da combinação de informações como: valores e objetivos, 
processos de ações alternativos e estimativa de cenários para a conseqüência da ação 
maximizadora do objetivo estatal ( que nem sempre será a melhor) 
 A ação é escolhida estratégicamernte a partir da avaliação do problema que a nação enfrenta no 
momento 
 teoria realista: atores monolíticos e balança de poder 
 
 Modelo de política organizacional 
 
 ações e escolhas do modelo racional = outputs de organizações -> padrões regulares de 
comportamento. 
 organizações/ instituições relevantes e padrões de comportamento para a tomada de decisões 
 Atores organizacionais: Não-monolíticos, conjunto hierárquico de organizações que se aliam 
em “loose ties” na qual o chefe de governo tem a decisão final, mas é influenciado por todo esse 
esquema. 
 política externa baseada nas organizações, programada, mas O governante tem a ultima 
palavra e pode implementar a ação de forma não racional. 
 vantagem : existem diversas organizações dentro de um Estado o que possibilita diferentes 
visões sobre um mesmo problema. Problema: essa descentralização do poder prejudica a 
tomada de decisões precisas e de forma resumida. 
 “aprendizado” 
 muitas organizações / descentralização do poder e da responsabilidade das ações. é preciso 
coordenação do trabalho das instituições para que convirjam em uma política externa unificada 
e coerente. 
 Poder explicativo: compreender funcionamento das instituições para prever comportamenteo 
em cada situação. 
 
 Modelo Burocrático 
 Estado não-monolítico 
 processo interno de barganha, negociações pessoais afetam a política externa 
 ação de política externa = outcomes da barganha política 
 diversos atores importantes no governo influenciam a PE 
 não há PE nacional unificada que defenda o interesse nacional, mas agrupamentos de interesses 
pessoais (governantes, tomadores de decisões e nfluencia de lobbystas) 
 “ These many players do not focus on a single strategic issue but on many diverse 
intranational problems as well, in terms of no consistent set of strategic objectives but rather 
according to various conceptions of national, organizational, and personal goals making 
government decisions NOT BY RATIONAL CHOICE BUT BY THE PULLING AND 
HAULING, THAT IS POLITICS. 
 Esse jogo de barganha política não ocorre aleatoriamente, havendo “canais de comunicação” 
dentro do governo para a negociação dos interesses pessoais e/ou organizacionais 
 a ação de política externa não pode ser considerada como intencional mas sim como o resultado 
da barganha política interna, não havendo um pensamento unificado 
 
 
Tetlock e C. B. McGuire Jr. 
Cognitive Perspectives on Foreign Policy – P. E. 
 
I – O Programa de Pesquisa Cognitiva em Política Externa: 
É difícil é difícil precisar ou mapear a “mente humana”. Duas acepções-chave: 
 
1) O ambiente internacional  muitas informações aos policymakers: difícil identificar 
soluções que maximizem a função utilidade. Informação incompleta e não-confiável sobre 
as intenções e capacidades de outros Estados. 
 
2) Os policymakers: capacidade limitada de processar informações recorrem a estratégias 
simplificadas . Os policymakers podem se comportar racionalmente (tentar maximizar a 
utilidade), mas tomam atitudes racionais limitadas por suas imagens e visão de mundo. 
 
objetivo do programa de pesquisa cognitiva: entender as estratégias cognitivas em que os 
policymakers se baseiam para construir e manter suas imagens simplificadasdo ambiente externo. 
 
Estratégias cognitivas: 
 
 a) estruturas cognitivas ou de conhecimento p assimilar nova informação escolher opções de 
política.  conhecimento declarativo 
b) heurística de escolha ( se utiliza da história- tenta descobrir a origem da escolha) ou de 
julgamento p se convencer rapidamente e com confiança da exatidão de suas posições.  
conhecimento procedimental 
 
conhecimento declarativo = o que os policymakers pensam. 
conhecimento procedimental= leis do funcionamento cognitivo, como os policymakers pensam sobre 
as questões. 
 
 „perceptions e misperceptions‟: as regras ou heurística  explicações causais p comportamento de 
outros Estados, seja aprendendo em lições da história ou escolhendo entre diferentes cursos de ação. 
 
II – Pesquisa Representacional: 
crenças e acepções individuais que decisores trazem o impacto na política externa. 
1) Quais são as ferramentas metodológicas e teóricas disponíveis para descrever as estruturas 
cognitivas que influenciam a política externa? 
2) Até qual medida o processamento de informação no campo da política externa é guiado pela 
teoria (determinado por estruturas cognitivas já existentes) em oposição a dados (que age em 
resposta ou como reação à realidade externa objetiva)? 
 
Sistemas de Crença: infinitas imagens de seus Estados, de outros Estados e das relações. 
foco muda da unicidade para grandes populações de indivíduos- as semelhanças implícitas ou temas 
que permitem comparações entre indivíduos e entre situações. 
 
três linhas de pesquisa: 
1) códigos operacionais 
2) mapeamento cognitivo 
3) correlatos de personalidade do sistema de crenças da política externa. 
 
Pesquisa do Código Operacional: 
códigos operacionais impõem ordens cognitivas e a estabilidade necessária a um ambiente 
internacional ambíguo e complexo COMO FAZEM ISSO?  ao prover normas, padrões e guias que 
influenciam escolhas estratégicas e táticas dos. 
 A essência de um código operacional pode ser capturada nas respostas relacionadas à natureza do 
universo político e os tipos de políticas mais prováveis de concretizar objetivos importantes. 
 
Mapeamento cognitivo: 
técnica metodológica p capturar representações cognitivas dos policymakers. dois elementos-chave: 
1) variáveis conceituais: representadas por pontos 
2) crenças causais ligando os conceitos: representados por arcos entre os pontos. 
 
Variável conceitual: pode assumir diferentes valores (exemplos: gastos com defesa, segurança 
nacional, etc.) 
Crenças causais: mudança numa variável conceitual gera mudança também em outra variável 
conceitual. 
 
Diferença Individual sobre Sistemas de Crenças: Os policymakers trabalham não só sem saber 
consequências de suas decisões, também sem saber exatamente o que está acontecendo no presente. 
Essa incerteza estrutural dos problemas de política externa se assemelha a testes projetivos de análise 
da personalidade. Os sistemas de crença da política externa não emergem num vácuo psicológico; eles 
emergem como respostas auto-expressivas plausíveis às situações nas quais os policymakers se 
encontram. Deste ponto-de-vista, é essencial estudar o background da personalidade ou o contexto do 
qual evoluem os sistemas de crenças. SISTEMA DE CRENÇA COMO RESPOSTA À SITUAÇÃO, 
DEPENDE DO CONTEXTO 
 
Processamento Por Teoria X Processamento por Dados (INFORMAÇÕES OBJETIVAS, 
FATOS): TEORIAS PESAM MAIS, MAS AMBOS FATOS E TEORIA COMPLEMENTAM A 
DECISÃO. 
somos tentados a acreditar que os policymakers são mais influenciados por informações teóricas. 
Evidências empíricas confirmam em parte essa tendência. No entanto, é preciso lembrar que 
informações objetivas e o processamento de dados objetivos também é importante na formulação da 
política externa. As duas formas de processamento são complementares e nenhuma supera a outra. 
 
III – Processo: 
 regras ou procedimentos p tomar decisões: as regras variam amplamente em forma, 
complexidade e no esforço mental exigido para sua execução. 
 pessoas têm preferido economizar esforços ao optarem por uma heurística simples e de baixo 
esforço que lhes permita resolver rapidamente, facilmente e com confiança na exatidão das opções que 
elas escolheram. 
cinco linhas de pesquisa: 
 
O Erro de Atribuição Fundamental: 
superestimam a importância de causas internas e disposicionais (de disposição). 
Duas qualificações: 
1) a unidade natural de análise : Estado-nação/ decisão centralizada e pensada- não é tão unitário 
assim. 
 
2) Nós raramente sabemos as causas verdadeiras do comportamento de outros Estados. verdade emergir 
lentamente e na maioria das vezes incompleta. 
 
Lições da História: O raciocínio analógico categorizar e estruturar problemas não-familiares em 
termos de problemas familiares. 
 
Evitando Dilemas de Valor (trade-offs): dilemas (trade-offs) são desagradáveis por 
 
razões cognitivas: é difícil medir as características positivas e as negativas das alternativas; 
razões motivacionais: é difícil justificar a si mesmo e para os outros a escolha de um valor básico em 
favor de outro valor básico. 
 
Os Efeitos Congeladores do Comprometimento: 
Escolhido o curso de ação, é difícil se desfazer daquele compromisso. Com isso, decisores e 
policymakers até buscam argumentos racionais e morais para justificar sua ação. É muito custoso 
politicamente admitir uma decisão equivocada e, depois de já tê-la implementado em parte, voltar atrás 
e desfazê-la. 
 
O Processo Decisório em Momentos de Crises: 
nem sempre os policymakers trabalham sob condições favoráveis. sob intensa pressão de tempo, 
conscientes de que erros de cálculo podem ter sérias consequências. 
 
IV - Observações Finais: 
 
- Os policymakers são lentos demais para revisar suas impressões iniciais de um evento; 
- Eles superestimam a importância do planejamento de longo-prazo e subestimam a importância do 
acaso e de pressões situacionais imediatas como causas do comportamento de outros Estados; 
- Os policymakers evitam ter que enfrentar dilemas de valor (trade-offs); 
- Os policymakers extraem lições simples e parciais da história; 
- Os policymakers defendem e apóiam ferrenhamente compromissos passados; 
- Os policymakers analisam informação de modos simplistas e superficiais sob condições altamente 
estressantes de crises. 
Robert Jervis 
Perception and Misperception in International Politics 
Do Perceptions Matter? 
A questão central é se as percepções dos tomadores de decisões importam, se elas são variáveis 
explicativas importantes? 
Jervis separa esse problema em duas questões. 
A primeira é se diferenças importantes de política externa estão relacionadas com 
percepções distintas dos tomadores de decisões? 
 A segunda é se existem diferenças significativas entre a realidade e percepções comuns? 
primeira com base em níveis de análise: 
1)sistema internacional 
2) Estado 
3) burocracia 
4) processo de tomada de decisões 
 não haveria a necessidade de se analisar o processo de tomada de decisão se: 
1)Estados com posições semelhantes no sistema se comportassem da mesma forma. 
2) Estados com características internas semelhantes agissem da mesma forma 
3) se a ação dos Estados fosse determinada por rotinas burocráticas. 
A importância dos níveis de análise varia conforme a situação. 
Analisa falhas de teorias baseadas nos 3 primeiros níveis de análise : 
1)sistema 
2) estado 
3) burocracia 
 Afirma a importância de se considerar as percepções dos tomadores de decisão. 
The International Environment 
Estados reagem igualmente a uma mesma situação objetiva externa. Para comprovar essa tese 
seria necessário um alto grau de casos de estudo com situações objetivas e o respectivo comportamento 
dos Estados nelas. Poucos sistemas internacionais apresentaram casos de países que tiveram papeis 
diversos e de papeis que foram desempenhados por países diferentes.Compulsion in Extreme Circumstances 
Existe também uma tese que defende que quanto maior a pressão decorrente de uma crise ou 
ameaça externa maior a homogeneidade de comportamento dos Estados e, portanto, menor a 
necessidade de se estudar a tomada de decisão. Jervis contra-argumenta : decisões tomadas de forma 
fácil e consensual são uma exceção. tomadores de decisões divergem sobre a causa da crise e as 
maneiras de enfrentá-la. Mesmo se essa homogeneidade se confirmasse, seria necessário explicar 
como que essas ameaças surgiram a partir de outros níveis de análise. O argumento de que o sistema 
internacional determina o comportamento dos Estados porque os tomadores de decisão afirmam isso 
não é válido. Existem poucos dados empíricos para comprovar essas teorias e a evidência aponta para a 
necessidade do estudo de outros níveis de análise. 
Domestic Determinants 
explicam a política externa de determinado Estado a partir de variáveis internas como posição 
geográfica, tradições, estilo nacional e conflitos internos. Se Estados de mesmo tipo se comportassem 
de forma parecida, uma mudança de liderança ou governo não geraria mudanças na política 
externa. Jervis considera muito difícil julgar o grau de continuísmo de uma dada atuação externa. Não 
é possível fazer comparações entre governos de períodos históricos diferentes. É possível evitar esse 
problema examinando a opinião das elites políticas sobre a política externa adotada. Um desacordo 
entre as elites pode revelar os limites de explicações baseadas no sistema internacional e na estrutura 
doméstica. 
The Bureaucracy 
As teorias que explicam a política externa a partir da dinâmica burocrática do Estado estão 
baseadas em duas premissas. A primeira é que as preferências dos burocratas são determinadas 
pela sua posição no governo. A segunda é que as decisões tomadas são geradas pelas barganhas e 
rotinas burocráticas. A primeira perde força quando se constata que, em temas não usuais, 
importantes e que demandam respostas rápidas as divergências sobre políticas não estão 
relacionadas aos cargos ocupados pelos burocratas ou às organizações que esses representam. Já 
a segunda premissa perde força quando se constata que a distribuição de poder entre os organismo 
burocráticos é produzido por fatores fora desse nível de análise e é vital para o produto final desse 
processo de barganha e negociação. Essas teorias não conseguem especificar como a política final é 
gerada a partir de preferências conflitantes e tem pouca capacidade preditiva. Além disso, ela não 
consegue explicar as mudanças de política externa enquanto as estruturas e interesses 
burocráticos tendem a ser constantes. 
 
Perceptions, Reality and a Two-Step Model 
Conclui-se que é impossível explicar decisões e programas de política externa sem relacioná-los 
com as noções dos tomadores de decisões sobre o mundo e as imagens que estes fazem de outros 
atores. O estudo da tomada de decisões é necessário quando policymakers na mesma situação agem de 
formas diferentes. Mesmo se descobríssemos que Estados em situações semelhantes (seja o 
posicionamento dentro do sistema, a estrutura doméstica ou a negociação burocrática) agem da mesma 
forma, seria interessante o estudo da tomada de decisão no caso da existência de diferenças entre as 
percepções dos tomadores de decisões e a realidade. Jervis propõe um mediated or two step-model, 
em que as percepções dos atores são examinadas como uma das causas imediatas do seu 
comportamento. A compreensão do mapa cognitivo de um ator afeta o nosso entendimento do seu 
comportamento passado e futuro. Claro que as percepções não são as únicas variáveis importantes para 
a tomada de decisão, mas a causa de muitas disputas sobre política externa deriva de percepções 
diferentes. Jervis defende que é importante buscar as causas de misperceptions e percepções diferentes. 
Para isso, a segunda etapa de seu modelo consiste em relacionar as imagens cognitivas às informações 
disponíveis para o ator. Isso não significa que seja possível explicar o comportamento de todos os 
Estados. Afirmações sobre as causas e efeitos das imagens cognitivas podem ser somente 
probabilísticas. 
 
 
Gideon Rose: Neoclassical Realism and theories of Foreign Policy 
 
Introdução 
 
- O Neorealismo, através de pressupostos gerais a respeitos das motivações de Estados, tenta explicar o 
comportamento de Estados individuais, mas não pretende explicar este comportamento em grande 
detalhe ou em todos os casos. 
 
- Esta tarefa fica a para as teorias de Foreign Policy - Política Externa (PE). 
 
- Essas abordagens têm como variável dependente o comportamento individual de Estados, ao contrário 
de padrões gerais de comportamento entre Estados. 
 
Escolas de Política Externa (PE): 
 
1) Innenpolitik – ênfase em fatores internos (como ideologia política ou econômica, política 
partidária, estrutura socioeconômica, etc.) para explicar PE. Exemplo de conclusão: o 
comportamento de países democráticos é diferente do de países não democráticos. 
Problema: levar em consideração somente aspectos domésticos vai dificultar a explicação do 
comportamento de estados com sistemas domésticos similares mas PE diferente (e vice-versa). 
 
As outras escolas são variações do realismo e trabalham com a influência do sistema internacional no 
comportamento estatal. 
 
2) Realismo Ofensivo – Fatores sistêmicos sempre dominantes. SI composto de estados racionais 
e unitários preocupados acima de tudo com a sua segurança. Anarquia internacional vista como 
Hobbesiana (a não ser em situações de bipolaridade ou deterrance nuclear): segurança escassa e 
busca pela maximização de vantagem relativa. Diferenças domésticas não importantes. O que 
vai definir comportamento é poder relativo. 
3) Realismo Defensivo – – Fatores sistêmicos sempre dominantes. SI composto de estados 
racionais e unitários preocupados acima de tudo com a sua segurança. A diferença em relação 
ao realismo ofensivo, é que a anarquia internacional é vista como benigna: segurança 
abundante. *** FALTOU COISA 
4) Realismo Neoclássico – Teoria innenpolitik está equivocada, pois se há um fator que determina 
a condução da PE ao longo do tempo, este é a capacidade relativa dos estados. Incorpora 
varáveis internas e externas. A ambição dos Estados é primeiramente guiada por sua posição no 
sistema internacional – capacidades materiais relativas (poder). Argumentam, no entanto, que o 
impacto das capacidades relativas na PE de um Estado é complexa e indireta. Isto pq pressões 
sistêmicas precisam ser traduzidas através de variáveis intervenientes que se fazem presentes no 
nível da unidade (percepções de „policy makers‟, estrutura doméstica, etc.). Ao invés de 
enfatizarem que estados buscam segurança, os neoclássicos ressaltam que Estados respondem 
às incertezas da anarquia internacional buscando controlar e moldar o ambiente externo. O 
sistema internacional não é nem hobbessiano nem benigno, mas confuso e difícil de se 
interpretar. No longo prazo a quantidade relativa de poder material vai determinar a amplitude e 
magnitude da PE. Um aumento na capacidade material relativa eventualmente vai corresponder 
a uma expansão na ambição e no escopo da PE de um Estado. 
 
A maioria dos realistas neoclássicos trabalha com a ascensão e a queda de grandes potências para 
fundamentarem a sua teoria. Fatores não sistêmicos podem contribuir para exacerbarem ou 
mitigarem pressões sistêmicas. 
 
Variáveis intervenientes: 
 
1) Percepções e Misperceptions (Wohlforth): pressões sistêmicas filtradas por meio de 
percepções. Explicações sistêmicas assumem entendimento objetivo e preciso da distribuição 
de poder no SI. Não explica corretamente. É necessário se analisar detalhadamente como cada 
policymaker perceber a realidade. Guerra Fria é exemplo perfeito. Ou seja: não negam a 
importância das capacidades relativas,o problema, no entanto, é o entendimento desta 
realidade. 
2) Força doméstica do Estado (Zakaria): Por conta de fatores internos, líderes podem não ter 
acesso total aos recursos materiais de poder de um Estado. Ênfase aqui é na capacidade de um 
Estado traduzir os seus recursos em poder. (Falta de coesão interna, etc.). Christensen: “national 
political power”: habilidade de líderes estatais para mobilizarem recursos materiais e humanos. 
Christensen afirma que as elites políticas tendem a conseguir o que desejam, mas acabam tendo 
que fazer concessões para seus públicos para conseguir. 
 
 
Metodologicamente neoclássicos começam no nível sistêmico, para depois entender como, em casos 
reais e específicos, o poder relativo é traduzido e operacionalizado na PE. 
PUTNAM 
 
Jogos de dois níveis interação entre níveis doméstico e internacional 
 
1. Introdução 
 
 
membros do Executivo : dilemas distintos em cada esfera, estabelecer conciliação 
 
- análise do impacto dos fatores domésticos e internacionais no processo de barganha entre os membros 
dos Executivos dos Estados. 
 
 
2. Jogos de dois níveis 
 
Nível II – discussões, consentimento para ratificação do acordo. 
nível nacional: forças domésticas  pressão sobre Executivo 
Executivo: buscam ampliar seu poder de barganha por meio da coalizões entre essas forças; 
 
Nível I – barganha mesa internacional 
nível internacional: membros do Executivo: 
- satisfazer interesses domésticos 
- minimizar conseqüências adversas dos desenvolvimentos externos. 
 
 
 
3. Win-set 
 
 acordos possíveis no Nível I que poderiam ser aceitos no II. 
 
a) win-sets tornam acordo no Nível I + provável 
O acordo só é possível quando os win-sets se sobrepõem. 
isso deve ocorre c todos os países 
 
b) Tamanho dos win-sets: 
afeta distribuição dos ganhos da barganha internacional. 
 Quanto <+ o win-set , + ele poderá ceder. 
 
um win-set pequeno = vantagem na barganha, restringe a capacidade de fazer concessões. risco : 
posição imóvel , estagnação 
 
Schelling: 
 divisões internas criam vantagens na barganha internacional. 
 
Milner: 
quanto mais houver divisões internas, menos provável é a cooperação 
internacional -dificuldade de obter o consentimento para ratificação 
 
 
5. Determinantes do win-set 
 
A distribuição de poder, escolhas políticas,coalizões possíveis no Nível II, 
 Custo do não-acordo ( menor custo, menor win-set), homogeneidade domésticas, 
 Ligação entre áreas temáticas 
 
b) As instituições políticas do Nível II: procedimentos domésticos para se obter o 
consentimento para a ratificação de acordos afetam o tamanho do win-set. 
As instituições domésticas podemaumentar o poder de barganha OU ampliar o risco de deserção 
involuntária – incapacidade de cumprir uma promessa por não se obter consentimento para 
ratificação 
 
_ Nem todas as práticas de ratificação são formais. muitos arranjos 
institucionais requerem vários níveis de ratificação, 
 
_ Práticas políticas domésticas podem afetar o tamanho do win-set, : 
disciplina partidária , autonomia dos decisores (<+ autonomia, <+ o win-set e <+ a 
probabilidade de acordo. Porém, quanto + forte é um Estado ,+ fraca é sua posição de barganha 
internacionalmente). 
 
 
c) estratégias Nível I: explorar, Compensações paralelas p atrair apoio doméstico (valor da 
compensação paralela deve ser calculado em termos da contribuição para o consentimento para 
ratificação) e sua popularidade para ganhar o consentimento para ratificação de suas iniciativas 
externas. 
 
6. Incerteza e táticas de barganha 
 no Nível I em geral não têm boas informações sobre a política no Nível II no outro lado. Incerteza 
sobre tamanho do win-set pode ser instrumento de barganha (negociadores exploram divisões internas 
dizendo “é melhor fazer acordo comigo, pois a alternativa a mim é pior”) e “stumbling blocks” 
(incerteza sobre win-set do outro lado amplia risco de deserção involuntária); 
 
um jogador maximizador de utilidade busca, convencer os negociadores da outra parte de que seu win-
set certamente será aprovado, mas que acordos mais favoráveis ao outro lado provavelmente não o 
serão. 
 
7. Reestruturação e reverberação 
-Jogadores podem reestruturar o jogo ou alterar as visões uns dos outros acerca dos custos de não-
acordo 
-Jogadores podem levar em consideração que pressões internacionais reverberam 
na política nacional, definindo o equilíbrio de poder internamente e assim podendo 
facilitar o acordo, ao ampliar o win-set doméstico, ou o prejudicar, ao gerar perdas. 
 
8. Papel do negociador central 
 
 negociadores - representantes de grupos dotados de interesses próprios. 
 
objetivos: 
 
a) maximização de recursos políticos e minimização de perdas. 
Resultados do acordo são politicamente recompensadores; 
 
b) própria concepção de interesse nacional 
 
c) Mudança do equilíbrio de poder no nível doméstico em favor de políticas que preferem devido a 
razões exógenas. As negociações internacionais podem permitir a líderes fazer o que desejam, mas 
que não conseguem implementar domesticamente. 
MILNER 
Jogos de dois níveis II: preferências, instituições e informação 
 
1. Introdução 
cooperação internacional  coordenação política  ajustar comportamentos  atingir objetivos 
específicos  ganhos mútuos 
 
 três variáveis independentes: 
 
preferências políticas, instituições políticas domésticas e distribuição da informação 
 
 teoria da escolha racional 
 
2. Variáveis independentes 
 
2.1. Preferências 
interesse difere de preferência: representam objetivos que mudam pouco e não se distinguem entre 
atores // interesse central é a maximização de ganhos. 
 
Preferências: escolhas políticas específicas visando maximização DE GANHOS, podendo variar de 
ator para ator 
 
 preferências : diferir de acordo com os países e com as áreas temáticas 
 perspectiva de três atores que compartilham poder de formulação da decisão : Executivo, o 
Legislativo e grupos de interesse . 
 Estado não é ator unitário, e política doméstica não é hierárquica, mas poliárquica (Atores de 
preferências variadas compartilham poder sobre o processo de formulação da decisão); 
 governo dividido : menos provável é a cooperação internacional, mas melhor o Legislativo fica . 
 Governo unificado : + comum em sistemas c predominância de dois partidos e depende da 
disciplina partidária. a situação lembra a ação de um ator unitário. 
 
 A cooperação internacional desejada quando: 
 
a) O objetivo é modificar políticas de outros países, impedir que adotem alguma medida ou 
pressionar a adotar uma. 
externalidades (negativas geram custos p outro Estado, – positivas :benefícios ) 
A coordenação pode ser uma forma de evitar que os líderes de B unilateralmente 
imponham externalidades negativas sobre A. Em troca, os de A podem ter que desistir 
de algo, mas isso deve valer o preço de limitar B. 
 
Se os líderes de A desejam que os de B adotem uma política que gere externalidades positivas, mas os 
de B não querem, a cooperação internacional pode oferecer uma forma de se atingir um entendimento; 
 
b) Líderes desejam evitar problemas políticos domésticos. 
Coordenação internacional - superar oposição doméstica e adotar certas políticas ; 
 
c) Líderes podem reafirmar suas políticas preferidas. 
 
 benefícios da cooperação internacional superam os custos 
 
2.2. Instituições 
determinam como controle sobre processo de formulação da decisão é distribuído domesticamente: 
definição da agenda / poder de emenda e de ratificação / veto. 
O controle sobre esses poderes influência sobre formulação da decisão. 
 
 Instituições importam, mas as preferências circunscrevem o nível ao qual as instituições podem 
produzir variações nos resultados; 
 
Podere legislativo: 
a) Controle sobre a agenda: 
 
Limites: capacidade de emenda e ratificação , quem tende a ter tal poder é o Executivo; 
 
b) Poder de emenda (++ importante): alteraçõesque tragam o acordo para 
mais perto de seu ponto ideal. 
 
d) Referendos: votos do público para aprovar ou para rejeitar uma proposta política do 
governo. Executivo controla a proposta de referendos, reduzindo a influência do Legislativo. Executivo 
usa-os para obter apoio público às propostas executivas; 
 
e) Compensações paralelas :Executivo cede em questões para que legislativo ceda em outras 
envolvendo compensações. 
 
 Executivo precisa antecipar a reação do Legislativo à proposta 
aceita internacionalmente p garantir que seja aceitável 
 
a) Probabilidade de acordo <+ qdo poder de formulação da decisão está concentrado num ator político 
doméstico 
 
b) Dispersão de poderes legislativos do Executivo para o Legislativo altera os termos da cooperação, 
tornando-a mais favorável ao Legislativo; 
 
b) preferências sobre políticas e sobre instituições, certas instituições tornarão a realização de suas 
preferências mais provável. 
c) Escolha de procedimentos para desenvolver e ratificar políticas cooperativas : 
 
- Forma como acordos são ratificados – maioria simples, supramaioria, referendo popular etc. 
influenciam acordos internacionais. pois determinam quem 
será o votante mediano cuja aceitação o Executivo deve assegurar. determinam 
os atores relevantes e preferências domésticas. 
 
- meios pelos quais se oferece consentimento para ratificação dos acordos seguem ligadas às suas 
preferências também farão escolhas sobre procedimentos. Eles podem tentar se tornar os votantes 
medianos; 
 
d) Mudanças nos procedimentos de ratificação, depois de as negociações estarem completas 
cooperação menos provável. 
 
2.3. Informação 
 informação incompleta  
a) resultados ineficientes (falha em cooperar qdo ganhos conjuntos são possíveis); 
 
b) vantagens políticas para quem detém mais informação. 
_ um Executivo que tenha informação confidencial pode se beneficiar às custas do Legislativo e atingir 
um resultado mais próximo de suas preferências; 
 
É papel dos grupos de interesse oferecer informação aos atores acerca da natureza 
das questões e dos acordos. 
 
3. Conclusão 
 
Qto <+ as diferenças de preferências, 
 qto + igualmente distribuída estiver a informação e 
 qto + instituições dispersarem em poder 
 
 + poliárquica 
 
 
a) Se … 
Executivo compartilha poder de formulação de decisão c Legislativo 
se os dois têm preferências distintas 
cooperação menos provável 
 
b) Quanto + dividido o governo, menos provável é a cooperação, 
<+ probabilidade de falha na ratificação e 
<+ a influência do Legislativo sobre os termos do acordo 
 
c) Quanto <+ assimetria de info + provável falha na ratificação. 
Acordo vai refletir + as preferências do Executivo do q legislativo; 
 
d) situação de informação assimétrica: 
 se o Legislativo depende de endossantes informados, a cooperação torna-se mais provável e mais 
responsiva às preferências do Legislativo. 
 
Milner: Sob certas condições, informação incompleta não é 
prejudicial para a cooperação. 
 
Na presença de endossantes, informação assimétrica pode ampliar a probabilidade de cooperação. 
 
 Adição da política doméstica tem conseqüências negativas para a cooperação 
internacional. 
 
Milner desafia Schelling (divisões internas podem criar vantagens de barganha: se um se um grupo se 
opõe fortemente a certas concessões, ele pode evitar condescender nesta área e garantir um melhor 
acordo internacionalmente) 
Milner: quanto + divisões internas, menos provável a cooperação internacional, Executivo terá 
dificuldade de consentimento p ratificação e será forçado a negociar preferências de outros atores 
domésticos. 
 
Legislativo: pode tornar a cooperação menos provável e tornar acordos mais favoráveis a ele. 
 Ao contrário do que diz o Realismo, nem sempre o Executivo é aquele que prevalece. Para Milner, 
grupos domésticos compartilham poder 
 
 
GOLDSTEIN, J.; KEOHANE, 
Ideas and foreign policy: beliefs, institutions, and political change 
 
1. Introdução 
1.1. A aproximação entre neo-realismo e institucionalismo neoliberal 
Institucionalismo neoliberal (NL): 
a) Keohane aceitou a importância do sistema na constituição do comportamento das 
unidades, mas, onde Waltz via conflito, Keohane via a possibilidade de cooperação. 
Keohane acreditava que as unidades poderiam desenvolver estratégias de 
cooperação, mesmo na falta de um poder soberano forte para penalizar os desertores. 
A cooperação poderia ser uma estratégia produtiva; 
b) Instituições seriam responsáveis por compartilhar informações, reduzir os custos de 
transação, oferecer incentivos às concessões comerciais e mecanismos para a 
resolução de disputas e conceder mecanismos para a formulação de decisões. 
Poderiam, assim, ampliar a cooperação até mesmo se nenhum poder coercitivo 
existisse, já que, quanto mais os atores observassem aos outros, mais eles poderiam 
analisar a vontade dos outros de cumprir com os acordos cooperativos; 
c) As instituições internacionais criadas durante a hegemonia poderiam persistir e 
crescer, oferecendo soluções para os problemas de cooperação, bem como 
benefícios no comércio, no crescimento econômico e na segurança; a cooperação 
ocorreria mesmo sem um poder dominante para resolver os problemas da ação 
coletiva. 
Diferenças – NR e NL: 
a) Ganhos: os neo-realistas estão mais preocupados com ganhos relativos dos Estados. 
Já os neoliberais preocupam-se com ganhos absolutos; 
b) Limites à cooperação: enquanto para os neo-realistas a cooperação apenas serve 
para concretizar objetivos de ganho que sejam superiores aos dos outros Estados e a 
trapaça não é um problema, para os neoliberais a cooperação não é difícil, sendo 
necessários mecanismos que evitem as trapaças, para que os Estados percebam que 
os ganhos do longo prazo com a cooperação são melhores do que se deixar levar 
pelos ganhos de curto prazo. 
Semelhanças – NR e NL: teoria da escolha racional e positivismo. 
 
a) Modelo desenvolvido por Keohane compartilhava muito com o NR: NL aceitava a 
anarquia internacional e o egoísmo racional dos Estados. _ Queria mostrar que era 
possível egoístas racionais cooperarem num sistema anárquico; 
b) No início dos anos 80, inúmeros elementos do neoliberalismo, como a 
interdependência e os regimes internacionais, foram acomodados dentro do neorealismo, 
ao mesmo tempo em que o neoliberalismo redefiniu-se de uma 
interdependência complexa para uma versão mais estatocêntrica mais compatível 
com o realismo. O neo-realismo revisado era uma combinação do realismo estrutural 
de Waltz com premissas individualistas, em geral adicionando a dimensão doméstica 
à sua explicação. 
A aproximação entre NR e NL: 
a) Análises centradas em interesses e em escolhas estratégicas, destacando que os 
Estados são atores racionais que fazem cálculos sobre se cabe ou o conflito ou a 
cooperação dependendo das circunstâncias em que interagem. Os comportamentos e 
as escolhas dos atores são frutos dos cálculos sobre as situações estrategicamente 
mais interessantes e são determinados pelas circunstâncias; assim, na anarquia, 
podem ser produzidos resultados múltiplos, já que as escolhas estratégicas e os 
interesses egoístas podem levar tanto à cooperação como ao conflito, de acordo com 
as circunstâncias. _ O fato de haver auto-interesse não permite fazer observações 
sobre a lógica e a natureza da anarquia, ou seja, não se pode dizer que a anarquia é 
um estado apenas de conflito ou de cooperação. É possível, portanto, que se 
obtenham resultados variáveis na mesma estrutura; 
b) Grieco e Keohane concordam que os Estados são os principais atores, que os atores 
são racionais e sensíveis a custos e que a anarquia é a falta de um governo 
interestatal comum. Na perspectiva liberal, Keohane amplia claramente as 
considerações sobre a anarquia, apontando que ela não pode explicar a variação nos 
modelos de conflito ou de cooperação entre os Estados, e diz que a busca de tais 
ganhos pelos atores depende dascircunstâncias em que esses atores estão inseridos. 
Segundo Keohane, os ganhos relativos podem ser forças importantes motivadoras de 
Estados e firmas, mas apenas quando os ganhos assimétricos em um período alteram 
as relações de poder em outro e quando há a possibilidade de que vantagens 
subseqüentes em termos de poder possam ser usadas contra os próprios atores. Nas 
suas considerações sobre ganhos relativos, Keohane leva em conta o número de 
atores (com mais de dois atores, pode ser atraente conceder ao outro ganhos relativos 
a fim de atingir um terceiro), a ligação entre as áreas temáticas (espaço para atores 
empregarem forças em uma área para compensar fraquezas em outras) e a efetiva 
intenção de aplicação de mais capacidades contra outros atores. 
1.2. A síntese racionalista 
Racionalismo busca uma proposta mais pragmática que pudesse oferecer respostas 
empíricas às questões que despontaram no mundo pós-Guerra Fria e, com isso, 
fornecer explicações que as teorias tradicionais não conseguiam trazer. _ 
Racionalismo vai além do NR e do NL ao procurar respostas para quebra-cabeças em 
 
vez de grandes formulações teóricas gerais. Quer, assim, teorias mais modestas 
baseadas em questões específicas, que possam prever melhor os fatos, trazendo 
consigo maior sofisticação para o estudo. Em vez de se buscarem orientações 
teóricas gerais, os programas de pesquisa específicos ligam variáveis explanatórias a 
um conjunto de resultados ou variáveis dependentes (por exemplo, quais são os 
efeitos das várias distribuições do poder ou da democracia na propensão dos Estados 
a entrar em guerras? Sob quais condições as instituições internacionais promovem 
cooperação?). Quando tais teorias específicas são testadas com a evidência, 
respostas são propostas, podendo ser falsificadas ou refutadas; 
Diante de um quebra-cabeça, deve-se formulá-lo como um problema para atores 
racionais com interesses específicos, interagindo numa situação caracterizada pela 
escassez de recursos. Assim, no racionalismo, a formulação de um quebra-cabeça 
envolve atores individualistas, além do uso de uma estrutura comum: o uso da escolha 
racional, a estrutura de jogos que abarca as idéias tanto de cooperação como de 
conflito, ou, como destacam os autores, “tanto os argumentos liberais embasados na 
economia, que enfatizam o acordo voluntário, como os realistas, que enfocam poder e 
coerção”; 
Síntese se verifica ao observarmos que os programas de pesquisa específicos que 
refletem uma orientação teórica geral realista enfocaram que a possibilidade de 
coerção pode prejudicar alguns atores e apontaram as conseqüências das assimetrias 
na barganha e os problemas de compromisso no ambiente anárquico. Refletem, 
assim, a influência da perspectiva liberal na incorporação de aspectos como a 
dimensão doméstica e a dinâmica das interações e dos relacionamentos. Os 
argumentos que enfocam a importância da formulação de agenda, a incerteza e a 
manipulação estratégica são baseados nas mesmas formulações de teoria de jogos 
que têm guiado o trabalho recente de perspectivas mais liberais que enfatizam os 
benefícios mútuos da cooperação. No mundo pós-Guerra Fria, os projetos específicos 
de orientação teórica geral realista se tornaram mais sensíveis a variações nos 
objetivos dos Estados e a um conjunto mais complexo de relações entre ganhos 
absolutos e conflitos distributivos; 
Positivismo: a verdade como correspondência, a unidade metodológica da ciência e a 
natureza livre de valores do conhecimento científico. Suposições básicas: a separação 
de sujeito e objeto, o naturalismo e a separação de fato e valor. 
1.3. Os reflexivistas 
Racionalismo X Reflexivismo: 
a) Racionalistas: interesses são dados e logicamente anteriores a quaisquer crenças 
mantidas pelos atores. Assumem que atores são auto-interessados que maximizam 
sua utilidade. Preferências e crenças causais dos atores são dados e a atenção é 
deslocada para a variação nas restrições encontradas pelos atores; 
b) Reflexivistas: como práticas de conhecimento constituem os sujeitos. Reflexivistas 
compartilham uma concepção intersubjetiva do processo em que as identidades e os 
interesses são endógenos à interação. 
 
Perspectivas reflexivistas estão unidas não pelo que concordam, mas pelo a que se 
opõem: elas criticam o compromisso positivista com uma visão de ciência unificada e 
a adoção de metodologias das ciências naturais para explicar o mundo social; 
Principais vertentes reflexivistas: 
a) Teoria Crítica (com letras iniciais maiúsculas, em referência à Escola de Frankfurt): 
_ Escola de Frankfurt: dialética do conhecimento e poder. Repúdio às pretensões 
pseudocientíficas da filosofia moderna e foco nas potencialidades totalitárias de 
uma forma particular de razão – razão instrumental – que, desde o Iluminismo, tem 
dominado o pensamento ocidental com suas preocupações sobre o controle 
técnico da natureza e sua capacidade de resolução de problemas; 
_ Principal tarefa: libertar povos modernos de sua alienação nas sociedades onde 
uma compreensão de sua cultura, história e poder político havia sido apropriada 
por um modo dominante de conhecimento (racionalidade científica) e pelas 
instituições estatais para o qual esse conhecimento é utilizado e proliferado; 
_ Assim, expor o projeto positivista no cerne de um processo de conhecimento que 
se diz neutro é, nesse sentido, um empreendimento emancipatório com 
implicações políticas práticas. _ Natureza histórica e política de todo 
conhecimento. Teoria inexoravelmente conectada com a prática. 
b) Pós-modernismo / Pós-estruturalismo: buscam demonstrar a ausência última de 
fundações (suposições sobre sujeito/objeto, fato/valor, Eu/Outro) para o pensamento e 
desestabilizando as noções de essência e de presença. Apontam que as 
comunidades em que estamos inseridos são frutos do pensamento moderno – como o 
Estado soberano, por exemplo – e serviram como mecanismos de exclusão e de 
promoção de uma lógica totalizante; ao converterem circunstâncias socialmente 
produzidas em condições quase naturais, as perspectivas modernas de imutabilidade 
da ordem política contribuíram para a formação de sujeitos que sucumbem à crença 
de que as relações entre as comunidades políticas independentes devem permanecer 
como estão. Alvos das críticas: 
_ O fundacionismo e o essencialismo da filosofia científica pós-iIluminista; 
_ Pressuposições universalistas sobre o homem racional moderno; 
_ Seu compromisso metateórico com categorias duais de significado e 
compreensão: Campbell: na modernidade, as fronteiras estatais serviram para 
estabelecer as identidades por meio da exclusão dos que não estão dentro delas; 
nesse contexto, as práticas das identidades acabaram levando a conflitos num 
contexto de territórios rigidamente segmentados. Segundo Campbell, as relações 
internacionais, ao recorrerem discursivamente ao Estado como a identidade 
organizadora, podem ser vistas como um discurso particular – e poderoso – sobre 
a política de identidade, no qual mesmo a problematização “não-estatal” feita por 
perspectivas como o neoliberalismo – que procurou inserir atores transestatais, 
subestatais e não-estatais no estudo da política internacional – não buscou retirar 
o Estado do núcleo do ideal regulativo de interpretação; 
 
_ Suas estratégias logocêntricas de identidade e hierarquização: O funcionamento 
do procedimento logocêntrico pode ser mais claramente visto em oposições 
práticas familiares, tais como dentro/fora, literal/figurativo, centro/periferia, 
continuidade/mudança, objetivo/subjetivo. Em face dessas e de outras oposições, 
o sujeito participante no regime da modernidade é inclinado pelo procedimento 
logocêntrico a impor uma hierarquia ao identificar sua voz de interpretação e 
prática com um ponto de vista subjetivo, um centro interpretativo soberano. A partir 
desse posicionamento, um dos lados de tais oposições pode ser concebido como 
uma realidade maior, pertencente ao domínio do logos, oucomo presença pura e 
indivisível sem necessidade de explicação. O outro termo de cada par é então 
definido somente em relação ao primeiro termo, com uma denotação de 
inferioridade ou derivação. Ao privilegiar um dos termos, o procedimento 
logocêntrico dá efeito a uma hierarquia na qual o outro termo se torna uma 
negação, uma manifestação, um efeito, uma disfunção. 
c) Feminismo: Perspectiva variada: 
_ Empiricismo feminista _ Normas da pesquisa positivista para substituir a ciência 
“má” pela ciência “boa”. Trabalho claramente fundacionalista; 
_ Standpoint feminista: afinidades com o projeto emancipatório da Teoria Crítica. 
Todo conhecimento representa um ponto de vista (negam o universalismo) e 
afirma que o ponto de vista das mulheres (standpoint) provê uma fundação 
privilegiada sobre a qual o conhecimento pode ser construído, em relação ao 
ponto de vista do homem. Os oprimidos são melhor equipados para compreender 
a natureza das relações sociais do que os opressores; 
_ Pós-modernismo feminista _ Questões mais interessantes: as perspectivas pósmodernas 
permitem às feministas desconstruir noções de gênero, desprivilegiar 
noções masculinas do mundo. 
d) “Construtivismo moderado”: Wendt aponta que a dimensão material não é suficiente 
para entender o comportamento; por isso, é preciso entender a dimensão constitutiva, 
que enfoca justamente as identidades. Assim, indica que, ao contrário do que 
defendem os materialistas mais ferrenhos do mainstream, as estruturas da associação 
humana são primariamente culturais e esclarece que essas estruturas não apenas 
regulam o comportamento (não apenas têm efeitos causais), mas constroem 
identidades e interesses (têm efeitos constitutivos). Enquanto a escolha racional 
entende identidades e interesses como dados exogenamente à interação e oferecem 
uma concepção comportamental do processo, o construtivismo de Wendt destaca 
como expectativas produzidas pelo comportamento afetam identidades e interesses, 
vendo o conhecimento que define identidades e interesses como endógeno à 
interação. Nessa ontologia, as forças materiais ainda importam (não são “ideas all way 
down”, como pensam teóricos mais radicais) e os indivíduos ainda são atores 
intencionais, mas o significado de tais forças e o conteúdo dos atores dependem das 
idéias compartilhadas nas quais estão envolvidos. Poder e interesse são fatores 
importantes na vida internacional, mas seus efeitos são uma função de idéias que 
determinam seu significado e conteúdo. 
 
e) Construtivismo orientado pelas regras: Segundo Onuf, os seres humanos constroem a 
realidade por meio de atos, que podem ser atos do discurso, os quais, por sua vez, 
podem ser institucionalizados por meio de regras (“rules”, ao mesmo tempo 
reguladoras e constitutivas) e assim oferecer o contexto e a base de significado para 
ações humanas mais amplas. Tais regras orientam o comportamento humano e 
servem como meios para a construção social, tornando possível o significado 
compartilhado. Esse processo é densamente político, já que as regras distribuem os 
benefícios de forma desigual; as regras transformam a matéria em recursos. Têm-se 
oportunidades assimétricas para o controle: tem-se, assim, o domínio (“rule”). 
Tais perspectivas reflexivistas serão tratadas mais minuciosamente nas próximas 
aulas. Por enquanto, será dado destaque ao enfoque neo-institucionalista sobre o 
papel das idéias. 
2. O enfoque neo-institucionalista sobre o papel das idéias 
Questão: As idéias têm impacto sobre resultados políticos e, se têm, sob quais 
condições ? _ Argumento de Goldstein & Keohane: Idéias (crenças mantidas pelos 
indivíduos) influenciam a política quando princípios e / ou crenças causais: 
a) Oferecem mapas que ampliam a clareza dos atores sobre objetivos ou sobre a relação 
entre meios e fins; 
b) Afetam resultados de situações estratégicas em que não há um único equilíbrio; 
c) Estão incorporadas em instituições políticas. 
Goldstein & Keohane: 
a) Tanto idéias como interesses têm peso causal nas explicações das ações humanas; 
b) Goldstein & Keohane criticam perspectivas que negam a importância das idéias, mas 
Goldstein & Keohane não desafiam a premissa de que os indivíduos atuam de forma 
racional e auto-interessada. Vêem o racionalismo com ponto de partida, mas mostram 
que a existência de anomalias empíricas pode ser resolvida quando idéias são 
levadas em consideração; 
c) Goldstein & Keohane também desafiam a tendência antiempiricista de grande parte 
dos trabalhos reflexivistas. Goldstein & Keohane acreditam que idéias podem e devem 
ser examinadas empiricamente; 
d) Goldstein & Keohane enfocam o impacto de crenças dos indivíduos sobre o mundo 
que tenham implicações para a ação humana. _ Goldstein & Keohane não procuram 
explicar as fontes dessas idéias, mas sim os seus efeitos. 
2.1. Tipos de crença 
Visões de mundo: afetam a vida social de múltiplas formas e ao longo do tempo. 
Exemplos: religiões, concepções de soberania (Paz de Vestfália); 
Princípios: idéias normativas que especificam critérios para distinção entre certo e 
errado (por exemplo, “escravidão é errado”). 
Crenças causais: Relações causa-efeito 
2.2. Impacto das idéias na PE 
2.2.1. Idéias como mapas 
Indivíduos determinam suas próprias preferências e entendem a relação causal entre 
seus objetivos e as estratégias políticas alternativas pelas quais podem atingir esses 
objetivos. Idéias são importantes quando atores acreditam nas ligações causais que 
identificam ou nos princípios normativos que refletem; 
Quando vemos a política como uma arena em que atores enfrentam incertezas 
contínuas sobre interesses e sobre como os maximizar, idéias servem ao propósito de 
guiar o comportamento sob condições de incerteza ao estipularem modelos causais e 
ao oferecerem motivações éticas ou morais para a ação; 
Idéias causais respondem diretamente à incerteza reduzindo-na, enquanto os 
princípios permitem às pessoas comportar-se decisivamente, apesar da incerteza 
causal. Princípios causais podem mudar o foco para questões morais e as afastar das 
instrumentais, que enfocam interesses materiais e poder. 
2.2.2. Idéias como pontos focais ou como elemento de ligação 
Idéias afetam interação estratégica, ajudando ou impedindo esforços conjuntos para 
resultados mais eficientes. Servem como pontos focais que definem as soluções 
cooperativas, contribuindo para resultados na falta de um equilíbrio único, ou agem 
como elementos de ligação a fim de facilitar a coesão de grupos particulares; 
Jogos podem ter múltiplos equilíbrios (ex.: jogo da galinha); logo, as idéias podem ser 
a chave para se estabelecer o resultado de um jogo, em especial quando jogadores 
devem escolher entre resultados que representam ótimos de Pareto para todos, mas 
não há critérios “objetivos” nos quais possam basear a escolha. 
2.2.3. Idéias institucionalizadas (incorporadas a regras e normas) 
3. Conclusão 
Mudanças políticas podem ser influenciadas pelas idéias tanto porque novas idéias 
emergem como porque ocorrem mudanças nas condições subjacentes afetando o 
impacto das idéias existentes; 
Cada um dos três caminhos acima sugere formas em que as mudanças nas 
condições subjacentes, em vez de mudanças nas idéias propriamente ditas, podem 
alterar o impacto das idéias na política. Segundo Goldstein & Keohane, idéias em 
geral se tornam mais eficazes politicamente apenas em conjunção com outras 
mudanças, tanto nos interesses materiais como nas relações de poder; 
Mudanças nas idéias podem não levar imediatamente a uma alteração na política. 
Mudanças nas idéias são freqüentemente sentidas somente depois que o consenso 
político pré-existente numa área temática é desestabilizado 
 
KUBÁLKOVÁ, 
Foreign policy in a constructed world 
 
 
1. O construtivismo orientado pelas regras 
CONSTRUTIVISMO _ Forma de estudar as relações sociais – qualquer tipo e por 
isso se aplica a todas as áreas da pesquisa social. É um sistema de conceitos e 
proposições, não éuma teoria como tal. Não oferece explicações gerais para o que as 
pessoas fazem, por que as sociedades diferem ou como o mundo muda. O 
construtivismo é uma forma de teorizar; 
PROPOSIÇÃO _ Os seres humanos são seres sociais, não é possível ser humano 
fora de relações sociais. Ou seja, as relações sociais fazem ou constroem as pessoas 
no que elas são. Por outro lado, nós fazemos o mundo o que ele é, a partir da matériaprima 
que a natureza provê, pelo que fazemos uns com os outros e pelo que dizemos 
uns aos outros. Aliás, dizer é fazer: a forma mais importante de construir o mundo; 
OPERACIONALIZAÇÃO _ As pessoas fazem a sociedade, e a sociedade faz as 
pessoas. Para estudar esse processo, é preciso começar do meio, porque as pessoas 
e a sociedade já estão lá e estão em constante mudança: REGRAS SOCIAIS (inclui 
mas não se restringe às regras legais) fazem o processo de co-constituição. 
1.1. Regras fazem agentes; agentes fazem regras 
REGRAS _ Declaração que diz o que as pessoas deveriam fazer. O QUE _ padrão 
de conduta; DEVERIAM _ diz-nos para adequar nossa conduta ao padrão. Se nós 
não fazemos o que as regras nos dizem para fazer, podemos esperar as 
conseqüências que outra regra colocará em efeito, quando uma pessoa que segue as 
regras chamar pelas conseqüências; 
Modo de lidar com as regras: seguir, quebrar, fazer, mudar, livrar-se _ PRÁTICAS. 
Mesmo quando não sabemos o que uma regra diz, podemos inferi-la a partir das 
práticas das pessoas; 
AGENTES _ Regras nos dizem quem são os participantes ativos na sociedade. 
Pessoas são agentes apenas na medida em que a sociedade, por meio das regras, as 
faz participar em muitas situações para as quais existem regras; 
As regras permitem que as pessoas ajam em nome de construções sociais: nós 
mesmos, outros seres humanos, conjunto de pessoas. Por outro lado, os agentes não 
 
precisam ser seres humanos individuais para agirem em nome de outros. A agência é 
uma condição social; 
ESCOLHAS _ Regras dão escolhas aos agentes (seguir, quebrar, mudar, fazer etc.). 
Apenas seres humanos podem realmente fazer escolhas. _ Equipamento mental. 
Contudo, nós podemos fazer tais escolhas em nome de construções sociais; 
OBJETIVOS _ Agentes agem em sociedade para alcançar objetivos, que refletem as 
necessidades e desejos das pessoas à luz de suas circunstâncias materiais. Quando 
seres humanos agem como agentes, eles têm objetivos em mente, mesmo se não 
estão completamente cientes disso; 
RECURSOS _ Por meio de suas ações, agentes fazem do mundo material uma 
realidade social. Na busca de seus objetivos, os agentes se valem de meios materiais. 
Como o mundo é um lugar social, ao menos para seres humanos, as regras 
transformam aspectos do mundo material em recursos disponíveis para o uso dos 
agentes. As regras também constituem agentes e instituições como recursos; 
INTERESSES _ Se os agentes dizem as razões para usarem os recursos 
disponíveis, ou se observadores inferem isso da evidência, padrões reconhecíveis nos 
resultados constituem os interesses dos agentes. Agentes não precisam saber quais 
são interesses para agir com base neles. Aliás, seres humanos não precisam pensar 
em si como agentes para serem agentes. Não precisam ter autoconsciência disso; 
ATO DISCURSIVO _ Regras têm um conteúdo: uma regra diz aos agentes a quem a 
regra se refere e o que os agentes deveriam fazer em uma determinada situação. Ou 
seja, expor o conteúdo de uma regra é o mesmo que falar em uma forma em que o 
ouvinte responde ao que se está dizendo. O ato de falar em uma forma que faça 
alguém agir é um ato discursivo. Se o ato discursivo obterá algum resultado 
dependerá de se os outros responderão ao que escutaram. Formas: 
a) ASSERTIVO: informam os agentes sobre o mundo – o modo como as coisas são – e 
sobre as prováveis conseqüências da desconsideração dessa informação. PRINCÍPIO 
_ quando essa informação é declarada em termos gerais. INSTRUÇÃO _ termos 
específicos; 
b) DIRETIVO: Imperativos. Se o falante diz o que você deve fazer, ele quer que você 
acredite que você deve fazer. Geralmente, provê informações sobre as conseqüências 
de se desconsiderarem essas regras. Essas informações ajudam os agentes racionais 
a decidirem se querem seguir as regras ou não; 
c) COMISSIVO: envolve promessas, na forma de direitos e deveres. 
Todas as regras são constitutivas e reguladoras ao mesmo tempo. _ Por definição, 
as regras regulam a conduta dos agentes porque são normativas (dizem o que eles 
deveriam fazer). Essa regulação da conduta constitui o mundo dentro do qual essa 
conduta se dá, queiram os agentes ou não. Quando da regulação de uma conduta, 
esta terá efeito sobre o fortalecimento da regra (se obedecida) ou enfraquecimento (se 
desobedecida). Da mesma forma, uma regra constitutiva tem de afetar a conduta se 
pretende ser bem sucedida. 
 
1.2. Regras formam instituições; instituições formam sociedades 
INSTITUIÇÕES _ Agentes fazem escolhas em uma variedade de situações. As 
regras ajudam a definir essas situações, pois apresentam escolhas aos agentes. 
Agentes reconhecem essas regras, porque acreditam que segui-las ajuda a alcançar 
os objetivos. Nessas situações, as regras estão relacionadas às práticas dos agentes 
e a outras regras. _ INSTITUIÇÕES. Como padrões reconhecidos de regras e 
práticas, as instituições designam quais pessoas são agentes e constituem o ambiente 
dentro do qual os agentes agem. Ao exercitar escolhas, os agentes não agem apenas 
dentro de um determinado arcabouço institucional; eles também agem sobre esse 
arcabouço, mudando coletivamente os traços institucionais e eles mesmos no 
processo; 
CONSEQUENCIAS NÃO PRETENDIDAS _ Formam um padrão estável no que diz 
respeito a seus efeitos sobre os agentes. Ex: mercado perfeito. Às vezes, os agentes 
podem escolher evitar mudanças em tais padrões, adotando regras para alcançar 
esse efeito. Ex.: regra que fixa preços; 
ESTRUTURA _ Qualquer padrão estável de regras, instituições e conseqüências 
não-pretendidas. A estrutura pode afetar os agentes, e esses, por sua vez, podem 
responder a isso em um contexto institucional. _ Quando fazem isso, os agentes 
institucionalizam a estrutura, trazendo regras para lidar com a situação. 
Regras em evidência: 
a) REDE _ Quando regras de instrução estão em maior evidência, os agentes se 
situam em redes de regras e práticas. Ex: equilíbrio de poder. Suas regras designam 
um elevado status a poucas grandes potências que devem agir como se fossem 
iguais em recursos. Se os agentes estatais seguem essas regras, a conseqüência 
deve ser um equilíbrio de alianças relativamente pacífico entre as grandes potências, 
independente das intenções imediatas de seus agentes. Reconhecendo o equilíbrio de 
poder como uma instituição que se adapta a seus interesses, os agentes 
intencionalmente fomentam essas conseqüências em nome do equilíbrio; 
b) ORGANIZAÇÃO _ Quando regras diretivas estão em evidência, os agentes se 
situam em uma cadeia de comando, ou organização. Ex: esfera de influência. Cada 
agente é designado para um departamento / posição (divisão de tarefas e 
diferenciação funcional); 
c) ASSOCIAÇÃO _ Quando regras comissivas / de compromisso estão em evidência, 
agentes fazem parcerias ou associações com outros agentes. Ex: princípio da 
soberania. Reciprocidade, Estados são reconhecidos como iguais. Direitos e deveres 
de respeitar a soberania um do outro. A função de qualquer associação é distribuir 
papéis a agentes por meio de regras de compromisso. 
Observação: Em geral, os três tipos de regras existem em todas as instituições. 
Contudo, se considerarmos as relações internacionais, veremos que a evidência do 
princípio da soberania torna escassas as regras diretivas, que geralmente aparecem 
informalmente, mesmo que os agentes neguem que estas existam. 
 
1.3. Onde há regras, há domínio 
Muitas vezes, os agentes seguem as regras. O padrão das escolhas dos agentes tem 
uma conseqüência geral, pretendida ou não, que afeta a distribuiçãode benefícios 
materiais e sociais entre os agentes. _ Controle sobre recursos e sobre outros 
agentes e suas atividades. Nesse contexto, alguns agentes se beneficiam mais que 
outros. Com o passar do tempo, as instituições funcionam para a vantagem de alguns 
e a custas de outros. Regras levam ao domínio; 
DOMÍNIO _ Onde há regras (e instituições), há domínio _ Domínio: condição na qual 
alguns agentes usam as regras para exercer controle e obter vantagens sobre outros 
agentes. O domínio é um padrão estável de relações, mas não um que seja simétrico; 
Regras em diferentes categorias funcionais levam a diferentes formas de domínio: 
a) Regras de instrução – status _ Idéias e crenças parecem realizar o domínio. Apesar 
das aparências, agentes realmente exercem o domínio ao fazer com que outros 
agentes aceitem suas idéias e crenças. _ Doutrinação _ HEGEMONIA; 
b) Regras diretivas – departamento/posição _ Organização vertical em uma cadeia de 
comando _ HIERARQUIA. Quando as regras diretivas são legais, a hierarquia é 
formal. Geralmente, idéias hegemônicas reforçam hierarquias formais. O resultado é a 
AUTORIDADE, ou controle legítimo; 
c) Regras de compromisso – papel _ Papéis definidos por referência a outros papéis. 
Nenhum papel ou instituição transforma agentes particulares em governante (rulers). 
Ao contrário, regras de compromisso formais sempre reforçam uma hierarquia. O 
resultado é um Estado constitucional, que limita o governo do Estado e o faz 
responsável. Tomados como um todo, papéis podem gerar domínio, não porque 
reforçam outras formas de domínio, mas porque agentes em associação são os 
governantes/dominadores (rulers), mesmo que nenhum deles isoladamente o seja _ 
Conseqüências não-pretendidas (ex.: mercado livre, mão invisível de Adam Smith). 
ANARQUIA é o domínio exercido por nenhum agente em particular e, portanto, por 
todos por associação, como uma conseqüência não pretendida de seus atos 
desordenados. Mas uma vez que os agentes percebem um padrão geral de 
conseqüências não-pretendidas, não se pode dizer que eles ajam sem pretender 
essas conseqüências. Nesse sentido, eles legitimam esse domínio. Então, se a 
anarquia é uma condição de domínio não-relacionada a qualquer intenção dos 
agentes, as relações internacionais não são anarquia. Quando os agentes pretendem 
ser dominados por conseqüências não-pretendidas, HETERONOMIA. Agentes 
autônomos agem livremente, enquanto agentes heterônomos não podem agir 
livremente. De uma perspectiva construtivista, agentes são sempre autônomos, mas 
sua autonomia é limitada pelas autonomias dos outros. Assim, o exercício da 
autonomia faz da heteronomia uma condição social; 
OPERACIONALIZAÇÃO _ Começando com as regras é possível se mover tanto em 
direção aos agentes (e as escolhas que as regras os dão oportunidade de fazer) 
quanto em direção aos arranjos sociais (que emergem das escolhas dos agentes). 
Como não é possível nas duas direções ao mesmo tempo, a solução prática é 
 
começar com as regras e mostrar que as regras fazem dos agentes e instituições o 
que eles são um ao outro, e então mostrar como as regras fazem o domínio e como a 
condição de domínio é uma experiência social universal. 
2. Construtivismo orientado pelas regras na APE 
Separação de APE e RIs vem da revolução behaviorista. Segundo construtivistas, 
APE e o behaviorismo negligenciaram o agente como um ser social. Analistas de 
política externa ignoram isso quando fazem a suposição de que o comportamento é a 
variável dependente, suscetível à análise objetiva. _ Construtivistas consideram tal 
separação um bom ponto de partida. Separação parece ser uma variação de uma 
distinção importante para os construtivistas entre formulador da decisão como agente 
e a estrutura do sistema internacional. Construtivistas oferecem soluções diferentes à 
separação artificial entre agente e estrutura; 
Construtivistas aplaudem a tendência de APE a olhar para o agente, o formulador da 
decisão. Termo “formulação” é compatível com a ênfase nos processos de construção 
social. _ Porém, construtivistas desaprovam a forma como se deu a separação APE / 
RIs, já que agente e estrutura nunca devem estar separados e nunca deve ser dada 
prioridade de um sobre o outro; 
Construtivistas não encontram contradição entre escolhas humanas e determinação 
material, pois vêem as RIs como relações sociais. Ao definir a PE e a PI como sociais, 
eles vêem que ambas devem começar com indivíduos interagindo em um e com um 
mundo que é social e material. Isso dá a qualquer relação social sua natureza 
dinâmica e ao construtivismo sua habilidade de ver as relações sociais em constante 
mudança. 
Visão das demais perspectivas analíticas (Kubálková): 
a) Realismo Clássico: Acomodava APE e PI. Realismo de Morgenthau era tanto 
orientado pela PE como ciente dos imperativos contextuais associados à geografia, à 
história, à economia e à política. PE deve ser a política de segurança, pois a 
sobrevivência é a primeira tarefa do Estado num ambiente anárquico e violento. _ 
Comportamento externo do Estado não era explicado como uma série de decisões 
feitas em nome do Estado, mas em termos de uma situação objetiva à qual todos os 
Estados responderiam da mesma forma; 
b) Análise de Política Externa pós-revolução behaviorista: Abre a caixa preta e direciona 
atenção para fatores pessoais, ideacionais e culturais que afetam a formulação da 
decisão. Porém, buscou objetivar fenômenos subjetivos por meio de métodos 
positivistas, introdução da teoria de jogos e da escolha racional; 
c) Política Internacional pós-revolução behaviorista: RI tornaram-se estudo das restrições 
sistêmico-estruturais dentro das quais um ator racional toma sua decisão. Unidades 
apenas se diferenciam pela distribuição de capacidades. Visão neo-realista não é 
fundamentalmente alterada pelo neoliberalismo; 
d) Construtivismo moderado (Wendt e Katzenstein): Segundo Kubálková, não há uma 
mudança na estrutura, mas do enfoque na capacidade dos Estados ou na distribuição 
de poder como propriedade estrutural para o enfoque na identidade dos Estados. 
 
Mudança de capacidades para identidades significa uma mudança do que os Estados 
podem fazer devido à sua posição na estrutura para o que eles querem fazer devido a 
como eles se vêem em relação aos outros. _ Kubálková: Porém, problemas ao se 
falar em identidade quando especialistas falam de um grupo de pessoas, em especial 
um grupo tão diverso e amplo de pessoas, como se constituíssem um único self na 
busca de uma identidade plausível. 
3. Política externa é o que Estados fazem dela 
Construtivismo orientado pelas regras: APE é arena para ação individual, mesmo se 
tal ação tem orientação estrutural ou social. _ PE é pelo menos em parte um ato de 
construção, é aquilo que os atores decidem que ela será; 
Smith: Construtivismo desenvolvido por Onuf oferece possibilidades melhores para 
reavaliação da natureza do mundo social da APE e das RIs. Porém, não é a 
orientação aceita pelo mainstream. 
Crítica a Wendt (Smith): 
a) Perspectiva moderada foi atraída pelo mainstream. _ Wendt busca construir uma 
ponte entre racionalismo e reflexivismo ao desenvolver um construtivismo que se 
baseia em aspectos da ala liberal da tradição racionalista (concorda que os Estados 
são os principais atores e que a ciência social é o método de estudo) e da ala 
construtivista moderna do reflexivismo (idéias importam mais do que é representado 
pelo neo-institucionalismo). _ Wendt quer construir uma perspectiva científica de 
política internacional; 
b) Versão do construtivismo desenvolvida por Wendt proíbe ligação entre construtivismo 
e APE, pois a noção de Wendt do Estado como ator remove qualquer papel das 
influências domésticas sobre o comportamento de PE; 
c) Wendt não deixa clara a relação entre o material e o ideacional (Ideacional constitui o 
material, e material tem poder causal independente). _ Dificuldade: Enquanto Wendt 
precisa introduzir teoria constitutiva como uma formadiferente de explicação do que 
aquela provida pela teoria causal, ele então tem que ser capaz de definir teoria 
constitutiva numa forma científica, quando, no senso comum, esse é um termo usado 
para desenvolver teoria de entendimento. Explicação e entendimento são formas 
distintas de análise, e Wendt está tentando mover teoria constitutiva de um lado para 
o outro dessa divisão. Segundo Smith, essas duas perspectivas não podem ser 
combinadas. _ Wendt redefine teoria constitutiva para que se torne um adendo à 
teoria causal; 
d) Ao ver Estado como ator unitário e separado, Wendt torna APE redundante ou 
impossível. _ Consideração que Wendt faz do comportamento de PE dos Estados 
não deixa espaço para fatores domésticos, já que Estados são pré-sociais. Para 
Wendt, Estados formam suas identidades e interesses interagindo uns com os outros; 
essas não são resultado de debates entre os atores domésticos do processo político 
doméstico. PE como resultado de interações entre Estados pré-dados. 
 
Para Onuf, mundo social no qual atores, independentemente de quem sejam, são 
governados pela linguagem e pelas regras. Além disso, enfoca indivíduos, sociedade 
e regras que os ligam. Regras definem quem são os agentes na sociedade e, para 
Onuf, esses são pessoas. Embora diga que as coletividades sociais podem ser 
agentes, Onuf sabe que tais coletividades não são pré-sociais; elas são produzidas 
pelo comportamento dos indivíduos orientado pelas regras. _ Segundo Smith, Onuf 
vai oferecer maior papel para PE. APE aparece na interface entre instituições, agentes 
e regras com o objetivo de mostrar como esses levam às escolhas de política externa 
feitas pelos agentes coletivos conhecidos como Estados 
 
Autor ? 
Enviado por Ana Paula Pellegrino 
IRischool 2011.2

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