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Apostila 1- Tomografia Computadorizada

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Tomografia Computadorizada.
 
Aspectos Históricos.
 A tomografia computadorizada surgiu, como método de diagnóstico por imagem, no ano de 1972, introduzido por Godfrey Newbold Hounsfield, em Middlesex – Inglaterra. 
O método obteve grande repercussão, principalmente pela possibilidade da avaliação de tecidos “moles “ como; os músculos, as vísceras e particularmente o parênquima cerebral. Até então, o diagnóstico de hematoma no trauma crânio encefálico, ou mesmo, num acidente vascular cerebral, só podia ser feito com segurança, na abordagem cirúrgica. Com o advento deste método, abriram-se novas perspectivas, particularmente, nas patologias neurológicas. Em pouco tempo a técnica tomográfica foi ampliada e passou também a ser utilizada nos demais sistemas e órgãos do corpo humano, passando a incorporar os principais centros de diagnóstico por imagem do mundo. 
A tomografia, ainda hoje, vem sofrendo grandes transformações, sendo objeto de constantes pesquisas, voltadas principalmente, para a redução nos tempos de exames através da agilização na obtenção dos cortes tomográficos e no desenvolvimento de softwares gráficos para processamento das imagens. 
O Método
 A tomografia trabalha com tubos de raios-X de alta potência. O tubo disposto no interior do corpo do aparelho apresenta um movimento de rotação de forma justaposta a um conjunto de detectores. Os detectores são os elementos responsáveis pela coleta do residual de radiação de um feixe estreito. 
Durante a aquisição de um corte tomográfico, enquanto o tubo gira ao redor do paciente, um feixe de radiação é emitido, indo incidir nos detectores que coletam as informações obtidas a partir de múltiplas projeções. As informações são então enviadas ao computador responsável pelo processamento das imagens. 
O primeiro tomógrafo utilizado para radiodiagnóstico e apresentado por Sir Hounsfield, constava de um equipamento fabricado pela empresa E.M.I. e formado basicamente por um tubo de raios-X simples de anodo fixo e alvo de dimensões relativamente exageradas (3 X 13 mm ) mas , suficiente para suportar o alto “calor” produzido pelos sucessivos bombardeios de elétrons. A construção dos cortes tomográficos (scans ) se fazia por meio de um feixe estreito da espessura aproximada de um lápis que, após atravessar o corpo do paciente incidia em dispositivos detectores da radiação residual. 
A imagem inicial era formada pela leitura, através dos detectores, de cerca de 160 exposições do feixe estreito ao longo de uma certa direção (varredura linear) . Após completar esta varredura o conjunto Tubo/detectores fazia um movimento de rotação de 1 grau e uma nova varredura linear se iniciava. Este procedimento se repetia cerca de 180 vezes, mudando-se a rotação do conjunto a cada 1 grau. Os dados obtidos e armazenados no computador podiam então ser utilizados na reconstrução do corte tomográfico. O feixe do primeiro equipamento tinha dimensões aproximadas de 3 x 13 mm. 
Princípios Básicos
 	Nos atuais tomógrafos computadorizados, um tubo de raios-X emite um feixe de radiação de forma laminar e de espessura muito fina, da ordem de milímetros, que atravessa o paciente indo sensibilizar um conjunto de detectores. Estes, por sua vez, se encarregam de transmitir o sinal em forma de corrente elétrica de pequena intensidade a um dispositivo eletrônico responsável pela conversão dos sinais elétricos em dígitos de computador. 
Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem anatômica, múltiplas projeções são feitas a partir de diferentes ângulos. O computador de posse dos dados obtidos nas diferentes projeções constrói uma imagem digital representada por uma matriz. Cada elemento de imagem da matriz (pixel) se apresentará com um tom de cinza correspondente à sua densidade radiológica. Estruturas com alta densidade radiológica, como por exemplo os ossos, se apresentam “claros” na imagem tomográfica, o ar, pela sua baixa densidade, se apresenta escuro”. A escala proposta por Hounsfield e largamente utilizada nos equipamentos atuais, associa as densidades das diferentes estruturas anatômicas a um grau específico na escala de cinza. 
Características do Método
1) A Tomografia apresenta feixe de aspecto laminar e em forma de leque. 
2) A aquisição das imagens ocorre no plano do “gantry” o que, primariamente, gera cortes transversais ao plano do corpo. 
3) A imagem final é digital e pode ser facilmente manipulada por softwares. 
4) Quanto maior a matriz melhor será a resolução da imagem. 
 
O método tomográfico: Após múltiplas projeções um sistema computadorizado reconstrói imagens transversais do corpo.
 
A Imagem em Matriz.
Por matriz, entendemos um arranjo de linhas e colunas. 
 A imagem tomográfica é uma imagem matricial onde, o arranjo das linhas e colunas, formam os elementos de imagem denominados individualmente pixel, que é, por sua vez, a área resultante da intersecção das linhas com as colunas. A espessura do corte forma a terceira dimensão e, está relacionada à profundidade do corte. O volume formado pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel. 
 Nos tomógrafos atuais a matriz usual possui alta definição e dimensões de 512 linhas x 512 colunas. O primeiro tomógrafo EMI possuía matriz de resolução 80 x 80. 
 
Representação do Voxel
 Imagem matricial - 	Pixel (Elemento de imagem) 
 Voxel (Volume de imagem)
Como os sinais provenientes dos detectores são transformados em imagem?
 	Para que a imagem de tomografia possa ser reconstruída de forma a demonstrar as estruturas em sua forma real, faz-se necessário, múltiplas tomadas de dados em diferentes ângulos de projeção. A partir dos dados obtidos em cada leitura o computador interpreta o grau de densidade dos diferentes tecidos atribuindo a cada um o valor correspondente de uma escala de cinzas. O resultado final é apresentado pelos pixels que formam a imagem tomográfica. Cada voxel representa a unidade de volume da imagem, considerando a espessura do corte, e apresenta coeficiente de atenuação linear específico. 
 
Gerações de TC
 1ª Geração. 
 O tomógrafo de primeira geração, como o primeiro apresentado à sociedade científica nos anos de 1972 por Godfrey N. Hounsfield, apresentava as seguintes características: Feixe de radiação muito estreita, medindo aproximadamente 3 X 13 mm, que fazia uma varredura linear sobre o objeto coletando informações de 160 feixes distintos. Feita a primeira varredura o tubo sofria uma rotação de 1 grau para iniciar nova varredura e coletar as informações de outros 160 feixes na nova projeção. Esse processo se repetia por 180 vezes e, assim, obtinha-se informações do objeto em 180 projeções diferentes , com variações de 1 grau em cada projeção e coleta de dados de 160 feixes por projeção. O tempo de aquisição de um corte tomográfico era de aproximadamente 5 minutos e um estudo completo durava muitas vezes mais de uma hora. 
2ª Geração. 
O equipamento de 2ª geração trouxe como inovação a aquisição de dados a partir de um conjunto de detectores, reduzindo drasticamente, o tempo de aquisição das imagens. Nestes equipamentos o feixe passou a ser laminar e, em forma de leque, de forma a cobrir o conjunto de detectores variáveis entre 20 e 40 dependendo do fabricante. 
 O princípio de aquisição das imagens era semelhante aos equipamentos de primeira geração, com múltiplas projeções defasadas de movimento de rotação da ordem de 1 grau até perfazer um total de 180 projeções. Nos equipamento de 2ª geração os tempos de aquisição dos cortes ficaram reduzidos a menos de 1 minuto, com um substancialganho em relação aos equipamentos de 1ª geração. Hoje, estes equipamentos, estão proibidos de operarem no mercado por apresentarem taxas de doses não compatíveis com os níveis admissíveis. 
 
 3ª Geração. 
Os equipamentos de terceira geração apresentaram uma evolução significativa. Nestes equipamentos, eliminou-se o que conhecemos por varredura linear. A partir de então, os tubos pararam de fazer varredura a cada grau e passaram a fazer movimentos de rotação contínuos ao mesmo tempo em que se fazia a coleta dos dados. Um conjunto de detectores com aproximadamente 600 unidades, suficientes para coletar os dados de um feixe largo de radiação, girando sincronicamente com o tubo de raios-x, pôde reduzir os tempos de aquisição dos cortes para algo em torno de 2 à 5 segundos por imagem. O processamento das imagens pelo computador também foi sensivelmente reduzido, variando entre 5 e 40 segundos. 
Os tomógrafos de terceira geração ainda ocupam grande parte dos serviços de diagnóstico por imagem, embora, estejam sendo gradativamente substituídos pelos chamados TC helicoidais. 
4ª Geração. 
 	Uma quarta geração de equipamentos de TC surgiu com um conjunto de detectores distribuídos pelos 360 graus da abertura do gantry, ocupando assim, todo o anel. A principal inovação observada a partir desses equipamentos foi a introdução da tecnologia Slip-ring. 
O slip-ring constitui-se de um anel de ligas especiais, que fornece a tensão primária ao anodo e ao catodo do tubo de raios-x, sem a conexão de cabos. Um sistema de escovas em contato com o slip-ring leva as informações previamente ajustadas pelo operador do sistema, particularmente no que se refere às doses de exposição. 
 A ausência de cabos permitiu o giro contínuo dos tubos numa única direção e agilizou o processo de aquisição e processamento das imagens. 
Houve uma melhora significativa na estabilidade dos detectores, mas o seu alto custo inviabilizou a sua produção. 
Poucas unidades desta geração foram comercializadas. 
O Sistema Helicoidal ( ou espiral )
O Tomógrafo helicoidal sucedeu o equipamento de 4 ª geração, tendo associado a tecnologia slip-ring, que permitiu a rotação contínua do tubo, ao deslocamento simultâneo da mesa. Os cortes tomográficos são obtidos com a mesa em movimento, de forma que, as “fatias “não são necessariamente planas, mas, na forma de hélices, enquanto que, o método de aquisição, se assemelha a um modelo espiral. 
Um sistema de computação moderno e mais potente serviu de base para que o método ganhasse em agilidade. Tornou-se possível, por exemplo, a realização de exames do crânio em menos de 20 segundos, quando, em um aparelho de 3ª geração, o tempo médio é de cerca de 3 minutos. 
A tecnologia helicoidal reduziu de forma drástica o tempo de realização dos exames. Novas técnicas foram implementadas e, com isto, o potencial diagnóstico do método foi sensivelmente elevado. 
 
Novos conceitos foram introduzidos, destacando-se: Revolução, Pitch e Interpolação.
1. REVOLUÇÃO: Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. Nos TCs helicoidais o tempo de revolução médio é de 1 segundo. 
2. PITCH: Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Nas aquisições das imagens helicoidais com pitch de 1:1, observamos que; a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução. Assim, se os cortes forem de 10 mm, para cada imagem a mesa se deslocará 10 mm. 
Se alterarmos a relaçao do Pitch para 2:1 a mesa se deslocará numa distância equivalente ao dobro da espessura do corte por revolução. Nessas circunstâncias, podemos concluir que o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos. (Considerando-se um tempo de revolução de 1 segundo). Fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitchs de relação maiores que 1:1 , é que, a quantidade de radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida, aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa dose de exposição. 
 
 PITCH = Deslocamento da mesa 
			 Espessura de corte 
3. INTERPOLAÇÃO: A aquisição dos dados em TC helicoidal gera imagens que, embora não perceptíveis ao olho humano, apresentam um aspecto em forma de hélice, resultado da aquisição espiral. Nos protocolos em que se faz necessário o uso de pitch acima da razão de 1:1, observa-se que, as imagens efetivas apresentam espessura maior que a nominal, resultado do incremento na aquisição espiral. No sentido de evitar que a espessura dos cortes apresentem variações muito amplas, alguns equipamentos fazem a aquisição dos dados em apenas 180 graus do movimento do tubo, interpolando dados nos próximos 180 graus, calculados pelo computador, com base nas informações obtidas a partir da primeira parte da aquisição. 
Tomografia Helicoidal Multi-Slice
Os equipamentos helicoidais evoluíram principalmente em função da tecnologia slip-ring, tubos de raios-X mais potentes e, em função de ultramodernos sistemas computacionais. 
Na expectativa de aumentar ainda mais a capacidade de obtenção de cortes por unidade de tempo, surgiram os equipamentos helicoidais de tecnologia multislice. Esses equipamentos apresentam conjuntos de detectores pareados de forma a tornar possível a aquisição simultânea de vários cortes. No mercado encontram-se disponíveis modelos que permitem a obtenção de 4 à 12 cortes por revolução. 
A cada ciclo completo de rotação do tubo, ou revolução, pode-se optar pela aquisição de 1 ou tantos cortes quanto permitirem os detectores presentes. 
Os tomógrafos multi-slice trabalham com várias coroas de detectores pareadas, que podem, ou não, apresentarem as mesmas dimensões. Alguns fabricantes optam por conjunto de detectores de diferentes dimensões por entenderem que, desta forma, obtem-se maior estabilidade dos detectores em determinadas espessuras de corte. As coroas podem apresentar detectores que vão desde 0,5 até 10 mm. A possibilidade de obtenção de cortes com a espessura menor que 1 mm ( tecnologia submilimeter ) permite, no pós processamento das imagens, a obtenção de modelos de reformatações vasculares e tridimensionais de alta resolução. 
Outra característica notável dos tomógrafos multi-slice, está relacionada à velocidade com que o conjunto tubo-detector gira no interior do gantry. Observam-se, em alguns equipamentos, revoluções de até 0,5 segundos (tecnologia subsecond ). Este reduzido tempo permitiu novos estudos de tomografia com sincronização cardíaca. A sincronização cardíaca (gating), associado às pequenas espessuras de corte, possibilitou o estudo do coração com alta resolução anatômica, e melhor definição das patologias das artérias coronárias. 
 A obtenção de múltiplas imagens por segundo permitiu o manuseio em tempo real das imagens de tomografia, abrindo assim, novos horizontes no estudo dinâmico dos vasos e nos procedimentos de biópsia. 
 
O TUBO de RAIOS-X do TC
Os tubos empregados em TC são bastante similares aos utilizados nos equipamentos radiológicos convencionais. Na constituição desses tubos, uma ênfase especial é dada a forma de dissipação do calor, uma vez que, esses tubos ficam sujeitos a uma maior frequência de exposição, exposições mais longas e, altas doses de exposição. A sua disposição no interior do gantry, particularmente no que se refere ao eixo catodoanodo, ocorre de forma perpendicular ao seu movimento de rotação, evitando-se assim, a influência do efeito anódico. 
 Os tubos de TC possuem,na sua grande maioria, dois pontos focais associados à filamentos de diferentes dimensões. O filamento menor é utilizado quando a potência não excede 20 KW. O filamento largo nas doses de alta potência. Alguns equipamentos, quando usam algoritmos para reconstrução de tecidos de alta densidade, utilizam, automaticamente, o pequeno filamento. 
Nos equipamento de 3ª geração, os tubos apresentam, em geral, uma vida média de cerca de 80.000 cortes. Nos equipamentos helicoidais e nos multi-slice, os tubos são projetados para apresentarem vida média de aproximadamente 500.000 cortes. 
DETECTORES
 Os detectores nos equipamentos de tomografia são tão importantes quanto o tubo de raios-X. As principais características dos detectores estão relacionadas com: Custo. Eficiência. Estabilidade e Velocidade. 
O custo dos detectores é o principal fator dos altos preços dos TC atuais. 
Distinguem-se basicamente dois tipos de detectores: Os de cristais luminescentes e, os de câmara de ionização:
 Detectores de Cristais Luminescentes: 
Esses detectores são formados a partir de cristais de Iodeto de Sódio acoplados à pequenas câmaras fotomultiplicadoras. Quando o feixe interage com esses cristais, uma pequena quantidade de luz é emitida na razão diretamente proporcional a intensidade da radiação incidente. Um tubo fotomultiplicador acoplado à estes cristais se encarrega de amplificar o sinal recebido transformando-o numa corrente elétrica de pequena intensidade. O resultado final é armazenado na memória do computador. 
Os detectores de cristais luminescentes são bastante eficientes, embora apresentem o inconveniente da fosforescência que ocasiona respostas não lineares para diferentes intensidades de radiações. Este problema se reflete principalmente entre tecidos de grandes diferenças de densidades como os ossos e o ar. 
 Detectores de Câmara de Ionização:
Os detectores que usam câmara de ionização são constituídos por pequenos tubos que possuem gás nobre em seu interior, frequentemente o xenônio, e que, em presença de radiação, sofrem uma ionização temporária, suficiente para fazer surgir uma pequena corrente elétrica que levará a informação ao computador. A corrente elétrica será proporcional à ionização gerada no interior do detector e reflete a intensidade da radiação residual na sua trajetória. 
Os detectores de câmara de ionização são mais simples que os de cristais luminescentes, mas não mais eficientes devidas a baixa quantidade de moléculas de gás no seu interior, no entanto, estes detectores apresentam melhor reposta às variações na intensidade linear entre diferentes estruturas. 
A Escala de Hounsfield
 	 Sendo a tomografia um método que mede a radiação residual, é também um método que avalia a densidade entre os diferentes tecidos. Assim, adota-se uma escala de densidades conhecida por Escala de Hounsfield, onde as unidades assumem valores pré-estabelecidos a partir da atribuição do valor zero (0) a densidade correspondente à agua. Tecidos com densidade maior que água assumem valores positivos e, os de densidade menor que a água, valores negativos. A escala de Hounsfield, assume valores entre –1000 ( ar ) até +1.000 ( chumbo ) . 
 
 Escala de Hounsfield 
Unidades Hounsfield (HU) / Tecido
	 300 -1000
	 Osso denso/cortical 
	100 - 200 
	 Osso normal 
	60
	 Fígado 
	50
	 Pâncreas 
	36
	 Parênquima Cerebral 
	20
	 Músculo
	0
	 Água
	-20 à - 80 
	 Gordura 
	..........
	 ....................
	-500 à -800 
	 Pulmão
	- 1000 
	Ar
Documentação
· Nível da Imagem ( Window Level ) – WL 
· Largura da Janela ( Window width) – WW 
 	A documentação tomográfica é a última etapa do exame de tomografia computadorizada. Uma boa documentação, além de demonstrar zelo com o exame, pode ser decisiva para uma correta interpretação do estudo. As imagens devem ser documentadas levando-se em consideração qual o tecido de maior interesse (assunto) e, evidenciando-se, na medida do possível, o contraste da imagem. 
O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem ( Window Level ) e representado pelo valor WL. O contraste da imagem depende da amplitude da Janela (Window Width ) representado por WW. Janelas muito amplas apresentam imagens tomográficas acinzentadas e, portanto, de baixo contraste, mas podem representar fator de qualidade, na medida em que, um maior número de estruturas estarão presentes na imagem. 
 Janela “Fechada” Janela “Aberta” 
 Alto contraste Baixo contraste 
 Janela mediastino Janela pulmonar 
 A Resolução da Imagem. 
 A resolução ou, o grau de definição das imagens, está relacionado com a matriz utilizada. Quanto maior a matriz, melhor será a resolução, pois os pixels se apresentarão com dimensões reduzidas. 
 O Campo de Visão - FOV (Field of View). 
 O campo de visão refere-se à área examinada pela tomografia. Normalmente o FOV é definido em centímetros. Assim, é normal estabelecer um FOV de 22 cm para o estudo tomográfico do crânio. 
 Exemplos de Campos de Visão ( FOV): 
	Crânio
	22 cm
	Tórax
	35 cm
	Abdômen
	40 cm
	Joelho
	18 cm
	Face
	14 cm
	Coluna
	14 cm
Problemas Comuns em Tomografia Computadorizada
O Efeito de Volume Parcial. 
 Em tomografia, a imagem final representa a densidade correspondente de cada tecido através de uma escala de cinzas. Particularmente nas imagens com pouca resolução (matrizes baixas ) um voxel pode ser representando numa tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. Isto pode acontecer, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um material de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta densidade. Os cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma tonalidade de cinza correspondente a de um tecido muscular, causando um artefato de imagem conhecido por efeito de Volume Parcial. Este efeito tende a ser reduzido nas matrizes de alta resolução. 
Artefatos.
 Artefatos de anel ( Rings artifacts ) 
Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, estão inicialmente relacionados com problemas nos detectores. Como os detectores necessitam de calibração com o “ar” para reconhecimento dos demais tecidos, ocasionalmente pode ocorrer de perderem os valores de referência, o que, ocasiona artefatos na imagem na forma de anéis. O primeiro procedimento do operador nestas circunstâncias é efetuar uma calibração nos detectores. 
A periodicidade com que devemos fazer essas calibrações varia de aparelho para aparelho. A maior parte dos equipamentos modernos admitem uma única calibração diária. 
 Materiais de alta densidade. ( Strike) 
 Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis de bala, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação linear apresentados por estes materiais. 
A presença desses artefatos pode ser atenuada a partir do uso de feixe de alta energia ( 120 / 140 kV ), embora não possam ser evitados. 
 
 Materiais de alto número atômico. 
 Os materiais de alto número atômico tendem a ser comportar como os materiais metálicos e, produzirartefatos do tipo “Strike”. Os meios de contraste positivos como; o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados, ou, usados com critério. 
 Ruído da imagem. 
 O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos. 
 Nessas condições, há que se aumentar a dose de exposição, pelo aumento da kilovoltagem, da miliamperagem ou do tempo de exposição. 
 
 
Aspectos de Segurança.
· O equipamento de Tomografia opera com raios-X e por isso requer os cuidados comuns de proteção radiológica previstos na Portaria 453 de 02 / 06 / 98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
· O tubo de raios-X deve ser aquecido após 2 horas de inatividade ( Warm-Up ). Este procedimento prolonga a vida útil do tubo. 
· Após o aquecimento do tubo é conveniente, pelo menos uma vez ao dia, fazer a calibração dos detectores. Este procedimento evita o aparecimento de artefatos na imagem, especialmente, os do tipo anelar. 
· Nos equipamentos dotados de lâmpadas LASER para posicionamento do paciente, deve-se tomar o cuidado para não direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente. 
· O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser respeitado, evitando-se assim, danos à mesa de exames e problemas no seu deslocamento durante o procedimento. 
· Alguns equipamento são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem interromper a alimentação elétrica do conjunto gantry/ mesa. Estes mecanismos são particularmente importantes quando se observa a presença de fumaça, fogo, ou faíscas, nestes componentes. 
· Equipamentos que eventualmente apresentem problemas de desempenho do software, necessitam ser totalmente desligados (shutdown). Após algum tempo, levanta-se o sistema (startup ) e observa-se, se o problema foi solucionado. Não se obtendo resultado satisfatório, contata-se o fabricante. 
· Cuidado especial deve ser dado às angulações do “gantry” durante os exames. Alguns pacientes podem ter parte do corpo pressionada pelo equipamento ou, até mesmo, apresentar fobia devida à proximidade do equipamento. Alguns fabricantes obrigam os operadores a fazer angulações somente no painel do gantry. 
· A postura correta do operador na operação do equipamento evita o aparecimento de doenças relacionadas às condutas inadequadas no trabalho, como a LER. 
· A posição do monitor deve estar na altura dos olhos do operador, numa distância entre 40 e 80 cm. Os pés devem ficar totalmente apoiados no chão ou em um suporte para este fim. As mão devem deslizar livres sobre o teclado de forma que os antebraços perfaçam um ângulo de aproximadamente 90 graus com os braços. 
· Um controle de qualidade periódico deve ser implementado, com ênfase na apuração da espessura de corte, resolução espacial, ruído da imagem, precisão da lâmpada LASER. 
· Normalmente os testes de controle de qualidade fazem parte dos equipamentos que, também, dispõem de “fantons”específicos para este fim. 
Equipamento de Tomografia Computadorizada.
Modelo Hi-speed – CTi - General Eletri
 O tomógrafo computadorizad modelo CTi - HiSpeed da General Eletric, é um sistema helicoidal dotado de tubo “Performix” e de detectores de cristais luminescentes tipo “Hi-light“ . O sistema está composto de: Gantry, Mesa de Exames, Mesa de Comando, Computador para processamento das imagens e o PDU (Unidade de Distribuição de Força.) 
- Gantry.
O gantry é o corpo do aparelho e contém: 
· Tubo de Raios-X “Performix”. 
· Conjunto de Detectores.
· DAS ( Data Aquisition System). 
· OBC ( On-board Computer ). 
· STC ( Stationary Computer ). 
· Transformador do Anodo .
· Transformador do Catodo .
· Transformador do filamento.
· Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry. 
· Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry. 
· Dispositivo LASER de posicionamento. 
· Motor para rotação do Tubo. 
· Motor para angulação do gantry. 
	No seu interior encontra-se o tubo de raios-X Performix , com potência de 48 kW, refrigerado a óleo e com duplo foco. O foco menor apresenta dimensões de 0.9 x 0.7 mm e o maior 1.2 x 1.2 mm 
O tubo está disposto transversalmente em relação ao gantry de forma que o efeito anódico fica anulado. A alimentação do tubo com alta tensão é feita a partir dos tanques de anodo e catodo que ficam estrategicamente colocados no interior do gantry e se movimentam com o tubo durante a realização dos cortes. Junto com os tanques 
encontramos ainda os inversores do anodo e do catodo responsáveis pela transformação da corrente alternada em corrente contínua. O filamento é alimentado por uma corrente de baixa tensão a partir de um terceiro tanque. Um computador de bordo (OBC – On board computer) gira junto com o conjunto tubo-detectores e tem por função controlar o KV e o mA e ainda receber os dados coletados pelo DAS transferindo-os ao Processador de Imagens. 
 Um computador fixo localizado no interior do gantry o STC ( Stationary Computer ), é responsável pela interação dos comandos do painel de controle com sistema. O STC é responsável, entre outras funções, pelo controle da corrente que alimenta o Slip Ring, dispositivo que fornece a tensão primária aos tanques do catodo e anodo. 
Os detectores do tipo “Hi Light” são constituídos de cristais luminescentes. Encontramos ainda no interior do gantry dois motores; um, reponsável pelo movimento de rotação de todo o conjunto envolvendo o tubo, os tanques, o OBC, Controlador do Filamento e o DAS, e o outro, responsável pela angulação do gantry. A angulação do gantry pode ser ajustada de um ângulo de 30 graus inferior à 30 graus superior. 
O dispositivo utilizado para estabelecer o “zero “ no posicionamento é constituído de um feixe Laser, e orienta o posicionamento nos planos mediosagital e coronal do paciente.
- Mesa de Exames. 
- Suporta paciente até 180 Kg. / - Movimento de elevação. / - Mesa de tampo deslizante. 
 A mesa é do tipo elevador, assumindo a posição mais baixa à cerca de 38 cm do solo, podendo alcançar uma altura de 93 cm. Apresenta tampo deslizante e é totalmente constituída de material radiotransparente. 
A mesa está dimensionada para suportar pacientes com até 180 kg, mantendo-se a eficácia de precisão nos deslocamentos. Possui suporte para exames de crânio e extensão de prolongamento, utilizada principalmente nos exames de abdômen e membros inferiores e, nos pacientes que são posicionados com os pés entrando primeiro (Feet First ). 
- Mesa de Comando.
- Monitor para Planejamento dos exames. 
- Monitor para Processamento das imagens. 
- Mouse.
 - Trackball (Bright Box). 
A mesa de comando está constituída de dois monitores de 20 polegadas. Um teclado alfa numérico com funções específicas para “start” dos “scans”. Dispositivos para movimento da mesa de exames e de comunicação com o paciente. Um mouse e um trackball . 
Um dos monitores é responsável pelas funções de aquisição das imagens. Neste monitor pode-se acessar os protocolos dos exames previamente gravados através do mouse junto ao teclado. No decorrer do exame é possível acessar a página do planejamento onde, entre muitas funções, se permite alterar qualquer parâmetro de uma imagem que ainda não tenha sido adquirida ou, apenas observar tecnicamente as imagens que já foram realizadas. 
O segundo monitor está destinado basicamente à visualização dos estudos e ao pós processamento das imagens. A partir deste monitor se faz toda a documentação do exame. Um software conectado à câmara laser permite a escolha da formatação do filme, a partir de onde, seprocede a gravação das imagens. 
Após montado o filme com as imagens de interesse, um comando “print” é utilizado para a impressão do filme. 
- Computador para Processamento das Imagens. 
- IG – Image Generator 
 “Image Generator “ é um conjunto de dispositivos computadorizados localizados junto da mesa de comando que tem por finalidade a reconstrução das imagens adquiridas e recebidas do DAS e, em seguida, enviá-las para o monitor. O método algoritmo utilizado é o da Transformação Bi-dimensional de Fourier. 
 As imagens obtidas ficam temporariamente armazenadas em um Hard Disk, junto a mesa de comando, mas podem ser armazenadas em discos ópticos ou, ainda gravadas em CDs e discos de 3.1/2 polegadas no formato DICOM 3.0. 
 
PDU – Power Distribution Unit 
- Alimentador do sistema. 
 O PDU é o dispositivo responsável pela alimentação do sistema de tomografia computadorizada. O Sistema de alimentação é trifásico e a tensão de 480 Volts. 
 Fim
 Tomografia 
Computadorizada

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