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1 Lipídeos - Clínica (continuação)

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MILENA ANDRADE SPINELLI 105 
 
Lipídeos 
METABOLISMO DOS LIPÍDEOS 
 Os triacilgliceróis são estocados e 
transportados sob a forma de gordura; os 
ácidos graxos são a fonte imediata de 
energia. 
 Os ácidos graxos são liberados das 
reservas de triglicerídios no tecido 
adiposo, transportados no plasma em 
associação com a albumina e entregues 
às células para o metabolismo. O 
catabolismo dos ácidos graxos ocorre 
inteiramente por oxidação; 
 os principais produtos finais são a acetil-
coenzima A (acetil-CoA) e as formas 
reduzidas dos nucleotídios, FADH2 e NADH. 
 No músculo, a acetil-CoA é metabolizada 
por meio do ciclo do ácido tricarboxílico 
(TCA) e da fosforilação oxidativa para 
produzir o ATP. 
 No fígado, a acetil-CoA é amplamente 
convertida em corpos cetônicos 
(cetogênese), os quais são derivados 
lipídicos hidrossolúveis que, como a 
glicose, são exportados do fígado para 
serem utilizados em outros tecidos. 
 Fígado utiliza os ácidos graxos como 
fonte energética para 
gliconeogênese durante jejum e 
inanição  [ ] de ATP e NADH 
derivadas das gorduras são elevadas 
nas mitocôndrias hepáticas 
 O metabolismo das gorduras é 
principalmente controlado pela taxa de 
hidrólise dos triacilglicerois (lipólise) no 
tecido adiposo e regulado por 
mecanismos hormonais envolvendo a 
insulina, o glucagon, a epinefrina e o 
cortisol. Estes hormônios coordenam o 
metabolismo dos carboidratos, lipídios e 
proteínas em todo o organismo 
 A cetonemia e a cetonúria se 
desenvolvem gradualmente durante o 
jejum, enquanto a cetoacidose pode 
desenvolver-se durante o diabetes mal 
controlado, quando o metabolismo de 
gordura se encontra aumentado para 
níveis elevados no sentido de suportar a 
gliconeogênese. 
DIGESTÃO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DOS 
LIPÍDEOS 
 O pâncreas, estômago, e a vesícula 
recebem a informação de que está 
chegando um alimento na forma de 
ácido graxo de cadeia longa que precisa 
ser quebrada em cadeias menores, para 
que a absorção ocorra devidamente 
 As lipases são as enzimas que têm a 
função de realizar essa quebra, 
principalmente lipase pancreática. São 
liberadas na 2° porção do duodeno. 
 Ao chegar no intestino, as moléculas já 
estão em tamanho reduzido (mono, di e 
triglicerídeos). Nesse sentido, a CCK 
estimula a contração da vesícula biliar 
para liberação da bile, contendo os sais 
biliares. Eles são responsáveis por provocar 
emulsificação e mudar a tensão 
superficial das substâncias, permitindo 
que as enzimas pancreáticas consigam 
agir quebrando ainda mais os ácidos 
graxos 
 Eles precisam ser quebrados em 
tamanhos menores para conseguir 
penetrar através da luz dos enterócitos. Os 
ácidos graxos são organizados na forma 
de micelas, que se aproximam da parede 
celular dos enterócitos e, graças à ações 
enzimáticas de lipases e apoproteínas que 
abrem as suas canalículas, as micelas 
conseguem internalizar na mucosa do 
enterócito. 
 Os enterócitos possuem uma borda em 
escova (muitas vilosidades) para 
conseguirem aumentar a absorção 
 Dentro dos enterócitos, esses ácidos 
graxos são organizados na forma de 
triacilglicerol para sair e cair na corrente 
sanguínea. 
 Para conseguir circular mais facilmente na 
corrente sanguínea e sistema linfático, é 
adicionado ao ácido graxo uma 
molécula proteica, formando assim a 
primeira lipoproteína, deixando-a mais 
solúvel. 
 Logo após a alimentação, a primeira 
lipoproteína é formada: o quilomícron. É 
uma lipoproteína de tamanho grande e 
baixa densidade (porque tem apenas 2% 
de proteína, e é ela quem dá o peso 
molecular). Durante mais ou menos 2h, as 
lipases proteicas e lipases hepáticas irão 
digerir esse quilomícron. 
 O quilomícron se desloca, por meio do 
sistema linfático, do intestino até o ducto 
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torácico. Cai na circulação sanguínea, 
que o leva até o fígado, o qual irá 
armazená-lo ou mandá-lo para as células 
que estejam precisando de ácidos graxos 
para formar ATP (lembrar que apenas 
algumas células têm capacidade de usar 
ácido graxo como matéria prima para 
formar ATP) 
 Após a sua digestão, ele é transformado 
em VLDL, que é uma molécula bem 
parecida com o quilomícron: muito 
grande, pouco densa e muito leve. A 
função do VLDL é levar os ácidos graxos 
do fígado até as células das periferias, 
que podem armazenar ou imediatamente 
usá-los para formação de ATP. 
 O colesterol que sobra na corrente 
sanguínea (não formou o quilomícron) é 
carreado pela albumina, que o transporta 
para o fígado. O fígado coloca esse 
colesterol no LDL e ela transporta para as 
células de periferias, além de os órgãos e 
glândulas, que o utilizam como matéria 
prima para produção dos hormônios 
esteroidais (gônadas, suprarrenais), para 
produção da estrutura das células, e 
todas suas outras funções. 
 O VLDL pode ser transformado em LDL, 
que possui uma parte proteica maior. O 
LDL pode acabar ficando “preso” em 
algumas células, oxidar e causar as 
placas de ateroma (pesquisar mais sobre) 
 Quando esse colesterol precisa ir para 
outros locais, o fígado secreta o HDL, cuja 
função é pegar o colesterol das 
células/órgãos da periferia e trazer de 
volta para o fígado 
 Resumo 
 Sais biliares  emulsificação das 
gorduras  micelas 
 Lipases intestinais (pancreáticas)  
degradação dos triacilgliceróis 
 Absorção de ác graxos e outros 
produtos pela mucosa intestinal + 
conversão em triacilgliceróis 
novamente 
 Triglicerídeos, colesterol e 
apolipoproteínas são incorporados  
quilomícrons 
 Quilomícrons vão aos tecidos pelos 
vasos sanguíneos e linfáticos 
 Liberação de ác graxos e glicerol pela 
ativação da lipoproteína lipase pela 
apoproteína periférica (apoC-II) no 
capilar 
 Ác graxos entram na célula 
 Ác graxos são oxidados como 
combustível ou reesterificados para 
armazenamento 
 Fígado  principal local de síntese de 
colesterol (órgão lipogênico) 
CICLOS DE TRANSPORTE DE LIPÍDEOS NO PLASMA 
 As lipoproteínas participam de três ciclos 
básicos de transporte de lipídios no 
plasma 
 1. ciclo exógeno- gorduras são absorvidas 
no intestino e chegam ao plasma, sob a 
forma de quilomícrons e após 
degradação pela lipase lipoproteica 
(LPL), ao fígado ou a tecidos periféricos 
 2. ciclo endógeno- gorduras do fígado se 
direcionam aos tecidos periféricos; a 
lipoproteína de densidade muito baixa 
(VLDL) é secretada pelo fígado e, por 
ação da LPL, transforma-se em 
lipoproteína de densidade intermediária 
e, posteriormente, em LDL, a qual carrega 
os lipídeos, principalmente o colesterol, 
para os tecidos periféricos 
 3. transporte reverso do colesterol- 
gorduras, principalmente o colesterol dos 
tecidos, retorna para o fígado; as HDL 
nascentes captam colesterol não 
esterificado dos tecidos periféricos pela 
ação da lecitina-colesterol aciltransferase 
(LCAT), formando as HDL maduras; por 
meio da CETP, ocorre também a 
transferência de ésteres de colesterol da 
HDL para outras lipoproteínas, como as 
VLDL 
 AGL- ácidos graxos livres 
 HPL- lipase hepática 
 CETP- proteína transferência colesterol 
esterificado 
 A LDL possui grande expressão de APO-
B100, e o que faz ela exercitar sua função 
de levar colesterol para as células 
periféricas são os Receptores de LDL 
(LDLR), encontrados nas células da 
periferia 
 O transporte reverso do colesterol (da 
periferia para o fígado) é realizado pela 
HDL, e essa função só é permitida por 
receptores SR-B1 (Receptor Sequestrador 
Classe B tipo 1) 
 Algumas doenças são causadas por falha 
nesses receptores (mas é uma parcela 
muito pequena) 
 Nós temos fatores protetores no endotélio 
dos nossos vasos, que dificulta: 
 Agregação plaquetária 
 Formação de trombos 
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 Deflagração da cascata de coagulação 
 Secreção defatores pró inflamatórias 
 Prostaglandinas pró-coagulantes/pró 
inflamatórios 
 Reduz a secreção de leucotrienos pró-
inflamatórios 
 A HDL corrobora com esse mecanismo, 
pois ao tirar dali o excesso de LDL que 
poderia oxidar, dificulta a adesão de 
monócitos e macrócitos no endotélio, 
estimula síntese de enzimas, entre elas a 
óxido nítrico sintetase, que favorece a 
vasodilatação 
 Tabagistas de longa data podem ter esses 
fatores prejudicados, pois a nicotina reduz 
a expressão das apoproteínas, acelera 
fatores pró coagulantes e pró 
inflamatórios, bloqueia/inibe a óxido 
nítrico sintetase 
 A nicotina vai causar injúria no endotélio, 
indivíduo vai estar sempre liberando 
prostaglandinas, tromboxano H2, excesso 
de radicais livres, a LDL vai se oxidar 
LIPÍDEOS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
 Colesterol Total (CT): 
 Recomendável: abaixo de 
200mg/dL 
 Diretamente relacionado à 
gênese da doença aterosclerótica 
 HDL (lipoproteína de alta densidade) 
 Recomendável: maior que 
45mg/dL 
 Acima de 60mg/dL  fator de 
risco negativo para doença 
arterial coronariana 
 As partículas de HDL são formadas 
no fígado, no intestino e na 
circulação 
 Seu principal conteúdo proteico é 
representado pelas apos AI e AII 
 O colesterol livre da HDL, recebido 
das membranas celulares, é 
esterificado por ação da Lecitina-
Colesterol Aciltransferase (LCAT) 
 A ApoA-I, principal proteína da 
HDL, é cofator desta enzima 
 O processo de esterificação do 
colesterol, que ocorre 
principalmente nas HDL, é 
fundamental para sua 
estabilização e seu transporte no 
plasma, no centro desta partícula 
 A HDL transporta o colesterol até o 
fígado, no qual ela é captada 
pelos receptores SR-B1(receptor 
sequestrador classe B tipo 1 
lipoptn) 
 O circuito de transporte do 
colesterol dos tecidos periféricos 
para o fígado é denominado 
transporte reverso do colesterol 
 Neste transporte, é importante a 
ação do complexo ATP-Binding 
Cassette A1 (ABC-A1) que facilita 
a extração do colesterol da célula 
pelas HDL 
 A HDL também tem outras ações 
que contribuem para a proteção 
do leito vascular contra a 
aterogênese, como a remoção de 
lipídios oxidados da LDL, a inibição 
da fixação de moléculas de 
adesão e monócitos ao endotélio 
e a estimulação da liberação de 
óxido nítrico 
 LDL (liproproteína de baixa densidade) 
 Recomendável: abaixo de 
100mg/dL 
 ‘’gatilho na formação da placa 
aterosclerótica’’ 
 A LDL tem um conteúdo apenas 
residual de TG e é composta 
principalmente de colesterol e 
uma grande expressão de 
ApoB100 
 As LDL são capturadas por células 
hepáticas ou periféricas pelos 
Receptores de LDL (LDLR) 
 No interior das células, o colesterol 
livre pode ser esterificado para 
depósito por ação da enzima Acil-
CoA: Colesteril Aciltransferase 
(ACAT) 
 A expressão dos LDLR nos 
hepatócitos é a principal 
responsável pelo nível de 
colesterol no sangue e depende 
da atividade da enzima 
Hidroximetilglutaril Coenzima A 
(HMG-CoA) redutase, enzima-
chave para a síntese intracelular 
do colesterol hepático 
 A inibição da HMG-CoA redutase 
e, portanto, da síntese intracelular 
do colesterol é um importante alvo 
terapêutico no tratamento da 
hipercolesterolemia 
 Com a queda do conteúdo 
intracelular do colesterol, ocorrem 
o aumento da expressão de LDLR 
nos hepatócitos e a maior captura 
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de LDL, IDL e VLDL circulantes por 
estas células 
 TAG (triacilglicerol) 
 Recomendável: abaixo de 
200mg/dL 
 Síndrome Metabólica: 
 Aumento do TAG, aumento da PA, 
diminuição do HDL, resistência 
periférica à insulina, obesidade 
central, doença aterosclerótica 
 Reduzir a resistência à insulina 
(favorecer sua entrada na célula) 
automaticamente já reduz quase 
todos os outros fatores, inclusive o 
produto final que é a doença 
aterosclerótica 
 O acúmulo de triglicerídeos vai se 
dar nos locais mais propícios para 
isso, que são tecido adiposo e 
fígado 
 O fígado e as vísceras vão ficando 
gordurosas, e uma resposta a isso 
é liberar citocinas pró-inflamatórias 
para tentar conter o processo 
 O resultado de todo esse processo 
inflamatório vai ser a Aterosclerose 
acelerada, que normalmente só se 
manifesta depois de anos (20-30) 
em que os outros fatores estão 
acontecendo 
 Conseguimos evitá-la a tempo 
com atitudes adequadas, 
principalmente aquelas que 
reduzem a resistência à insulina 
 Contudo, existem crianças que 
podem nascer com 
comportamento genético de 
obesidade, ou outros fatores 
genéticos, elas no caso irão 
desenvolver a aterosclerose 
precoce 
 
 À esquerda, temos uma placa de 
aterosclerose estável, já 
consolidada no vaso 
 À direita temos uma placa instável, 
em que apenas uma parte dela 
está presa ao endotélio, logo, 
pode se soltar, formar um êmbolo 
e ir parar em órgãos/vasos de 
muita importância, causando 
obstrução 
 Lp (lipoproteína) 
 Referência: 20 a 30 mg/dL 
 Semelhança funcional com a LDL 
 Semelhança estrutural com o 
plasminogênio 
 De formação endógena e 
hepática, tem uma função 
semelhante com a LDL estrutural 
com o plasminogênio, ou seja, 
levar colesterol para as células 
periféricas 
 Plasminogênio- um mecanismo 
que retira uma coagulação 
(causada por seja lá qual motivo) 
 Esse é chamado de mecanismo 
fibrinolítico (lise da fibrina, lembrar 
que o coágulo é um polímero de 
fibrinas), no qual seu expoente é a 
plasmina, parte ativa do 
plasminogênio 
 Ela corrobora com o processo da 
formação da aterosclerose, porém 
é mais rara do que o mecanismo 
direto da LDL 
 Homocisteína 
 Erro genético do metabolismo da 
metionina e/ou déficit de vit B6, B12 
 Fator de risco independente para 
doença arterial coronariana e 
acidente vascular encefálico 
 Embora não seja um lipídio, sua 
presença em [ ] levadas corrobora 
para doenças em que os lipídios 
também estão envolvidos 
 Erro genético do metabolismo da 
metionina e/ou déficit de vitaminas B6 
e B12 irá reduzir a ação de enzimas 
que transformam a metionina em 
homocisteína, e ela em cisteína 
 Alguns indivíduos que têm 
hiperhomocisteinemia possuem maior 
risco de ter doenças coronarianas, 
com a formação das placas de 
ateroma no vaso 
 Isso acontece porque a cisteína é 
injuriante na parede do vaso, e uma 
delas é o bloqueio da óxido nítrico 
sintetase 
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 Além disso, agrega LDL, favorece a 
oxidação da LDL 
 Isso pode ocorrer em idosos, pois eles 
têm redução do fator intrínseco, que 
permite absorção de vitamina B12, 
além de veganos, tendo em vista que 
a B12 é majoritariamente de origem 
animal 
 Fator de risco independente para 
doença arterial coronariana e AVE 
 Fibrinogênio 
 Fator de coagulação 
 Fator de risco independente para 
doença arterial coronariana 
 Perfil lipídico: adulto maior de 20 anos 
(Diretriz Brasileira Dislipidemias) 
 
 
 
 Baixo risco  indivíduos com risco em 10 
anos <5%, calculado pelo ERG 
 Risco intermediário 
 Indivíduos com ERG entre 5 e 20% no 
sexo masc e entre 5 e 10% no sexo fem 
 Diabéticos sem DASC (doença 
aterosclerótica subclínica e ER 
 Alto Risco 
 Aterosclerose na forma subclínica 
 Aneurisma de aorta abdominal 
 Doença renal crônica 
 [ ] de LDL > ou = 190mg/dL 
 Presença de diabetes melito tipos 1 ou 
2 + LDL entre 70 e 189mg/dL + 
presença de ER ou DASC 
 Muito alto risco 
 Doença aterosclerótica signifiticativa 
(coronária, cerebrovascular, vascular 
periférica com ou sem eventos 
clínicos) 
 Obstrução > ou = a 50% em qualquer 
território arterial 
SITUAÇÃO CLÍNICA 
 Obesidade 
 Aumento no consumo de energia sem 
aumento adequado do gasto 
energético  adiposidade 
aumentada, em número de 
adipócitos e conteúdo em gordura 
 Muito ligadaa lipídios e gorduras, mas 
nem todo mundo que tem obesidade 
tem dislipidemia, e tem todo 
dislipidêmico tem obesidade 
 Doenças associadas: diabetes melito 
tipo 2, doença cardíaca coronariana, 
hipertensão, acidente vascular 
encefálico, artrite e doença de 
canalículos vesiculares 
 Diferença em relação ao sexo 
 Avaliação médica/nutricionista 
 Avaliar: IMC = peso/altura ² 
 Lipidograma 
 Quem será avaliado? Normalmente, 
crianças fenotípicamente saudáveis 
não passam por lipidograma 
 Quando será avaliado? Em crianças, 
podemos pedir lipidograma em 
consulta de rotina quando os pais 
relatarem dislipidemia na família e/ou 
a criança apresentar 
sobrepeso/obesidade, hipertensão, 
alimentação desregulada 
 Para que será avaliado? 
 Quem o avaliará? 
 Menos da metade dos portadores de 
hipercolesterolemia comprovada estão 
sob tratamento hipolipemiante adequado 
(AHA, 2004) 
 Colesterol 
 Precursor de hormônios esteroides, 
vitamina D e ácidos biliares 
 Para tratar hipercolesterolemia, 
primeiro orienta o paciente a reduzir 
consumo de ácido graxos 
 Caso não dê certo, precisamos reduzir 
a síntese endógena do colesterol, por 
meio de medicamentos da classe das 
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Estatinas que bloqueiam a ação da 
HMG-CoA redutase 
 Obesidade 
 AVC 
 IAM 
 Isquemia 
 HAS 
 Trombose 
 DAC 
 TVP – colesterol pode estar envolvida 
 Granuloma na mandíbula – tumor de 
mandíbula pode ter como gênese o 
colesterol 
 Xantomas – marcas na pele 
 Erros inatos do metabolismo 
 Aterosclerose 
 Depósito de colesterol na artéria 
coronária  ruptura da placa 
aterosclerótica por trombo ou 
coágulo que obstrui a luz da artéria 
coronária 
 Disfunção endotelial  aderência de 
monócitos  infiltração de LDL  
oxidação de LDL  estrias gordurosas 
 lesão gelatinosa  placa fibrosa  
ulceração  trombose 
 Estrias gordurosas- acúmulo de células 
gordurosas em local indevido 
 Ela por si só não define aterosclerose, 
mas PODE ser um achado 
 São escurecidas não só como 
consequência da oxidação, mas 
também por ação de hormônios 
 Formação – a placa provoca 
formação de um novo endotélio em 
volta dela – essa placa pode romper, 
e sair toda ou apenas fragmentos 
 Se for para o pulmão, pode causar 
embolia pulmonar 
 Para o coração, IAM 
 Para o cérebro, AVC 
 Fatores de risco para doença arterial 
coronariana 
 Modificáveis 
 Não modificáveis 
 Interação de fatores de risco 
 Diminuir colesterol = diminuir morbi-
mortalidade 
 Hiperlipemias 
 Sedentarismo  excesso de peso 
 Fator genético 
 Alimentação 
 Excesso de álcool 
 Diabetes mellitus 
 Disfunção endotelial 
 Idade 
 Stress (liberam fatores que causam 
injúria endotelial) 
 Sexo (estrogênio gera proteção ao 
vaso) 
 Hipertensão arterial 
 Tabagismo  hipertensão arterial 
 
 
 Anormalidades lipídicas no alcoolismo 
 Estágios iniciais do alcoolismo: TAG são 
reunidos com apolipoproteínas e 
secretados como VLDL  [ ] 
crescentes de VLDL (triglicerídeos 
séricos) 
 Progresso da doença hepática: falha 
na produção de apolipoproteínas e 
na secreção de gordura na forma de 
VLDL  acúmulo de TAG nas células 
hepáticas 
 Altos níveis de insulina  maior captação 
de glicose pelo tecido adiposo e glicólise 
 maior síntese de TAG nos adipócitos

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